CHEGOU A HORA DE PUTIN – A HORA DO AJUSTE DE CONTAS E DO ACERTO DOS BLOCOS RÚSSIA E NATO

A Ucrânia está em Guerra! A Solução será tornar-se República Federal Neutra

O Presidente ucraniano Selenskyj declarou o estado de guerra. A infraestrutura das bases aéreas ucranianas foi destruída, segundo informa o governo russo.

O mais trágico que se pode observar no conflito fora e dentro da Ucrânia é o facto de não ser dado tempo aos habitantes ucranianos para se habituarem uns aos outros e formarem com o tempo um povo unido! Os interesses da Nato e da Rússia, empenhados em instigar a instabilidade, não dão tempo nem permitem um desenvolvimento orgânico da Ucrânia. As interferências perpetradas pelos centros imperialistas modernos atafegam à raiz qualquer desenvolvimento orgânico e natural de povos e regiões. (Ucrânia mero cavalo de Troia (1) e dados sobre a Ucrânia (2).

A Ucrânia está em guerra; tem 200.000 soldados na disponibilidade e ordenou agora (23,02.2022) a mobilização de cerca de 250.000 reservistas. A Europa tem estado a preparar-se para acolher os Refugiados. O público tem o direito de ser completamente informado sobre as condições na Ucrânia, de modo a poder orientar-se à margem do pensamento a preto e branco dominante; doutro modo são enfileirados nas trincheiras a serem contruídas na opinião pública tornando-se, assim, em arautos e belicistas cúmplices de um partido ou do outro. Putin, Biden e as partes beligerantes sabem de antemão que terão todos razão, independentemente do certo ou errado, porque as pessoas não estão em posição de questionar nada e orientar-se-ão pelos factos criados.

Os adversários Putin e Biden continuam na sua teimosia. Putin esconde os seus pretextos na sua exigência de que “a NATO não deve ser alargada à Ucrânia”. A NATO esconde o seu pretexto não cedendo; deste modo são servidos e justificados os respectivos interesses na guerra e as populações são orientadas de modo a tomar partido e deste modo a aceitar as consequências de uma guerra estimulada por gente irresponsável onde quem morre é a juventude e quem aguenta as consequências é a população em geral. A fim de se sair desta situação desumana, não se deveria pensar apenas estrategicamente. No caso, a melhor solução seria a Ucrânia tornar-se uma república federal neutra independente.

As fronteiras estão, de novo, a ser movimentadas na Europa e a zona da Ucrânia e da península Balcânica continuam a ser zonas “vulcânicas” devido ao encontro/distanciamento das “placas continentais”! As repúblicas separatistas de Lugansk e Donetsk reivindicam todo o território Oblast. A região Oblast de Lugansk tem 2,1 milhões de habitantes e 1,4 milhões deles são separatistas; o território tem 26,7 mil quilómetros quadrados. A região fronteiriça Oblast de Donetsk tem 4,1 milhões de habitantes e cerca de 2,2 milhões são separatistas e a área é de 26,5 mil quilómetros quadrados. Na Ucrânia a miopia política e a corrupção têm contribuído para muitas medidas contra a inclusão do povo de tendência russa e ucraniana. O divisionismo na Ucrânia, nem sequer a religião poupou. Nos anos 90 surgiu uma nova igreja ortodoxa separada do patriarcado de Moscovo, entretanto surgiu também uma outra e em 2018 foi fundada a Igreja Ortodoxa da Ucrânia como igreja ortodoxa autocefálica.  Também o russo, que é hoje falado por quase toda a população da Ucrânia, mas principalmente no leste e sul do país, bem como na capital Kiev (3), tem sido objecto de impedimento legislativo oficial. Encontramos na Ucrânia os vícios reunidos da Nato e da Rússia que levarão ao desmantelamento da Região.

Numa América do Norte acossada pela China, ao lado de uma Rússia ainda por fazer e de uma EU, no meio delas, a querer aparecer, Putin procura interpretar os sinais dos tempos e aproveitar-se para corrigir o desequilíbrio criado depois da queda da União Soviética; para completar o seu império aproveita para fazer o que os USA têm feito em seu proveito. Putin aprendeu a lição; nesse sentido, procura também afirmar-se criando factos consumados, com o argumento de não querer deixar o destino das nações tão entregue às mãos da Nato (e da China)!

Na dureza do confronto das potências, também a União Europeia vai procurando granjear um lugar ao sol, entre os blocos de influência, servindo-se mais de paliativos; para tal usa o proclamado ideal da democracia como antes usava o ideal da religião; tudo roupagens bonitas mas que escondem, perante o povo, o verdadeiro rosto (o poder) que por baixo desse manto se esconde! Em nome da democracia serve, (também ela não tanto como senhora mas como serva), a guerra, dos USA e da Nato, criando instabilidades em países mediante o fomento ou o apoio de lutadores da resistência dentro de povos, e tudo só para bem da sua “democracia” e da economia (o mesmo estratagema usam pretensas potências como o Irão e a Turquia em nome do islão, na Índia em nome do induísmo, na China em nome do comunismo e na Rússia em nome da Rússia de recordação comunista: todos os povos elaboram o seu lampião para alumiarem o seu  caminho no pretexto de não deixarem o povo às escuras!). Na lógica da Nato, nas zonas de seu interesse, o princípio de autodeterminação democrática já não conta. Desde 1953, a NATO cometeu 13 violações do direito internacional sem um mandato da ONU (4). A Rússia segue nas suas pegadas porque a fome é a mesma!

A Rússia imperial está consciente de querer modernizar-se e, à maneira progressista, num tempo já não de construção de nações, mas numa fase mais adiantada de desconstrução que corresponde à estratégia de alinhamento de complexos geoestratégicos, englobantes de países e regiões mais pequenos. Na perspectiva da globalização, este factor dar-lhe-á razão, uma vez que vem do progresso e ele está aí a chegar nas novas demarcações económico-políticas que procuram território irreversivelmente demarcado para se instalarem no novo mundo de maneira sustentável! Por mal das circunstâncias, a decisão da Ucrânia não se encontra nas mãos dos ucranianos, não só pelo facto de se encontrarem divididos entre si, mas pelas razões mais altas dos correspondentes interesses dos falcões geopolíticos, a quem servem. A História não se deixa disciplinar pela moral, ela segue apenas os factos criados por interesses e estes pertencem sempre aos mais fortes; uma vez criados os factos, o povo estará sempre pronto para os seguir atrás a aplaudir. A moral só sabe caminhar com o povo, mas os interesses seguem uma via diferente caminhando com os maiores! Putin sabe bem que, se, a Rússia que alberga vários povos, desse asas à democracia isso corresponderia a criar novos focos de independência dentro da própria Rússia, o mesmo medo mantem a China, por isso preferem dedicar-se à conquista! Por isso falar de democracia a Putin, torna-se numa verdadeira provocação porque na sua situação, tal como na da China significaria polvorosa nas próprias populações e cedência ao rival.  O argumento da democracia vale especialmente para nós europeus onde cada país, depois de muitas guerras, alcançou a sua identidade e, pelo facto, já não temos mais para conquistar; o trágico da aprendizagem é que usemos, muitas vezes, da democracia como armadilha para outros povos.

Também se torna ilusória uma argumentação em termos de nacionalidade quando nos encontramos, também nós, devido ao globalismo e ao processo de organizar o bloco EU, numa era de superação das ideias nacionais para se poder legitimar a formação de novos blocos ou agrupamentos de nações. Esta realidade leva muita da argumentação de caracter nacionalista a tornar retrógrados e contraditórios os factores que implementam a formação da União Europeia.  Facto é que a política globalista (a nível político de ideologia e de economia) em via tem como consequência o desprezo das nações em benefício dos blocos. Por isso pareceria tornar-se atrasada uma tendência de se afirmar um país numa região feita de populações, mas sem ter tido tempo para se formar em povo. Assim a Ucrânia é fomentada também artificialmente em alfobres de grupos joguetes nas mãos dos falcões da NATO e da Rússia. Os moventes da Nato e da Rússia não são os genuínos interesses nacionais de um povo-nação, mas o seu desmantelamento, para satisfação de novos compromissos a fazer pelos figurantes em jogo.  Na era globalista e em tempos da formação da EU, tempo mais propício para a desconstrução das nações, falar-se de “dignidade nacional” até parece mal, sobretudo se dito por mentes progressistas!!!

Infelizmente, vistas as coisas de uma perspectiva actual, Putin, para não ser homem de outra era, vai escrever história recente e vai ditá-la aos que se julgam à frente! De facto, o orgulho e a humilhação, suscitam forças que levam a não se resignar e a ideia do globalismo ajuda! Talvez por isso as revoluções pretendam ir sempre à frente, a fazer de luzeiros para o povo e para os que se atrasam! Cada bloco faz a sua leitura própria e nós povo é que teremos de pagar a fava que já se preanuncia num novo aumento das energias. Neste contexto, ser-se popularmente pela política de um bloco ou do outro torna-se um pouco indecoroso.

Falta de cocegas na opinião pública e no povo não faltarão. Uma vez desmantelada a Ucrânia restará o trabalho de sabotagem da Bielorrússia para que esta abra as portas para o Ocidente. Haverá que preparar-nos para engolir sapos e lagartos pois depois de décadas de paz na Europa o que nos espera são guerrilhas, como já conhecemos também dos “assassinos” maometanos através da História! …

Apoiar um ou outro bloco é tornar-se cúmplice das desumanidades contra o povo que sofre e declarar-se pronto para assumir os encargos consequentes da guerra! Só há um caminho a seguir: o das conversações!

Chegou a hora de a Ucrânia, em acordo com os partidos concorrentes, acordar uma solução viável que será fazer da Ucrânia uma República Federal Neutra

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

(1) Ucrânia mero cavalo de Troia: https://antonio-justo.eu/?p=7116

(2) Dados sobre a Ucrânia: https://antonio-justo.eu/?p=7127

(3) Kiev é uma cidade bilingue onde tanto o ucraniano como o russo são falados. Há três anos, uma nova lei linguística entrou em vigor na Ucrânia. O seu objectivo é fazer recuar o russo, mas cria novos problemas aos editores e às críticas em língua russa a Putin. Os jornais e revistas nacionais devem agora aparecer em ucraniano. As edições russas não são proibidas, mas uma versão paralela ucraniana deve ser impressa na mesma circulação. É certo que isto não é rentável para os editores. O último jornal diário nacional russo, “Westi”, foi recentemente mudado para ucraniano, e muitos jornais só aparecem agora na rede. Aprovada há três anos, a lei linguística está agora (2022) a entrar em vigor na Ucrânia. É suposto fazer recuar o russo, mas cria novos problemas para editores e críticos de Putin em língua russa. A lei, que é dirigida contra a língua russa preferida por muitos ucranianos, especialmente no leste e sul do país, foi aprovada pouco depois de o Presidente Petro Poroshenko ter sido votado fora de funções em 2019.

https://www.faz.net/aktuell/feuilleton/debatten/ukraine-neues-sprachgesetz-soll-das-russische-zurueckdraengen-17736397.html

(4) 70 anos da NATO: guerras ilegais e causas de fugas: “70 Jahre NATO: Illegale Kriege und Fluchtursachen!

 

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António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

34 comentários em “CHEGOU A HORA DE PUTIN – A HORA DO AJUSTE DE CONTAS E DO ACERTO DOS BLOCOS RÚSSIA E NATO”

  1. Exactamente. A meu haver uma pessoa que deve ir a Moscovo falar com as cúpulas do Kremlin é a Angela Dorothea Merkel,que tem respeito,e mediadora deste trágico conflito.
    Já dizia o grande ministro alemão dos negocios estrangeiros,Hans DIETRICH Genscher,que com a Russia só funciona as Conversações, Conversações e mais Conversações.
    Um abraço

  2. Manuel Adaes, tens toda a razão! Agora é a hora da diplomacia e das conversações antes da Guerra chegar a mais extremismos! A DR. Ângela Merkel seria realmente a pessoa mais indicada para iniciar conversações. O Govereno alemão e a EU deveriam incumbi-la de iniciar conversações. Importante é que enquasnto se fala para a guerra. Forte abraço

  3. Estes desenvolvimentos são a consequência natural da atitude da Europa de há vários decénios a esta parte. Houve alturas em que o uso da força foi tolerado senão mesmo apoiado. E agora é condenado. A dualidade de critérios conduz a isto. Há quem suspeite que isto não vai ficar por aqui.

  4. O aviso de Putin no Guardian “Para qualquer pessoa que considere interferir de fora: se o fizer, enfrentará consequências maiores do que qualquer outra que tenha enfrentado na história. Todas as decisões relevantes foram tomadas. Espero que me ouças,” é realmente ameaçador e mostra a decisão e preparação previamente tomada! A consequência do que Putin disse será que no momento em que uma das zonas da sua antiga área de influência (agora da Nato, intervir poderá ser logo atacada! Isso implicaria também a abertura da guerra à Nato! Imagine-se a catástrofe de uma nova balcanização da Europa, que deu origem à gurerra mundial.

  5. A guerra começou. Pela TV chegam informações e imagens dramáticas.
    Putin decretou a guerra mas Putin não é a Rússia, não é o povo da Rússia
    (isto foi dito por um cidadão russo, solidário para com o povo ucraniano).
    Agora será difícil
    retroceder, os apelos a conversações políticas e à diplomacia não encontram eco por parte de Putin. Parece que todas as teorias, todos os esforços perdem sentido perante o perigo iminente de uma guerra nuclear.
    Admitamos que há ainda esperança já que muitas instituições, leaders políticos da UE, Biden e a própria NATO continuam a intervir no sentido do entendimento e da Paz. Angela Merkel daria certamente também bom contributo.

  6. Creio que a TV portuguesa continuará, em vez de analisar e de dar informações básicas de um lado e do outro para que cada um possa tomar a sua conclusão, não o faz porque estará interessada em cobrir as asneiras dos nossos políticos, como a de vir a público dizendo que se apoiava com material bélico a Ucrânia, quando uma Alemanha que está mais perto da Ucrânia se manteve sempre contida nas afirmações e recusou-se a enviar material bélico para a Ucrânia. A questão é demasiado entranhada para nos podermos, à primeira, colocar de um lado ou do outro da trincheira! Muizos dos formadores da opinião pública parecem estar mais interessados em formar rebanhos de um lado ou do outro, em vez de formarem cabeças para pensarem criticamente e não se deixarem levar por qualquer enxurrada que apareça. A Nato não é boa companhia tal como Putin para se poder dormir descansado ao lado deles! A Nato e outros têm a explicação da vantagem por terem espicaçado a Rússia sem que o povo tivesse notado.

  7. A Ucrânia só quer ser livre para aderir à União Europeia e NATO e recusa submeter-se à Rússia.

  8. José Luís Caldeira Fernandes, aUcrânia não é livre porque se encotra ela mesma dividida. A condição que Putin pôs à Ucrânia de não alargar o seu território à zona de influência da Nato não foi tomada a sério pela Nato, o que se revelou num grande erro não ter havido conversações de a Ucrânia se tornar num estado neutro independenente e que dado às divergências internas da população justificariam a formação de uma República federal independente! Esta seria uma solução que contrariaria as tendências imperialistas da Nato e da Rússia. Estou certo que se não se iniciarem conversações iniciadas por uma mulher experiente como Ângela Merkel, será inevitável uma guerra na Europa que pode alcançar expressão nuclear! Tomar partido por um lado ou pelo outro corresponde a tornar-se cúmplice de interesses belicosos que não solucionam nada e criam apenas injustiça e miséria!

  9. António Cunha Duarte Justo, o xadrez é mais um emaranhado. Ouvir pela TV analistas e reporters jornalistas sobre declarações de Ursula von der Leyan, Macron, Boris Johnson, Guterres,
    Biden, Putin …
    é o mesmo que nada.

  10. A Ucrânia teve 8 anos para ultrapassar as diferenças. Não cumpriu nenhum ponto dos acordos de Minsk, com olhos grandes que o ocidente vai lhe dar apoio militar ficou sem jeito. A otan não vai intervir. O ocidente fez tudo por tudo para que exista confrontos entre a Rússia e a Ucrânia. O resultado é esse. Durante 30 anos a Rússia foi para além da paciência.

  11. Olá Justo, desta vez não concordo contigo, no momento em que dizes que a Ucrânia está em guerra, já tomaste partido, porque quem está em guerra é a Rússia, visto que foi que atacou. Os ditadores sempre disseram que a culpa era dos outros e mais uma vez se vê isso. Não haveria problema nenhum se todos fizessem o que o ditador (Putin) quer.
    FB

  12. Carlos André, não é essa interpretação ou afirmação que pretendo com o meu texto. Pelo contrário embora vista a coisa da perspectiva que apresentas poderia ser interpretado assim. Mas se leres a segunda frase do mesmo parágrafo logo vês o porquê. . A infraestrutura das bases aéreas ucranianas foi destruída, pela Rússia na madrugada. No texto não estou do lado de Putin nem de Biden; pretendo apenas fazer reflectir numa sociedade levada a pensar a preto e branco. O que a mim sobretudo interessa é, neste mundo em que ninguém se entende, contribuir um pouco, à minha maneira, para se procurar entender um pouco melhor o que se passa.

  13. É disso que eu tenho medo…
    E em meia dúzia de dias é tudo destruído….
    Nem dá tempo de se organizar uma resistência…

  14. Maria Carolina Almeida, é isso! Nada justifica a invasão de um país; a invasão de Vladimir Putin em via é desumana, bárbara e imoral; as consequências trágicas para os ucranianos e para todos nós serão dolorosas! Quanto à resistência, desde até à dias já lá tinham morrido 14.000 pessoas só que ninguém falava grande coisa nem mostrava imagens do que se lá passava e do que estava verdadeiramente a acontecer. A Ucraina tinha sido transformada num cavalo troianos da Rússia e dos USA/Nato

  15. De tudo isto tiro duas conclusões. 1° – Putin é homem valente… 2° – como eu dizia, há uns dias atrás, o erro da UCRÂNIA foi ter prescindido, quando da separação, dos conhecimentos e equipamentos que lhe teriam permitido chevar à bomba atómica. É que, contra os que a têm não há valentes. É mal andar por aí espalhada essa arma mas, os que não permitem que outros a adquiram, não estão dispostos a neutralizarem as suas, “TOTALMENTE”. UMA VERGONHA.
    FB

  16. Na minha opinião, talvez um ex- espião de profissão, vá mostrar
    como vai utilizar”ataque nuclear”
    Ele ameaçou…O ataque surpresa começou.!!!. Atenção… Hoje no mundo tudo se pode e, deve esperar o pior dum ” espião belicista”. Tudo pode acontecer num simples amanhecer!!!

  17. António Cunha Duarte Justo , Ora, a ser verdade haver perigo eminente perpetrado e vir de pessoas assim tão desumanas, nós ocidentais com pensamento europeu igual, mesmo de país diferente, em caso do inimigo utilizar arma nuclear, certamente,todo Ocidente terá de se acautelar e poder proteger de tal efeito nuclear.!. Claro… Os governos em conjunto ou ainda as forças armadas terão de ser preparadas e equipadas de certa auto defesa similar a barreiras/almofadas
    nucleares, nas fronteiras dos nossos países aliados, junto às fronteiras com a Rússia… Ou seja: haver aí uma fronteira de sistema anti- mísseis para interceptar e abater o sistema balístico, comandado ou enviada pelas forças armadas da Rússia. Só assim talvez sejam, evitado as desvastadoras
    consequências trágicas para nós e, todo o mundo…

  18. Manuel Saraiva Borges, assistiremos a uma corrida ao armamento e à militarização da Europa até aqui inigualável. Quanto a armas nucleares, os USA têm-nas estacionadas na Alemanha e algures. Misseis na linha fronteiriça com a Rússia também poderia significar um maior perigo para essa zona em tempos de conflito! É triste termos de constatar que os senhores das armas são os senhores do mundo e que em vez de nos esforçarmos por uma desmilitarização consequente teremos talvez de nos armarmos para podermos subsistir e deste modo termos, deste modo, de dar razão aos falcões das guerras.

  19. Joao Heitor muito obrigado pela avaliação! Honra-me o facto de vir de pessoa tão ilustre e com tanto mérito em França. Consciente das minhas limitações e erros, o que escrevo são apenas contributos para reflectir, na ideia de estar apenas de serviço e em serviço do povo, à minha maneira! De facto, na discussão pública e no agir dos políticos em geral nota-se tanta irreflecção e imprudência que emperra um desenvolvimento da História sereno e equilibrado!

  20. António Cunha Duarte Justo a adesão à NATO faz parte da constituição da Ucrânia, pelos vistos os condicionalismos são impostos pela Rússia, numa vergonhosa violação da vontade soberana de um país independente.

  21. José Luís Caldeira Fernandes, sim, penso que o problema maior se encontra no facto da Ucrânia se encontrar dividida numa parte virada para a Nato e noutra virada para a Rússia. Na Cimeira da NATO em Varsóvia. 8. 7. 2016 também estava na agenda a forma de lidar com a Rússia, cuja guerra de agressão não declarada contra a vizinha Ucrânia já tinha custado até então quase 10.000 vidas e levou cerca de 2 milhões de pessoas a fugir… Creio que na questão da Ucrânia, cada um dos blocos estava interessado em conquistar espaço dentro da sociedade ucraniana, por isso os letígios continuaram internamente ao ponto de aéesta invasão russa já termos contado com 14.000 mortes sem que o mundo se escandalizasse. Na crise de Cuba as duas potências União Soviética e USA chegaram a acordo, cada um cedendo em parte. Mas em confronto estavam dois blocos nucleares!…

  22. Meu caro, há muito tempo sabemos por ilustres cientistas, ainda bem que , toda a ciência está nas malas de pessoas conscientes.!.Pois, caso estivesse em mãos militares ou belicistas do género, há muito que o mundo estaria destruído. Isto é pura verdade…E, não
    teremos dúvida que continuará a ser!
    Daí ser necessário alertar, como se poder estancar o Poder Ditatorial dos senhores das armas, que não serão os senhores do mundo.!. É que em Ciência, tudo sobre a arma terrível nuclear, poderá fazê-la mortífera no país que a quer utilizar ou lançar.!. Pois, com a almofada anti- míssil , o mesmo sistema a faz explodir no seu próprio território. Por isso a Rússia terá as maiores e vastas consequências.!. Claro… São estas providências cautelares que o mundo deverá acatar.!. Sobretudo, o Ocidente deverá avaliar, investir e, trabalhar na salvaguarda para que tal situação não conteça mais cedo ou mais tarde.!. Todavia, todos responsáveis na chefia deste Estado da Rússia, bem como, da sua condução para a actual situação, perante a ONU, deverão ser considerados causadores de”Crime de Guerra” e, abuso de Poder premeditado. Pudera!!! Deverão ser punidos e afastados do Poder da Rússia, a ser como parece, por justa causa, pelo Tribunal de Haia. Dada a flagrante violação do consignado na Carta da Nações Unidas, pondo em causa a destabilização da Paz Mundial.!.
    Tanto mais, sendo a própria Rússia, membro integrante da mesa permanente da ONU. Será talvez a sanção possível para a melhor resolução de pôr termo “imediato” ao conflito criado de forma premeditada pela chefia da Rússia. Claro !!! Esta é minha opinião…

  23. O aspecto que refere da “almofada anti- míssil” a colocar na fronteira da Rússia tem a sua lógica e inteligência, naturalmente em termos de estratégia militar! Quanto à sua ideia de que “toda a ciência está nas malas de pessoas conscientes”, creio não ser sentença certa se tivermos em conta o que está agora a acontecer com a atitude russa e como aconteceu com as bombas atómicas lançadas pelos USA sobre Hiroshima. Se bem vir o que escrevi no artigo notará que procuro partir da descrição de realidades e possíveis soluções para elas. Coisa semelhante já tinha escrito em 2014.

  24. Não leio os artigos do António Justo até final, porque são muito longos e, a paciência diminue na ordem inversa dos anos que aumentam.
    Todavia, não concordo com a ideia dum país neutral, por imposição doutro país.
    Um país não pode escolher o seu destino? A população não pode escolher a sua maneira de viver? A NATO foi construída como uma força defensiva e não ofensiva.
    O que o Vladimir Putin deseja é, apagar a história da criminalidade que a antiga União Soviética praticou e escrever uma nova história de criminalidade, à sua maneira, como aquela que já referiu, ( a nuclear) . Só em falar nisso, já se vê o tipo de ADN que corre nas nervuras da sua estrutura física.

    Saudações

  25. Muito agradecido pelo oportuno aviso!
    Costumo sublinhar partes que poderiam ser consideradas resumo.
    Quanto à questão da neutralidade e à questão da autodeterminação darei resposta no artigo A UCRÂNIA SÓ PRECISA DA AUTORIZAÇÃO DA OTAN E DA RÚSSIA PARA SE TORNAR NUMA REPÚBLICA FEDERAL NEUTRA . Não o mandei ontem por falta de ligação à internet!
    Acompanho a Ucrânia desde há muitos anos e tenho grande afecto pelos ucranianos devido também à experiência que fiz com ucranianos que trabalharam muitas vezes na minha quinta, mas uma coisa são os nossos afectos e a nossa moral humana e outra são as circunstâncias que determinam a História; e a estas é importanze estarmos atentos para não cairmos na esparrela de políticas informativas que nos querem enfileirar nos seus rebanhos!
    Saudações cordiais!

  26. Meu caro amigo António,
    Pesquiso mais o comportamento destes actores.
    Estamos perante um grande psicopata que pensa que tem de destruir o mundo para ser respeitado. Abraço

  27. Independentemente das taras psicológicas que Putin possa ter há que considerar nele também o seu papel político que o leva a interessar-se pelo poderiao da Rússia, o que não justifica a sua atitude mas pode ajudar a compreendê-la e deste modo a não ser demonizado da maneira como o pinta a imprensa do nosso bloco!
    Junto o que penso sobre o assunto e ainda não vi pensado na Imprensa que nos domina: © Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=7191 !
    Abraço justo

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