TRUMP INTERROMPEU O APOIO AOS REBELDES NA SÍRIA
Por António Justo
Finalmente uma medida razoável a nível internacional.
Com a iniciativa de Trump, os USA declararam fracassado o seu apoio aos rebeldes na Síria iniciado por Obama.
Com esta decisão Trump acabou com “os enormes pagamentos perigosos e o desperdício com os rebeldes” sírios que lutam contra Assad.
A política do Ocidente, contra o regime Baschar al-Assad da Síria, enquadra-se na continuação da política irresponsável e falhada contra o antigo regime de Saddam Hussein no Iraque.
A política do Ocidente, contra o regime Baschar al-Assad da Síria, enquadra-se na continuação da política irresponsável e falhada contra o antigo regime de Saddam Hussein no Iraque
Serão ditaduras militares os melhores parceiros de diálogo no mundo árabe?
A Europa terá de apoiar Assad por razões egoístas (impedir refugiados) já que o não fez por razões humanas e interculturais.
De uma maneira geral, os políticos ocidentais não têm a mínima ideia de como funciona antropológica e sociologicamente a mentalidade árabe (religião) e em grande parte a mentalidade africana, para poderem tirar conclusões políticas produtivas. Por isso caem na ilusão de poderem transportar para África uma imagem de Homem e de sociedade que levou muitas centenas de anos a formar-se na Europa.
Impediram a colonização interna numa sociedade que em si é estranha à ideia de nação na concepção europeia. Como podemos esperar, de uma maneira geral, de muçulmanos tradicionais a ideia de da dignidade humana pessoal, quando na sua civilização não é ainda possível a contraposição da dignidade e autoridade individual à dignidade e autoridade institucional!
As sociedades muçulmanas, devido ao seu substrato fascistoide ainda terá de andar muito até poder dar à luz uma filosofia de autonomia do indivíduo. Esta foi possível no Ocidente devido ao cristianismo que considera a pessoa humana com caracter divino (a dignidade da pessoa é anterior à dignidade institucional) …
Os sistemas de cultua árabe, para já, só poderão ser estáveis com governos autoritários. Temos a experiência que os regimes militares (por exemplo, Turquia e Egipto) com os seus intercâmbios a nível internacional e ao criarem uma própria camada social económica forte se tornam num factor de maior pluralidade e um pouco mais independentes do controlo da religião e deste modo possibilitam uma maior aproximação da civilização árabe à europeia. Outras forças estão demasiadamente dependentes de facções religiosas que devido ao radicalismo entre si e ao fascismo islâmico, criam instabilidade social e política, não permitindo abertura compatível com a ocidental.
O fortalecimento económico e a estabilidade económica deveriam ser a prioridade de acção do ocidente. Assad que de início queria, pouco a pouco, estabelecer uma democracia na Síria e era contra o terrorismo islâmico viu-se obrigado a apoiar o IS do Iraque com medo de ele apoiar insurreições na própria sociedade. O Ocidente em nome da sua ideologia democrática não apoiou Assad e cometeu o mesmo erro que tinha feito ao apoiar os rebeldes da primavera árabe, concorrendo para a radicalização de todo o norte de África. Ingenuamente acreditava que a palavra liberdade significava o mesmo para um árabe como para um europeu.
O óptimo é inimigo do bom! Se queremos democracia nos regimes árabes e africanos devemos dar tempo ao tempo e não subsidiar guerras civis mas implementando a sua economia.
© António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do tempo
Assad não é flor de cheiro mas é muito melhor do que as alternativas que se lhe perfilam.
A Europa está «condenada» a ter que apoiar Assad sob pena de ver aumentar ainda mais a pressão de refugiados sírios junto dos extremos geográficos.
Henrique Fonseca
FB
Exactamente, prezado Henrique Fonseca!
De uma maneira geral, ospolíticos ocidentais não têm a mínima ideia de como funciona antropologica e sociologicamente a mentalidade árabe (religião) e em grande parte a mentalidadeafricana para poderem tirar conclusões políticas produtivas. Por isso caem na ilusão de poderem transportar para África uma imagem de Homerm e de sociedade que levou muitas centenas de anos a formar-se na Europa.
Impediram a colonização interna numa sociedade que em si é estranha à ideia de nação na concepção europeia. Como podemos esperar, de uma maneira geral, de muçulmanos tradicionais a ideia de da dignidade humana pessoal, quando na sua civilização não há é ainda possível a contraposição da dignidade e autoridade individual à dignidade e autoridade institucional!
As sociedades muçulmanas, devido ao seu substracto fachistoide ainda terá de andar muito até poder dar à luz uma filosofia de autonomia do indivíduo. Esta foi possível no ocidente devido ao cristianismo que considera a pessoa humana com caracter divino (a dignidade da pessoa é anterior à dignidade institucional… Mas a noite já vai longe e os tempos em que vivemos não está interessado em filosofias; está mais preocupado com o próprio umbigo e com o consumo que hoje parece querer tornar-se num factor primeiro de sociologia.
Os sistemas de cultua árabe só poderão ser estáveis com governos autporitários e sou de opinião que os que teriam mais capacidade para aproximar a civilização árabe da europeia são, por enquanto,as ditaduras militares.