Por António Justo
Frankfurt é o Principal ponto de Cruzamento da UE
O centro financeiro de Londres emagrece e o de Frankfurt engorda. Segundo a imprensa alemã, em 2014 trabalhavam na City of London 358.000 empregados bancários. Com o Brexit 70.000 terão de ser deslocalizados, dado a Grã-Bretanha passar a não pertencer à UE. Também a instituição de supervisão bancária EBA terá de deixar Londres. Isto porque muitos operadores internacionais têm de operar a partir de um país da UE.
Em Frankfurt, em 2015 trabalhavam 62.500 bancários em 180 Bancos e no BCE. Frankfurt, que tem 40% do tráfego de dados europeus e com o melhor cruzamento aéreo internacional irá ver aumentada, em dezenas de milhares, o número de banqueiros e de outros lobistas de empresas internacionais que deixarão Londres. De considerar que só o Banco Alemão tinha até agora em Londres 8.000 empregados. É verdade que algumas empresas multinacionais têm receio do direito de trabalho alemão, dado proteger bastante os direitos dos empregados, o que levaria instituições internacionais a privilegiar outros centros (Paris, Madrid, …) que os quereriam albergar nas suas cidades. Nestas questões os interesses favorecedores do centralismo são, como acontece em Portugal, mais fortes, tudo se juntando na capital em prejuízo das regiões. Esta é a conhecida prática: “a quem tem dar-se-lhe-á e a quem não tem até o pouco que tem se lhe tirará”!
Nada contra o centralismo desde que compense ricamente as margens. No centro há a possibilidade de as instituições se interrelacionarem e os lóbis conseguem alcançar melhor os seus objectivos.
Em 2011, contra qualquer racionalidade e contra melhor saber, o governo português extinguiu o vice-consulado de Frankfurt! Fê-lo contra a comunidade portuguesa e contra os interesses de Portugal, como então foi avisado.
António da Cunha Duarte Justo
REACÇÕES AO MEU AO ARTIGO QUE POSTEI EM https://www.facebook.com/groups/aicem16.11/permalink/1182278891817493/
Octavio de Almeida mas tudo isso, os Ingleses irão torcer as orelhas e nada sair.
António Justo Se a UE não perder a presença de espírito. No fim, o Reino Unido ficará com o status da Suiça em relação à UE.
Miguel Mattos Chaves A sério ? A sério? VAMOS a FACTOS e não a desejos: O “DAY AFTER” – BREXIT (4)
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VAMOS a FACTOS e não a desejos:
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Em poucos dias, as previsões bombásticas de que o Reino Unido iria sofrer gravíssimas consequências se o “Brexit” vencesse, foram desmentidas.
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A realidade desmentiu os desejos dos “furiosos”.
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Dois indicadores:
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O índice FTSE 100 que serve de referência ao comportamento da Bolsa de Londres:
– no dia 22 (dia antes do referendo) situava-se nos 6.338,10 pontos; depois de uma descida,
– na 4ª feira, dia 29, já tinha atingido os 6.335,75 pontos, práticamente o mesmo valor verificado no dia antes do referendo.
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Ou seja: Mercados financeiros tranquilos.
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Quanto á Libra o comportamento desde o dia do referendo:
– 4ª feira dia 22 – 1 euro = 1,305389 libras
– 4ª feira dia 29 – 1 euro = 1,2147 libras.
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Uma desvalorização de 0,090689.
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Pouco ou nada sofreu.
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Bom para a exportação dos produtos britânicos, não afectando o poder de compra dos britânicos.
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E agora Ilustres alarmistas e derrotistas que só aceitam a Vossa verdade? O que têm para dizer?
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Cumprimentos
Miguel Mattos Chaves – PhD
Maria José DS Leite Prof, Dr Miguel Mattos Chaves, tantas e tantas vezes foi dito aos europeus que não sobreviam sem estas na UE que as pessoas deixaram de pensar com clararez sobre esse assunto, de tanta falsa verdade ter sido injectada O Pai Tempo tudo esclarece Obrigada pela sua clareza e lógica Muito bom fim-de-semana!
António Justo No artigo apresentei dados e não qualificações moralistas. O importante é ter-se o maior número de dados possível, na formação de opinião; quanto mais perspectivas melhor. Os benefícios e prejuízos provindos da situação criada entre GB e UE não são em sentido único. Interessante, para se poderem tirar conclusões mais objectivas, seria importante apresentar o desenvolvimento das cotações e índices de NYSE, Nasdaq e Dow Jones e do DAX, do FTSE 100 e do Stoxx Europe 50. O mesmo se diga em relação à comparação do desenvolvimento da moeda.
No dia 23 de Junho, o Reino Unido votou pela saída da EU e o DAX-30 (índice alemão da Bolsa de Valores de Frankfurt) reagiu perdendo 10%. Entretanto tem-se recuperado vendo reduzidas as perdas para 5%.
Em tempos de choque não será oportuno tomarem-se decisões precipitadas. De momento os peritos das Bolsas aconselham prudência aos investidores. Penso que de momento o mais importante será seguir a reacção das Bolsas dos USA, e a valorização e desvalorização do Euro e da Libra em relação ao dólar.
O Brexit tem ainda muitas pernas para andar. Uma das hipóteses que não excluiria seria um novo referendo no Reino Unido. Com a saída da GB da UE penso que quem perde mais é a UE atendendo ao facto de que a GB é a segunda potência económica europeia e com assento em diferentes organizações mundiais.
Independentemente dos diferentes interesses de pertença ou não à UE será um facto, que a nível económico, para já não há vencedores: perdem a UE e o Reino Unido.
No artigo apresentei dados e não qualificações moralistas. O importante é ter-se o maior número de dados possível, na formação de opinião; quanto mais perspectivas melhor. Os benefícios e prejuízos provindos da situação criada entre GB e UE não são em sentido único. Interessante, para se poderem tirar conclusões mais objectivas, seria importante apresentar o desenvolvimento das cotações e índices de NYSE, Nasdaq e Dow Jones e do DAX, do FTSE 100 e do Stoxx Europe 50. O mesmo se diga em relação à comparação do desenvolvimento da moeda.
No dia 23 de Junho, o Reino Unido votou pela saída da EU e o DAX-30 (índice alemão da Bolsa de Valores de Frankfurt) reagiu perdendo 10%. Entretanto tem-se recuperado vendo reduzidas as perdas para 5%.
Em tempos de choque não será oportuno tomarem-se decisões precipitadas. De momento os peritos das Bolsas aconselham prudência aos investidores. Penso que de momento o mais importante será seguir a reacção das Bolsas dos USA, e a valorização e desvalorização do Euro e da Libra em relação ao dólar.
O Brexit tem ainda muitas pernas para andar. Uma das hipóteses que não excluiria seria um novo referendo no Reino Unido. Com a saída da GB da UE penso que quem perde mais é a UE atendendo ao facto de que a GB é a segunda potência económica europeia e com assento em diferentes organizações mundiais.
Independentemente dos diferentes interesses de pertença ou não à UE será um facto, que a nível económico, para já não há vencedores: perdem a UE e o Reino Unido.