TOLERÂNCIA E PRECONCEITO – DOIS PRESSUPOSTOS DO PENSAMENTO

Como o Rebanho a pastar no Lameiro do politicamente Correcto da Polis

Por António Justo

Todos nós estamos mais ou menos prisioneiros da época em que vivemos. Por isso condenamos facilmente outras épocas e tempos, sem notarmos que o motivo que nos leva a condenar apressadamente o passado e os outros é o mesmo que impede de condenarmos o que se passa em nós e no nosso tempo.

Uma necessidade intemperada de definição e de identificação leva-nos a definir o outro como o oposto para assim nos vivenciarmos como próprios; se nos definíssemos no Outro, com letra maiúscula, certamente encontraríamos muito de comum em nós e nos outros e nos sentiríamos agradecidos por através deles nos sentirmos mais nós. Objecto de análise terá de ser sempre nós e os outros no tapete do passado e do presente numa perspectiva de futuro.

Quando se vê o problema, a culpa só nos outros significa que anda não nos conhecemos bem e deste modo não se não nota a necessidade de mudar. Deste modo se dissimula e abafa a justiça. Porém só a veracidade e a compreensão têm futuro. As instituições e ideologias podem ser bengalas a que nos apoiamos, mas seria um atraso de vida andarmos sempre agarrados a elas.

Até as leis e a jurisprudência, que parecem tão objetivas, incluem uma grande margem de interpretação, para poderem ser aplicadas segundo o “zeitgeist”, dos  interesses e princípios que se vão mudando ao longo do tempo. Por isso as leis têm um espaço de discernimento (discricionariedade judicial) além do  caráter político.

O julgamento do tempo é geralmente o pensar politicamente correcto (o crivo) que se pressupõe corresponder à ideologia da classe dominante para a maioria ou à lógica considerada certa. Em vez de nos referenciarmos com o Outro somos enredados na visão do Zeitgeist.

Os tempos mudam rapidamente, as mentalidades levam muito mais tempo a mudar-se; quanto às opiniões a mudança anda a par com a capacidade de reflexão pessoal e com as circunstancias acompanhantes.

Na sociedade contemporânea o Zeitgeist impede a reflexão e uma análise objectiva sobre a relação entre a realidade e o que somos levados a apreender dela. Hoje em dia, as reivindicações morais dos indivíduos estão acima da lei e da ordem (cf. Carla Rackete). Democracia sem leis não funciona. Tudo depende de todos, uns completam o que falta aos outros, por isso quanto mais todos mais tudo.

Num meio simplicista que divide a sociedade, a política, a crença em bons e maus a reconciliação não entra em jogo. Impossibilita-se a compreensão da mentalidade do adversário porque não se reflectiu sobre a nossa.

© António da Cunha Duarte Justo

Teólogo e Pedagogo

In “Pegadas do Tempo”

DEUSES DO OLIMPO POLÍTICO QUEREM CENSURAR O PENSAMENTO LIVRE

 

Plataformas YouTube, Twitter e Facebook obrigadas a substituir o Poder judicativo?

António Justo

Na mitologia antiga (o eterno hoje), no Olimpo, o Deus Júpiter castigou Prometeu por este ter dado o fogo dos deuses à humanidade.

Como outrora, a posse do fogo constituiu um passo decisivo para o desenvolvimento e independência da humanidade, o acto de Prometeu ter roubado o fogo do Olimpo abria perspectivas para os humanos se tornarem independentes dos deuses e a sua posse constituía uma ameaça ao poderio dos deuses; consequentemente Prometeu foi severamente punido por eles.

Também hoje o acesso do povo ao pensamento livre e a sua liberdade de expressão parecem constituir ameaça ao domínio da classe política que, embora de fraco pensamento, quer controlar a opinião e para isso castigar o novo Prometeu (Facebook, YouTube, etc.), vulgarizador de ideias e opiniões.

Hoje os “deuses” do nosso Olimpo político querem proibir-nos de pensar e de expressar o pensamento, com pseudoargumentos que escondem segundas intenções.

Até a ilusão do fraco povo de desejar pensar por cabeça própria é percebida como ameaça por parte de uma elite débil tão encarneirada nas filas do mainstream, como o povo que dirige.

Os detentores do domínio político, em vez de se dedicarem a uma melhor democratização da economia e da informação, não suportam a democratização do pensamento, arranjando para isso motivos falsos para censurarem as opiniões expostas. Naturalmente que há gente mal-educada que abusa desses meios virtuais tal como a classe dirigente abusa dos Media; também a manifestação emocional popular, muitas vezes, é injusta, mas para isso há leis para castigar os infractores e a elite não precisa de reagir como a Princesa deitada sobre a Ervilha!

As Plataformas YouTube e Facebook estão a ceder à pressão da política no sentido de censurarem previamente mensagens a postar. A “clerezia” e “fiéis” do politicamente correcto querem aos utilizadores menos felizardos lhes seja permitida uma expressão de indignação educada em seu favor, como se não houvesse leis para castigar os infractores. Pode considerar-se sintomática a reacção imediata da plataforma YouTube à influência que o YouTuber Rezo teve no desfecho das eleições na Alemanha em desfavor da CDU.

O Ódio e a má-educação nos meios digitais sociais

A procura de influência é cada vez mais agressiva numa sociedade de concorrência de interesses cada vez mais repartidos. Trata-se de Poder! Assiste-se à radicalização da linguagem política, à falta de nível, por nos encontrarmos cada vez mais distantes das convenções culturais e a responsabilidade social parecer estar a tornar-se numa palavra estranha.

Também é verdade que uma só pessoa, o jovem youtuber Rezo (1), à última hora, conseguiu influenciar as eleições na Alemanha em desfavor de Ângela Merkel. Isto não legitima, porém, o medo exagerado perante os influenciadores que usam da polarização e da emocionalização, para conseguirem o aplauso de pessoas não preparadas.

A intenção agora declarada pela plataforma YouTube (5.06.2019) é impedir “extremismo violento” e “proibir e eliminar vídeos que discriminem alguém pela sua idade, raça, cor de pele, religião ou orientação sexual” (2). A religião política de cariz tecnocrata e democrático pretende uma liberdade vigiada por um clericato laico que excomungue do seu reino (Democracia) quem não professar o credo do politicamente correto; para isso estabelece que sejam jogados para fora dos muros da cidade os denominados “islamófobos”, “xenófobos”, “extremistas”, “populistas” enfim, quem não siga o estatuto dos deuses e não professe uma verdade encarneirada.

Numa perspetiva do cidadão, será de pôr a pergunta: Quem discrimina quem? – a criança que berra para ter a sensação de ser ouvida ou o “irmão maior” que tudo quer sob o seu controlo? O propósito dos temas a censurar é de tal modo abrangente que esconde a soberania e arbitrariedade de interpretação em favor da censura e torna-se num criado de políticos que cinicamente querem ser confundidos como defensores da liberdade. Estamos a chegar a um ponto em que a indignação popular chega a ser considerada crime por não corresponder aos interesses de poder de quem dirige. Porque não se recorre ao poder legislativo? A missão de governar é cada vez mais difícil, mas não se pode deixar o comando superior à técnica e suas plataformas.

 À espionagem global através de Google e de outros segue-se a censura globalizada. Naturalmente que tudo o que incita ao ódio, ao assédio, à discriminação e à violência deve ser chamado à responsabilidade e até multado. Para isso há leis e tribunais; doutro modo passamos o foro jurídico da democracia para empresários ao serviço de interesses anónimos. Twitter e Facebook, que foram grandes beneméritos na democratização da informação, estão a tornar-se, devido a pressões políticas e a abusos organizados, em censuradores da liberdade de expressão e a discriminar uns usuários em nome dos interesses de outros!

Os representantes da democracia querem-se legitimar através do povo, mas não parecem querer ser confrontados com a indignação popular desordenada. Cada vez se observa mais que a classe política instalada num Olimpo de deidades intocáveis quer determinar como crime o pensamento não correcto, para tudo o que se encontra abaixo da sua nuvem. É naturalmente necessário prevenir, mas sempre no sentido da defesa da pessoa e da dignidade humana.

Também é de compreender a impaciência dos nossos políticos, em democracias cada vez mais complexas e com ideias à deriva e, como tal, mais difíceis de governar; a democracia sente-se ameaçada e o sistema democrático ocidental encontra-se em rivalidade directa com o sistema ditatorial chinês que se gaba de conseguir mais desenvolvimento, em pouco tempo, do que o que as democracias estão a conseguir agora! Daí não é de admirar que os detentores da democracia se encontrem cada vez mais em apuros e façam dela uma religião!

© António da Cunha Duarte Justo,

In “Pegadas do Tempo”

 

JÁ SOLUCIONARAM O PROBLEMA “PORTUGAL LIXEIRA”? CLASSE GOVERNANTE COM OUTROS INTERESSES?

A Violação  da Mãe Terra – Portugal importa Lixo altamente poluente da Itália

Na Ásia já há países a exigir o retorno de lixo chinês para a terra onde é produzido. Em Portugal, um país europeu abre as portas aos comerciantes de lixo que enriquecem com a poluição da terra, procurando lugares onde o povo ainda dorme e os governos vivem mais virados para tais boys do que para o interesse do país! O cum quibus das declarações ministeriais revelam a total irresponsabilidade do governo em relação à defesa do ambiente!


Por onde andam os ecologistas?

As empresas em questão serão a Valor-Rib, a Rima e entre outras a CITRI do grupo Sapec em Setubal mas só fazem o que a política lhes proporciona.


Muito lixo na cabeça impede de ver a doença agravante a que a terra está a ser sujeita com tanto lixo a ser produzido e a ser levado para os países mais pobres e em que os políticos são ignorantes ou coniventes.

O governo deveria ocupar-se dos problemas reais e menos da ideologia na cabeça e no sistema!
As notícias passam e ninguém nota:hhttps://www.rtp.pt/noticias/pais/portugal-esta-a-receber-toneladas-de-lixo-italiano_n959122

Portugal importa Lixo altamente poluente da Itália, criando irresponsavelmente problemas para as gerações vindouras. Abusa-se da mãe terra, como se ela fosse apenas objecto para satisfazer devaneios.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do tempo

PORQUE NÃO DEIXARMOS DE SER PATOS E NOS CONTENTAMOS COM A CAÇA AOS GAMBUZINOS!

Em tempos de campanhas eleitorais torna-se mais que necessária uma auto-análise sobre o exercício da cidadania.

Independentemente das facções políticas que nos têm governado, continuamos a ser um país desgovernado; se fossemos um país bem governado poderíamos ser um país como a Suiça.

Em vez da “ínclita geração” que nos tornou grandes, passamos a ter jacobinos que fazem as coisas de tal modo embrulhadas que o povo anda sempre atrás do acontecimento!

Os nossos dançarinos do poder mais que inteligentes parecem ser espertos que conseguem pôr todo o povo no jogo da caça aos gambuzinos! Persistimos em ser patos!

Desejo a todos um bom fim de semana!

António da Cunha Duarte Justo

DA URGÊNCIA DE UMA ÉTICA GLOBAL PARA A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

1° Projecto de Orientações éticas da UE para o Desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA)

António Justo

A China está a estabelecer um “sistema de pontos de crédito social” (1) para recompensar e punir o comportamento social de seus cidadãos com pontos; no sistema é registado o comportamento das pessoas; por exemplo:  quem usa a bicicleta como meio de transporte, quem pagou as facturas, quem visitou os pais, etc. Quem não se comporta bem ou tem uma má pontuação social não recebe empréstimos, nem bilhetes de comboio, de avião, etc. Nos USA há um sistema de crédito bancário que com o tempo poderia também ele ser desenvolvido para controlo generalizado. Na Europa também há países em que se nota uma tendência para controlar o cidadão através dos dados bancários e das finanças. Já hoje, os algoritmos decidem quais os anúncios e a propaganda aferida às tendências da pessoa e que se recebe no Facebook/Smartphone.  Naturalmente não há comparação entre estes países e a ditadura de informação técnica (IT) chinesa, mas a sociedade corre o perigo de caminhar nesse sentido: vigilância completa por poderes anónimos.

O projecto de orientações éticas da UE (2) para lidar com a Inteligência Artificial (IA) foi agora (7.05.2019) apresentado por 52 especialistas de universidades, empresas e da sociedade civil na intenção de garantirem regras que desenvolvedores, aplicadores e usuários da IA devem observar para não fugirem aos direitos humanos e princípios fundamentais.

A criação de sistemas de armas autónomas, automóveis sem condutor, medicina computorizada trazem consigo a preocupação de quem é que decide e até que ponto são respeitados os valores humanos e uma humanidade equilibrada. É preciso criar-se regras para que o controlo exercido pela pessoa não passe para segundo plano ou se abdique dele.  Os drones podem decidir por si mesmos sobre vida e morte. A indústria prefere, a nível mundial, fazer adiar decisões (28 nações já assinaram tratado contra o desenvolvimento de tais armas (a Alemanha não).

A IA não pode poder tudo nem determinar tudo…. Com ela está em jogo o lugar da pessoa humana na Criação. De acordo com os especialistas da UE, também se deveria impedir a criação de uma consciência artificial com sentimentos humanos (Coisa propriamente impossível: uma inteligência artificial alienada da humanidade e fora do controle humano poderia até destruir os seres humanos).

No caso de sistemas inteligentes poderem criar uma utopia restaria a questão se essa utopia não seria só para uma elite. Será difícil de evitar a criação de massas proletárias e de pessoas carenciadas a viver na dependência total. O saber tecnológico e de assistência a tais sistemas será tão elevado que levará a criar poucos centros de apoio com uma burocracia tecnológica de difícil acesso e deste modo monopólios que virão dar razão a algumas teses de Karl Marx, só que numa outra perspectiva de um totalitarismo comunista sócio do capitalismo de Estado (talvez no sentido de um modelo chinês).

O seu emprego também poderá ser fonte de maior justiça, mas é necessária uma atenção especial dado, em geral, serem os investidores e produtores que determinam a comportamentos e a consequente aceitação da oferta; o mercado obriga, como se vê no Google e Facebook.  A velocidade do desenvolvimento e dos grandes capitais que o fomentam levarão tudo o que é pequenada (aquilo a que chamamos povo!) a ser arrastada pela sua aragem e especialmente pelo poder normativo do factual. Quanto mais inteligentes e complexas as máquinas ou robôs, mais indolente se pode tornar a inteligência humana da generalidade, ficando reservado só para alguns o conhecimento e sua determinação.

Quanto a possíveis erros dos sistemas, há que distinguir entre os erros humanos (juiz) que são individuais e como tal situáveis e limitáveis e os erros de um sistema ou programa IA, onde uma decisão de um sistema de algoritmos poderia tornar-se num problema viral.

Segundo críticos do documento elaborado, o texto fala demasiado do deve-se e da minimização de perigos parecendo exagerada a precaução de uma ética que não se quer empecilho ao desenvolvimento.  Pessoas que criam esses sistemas de IA pretendem renunciar à sua responsabilização pelas consequências, de algoritmos complexos que avaliam enormes quantidades de dados para o sucesso e fracasso de uma decisão.

A China, que não se sente sujeita a standards ocidentais cristãos da dignidade da pessoa humana e seus direitos, pode tecnicamente distanciar-se e ganhar a corrida na concorrência. Daí a necessidade de uma ética abrangente e universalmente aceite.

Na discussão relativa à concorrência de quem conquistará os mercados com novos produtos, há grupos progressistas que consideram as ideias cristãs de defesa da personalidade humana como um atraso e um impedimento ao desenvolvimento da ciência. Também por isso o materialismo a espalhar-se mundialmente através de agendas luta tanto contra a tradição ocidental devido à sua liderança na filosofia de defesa da dignidade e dos direitos humanos.

Também por isso há movimentos contra a ideia cristã de o Homem ser considerado a coroa da Criação; é o caso de árias ONGs a atuar no Ocidente. Ele é, porém, sujeito e ao mesmo tempo objecto de uma ética humana que o defenda e obrigue a ser responsável também perante toda a criatura e responsável em relação ao futuro.

Uma Inteligência Artificial muito forte e dominante, se ficasse apenas nas mãos de interesses económicos e ideológicos, produziria rapidamente uma pequena elite privilegiada e uma maioria de “humanos inúteis” em que, num futuro não distante, o seu tratamento com dignidade poderia ser considerado um estorvo (isto num Zeitgeist em que certos parâmetros de qualidade de vida parecem querer sobrepor-se à vida!).

Todos se encontram a aprender, mas as pessoas que criam tais tecnologias, no momento da sua aplicação deverão estar conscientes de serem responsabilizadas pelas consequências – incluindo o pagamento de indemnizações.

 

Programar também a ética

Será preciso programar nos sistemas IA também planos de valores. As pessoas também usam as tecnologias para explorarem os outros. Por isso é de grande importância não perder o controlo sobre elas e sobre o seu uso.

A ditadura chinesa tem mais trunfos na mão do que os sistemas democráticos ocidentais apesar das suas lóbis contaminadas. Isto terá como consequência a elaboração de uma moral permeável no Ocidente. Quem determina o ritmo da música é o capital e a indústria. Tudo se está a formalizar em termos de viabilidade; as ideologias vão mudando e surgindo conforme as necessidades.

Em todo o discurso sobre a ética é, muitas vezes, esquecido que só é possível ética onde houver diversidade. As tendências igualitaristas, hoje em voga, correspondem a princípios antiéticos e antinatureza e correspondem ao suborno da liberdade e da natureza.  Os padrões éticos e morais nunca são universais, são sempre culturalmente determinados e profundamente enraizados nas pessoas. Não é possível em pouco tempo a integração global de padrões éticos universais como podemos verificar em relação aos direitos humanos. A ética de que se fala aqui destina-se a proteger a pessoa humana da dependência total de interesses anónimos da indústria e de robôs.

Os sistemas de inteligência artificial correspondem a um poder computacional a que falta a alma humana.

Se na nossa sociedade já a maioria dos cidadãos não tem uma ideia do porque pensa como pensa, devido à distância intelectual para com os criadores de consciência social, então com a IA só uma reduzida percentagem da população poderia pensar por si mesma. Se não se estiver atento nem nos precavermos, teremos uma sociedade de alguns gigantes e uma massa de pigmeus! No sistema atual ainda vamos tendo a ilusão de que a maior parte das coisas são determinadas por nós mesmos, mas com a ainda utópica IA descontrolada até essa ilusão desapareceria.

Como simples princípio de orientação ética poderiam ser as Leis da Robótica (3) ou princípios idealizados por Isaac Asimov em 1950: (a) um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal. (b) um robô deve obedecer às que lhe são dadas por um humano – a menos que tal ordem colida com a regra um. (c) um robô deve proteger a sua existência desde que esta protecção não colida com a regra um ou dois. (d) um robô não pode causar mal à humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal.

Em princípio, na automatização, a deliberação deve ser sempre da responsabilidade humana e não anonimizada. A comissão ética europeia também se tinha pronunciado neste sentido (4).

A ficção torna-se realidade num futuro previsível. Torna-se especialmente amedrontadora no sector militar e em certos sectores um risco para a soberania do Homem!

© António da Cunha Duarte Justo

Teólogo e Pedagogo

Pegadas do Tempo