ASSOCIAÇÃO ROCK “BANDIDOS” PROIBIDA

 

O grupo rock Bandidos MC Federation foi agora proibido e dissolvido na Alemanha por causa de actividades criminosas.

O Ministério do Interior anunciou ontem que todos os bens do ramo dos roqueiros alemães foram capturados  e confiscados.

As marcas do grupo “não podem ser distribuídas, publicadas nem usadas em uma reunião”, relata a imprensa alemã. Certamente também os coletes “Bandidos Germany” estão incluídos.

A associação onde actuava esforçava-se por “um aumento do poder terretorial e financeiro em oposição a grupos concorrentes de roqueiros-similares e impunha as reivindicações correspondentes pela força “, relatou o HNA 13.07.2021.

O grupo foi fundado em 1966 em Houston, EUA e tinha 650 roqueiros na Alemanha.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

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PORQUE NÃO MODERAR A SOCIEDADE DE TRÊS CLASSES?

Debate atual sobre as Pensões dos Deputados na Alemanha

O regulamento atual de reforma não está adaptado ao sistema democrático e é também injusto e anti-social.

Deputados alemães dos grupos partidários no Bundestag (MPs da CDU; SPD; FDP, Esquerda, Verdes) propõem uma reforma do sistema de pensões de deputados.

A exigência dos deputados deve ser levada ao Parlamento após as eleições federais no outono. Além de outras diferenças de trato, a regulamentação atual para reformados na Alemanha é de 48% e para aposentados do governo federal é de 67,5%.

Após um período legislativo de quatro anos, o direito de pensão de um membro do Bundestag já ronda os 1.000 euros por mês.

Deveria haver um fundo de pensões para todos, para o qual os empregados, os trabalhadores independentes, os deputados e os funcionários públicos contribuam e adquiram os mesmos direitos.

Todos deveriam contribuir para o mesmo seguro de pensão como na Áustria.

É anacrónica e incongruente com a democracia a existência hodierna de um status político especial para aqueles que são os servidores do povo (e eleitos pelo povo)!

Ponha-se fim à sociedade de três classes. A existência de elites pressupõe a existência de privilégios em relação ao povo segundo o princípio que ele mesmo constatou ao longo da história: “Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte”. Facto é que a inveja a ganância – duas negatividades não produzem positividade! As elites, a “burguesia” e o povo continuarão de uma forma ou de outra, mas em tempos em que se pretende uma sociedade adulta seria óbvio manter diferenças e falar claro, mas que não se finja!

É interessante ver como a nossa classe política para fazer ver o avanço do sistema democrático aponta para a situação dos três estados da sociedade na Idade Média, mas quando se trata de manter a situação dos privilegiados  que se criticam naquela, então a divisão de classes passa a ser aceitável e democrática! Vale-lhes a situação popular de ontem e de hoje que, nestas coisas, não parece conseguir discernir!

Não seria de condenar a existência de diferenças de trabalhos e de funções, o que brada aos olhos são as diferenças abismais entre um pobre e um rico; comparando as situações das cúpulas do poder e da riqueza d as sociedades de ontem e de hoje,  as cúpulas de hoje vivem com mais exageros e extravagâncias (“qualidade de vida”!) que as de ontem em relação à constante povo!

Em nome da coerência e da transparência democrática seria tempo de mudarmos de atitude e de deixarmos um discurso abstrato hipócrita e demasiadamente enganador!

Os arautos da democracia, seus representantes e multiplicadores deveriam ponderar e estar atentos à frase do evangelho ” E ninguém põe vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho rebentará o odre e tanto o vinho quanto o odre se estragarão. Ao contrário, põe-se vinho novo em odres novos”. (Marcos: 2: 22)

António CD Justo

Pegadas do Tempo

 

 

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EDUCACAÇÃO EM TEMPO DE MUDANÇA E NA DISCIPLINA DE CIDADANIA

Reflectindo sobre a Influência dos Ares do Tempo

António Justo

O andar da sociedade, visto sob o prisma da responsabilidade individual e política, deixa muito a desejar por sobretudo nadar no sentido da corrente do tempo; parece não suportar a reflexão filosófica e até a educação se vê orientada para o sucesso e o lucro a curto prazo que se vêem-se acolitados por um moralismo superficial e intolerante a caminho da servidão.

Pretender  que se aprendam atitudes como se aprende uma técnica de serviço utilitário poderá ser o melhor caminho para se estabelecer um regime autoritário; o nosso pensar do tempo aposta em valores abstratos  não querendo orgânicas jerarquias (diferenças) no comportamento nem no pensamento (o pragmatismo e a eficiência tornaram-se no “bem” do tempo e espalham a crença de que com leis e semáforos vermelhos tudo se regula!). Consequentemente (1) na educação cívica não estão em foque a relação interpessoal (virtudes pessoais) nem a formação de atitudes de humanidade; fomentam-se sobretudo comportamentos mecânicos (aptidões de concorrência)  relativos a poderes e interesses grupais, a valores anónimos acompanhados de ícones do passatempo e da moda. Chega que tudo funcione e basta ter toda a pessoa em função; o sentido do Estado e o que parece interessar é apenas ver a máquina a funcionar, tudo ao serviço dos órgãos de interesse, na sua qualidade de componentes da máquina. Já Immanuel Kant recomendava a termos a coragem de usar a nossa própria razão para nos libertarmos da imaturidade autoinfligida.

Cada um é, por outro lado, considerado dono do mundo que se encontra dentro do seu computador (um mundo artificial que não o real!). Já não precisa de conquistar espaços nem de ser, bastam-lhe logaritmos e chavões de pensamento para aparecer! Cai-se assim numa educação utilitarista (2) que educa para a funcionalidade e para o progresso esquecendo o “educando” na sua qualidade de pessoa, pessoa integral!  A Informação é manipulada encontrando-se sobretudo em posse de fábricas de inteligência (técnicos de ideologias e de estratégias) e cada vez mais em posse de multinacionais como Facebook e Google (Deste modo, impercetivelmente, une-se o poder político ao poder privado na mesma tarefa de controlo do cidadão – da cidade e do Estado).

A Palavra, a informação  é a energia criadora originária  e permanente, por isso Deus falou e o evangelista João escreeu: „No princípio era a  Palavra, (a In-formação)”;  ela está sempre no princípio da cultura, do discurso, da formação e da criação; ela forma a pessoa que cria novos mundos, novas civilizações; essa mesma Palavra (in-formação), no reino vegetal, forma as plantas, todos os seres na qualidade específica de convergentes de informação (in-formação em processo de definição).

Por isso os poderosos se apropriam da palavra (informação), tornam-se autoridades (à imagem de deuses e não de Deus!), formatando-a, a seu modo, decidem sobre o significado e o sentido da palavra (ideia moldada).

A Palavra (in-formação)  que no princípio era divina e, como tal, parte de todos, em que cada um poderia sentir e decidir sobre significado e sentido, foi timbrada em nomes, frases opacas e, ao deixar de ser processo, deixou de estar no princípio para ser reduzida a gramática do tempo (poder) e assim, como objecto, tornar-se apenas em narrativa localizada e, deste modo, poder ser usada para reduzir os outros a consumidores (acaba-se a relação pessoal para a substituir pela conexão funcional; acaba-se com a comunidade e correspondente virtude/moral para se criar a sociedade do cidadão e correspondentes leis exteriores dependuradas em valores abstratos). Torna-se urgente proteger a gene divina da palavra (in-formação) que se encontra ameaçada porque o que é processo se torna em objecto limitado e deste modo passa a ser propriedade de alguns: os proprietários do espírito materializado.

Ao reflectirmos sobre a in-formação (Palavra) estaremos a proteger o seu ser divino em nós e nos outros. Se observarmos os ares que nos rodeiam notamos que não nos querem ver como seres direitos, como pessoas, como sujeitos criadores do mundo, desejam-nos tortos formatados como consumidores ou seres amarrados à sua trela (informação petrificada!). Quer-se transformar a Verdade (processo relacional) em crença apropriada, ou na narrativa que nos contam. O espírito do tempo quer uma sociedade “sã” que nos faz seus pacientes.

O entusiasmo pela técnica prepara o caminho para o abstracto numa narrativa sem poesia para ser contada e não precisar de ser explicada nem vivida (o velho “sacerdócio” foi substituído por tecnocratas ao serviço do sistema à custa da pessoa!). A sociedade competitiva de consumo não educa para a compreensão da pessoa e das coisas no sentido que lhes é próprio de complementaridade e humanidade, mas sim no sentido de autoafirmação, de concorrência (rivalidade), de exclusão e de funcionalidade. A governação baseada no crescimento justifica a desumanização da pessoa e da sociedade porque os fins passam a justificar os meios como se pode ver na sociedade consumista e de maneira extrema em regimes totalitários como a Coreia do Norte e a China!

Sem nos deixarmos oprimir por racionalizações nem por perturbações emocionais, importará começar por aprender a lidar consigo mesmo e a desenvolver o espírito de discernimento, de descoberta (curiosidade) e de humildade. Isto no sentido de tentarmos ter a coragem de deixarmos de ser ovelha e ao mesmo tempo não termos medo de reconhecer a necessidade de cães de guarda e de pastores! Cada pessoa traz em si o cordeiro e o lobo o que justifica uma educação no sentido prático de um humanismo cristão.

O espírito do tempo globalista para justificar um centralismo tecnológico anónimo vai, pouco a pouco, destruindo os biótopos culturais pessoais e regionais no equívoco de que só assim poderá ter poder directo sobre o indivíduo (pessoa reduzida a cidadão) e sobre as nações ou povos! Certamente também por isso se vai tendo a impressão de se pretender uma sociedade e indivíduo só mente, sem Deus, sem pessoa, sem alma, sem terra, sem família e sem mãe. Pretende-se um mundo só paterno com mente e sem coração. Não chega educar para a filantropia, é necessário integrar, na educação, a prática de olhar os outros (os diferentes numa relação pessoal e não só de interesses) com o olhar de Deus, com o olhar deles e assim descobrir em cada um Jesus Cristo, o irmão (e isto independentemente de instituição, etnias, culturas, crenças e ideologias). O olhar de Deus é materno e faz dos outros irmãos gerando-os como filhos. Isto implica educar para a transformação (e não para a confrontação, competição) a acontecer na transversalidade de espírito e matéria, de feminilidade e masculinidade, de integridade e engano.  Será necessário aprender a dar sentido à própria existência sem ter de continuar atrelado às necessidades artificialmente criadas e que se concretizam no ter dinheiro para as satisfazer ou no exercício de meras funções. Trata-se de descobrir a própria dignidade (personalidade) e não de ter apenas uma ideia dela sem que se torne virtude. A reflexão sobre a dignidade leva à minha descoberta de ser sujeito e não objecto numa inter-relação de sujeitos. Para isso seria necessário aprender a tratar-se a si mesmo com dignidade.

Vivemos num estádio cultural em que tudo é encaminhado para a exploração do intelecto e visto a partir do intelecto (ângulo cerebral causal a caminho da inteligência artificial): valores e normas, são transferidos e adquiridos num canto do cérebro. Não se pretende a consciência de identidade, de homem todo; no máximo quer-se um perfecionismo que parte da insegurança para gerar instabilidade servida por valores meramente abstratos.

Inicialmente temos de aprender a tratar-nos a nós próprios com amor e, concludentemente, trataremos os outros como nos tratamos a nós mesmos. Então dispensaremos modelos a seguir e deixaremos de andar a correr atrás de uma felicidade pressuposta fora de nós. A educação para a cidadania não deveria partir de medidas que consideram o outro como objecto de valores propostos a adquirir porque na sua lógica esses valores puramente abstratos pretendem transformar os outros em objectos, tudo numa coerência funcionalista, num clima social de valorizações e avaliações que no fim de contas serve sobretudo a classe dominante.

A cultura é deixada ao desbarato da decadência e ao desgaste dos ares do tempo.  A educação para a humanidade e para a paz não pode continuar a manipular o ensino tal como fazem os regimes que dão mais importância ao domínio da Universidade, da escola, dos média, que aos bancos (estes são transversais e comuns a todos os regimes não podendo ser anulados, apenas nacionalizados), porque sabem que aquele é que permanecerá como estabilizador do sistema.

A educação frisa a pessoa e a sociedade! Como podemos querer pessoas humanas e uma sociedade solidária se não entendemos nada do que está a acontecer com a educação escolar e social?

Educar para a paz é educar para a transformação, nunca para a confrontação porque a transformação pressupõe a transversalidade dos polos (extremos).

Penso que uma ótima maneira de encontrar apoios para o processo da própria transformação será dialogar com a natureza, entrar num templo e aí, sem ouvir ninguém, entrar-se numa de intuição, deixando o coração transcender e dizer: “Tu estás aí, eu estou aqui, no nós estamos juntos a fazer caminho”. Nesse estado, poder-se-á, mais facilmente, entrar em contacto consigo mesmo, através do silêncio, da natureza, do ouvir o mar e o respirar da montanha na transversalidade dos nossos sentidos. Então poderá iniciar-se uma transformação interior que primeiramente poderá criar um sentimento de dissidência para mais tarde se poder respirar o universo em nós, a humanidade em nós. Nessa atmosfera se nota também o emperramento em nós mesmos e as incongruências com o mundo das ideias ou intenções e propósitos que vinham de fora (expectativas) e não de nós! Então, pelo menos por alguns momentos, dar-nos-emos conta, da necessidade em nós, de sermos sujeitos e não objectos. Então dar-nos-emos conta do perigo de nós mesmos e da família sermos reduzidos à prática do eu penso, quero e compro; dessa distância poderemos observar o modo como somos sorvidos pela atracção do espírito do tempo na enxurrada social.

Então, quando me transformo já não me encaixo neste modo de viver social, mas como a transformação não pode ser alcançada sozinha, presto atenção a com quem vou. Aí mais sentirei a necessidade de criar ou me integrar numa comunidade própria.

Precisamos todos de uma interajuda mútua e autêntica. Isto pressupõe experienciar-se a si próprio, interna e externamente, e não menosprezar a actuação; essa entreajuda não se dá tanto como ajuda a alguém, mas como um ajudar-se a si próprio a experimentar o outro e a si próprio em comunidade.

Na sociedade civil as relações movimentam-se entre grupos de interesses em que cada grupo normalmente trata de proteger os bens/interesses da própria sociedade ou grupo. Como cada organização, cada partido, luta para a sua comunidade, a solidarização grupal impede, geralmente a solidariedade geral, porque lhe falta o interesse comunitário (cofunde-se a defesa do bem do grupo com o bem comum). Isso não implica que se recuse a homogeneidade entre os grupos.

Por isso uma sociedade solidária necessita de uma formação não só a nível de indivíduo e de sociedade, mas sobretudo a nível de pessoa e de comunidade!  Para uma educação para cidadãos adultos e consequentemente para a paz, não chegam os dados sociológicos nem as leis; para isso é necessária a vida transmitida pela filosofia, pela ciência e pela religião!

Cito de um autor desconhecido: “Não importa o tamanho do primeiro passo, mas sim em que direcção ele vai”. Para chegarmos à redescoberta da pessoa, da dignidade individual de cada um poderia ajudar um processo maiêutico de educação, como queria Sócrates como método filosófico para chegar ao saber.

António CD Justo

Teólogo e pedagogo

©Educação, in Pegadas do Tempo

 

  •      (1)  Em grande parte, encontramo-nos envolvidos num ensino e num discurso público enganadores! Fala-se de educação, querem-se mudanças, mas apenas de discurso: repudiam-se ovelhas e pastores, para os substituir por súbditos e tecnocratas (estes vestidos com a pele de ideias abstratas). Na sequência segue-se um ensino baseado em ilusões na peugada de convicções ideológicas ou de ideias gerais.
  •      (2)  Necessita-se de uma aprendizagem que dura toda a vida como resposta a um chamamento de fidelidade a si mesmo e à comunidade, tudo envolvido, a caminho numa pedagogia libertadora reflectida, num pensar e agir a vida a partir da pessoa, do povo (que não dos interesses corporativos), ou seja, a partir de Deus.
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FIM DE TODAS AS MEDIDAS CORONA?

 

Na segunda-feira, o primeiro-ministro inglês, Boris Johnson, confirmou que, no dia 12 de julho seria tomada uma decisão sobre a intenção do governo de parar de fazer regulamentações a partir de 19 de julho.

As regras de distância e os requisitos de máscara passarão a não serem aplicáveis, assim como a limitação de espectadores.

No Domingo foram registradas mais de 24.000 novas infecções e 122 mortes Covid.

64% dos maiores de 18 anos já receberam ambas as vacinas.

António CD Justo

Pegadas do Tempo,

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PROIBIDOS PRODUTOS PLÁSTICOS  DE USO ÚNICO NA UNIÃO EUROPEIA

Desde o dia 3 de Julho são proibidos, em toda a Uniao Europeia,  produtos plásticos de uso único (via única). Esta medida da EU levará o  comércio a afastar-se do plástico.

Produtos descartáveis de plástico (para deitar fora) são responsáveis ​​por 70% de todo o lixo marinho na UE..

A regra não se aplica a  cigarros com filtro de plástico, absorventes higiênicos e copos para viagem embora fossem possíveis alternativas.

Só na Alemanha, são usados 320.000 copos descartáveis ​​para café e similares, por hora.

As empresas municipais de eliminação de resíduos gastam muito dinheiro com a eliminação.

Com medidas deste género, esclarecimento e boa vontade, contribui-se para um meio ambiente mais saudável para o planeta.

António CD Justo

Pegadas do Tempo,

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