UNIÃO EUROPEIA – UM PROJECTO DOS PAÍSES GRANDES PARA OS GRANDES – POLÍTICA DE ASILO

UE pretende impor novo Direito de Asilo aos Países da Periferia

A União Europeia, ao criar a Zona euro, levou em conta a ruína das frágeis economias dos seus membros da periferia. Agora os países de economia forte, como a Alemanha, atraem os refugiados da guerra e da pobreza e não querem assumir, sozinhos, as consequências da situação criada em África.

A Alemanha por razões humanitárias, de mercado de trabalho e de envelhecimento da população, abriu as fronteiras aos refugiados sem consultar os parceiros europeus provocando uma corrosão do direito que até então regulava a entrada livre, sem controlo de passaportes, só para os países da comunidade. Agora sente-se invadida por mais de um milhão de refugiados em 2015. Como motora da EU, pressiona os seus parceiros no sentido de abdicarem do poder soberano nacional em questões de direito de asilo e fortalecer as fronteiras dos países limites da EU sem compensacoes para os países em situação precária também devida à sua posição geográfica e à reduzida população. Querem ver o direito de asilo centralizado, que seja regulado pela EU e não pelos estados nacionais. Na lógica de atenção aos grandes, o direito de asilo, a criar, deve salvaguardar excepções para a Inglaterra e para a Dinamarca.

Agora que as potências europeias ricas sofrem as consequências, da sua má política, no êxodo de povos para os seus países, pretendem distribuir os gastos da sua integração pelas “aldeias” tentando elaborar um compromisso que implicará novas regulamentações e também a obrigação de cada país membro aceitar um contingente de refugiados a determinar anualmente por Bruxelas na sua política de colonos. Pretende-se alcançar um compromisso até finais de Junho.

Países distraídos e subservientes (devido à corrupção da classe política comprometida que têm) costumam aceitar, em troca de um “prato de lentilhas”, à margem do povo, as regulamentações de Bruxelas sem precaverem as consequências que com elas acarretam para o país.

Enquanto os portugueses se esgotam numa discussão pública partidária esgotante que se pode resumir no mote “o meu partido é menos corrupto que o teu” ou na presunção pessoal “o meu é maior que o teu”, os países ricos da EU trabalham no seu interesse implementando leis que Portugal assina sem discussão e depois o povo e bem pensantes ainda têm a arrogância de dizer que o governo da Alemanha é egoísta por ter olhado pelos seus interesses enquanto a política portuguesa e a opinião pública se contenta com o cantar da cigarra!

Por um lado assiste-se à emigração de pessoal jovem qualificado dos países da periferia (que gastaram imenso dinheiro na sua formação académica) para os países ricos da Europa e estes, que ganham com a guerra e a miséria do povo das regiões muçulmanas, querem, por outro lado, impor aos países carenciados que aceitem o pessoal desqualificado vindo daquelas regiões.

As grandes potências europeias, em colaboração com os USA, fazem o negócio com a exportação de armas em lugares de conflito e com a exploração das matérias-primas africanas, provocando, juntamente com os contraentes regionais muçulmanos sunitas e xiitas, o êxodo de milhões de cidadãos.

A Alemanha, com o caos inesperado dos refugiados em casa, procura defender-se, com Bruxelas, e tentar distribuir os males pelas aldeias, tentando para isso implementar medidas e directivas que imponham os interesses estratégicos, políticos, económicos e geográficos dos países do núcleo contra os da periferia; interesses económicos e estratégicos do centro norte que são antagónicos aos da periferia e que esta mais tarde pagará caro.

Infelizmente, cada país procura na EU as suas vantagens e quem dorme perde o comboio. O núcleo criou o alargamento do seu mercado de alta tecnologia e máquinas para países como a China à custa de estes poderem concorrer com os seus produtos com as economias fracas periféricas. Antes os países fortes em tecnologia recebiam têxteis, peixe, manufacturados e produtos agrícolas de Portugal e de outros países da margem em troca da sua maquinaria para depois com o mercado aberto da UE passarem a receber esses produtos directamente da China por serem mais baratos do que os portugueses; as pequenas e médias empresas portuguesas foram destruídas por não poderem concorrer com o mercado barato chinês. Quem pagou, em grande parte, a factura da entrada dos alemães no mercado chinês foram os portugueses e os países da periferia. Agora com a política de imigração em via, a Alemanha e outras potências preparam-se para ganhar a próxima guerra da concorrência social entre as camadas desprotegidas dos países membros.

Uma sociedade não pode ser governada apenas por interesses económicos; uma EU que se preocupa apenas com os interesses imediatos das suas potências fortes não é digna da cultura europeia donde nasceu; precisa de voltar a uma ética de base cristã que defenda o amor ao próximo, ao estrangeiro e a misericórdia para com todos. Uma política imposta, de cima para baixo, por interesses estratégicos de algumas potências europeias fomenta o cepticismo e ameaça a coesão dos 28 países.
António da Cunha Duarte Justo

www.antonio-justo.eu

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CADA ANO EM CADA DIA – Bos Festas

Por António Justo

CADA ANO EM CADA DIA

Cada dia é novo ano
Cada ano é novo dia.

No sorrir duma criança
No chorar duma velhinha
No seu rosto brilha o Sol
Sua voz chama a Lua

Cada dia é luz e sombra
Cada ano é noite e dia

No nadar do peixinho,
No voar d’ avezinha
Dia e noite a vida canta
Noite e dia passa a vida

Cada dia é luz e sombra
Cada noite é sombra e dia.

A alegria vai e vem
A tristeza vai também.
A alegria canta a noite
A tristeza chora o dia.

Cada dia é luz e sombra
Cada ano é sombra e dia.

O dia abraça a noite
A noite abraça o dia.
Cada um é luz e sombra
Sem rancor assim é dia.
António da Cunha Duarte Justo

http://comunidade.sol.pt/blogs/ajusto/default.aspx

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CLASSIFICAÇÃO DAS 621 ESCOLAS DO ENSINO SECUNDÁRIO EM PORTUGAL

O ENSINO PRIVADO É MAIS ECONÓMICO PARA O ESTADO E TEM MELHOR RENDIMENTO

Por António Justo
A classificação (“ranking”) das 621 escolas portuguesas do secundário, em 2014-2015, mostra as escolas privadas na grande dianteira do ensino. As melhores médias nos exames nacionais do 12° ano são obtidas nas escolas privadas, sendo “nove das dez escolas com melhor média privadas”.  (Cf. http://www.publico.pt/ranking-das-escolas-2014/listas ) e http://economico.sapo.pt/noticias/conheca-o-ranking-das-melhores-escolas-de-portugal_101677.html Naturalmente também há grande diferença entre as escolas privadas.

Escolas estatais e privadas complementam-se, respondendo, cada qual, a diferentes situações e aspirações do país na construção de uma democracia e uma sociedade variada e plural. A livre escolha das escolas pelos pais revela-se como um meio propício de desenvolvimento para o país.

Os rankings de avaliação são uma forma justa de mostrar o rendimento das escolas; assim os encarregados de educação têm a oportunidade de ver quais são as escolas mais viradas para a excelência e para a formação da personalidade dos alunos.

Não se deveria aqui fomentar a concorrência entre as escolas do ensino privado ou estatal mas sim a responsabilidade. Os contextos sociais são determinantes, pelo que a comparação das escolas deveria motivar o Estado a investir mais em contextos sociais degradados. Seria mal se as escolas do estado se tornassem nas escolas do resto; também se tornaria nociva uma discussão ideológica entre os defensores do ensino estatal e do ensino privado; esta catalisar-se-ia , de um lado numa esquerda defensora do dirigismo do Estado e da massificação da população escolar e do outro  numa direita demasiado interessada num elitismo à custa da solidariedade. As escolas públicas do Estado, pelo facto de receberem mais alunos desmotivados ou em situação deficitária terão mais dificuldades em obter melhores resultados do que as escolas públicas privadas.

Numa sociedade extremamente permissiva torna-se normal o insucesso escolar. Mais que um ensino demasiado selectivo importa um ensino mais responsabilizador e menos virado para o facilitismo. O facilitismo discrimina e prejudica mais as camadas sociais desprotegidas – quem passa de ano devido a medidas administrativas, fica depois pelo caminho na luta real pela vida.A tendência da esquerda, em geral, para o facilitismo, está em contradição com as leis do evolucionismo e do progresso e contrapõe-se ao currículo das personalidades que o defendem (usando-se uma atitude defendida para as massas e outra para os seus ideólogos).

A escola deve dar resposta aos anseios dos pais e da nação. A política educativa do MEC tem sido insuficiente e seguido, por vezes, uma má política educativa que torna péssimo o que seria um bom aluno. As aprendizagens e o sucesso dos alunos na sociedade não parecem ser a preocupação da política. Deveria evitar-se formar uma geração rasca ou uma que se arrasta na construção de um presente sem futuro e como tal sem motivação; não chega contar com o impulso que vem das famílias ou dos amigos (Falta também uma verdadeira aposta no ensino profissional dual, à maneira alemã, muito eficiente porque virado para a inserção profissional e social do aluno). Na sociedade que temos, o risco e a incerteza só podem ser enfrentados com uma boa qualificação.

O Estado ao fomentar também o ensino privado poupa muito dinheiro pois encontra, nos encarregados de educação que colocam seus filhos no ensino privado, contribuintes que descontam para o financiamento do ensino estatal em geral e ao mesmo tempo contribuindo ao mesmo tempo com os custos dos encargos com os seus filhos no privado.

”O poder do feiticeiro reside na ignorância dos seus irmãos tribais”! Este dito popular descreve bem a política de ensino do MEC seguida há dezenas de anos (O MEC é o ministério onde os ideólogos de esquerda mais assentaram seus arraiais). O facilitismo e a falta de disciplina pedagógica e de disciplina no pensamento, nas escolas, são o melhor pressuposto para se fomentar uma sociedade massa e massificante e a melhor estratégia preparadora de uma sociedade de crédulos de ideologias que beneficiam o desmiolamento e a corrupção do próprio pensamento. A falta de saber contextual e a ausência do pensamento crítico tem dado lugar a um criticismo opinioso vulgar que não vê para lá do próprio prato!

Um Estado com um Ministério da Educação voltado para a mediania seguindo as leis da inércia e imbuído de uma ideologia simplicista e proletária não reconheceu ainda o problema da preparação dos seus cidadãos (na e para a Europa) para o presente e para o futuro. A Europa só pode sobreviver na concorrência com as sociedades emergentes através da aposta na investigação, na competência e no alto saber (a concorrência nos sectores de menor formação e de salários baixos está perdida devido à inflação dos mesmos na Ásia). Facto é que o ensino tem perdido nível intelectual e humano; professores e encarregados de educação têm sido enganados e entretidos com medidas sempre novas com actividades burocráticas ou medidas de ensino que dão a impressão de progresso social quando servem mais o progresso de interesses ideológicos do que o desenvolvimento ondividual; trata-se a sociedade como se fosse um jardim infantil à espera de rebuçados. Precisamos de um ensino que ensine a pensar, que ensine a saber e o porque se sabe ou se deve saber; o ensino nao inserido numa comunidade educativa responsável e responsabilizada, se transmitido como mera obrigação e sem portas de entrada para a vida profissional, prepara para a desilusão. O mestre eficiente é aquele que ao fazer aprende.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo www.antonio-justo.eu

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MISSA DO SÉTIMO DIA – A VIDA VIVE EM MIM

A VIDA VIVE EM MIM

A vida que em mim vive
É choro e canto, é noite e dia.
Um fazer desfeito
Na relação que passa

A vida que em mim vive
Na lembrança que voa
É fumo de fogo presente
Nos silêncios que se descobrem
No bafo da morte

Tu minha vida és morte que fica
Na sombra  que passa
António da Cunha Duarte Justo
In Poesia António Justo http://comunidade.sol.pt/blogs/ajusto/default.aspx

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ABONO DE FAMÍLIA E BENEFÍCIOS FISCAIS NA ALEMANHA EM 2016 e outras informações

ISENÇÃO BASE DE IMPOSTOS

A isenção de base para fins de imposto sobre o rendimento de empregados passa em 2016 para 8.652€. Isto quer dizer que um solteiro só paga impostos a partir desta base de rendimento e um casal a partir de 17.304€. Pessoas não empregadas, por exemplo, reformados e arrendatários, só são obrigados a fazer declaração de impostos desde que tenham um rendimento superior a 8.652€.
O montante de isenção de imposto por criança é de 4.608€. O montante para o cuidado, educação ou formação da criança permanece igual ao de 2015. A soma dos montantes de isenção anual de imposto é de 7.248€ por criança.

ABONO DE FAMÍLIA AUMENTADO

O primeiro e o segundo filho recebem, cada um 190€ por mês; o terceiro recebe 196 e o quarto, bem como cada outra criança mais, recebe 221€ mensalmente. Cada criança, a partir de 2016 tem de possuir o seu número de identificação fiscal. Dado o Abono de Família ser um apoio de compensação para a criança e poder ser alternativamente substituído pela opção pelo montante de isenção de imposto por criança, tem que ser comunicado o número de identificação fiscal da criança. A identificação impede também que pessoas recebam mais que um abono de família por filho.

MESADA DAS CRIANÇAS

Pessoas com baixos rendimentos recebem uma indemnização de 160€ à parte.

DESPESAS DE MANUTENÇÃO COM O PARCEIRO DIVORCIADO

Pessoas divorciadas (ou separadas permanentemente) que tenham de pagar manutenção ao parceiro, podem, no reajuste anual de impostos, fazer valer uma redução de impostos, para o efeito, até um valor de 13.805€ (outras informações em http://www.kindergeld.org/kindergeld-2016.html).

O MARCO ALEMÃO É RESISTENTE!

Alemães mantêm ainda em seu poder 12,9 mil milhões de marcos alemães, o correspondente a 6,6 mil milhões de euros) sem os trocar para euros. Mantem-se aberta a possibilidade de fazer a troca de marcos alemães (notas e moedas) por Euros nas filiais do Deutsche Bundesbank.

PIROPOS – CRIME DE ASSÉDIO SEXUAL

Em agosto 2015 foi feito um aditamento ao artigo 170º do Código Penal português, que penalizava “importunação sexual”, exibicionismo, os “contactos de natureza sexual” e que passou a penalizar também “propostas sexuais” não desejadas (piropos); são previstas penas de prisão até um ano, ou até três se dirigidas a menores de 14.

TURQUIA PROTEGE O IS E APRISIONA CRÍTICOS DO GOVERNO

A Turquia não respeita a liberdade de imprensa e aprisiona jornalistas (aprisionou dois antes da Cimeira Turquia-EU) pelo facto de possuírem documentos em que revelam a entrega de armas aos rebeldes sírios de confissão sunita, pelo serviço secreto turco (MIT). O presidente turco, Erdogan abastece os rebeldes sunitas contra os xiitas na Síria (Assad), faz negócio como o petróleo comprado ao IS, serve como corredor de terroristas para jihadistas, bombardeia posições curdas e impede a abertura de um corredor humanitário até Kobanê, bombardeia posições dos curdos empenhados no combate ao terrorismo islâmico IS e quer que a EU feche os olhos a tudo isto em troca de um certo controlo da Turquia sobre os refugiados que de lá seguem para a Europa (para o controlo dos refugiados recebe 3 mil milhões de euros da EU). A EU tem que se rebaixar a Estados de ideologia fascista que não respeitam a liberdade de imprensa, nem a liberdade religiosa, como é o caso da Turquia de confissão maioritária sunita. Na escala do índice de liberdade de imprensa a Turquia ocupa o lugar 149 dos 180 países nessa escala. Os sucessos dos curdos contra o IS são até criminalizados; o governo turco quer continuar a colonizar os curdos e para isso conseguir até o apoio da NATO.

PRÉMIO CARLOS MAGNO ATRIBUÍDO AO PAPA FRANCISCO

O papa aceitou receber de forma «excecional» o Prémio Carlos Magno (cinco mil euros, um diploma e uma medalha com a imagem de Carlos Magno 742-814), atribuído pela cidade alemã de Aachen a personalidades que se distinguiram pelo seu papel a favor da unidade e dos valores europeus. Francisco I ao falar no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, a 24.11.2014 apelou para se construir a Europa «que gira, não em torno da economia, mas da sacralidade da pessoa humana, dos valores inalienáveis».
O Vaticano, geralmente não aceita prémios nem cargos honoríficos!
António da Cunha Duarte Justo

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