O futuro presidente dos EUA, Trump, nomeou um enviado especial para a Ucrânia e a Rússia. O ex-general Kellogg foi nomeado por Trump para elaborar um plano e entabular conversações entre a Rússia e a Ucrânia, como informa a imprensa alemã.
Durante a campanha eleitoral trump tinha prometido pôr fim à guerra na Ucrânia antes de assumir o cargo se fosse eleito.
Deste modo é contrariado o objetivo declarado da NATO de só terminar a guerra quando ganhasse a guerra. É de se dizer, Trump (USA) locuta causa finita!
Agora os Media terão oportunidade de se tornarem mais objetivos nas suas informações e comentários em relação ao conflito geoestratégico de que a Ucrânia foi vítima.
O plano terá em vista congelar as linhas de fronte de batalha nas suas posições actuais e obrigar os dois contraentes a sentarem-se à mesa das negociações; se a Ucrânia não entrar em conversações de paz ser-lhe-á negado o fornecimento de armas e se a Rússia não entrasse em negociações isso pressuporia a continuação do fornecimento de armas à Ucrânia pelos USA. Também a adesão da Ucrânia à NATO é posta fora de questão.
Esta será uma oportunidade para a União Europeia se voltar para a Europa e defender os seus genuínos interesses; estes estão determinados pela geografia que pressupõe a construção de boas relações entre a Rússia e a Europa. No sentido do bem-estar da Europa e dos cidadãos só falta que a União Europeia reconheça o caminho errado que tem sido seguido até agora e o repare.
Os mais sacrificados foram os ucranianos e a Ucrânia que terá de ceder territórios à Rússia, o que não aconteceria se se tivesse mantido neutra.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
Duvido muito enquanto a Russia for dirigida pelo psicopata Putin.
A guerra tem sido conduzida por “psicopatas” de um lado e do outro. Seria ousado escolher uma psicopatia em vez da outra. O assunto encontra-se tão enredado e falsificado que não seria aconselhável a optar por nenhum dos negócios dos diabos Satanás e Belzebu.
Prezado Jorge Rodrgues, a NATO queria guerra e não conversações e por isso a Europa optou por um tipo de informação pós-fática e não fática. O acordo de paz negociado pela Rússia e Ucrânia em maio de 2022 em Istambul previa o fim das hostilidades, mas líderes da NATO, interessados não na paz nem no bem da Ucrânia, convenceram a delegação ucraniana a mudar de postura e a abandonar a mesa de negociações.
Os EUA e a União Europeia queriam a guerra por razões geoestratégicas e por isso incentivaram a guerra não ilusão de a ganharem mesmo à custa do povo ucraniano e da Ucrânia e dos interesses genuinos de uma Europa confusa. A partir de então os meios de comunicação social europeus demonizavam cada vez mais Putin para poderem continuar os seus objectivos e levar as populações a afirmarem a guerra em vez de conversações.
Que boa nova!
Duvido que A UE reconheça o erro!
Tem vindo a ser mais protagonista de erros do que acertos.
Lamentável é que não seja a primeira a padecer deles e neste caso, ficar em campo de batalha, para assim o compreender…
Manuela Silva , o orgulho dos poderosos (“filisteus”) não reconhece erros. Os seus interesses ofuscam-nos de tal maneira que não conseguem reconhecer e aceitar viver em compromisso com os interesses dos outros!
António Cunha Duarte Justo tristemente verdade. Muito obrigada pela pertinência e clareza de suas publicações
António Cunha Duarte Justo, quem invadiu foi a Rússia de Putin, convém não esquecer.
Jorge Rodrigues, o conflito dentro da Ucrânia com as populações russas sistematicamente preparado explodiu a pretexto de em novembro de 2013 o Presidente ucraniano Yanukóvich se recusar a assinar um acordo de associação com a União Europeia, porque ia contra os compromissos do Estado de se manter como estado neutro. Entretanto os EUA já tinham investido muitos biliões de euros para poder levar o povo a secundar os interesses geoestratégicos americanos e poder continuar a política de integrar na NATO (organização militar) todos os países vizinhos da Rússia que antes estavam sob o jugo da União Soviética. Para isso procuraram meter na mente dos europeus a ideia de que Putin queria voltar à antiga ideologia da União Soviética e que o conflito tinha começado com a inervenção russa em fevereiro de 2022.
A 22.02.2014 o presidente da Ucrânia Yanukóvich avisou que estava a acontecer um “um golpe de Estado” e fugiu; entretanto instalou-se um poder discriminador e perseguidor da população russa na Ucrânia.
Com o domínio do Mar Negro pelos países da NATO os interesses nacionais da Rússia seriam definitivamente tangidos, o que levou o povo maioritário russo a apoiar a reintegração da Crimeia na Federação Russa.
Muitos já se esqueceram das declarações de Victoria Nuland – alta funcionária do estado americano – sobre o apoio dos EUA desde 1991 a grupos internos nacionalistas. Esse apoio de biliões de dólares conduziu às forças do Maidan e depois ao golpe.
António Cunha Duarte Justo, nada disso justifica a invasão russa e a devastação de casas, escolas, hospitais e outras estruturas civis, sem esquecer a invasão e ocupação militar russa da Crimeia.
Jorge Rodrigues, para se entender melhor a complexidade do conflito, seria interessante haver uma discussão sobre a estratégia americana resumida na
“Doutrina Rumsfeld-Cebrowski” que com refere Javier Barraycoa: “Essencialmente, esta doutrina resume-se no seguinte: 1) Os Estados Unidos precisam de garantir recursos baratos dos países em desenvolvimento; 2) hoje as guerras coloniais convencionais para conquistar e dominar completamente a administração de um país são praticamente impossíveis (ou muito caras); 3) portanto, os conflitos de guerra devem ser prolongados numa “guerra sem fim”[16] que deixa “Estados falidos” (ver Líbia); 4) pela qual os Estados Unidos não tentariam mais vencer guerras, mas apenas iniciá-las (mesmo indiretamente através do ISIS) para prolongá-las pelo maior tempo possível (ver Afeganistão, Iraque ou Síria); 5) Sem um Estado em condições de negociar, a extração de recursos é muito mais fácil de extrair recursos. Neste link (AQUI) podemos encontrar uma lista de todos os neoconservadores envolvidos nos negócios petrolíferos e que ocuparam cargos de chefia na administração pública norte-americana, especialmente em questões de Defesa.
Os fracassos finais nestes conflitos levaram os “neoconservadores Straussianos” a repensar estratégias para manter a instabilidade global. Só nesta perspectiva podemos compreender a actual guerra na Ucrânia.”
Javier Barraycoa
Publicado em Pós-modernismo
António Cunha Duarte Justo, continuo a dizer que nada disso justifica o que a Russia fez e está a fazer na Ucrania.
Jorge Rodrigues , respeito a sua posição; no meu discurso não se trata de justificar nem tão pouco de ilibar alguém, mas sim de se reflectir e através da observação dos factos se contribuir para uma análise detalhada dos implicados nesta contenda onde não há inocentes, mas apenas perpetradores; os facto são tantos que querer explicar o conflito partindo apenas de um deles seria optar por uma narrativa de meros interesses de um só lado. Só assim, se poderá chegar a caminhos que conduzam a conversações de paz! A narrativa amplamente espalhada pelos meios de comunicação da EU conseguiu manipular de tal modo a complexidade da sociedade ucraniana e do que lá aconteceu a partir da queda da União Soviética que levou as pessoas a pensarem que o conflito se deixa cristalizar apenas na intervenção russa em Fevereiro de 2022. Sei que a História tem sido escrita e determinada pelos mais fortes, mas certamente que nem a tomada de posição pelos interesses de uns nem tão-pouco a tomada de posição por outros contribui para o esclarecimento da situação.
No fim de, tudo isto , quem paga ? São os inocentes que sofrem, sem terem culpa nenhuma !!
Conceição Azevedo , a história só tem lugar para os vencedores e estes sucedem-se uns aos outros ou alternam-se em conivência.