A GUERRA É UM PROFESSOR VIOLENTO

Tucídides, o primeiro historiador da história ocidental, dizia: “A guerra é um professor violento”!  O filosofo Heraclito adiantava: “A guerra é o pai de todas as coisas!

Os motivos da guerra na Ucrânia são a repetição dos da Guerra do Peloponeso (431 – 404 a.C.) e dos de outras guerras e conflitos pela história fora. A causa estava na rivalidade entre Atenas e Esparta que lutavam pela hegemonia em toda a Grécia!

Tucídides participou na Guerra do Peloponeso como comandante de frota e como não conseguiu impedir a queda da cidade de Anfípolis ao inimigo espartano, foi banido de Atenas por 20 anos. Estava empenhado na expansão da democracia do ático, que garantia a supremacia de Atenas na Liga do Mar Ático.

A democracia ática preparava uma ordem política baseada no princípio da soberania popular. A guerra começou quando as reclamações espartanas foram rejeitadas!

Como se vê a eterna causa da guerra está no facto de cada parte querer expandir o seu território para aí poder ampliar o seu negócio.

Trata-se de poder e não de razão, à margem da humanidade. O povo e a razão são sacrificados aos interesses do poder! A guerra persiste e os seus multiplicadores teimam em não quererem perceber a lição da História, também aqui rejeitada como mestra da vida! Em primeiro e segundo plano estão os seus interesses

António da Cunha Duarte Justo

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António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

8 comentários em “A GUERRA É UM PROFESSOR VIOLENTO”

  1. Triste história não há travão para os maus, eles sempre são uma má memória, na vida dos outros!

  2. Mas, que eu saiba, a Ucrânia não quis nem quer expandir o seu território. Aliás, já dele foi espoliado pela força, anos atrás.

  3. Joaquim Simões, não é esse o tema directo do texto. Ele alude aos interesses de potências geoestratégicas interessadas no conflito! Não se trata aqui de identificar o culpado directo ou os culpados indirectos. Importante é procurar criar um pouco de distância e manter sangue frio apesar da desumanidade do sangue quente que corre! Precisamente, na Ucraina havia uma guerra civil fomentada pela Rússia e pelos USA/Nato! A questão é muito complicada no que toca aos envolvidos no conflito que foi pouco a pouco acentuado. https://antonio-justo.eu/?p=7156 e https://antonio-justo.eu/?p=7149 e entre outros: https://antonio-justo.eu/?p=7116

  4. António Cunha Duarte Justo, só que, mesmo apenas nesse contexto, existe uma diferença fundamental: estamos na presença de uma disputa, quanto à influência regional, entre democracias (com todos os defeitos e todas as insuficiências que possam ter) e autocracias mafiosas ou “populares”. Além disso, temos que ter em conta quem é que decidiu impor, sem rebuços, a sua vontade a outrem.

  5. Joaquim Simões, é realmente um assunto complicado e por isso, em vez de fomentar posições a nível de alinhamento de trincheiras prefiro propor aspectos que nos levem mais a reflectir. Neste sentido tem-se feito pouco trabalho nos media e o que seria mais preciso seria fomentar o espírito da diferenciação e de paz! Tenho acompanhado o desenrolar dos acontecimentos na Ucrânia desde 2013 e o envolvimento de russos e Nato e da própria população ucraniana no assunto, o que me leva a ser cauteloso. Interessante seria além de ajudar os ucranianos apresentar possibilidades alternativas para a solução do conflito!

  6. A Guerra é um Professor Violento! Violento e incompetente. Séculos e séculos a percorrer o mundo e o mundo não aprendeu nada.

  7. Mafalda Freitas Pereira, a guerra é um professor violento também pelo facto de não reconhecermos que trazemos a guerra connosco! Já a saída do nosso Adão e Eva do paraiso correspondeu à saída de eles de uma pordem para tentarem iniciar uma outraa ordem, uma ordem já não divina mas baseada na razão. A passagem de uma ordem para ao outra corresponde à passdagem de uma obediência (Ordem) para a outra, o que implica uma desobediência. Cada ser vive na dicotomia de procurar a própria ordem e nos estratagemas que usa para tal situa-se também os da guerra. Não aprendemos porque a ordenação a nível do pensamento já se encontra distanciada de uma vida meramente existêncial.

  8. As razões para uma guerra são geralmente psicológicas. Quando não não sentimos paz, amor e felicidade, certamente procuramos isso fora de nós, através de conquistas, poder etc. Nenhum homem feliz faz guerra.

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