MORTE EM CASA!
Minha mãe entregou hoje, tranquila, a sua alma a Deus na mesma atitude de humildade com que afagou a sua existência durante a vida.
Teve uma presença em plenitude porque cria na vida depois da morte mesmo sem ter medo dela! Obrigado, mãe, morreste de olhos abertos! Obrigado, por teres sabido construir a tua felicidade servindo os outros!
Eu também estou contigo, na consciência de que tudo o que é cultura é uma fuga à morte!
Encontramo-nos todos irmanados a caminho da eternidade, vamos andando, mas sem pressas!
Este é um momento de gratidão e de esperança divina que se expressa na vida e na morte. Minha mãe viveu com Deus e morreu em Deus, sempre em espírito de serviço; fê-lo porque era boa.
Um instante de silêncio e um obrigado a todos os que sintonizam com este momento em família. Gabriela Rosa da Cunha faria 99 anos de Idade a 17 de Março de 2022. O enterro será amanhã 29.12.2021 às 15:30 horas.
Junto aqui uma poesia que já lhe tinha feito antes:
Mãe Minha Terra
Minha mãe
Minha terra, meu jardim
És terra, mundo e céu
O arco-íris no horizonte
Numa dança de cores em mim
Minha mãe, és a luz
O rubro do horizonte
Que brilha no mar
Da aurora ao pôr-do-sol.
Minha mãe, o dia já vai longe
Em teu rosto passa o tempo
Em raios de sol a lembrar
Os afagos do carinho.
Mãe, tu não vais, tu ficas
Na luz do amanhecer
No vale do rio a correr.
Tu, a outra margem de mim
És na brisa a voz do mar
A dar à luz, a vida em mim.
António CD Justo
in Pegadas do Tempo
Querido amigo Justo.
Que bonita partida, ou será chegada? Partilho contigo, na oração, a dor da partida da tua santa mãe, com a certeza da fé que o Senhor da Vida a recebeu no seu infinito e misericordioso abraço.
Grande abraço e bj para a Carola.