CULTO DO OFENSIVO NO PARLAMENTO EUROPEU!

Exposição no “Olimpo” Europeu com Jesus LGBT da autora sueca Elisabeth Olson patrocinada pelo parlamentar Malin Björk, do Partido de Esquerda da Suécia e que foi criticado por parlamentares.

A mesma exposição tinha sido recusada em 1999.

Resta uma pergunta: a “falta de respeito para com milhões de crentes em toda a Europa” seria possível se se tratasse de Maomé?

Certamente não; o que leva a uma conclusão triste: o medo é trunfo e só quem usa de maneira abusiva do poder consegue evitar os abusos concorrentes.

Numa altura em que o parlamento retira direitos aos cidadãos (lembre-se, a título de exemplo, a limitação de direitos de opinião nos media sociais e a exigência de exames para pessoas com carta a partir dos 70 e limitação de outros direitos a outros condutores) as instituições europeias tornam-se exímias em questões que poderiam ser qualificadas de libertinagem!

A liberdade de expressão parece ter os seus limites confinados aos simples cidadãos sem palco e sem patrocinadores. Enfim, roubam num lado para dar no outro!

Amostra de imagens em:

https://www.facebook.com/francisco.h.dasilva.3/posts/pfbid0285fte8phtT5rZgqeswSiXSPEyW2uEfZtAgbNT9BCiF9e1yvFdERRweykwi9imC3dl

António CD Justo

Pegadas do Tempo

A CORRUPÇÃO ANDA NAS BOCAS DO MUNDO

Os corruptos andam nas bocas do mundo, mas voam nas asas da TAP. De caso em caso a corrupção tropeça. Tropeça, mas não cai, como se documenta na imprensa portuguesa. A corrupção tem os braços do governo e de instituições cúmplices a dar-lhe as mãos como se pode ver exemplarmente no caso da TAP, de Sócrates, etc. Quem cai é a nação tornada trôpega e um povo tornado Verónica!

A corrupção em Portugal tem um caracter jacobino e crónico que a legitima dado ter por trás dela um espírito “redentor” de uma casta discreta sub-repticiamente instalada. A corrupção é tão atrevida que se torna ingenuidade criticá-la dado ser sistémica e coberta pelas irmandades de Bruxelas. Não fazem mais que seguir os valores da “ética republicana” de modelo maçónico. Temos assim uma burguesia portuguesa surgida do movimento napoleónico que se assenhoreou das ideologias universalistas ultracapitalistas e marxistas para delas se tornar o seu clero!

António CD Justo
Pegadas do Tempo

A GUERRA CULTURAL JÁ CHEGOU À PADARIA

Hoje li num jornal que uma cliente se queixou numa padaria em Kassel por ter na gama dos seus bolos o tradicional “bolo Nigéria”. A cliente considera isso um ataque racista a todas as pessoas de pele escura! Os donos da padaria, de tão inocentes que eram, logo mudaram o nome do bolo para „ bolo pudim da vovó”! Nova reacção não se fez esperar! O novo nome refletia um subtil desrespeito à idade para com a geração acima de 60 anos.

Nos nossos tempos temos sido assolados pela hipersensibilidade de um activismo moderno que alegadamente quer substituir a velha discriminação pela vigia.  A política dos woke (acordados) contra a discriminação tem criado verdadeiros guerreiros culturais que devido ao seu exagero se desqualificam.

É estranho que uma época de tanta grosseria e abuso por parte de governantes produza tanta sensibilidade para temas de justiça social específica. A uma atitude cada vez mais controladora da política junta-se um accionismo de puritanos do pensamento!

A vigília quer substituir a velha discriminação e o controlo vai substituindo a política!

Estamos em uma época muito contraditória e delicada!

António CD Justo

Pegadas do Tempo

DEMOCRACIA MINADA PELO MILITANTISMO DE ELITES ACADÉMICAS PROGRESSISTAS E CONSERVADORES DESEJOSOS DE SEGURANÇA

 

A Virtude está no Equilíbrio e prioriza o Altruísmo e a Reciprocidade

O ex-presidente alemão Joachim Gauck pôs o dedo na ferida da sociedade europeia. A sua preocupação com a necessária resiliência (capacidade de resistência) da democracia para superar um clima de incerteza e insegurança em que vivemos, é motivo grave de inquietação porque parte de uma realidade social cada vez mais dividida e antagónica.

Gauck, no Süddeutsche Zeitung, alertou para um “abismo crescente entre as turbas (forças) progressistas que correm o risco de se desviarem para o absoluto e os grupos que se sentem oprimidos pela mudança”. Sob o impacto de múltiplas crises, grupos populacionais “tradicionais e voltados para a segurança” estão cada vez mais tímidos perante a diversidade cada vez maior da sociedade e exigem “lideranças mais robustas”. “Por outro lado, partes de uma elite universitária progressista estão desenvolvendo modelos de progresso centrados em grupos nos quais a universalidade dos direitos humanos é relativizada ou negada e o período do esclarecimento (iluminismo) é apresentado como um elemento do domínio ocidental”. Procure-se, portanto, um caminho “entre a frustração e os receios de alguns e as intenções quase missionárias dos progressistas”.

É crime tudo o que divide a humanidade; mesmo assim, a divisão torna-se cada vez mais presente e agressiva e com razões fundadas para isso.

A sociedade civil, cada vez força mais as pessoas a viverem em uniformidade por meio de agendas. A uniformidade e a conformidade dão, a pessoas simples e mentes ajustadas, uma sensação de segurança, mas os demais sentem-se oprimidos e querem cada vez mais a sua liberdade em critérios que os formadores de opinião determinam. No entanto, o desejo de conformidade continuará a encorajar as partes porque a atração da conformidade já está nos animais do rebanho. Socialmente, o que mais preocupa é verem-se tantos rebanhos em combate de morte uns contra os outros. Domina a intolerância e o jacobinismo entre mundivisões e entre grupos agendados.

Por outro lado, as democracias estão a tornar-se extremadamente piramidais sem terem em conta a aceitação da horizontalidade; têm elites que pensam continuar a poder manter o domínio mediante estratégias de polarização das massas com a ajuda de contracorrentes a actuar na sociedade.

O peso moral do culto pelo novo, o globalismo liberal, o desprezo pela tradição e o desrespeito sistémico pelos idosos é de observar sobretudo na atitude arrogante com que novos figurinos actuam na arena pública criando um clima tenso e insuportável. A política fiscaliza a sociedade sem a acompanhar. Está mais virada para partidocracia, nepotismo, novo-riquismo que são verdadeiros atentados contra a democracia e contra a paz social.

Urge uma mudança de mentalidade, uma reforma básica que preserve a estrutura democrática, actualmente atacada por todos os lados. Urge fazer do mundo um lugar melhor para as pessoas viverem; a luta exacerbada entre progressistas e conservadores só atrasa o desenvolvimento e dá-se à custa do bem-estar de todos. Uma política que polariza o povo é indigna dela porque cria inimizades e destrói a confiança O cidadão precisa de uma política e de uma atitude social que, por um lado, dê às pessoas mais proteção contra abusos e opressão e, por outro, mais responsabilidade pessoal.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

25 DE ABRIL NO CHEIRO DA COR DO CRAVO

NO CHEIRO DA COR DO CRAVO
A história do meu povo
Ainda está por contar
Ela corre no Douro e Tejo
Em busca do Sol no mar.
.
No rasto da ditadura
Da ditadura se vão
Os abutres de Abril
À conquista da nação
.
Cívicos de profissão
Os pupilos da revolta
No cheiro se vão
Do cio do cravo
.
Em togas de doutores
Todos andam enfeitados
Com os cravos roubados
Nas promessas do Abril
.
Abril beijo de liberdade
De lábios em movimento
Num Estado embrulhado
De falas sem pensamento.
.
Falta dele o despontar
De um sonho por abrir
De uma carta por sonhar
Abril anda triste sem florir
.
Do povo fica a marcha
Da nação a desobriga
Da liberdade a cantiga
Dos heóis de Abril a lábia
.
Na cidade passa agora
Um cheirinho a demónio
Anjos de ontem na onda
Dos tempos do António
.
A história do meu povo
Ainda está por contar
Ela corre no Douro e Tejo
Em busca do Sol no mar!
António CD Justo
In “Pegadas da Poesia”, Oxalá Editora, 2018