OS NOVOS CRUZADOS DA DEMOCRACIA

 

Até onde chega o ridículo e a falta de vergonha de um PM?

Esta foto que nos mostra o Primeiro Ministro português camuflado de soldado, ficaria melhor na capa de um romance criminal ou num livro de ilustração de caricaturas

Trata-se de uma foto (2022-03-22) aquando da preparação de soldados portugueses para a sua partida em abril, para a Roménia.

Estamos numa sociedade com políticos cada vez mais camuflados como que a dar exemplo para que a sociedade civil portuguesa se militarize.

Onde nos levou a histeria! Isto independentemente da cor política a que pertençam! Atualmente igualam-se todos!

A Vergonha fica na cara da Democracia e em grande parte dos eleitores!

Estarão a preparar-nos para uma terceira guerra mundial ou será só carnaval?

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

 

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O PAPA QUALIFICOU O REARMAMENTO DE INSENSATEZ

O Papa Francisco criticou os planos de aumentar as despesas militares devido à guerra na Ucrânia.

Ficou envergonhado quando os viu, disse o Papa numa recepção organizada pelo Centro Italiano da Mulher no Vaticano. “Loucura”, disse ele: armas, sanções e alianças militares, foram a resposta errada.

De facto, é chocante a rapidez com que o governo federal alemão e grande parte dos media públicos abandonaram as políticas anteriores mais orientadas no sentido dos cidadãos e da paz (De repente são aprovados mais 100 mil milhões de euros para armamento!). Em vez de se removerem as armas nucleares do solo alemão, devem ser comprados novos aviões de combate que possam transportar estas armas.

É também chocante a forma como os governos dos países europeus estão a juntar-se às fileiras militares e cada vez estão mais dispostos a investir nas despesas militares e menos nas necessidades humanas dos seus cidadãos. Aproveitam-se do desvio das atenções dos cidadãos!

A vontade política é aumentar ainda mais as despesas em armamento. Portugal, que está quase no topo dos países europeus que gastam, proporcionalmente, mais dinheiro nas forças armadas, ainda quer aumentar o orçamento nesse sentido. Atendendo à realidade económica e social de Portugal, tem-se a impressão que a nossa elite política quer, simplesmente, encostar-se ao lado dos grandes à custa dos contribuintes portugueses e dos cidadãos que se veem obrigados a apertar mais o cinto!

Por outro lado, as armas são enviadas numa guerra que prolonga a guerra e leva a mais sofrimento e morte.

A maneira precipitada como os políticos estão a agir só pode provocar um abanar de cabeça em quem pensa!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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PROIBIÇÃO ESCOLAR PARA RAPARIGAS A PARTIR DA 6ª CLASSE NO AFEGANISTÃO

A partir de ontem, abertura do novo ano lectivo (23.03.2022) as escolas do ensino secundário já não estão abertas para meninas.
As raparigas não têm direito aos direitos humanos. Nalgumas culturas os valores culturais tradicionais são sobrepostos aos direitos humanos!
Durante o regime talibã nos anos 90, as raparigas não eram autorizadas a ir à escola. E as mulheres não eram autorizadas a trabalhar fora de casa.
Os Taliban seguem o Alcorão à letra
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
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REFORMA DA CÚRIA VATICANA – MENOS PODER E MAIS SERVIÇO

O Papa Francisco impede o Carreirismo na Cúria

A Cúria Romana está ao serviço do Papa, que, como sucessor de Pedro, é o princípio perpétuo e visível e o fundamento da unidade tanto dos Bispos como da multidão dos fiéis.

O Sumo Pontífice apresentou a nova Constituição Apostólica “Praedicate Evangelium” (Proclamai o Evangelho) em que determina uma reforma da Cúria (1). A nova ordem para a administração do Vaticano foi promulgada pelo Papa Francisco no dia de S. José, 19 de março de 2022 e inclui numerosas modificações (2) entrando em vigor a 5 de junho (Festa do Pentecostes).

Todos os principais departamentos do Vaticano são agora definidos como dicastérios (ministérios do Vaticano) em referência directa com o Papa. Os dicastérios passam a poder ser dirigidos por pessoas que não são padres, bispos ou cardeais. Lê-se na Constituição: “Esta vida de comunhão dá à Igreja a face da sinodalidade; uma Igreja de escuta mútua “na qual todos têm algo a aprender”. Os leigos – e, portanto, também as mulheres – podem chefiar departamentos do Vaticano “para alinhar mais o exercício do ministério da Cúria com o caminho da evangelização que a Igreja está a seguir”.

O papa põe termo ao carreirismo e impede a formação de redes de poder, ao decidir que o limite de posições de topo no Vaticano será de dois períodos de cinco anos e nenhum clérigo pode servir na Cúria por mais de dois mandatos de cinco anos.

O papel da Cúria Romana passa a ter um maior caracter de prestadora de serviços para as igrejas locais em todo o mundo. “A Cúria Romana não se situa entre o Papa e os bispos, mas coloca-se ao serviço de ambos”.

A Secretaria de Estado assume o papel de um secretariado papal em nome de uma melhor funcionalidade. O Dicastério para a Evangelização fica sob a presidência directa do Papa (Artigo 55). A sua divisão em duas secções – disciplinar e doutrinal – estabelece uma clara separação entre as questões de disciplina e as questões de fé (talvez devido à experiência dos abusos sexuais).

Francisco acentua, no preâmbulo, o sentido espiritual da cúria no sentido da sua última encíclica “Fratelli tutti” sendo o seu enfoque na evangelização ou missão.

A questão do cânone 129 do Direito Canónico, que limitava os cargos ao clero como competência governativa na Cúria, terá que ser remodelada!  Segundo o especialista em direito canónico Padre Gianfranco Ghirlanda S.J a Constituição decide que não é a ordenação, mas sim a missão canónica que conta.

No passado, a forma de colegialidade foi respeitada e estabelecia um certo limite. Agora o único limite para a colegialidade é o próprio Papa. No futuro as decisões serão mais burocráticas e, em última análise, o papel do Papa é enfatizado (3).

O documento da Constituição da Cúria tinha começado a ser preparada em 2014 pelo grupo consultivo do Papa (Conselho de Cardeais) e esteve sujeito a propostas e consultas das conferências episcopais.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

(1) “A Cúria Romana é a instituição que o Pontífice Romano usa habitualmente no exercício do seu supremo ofício pastoral e da sua missão universal no mundo.” Com os dicastérios já não há distinção entre congregações e concelhos papais.

(2) Art. 15: Os membros das Instituições Curiais são nomeados de entre os Cardeais residentes tanto dentro como fora de Roma, aos quais se acrescentam, na medida em que são particularmente peritos nos assuntos a tratar, vários Bispos, especialmente Bispos diocesanos, bem como, de acordo com a natureza do Dicastério, vários sacerdotes e diáconos, vários membros de Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica e vários fiéis leigos. https://press.vatican.va/content/salastampa/it/bollettino/pubblico/2022/03/19/0189/00404.html

(3) https://de.catholicnewsagency.com/story/praedicate-evangelium-was-sie-in-der-neuen-verfassung-vielleicht-uebersehen-haben-10403 .

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A GUERRA DA RAIVA SEM SENTIDO

Em Mariupol assiste-se a uma catástrofe onde o vicioso e a maldade se juntam.

Suspeita-se que a destruição de Mariupol é a resposta de Putin à pressão ocidental. Na cidade viviam 400.000 pessoas e agora só lá vivem 300.000.

A Rússia pediu a Mariupol que se rendesse, ao que a vice-chefe do governo respondeu: “Não haverá rendição, não haverá abandono de armas!”

Em Mariupol, lutam sobretudo os combatentes do batalhão Azov, que têm sido chamados “neonazis”.

O Batalhão Azov “é um movimento de extrema-direita a que se juntam estrangeiros de extrema-direita”, segundo o que afirmou a organização não governamental norte-americana SITE Inteligence Group, e acrescentou é” errado que o governo ucraniano esteja infiltrado por neonazis” (HNA 22.03).

Em Mariupol, soldados russos procuram entre a população combatentes ucranianos. Já capturaram 100 que são reconhecíveis pelos hematomas e contusões nos seus corpos pelos coletes de protecção que costumam usar.

Encontramo-nos, por um lado, numa guerra na Ucrânia: pobre da população ucraniana; por outro lado, encontramo-nos, também no Ocidente, numa guerra de informação dividida em pró-russa e pró-americana.  Reina a partidarização e a confusão.

A nossa sociedade encontra-se dividida em dois polos cada vez mais extremos. Alguns falam das imagens de Kiev como uma encenação da América, outros falam de lavagem ao cérebro, outros veem em nós servidores do governo, diria, argamassa de amassar das elites! Facto é que, pelo que mais sobressai, quer os que são por um polo quer os que são pelo outro se mantêm radicalmente seguros na sua opinião; tudo parece certo de que acima da própria lógica não funciona a razão. Esta atitude foi o que conduziu primeiro à guerra civil ucraniana e agora à invasão russa!

Putin no seu desrespeito pela humanidade e pelo direito internacional irá ter uma victória de Pirro, uma victória que não é êxito, um caso demasiado caro que ficará na História como um falhanço de todas as partes!

Pelos vistos temos todos a tendência em alinharmo-nos, como se fôssemos todos guerreiros, de nascença! Porém em cada parte a nossa alma morre, porque em cada parte, brincam crianças, chilreiam passarinhos e vivem peixes no silêncio dos rios!

Hoje para formarmos uma opinião mais diferenciada temos de estar atentos não só aos Media do sistema, mas também aos “media sociais”. Os media sociais (são uma espécie de democracia de base) que minam a uniformização do poder dos media oficiais; uns e outros devem ser encarados com mente crítica. Todos estamos expostos ao perigo do pathos de uma opinião e accionismo (espécie de determinismo) que não calcula as consequências.

No ar, respira-se um espírito maniqueu de atitude belicosa que só nota adversários ou apoiantes, demónios ou anjos, tudo se resumindo no quem é da “minha opinião” ou no quem é contra!… Não é permitido espaço para dúvidas!

Se também olhamos em nosso redor, notamos quase todos transformados em  combatentes, tudo posicionado de um lado da vala ou do outro. Nem sequer notamos que a arma com que apontamos é tão pesada que não nos deixa levantar os olhos para podermos ver de mais alto!

Por um lado, a Rússia violou o direito internacional ao invadir a Ucrânia e por outro lado a OTAN e a União Europeia violaram acordos internacionais pelos quais a OTAN se havia comprometido a respeitar a neutralidade dos países que fazem fronteira com a Rússia. Num caso assim só ajuda rezar!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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