AQUELE ABRAÇO E A CARÍCIA SALUTAR

As carícias e as massagens são muito boas e mantêm-nos saudáveis. Quando reencontramos familiares e amigos ou quando vemos aguém triste é reconfortante um abraço.

Um abraço, uma carícia valem mais que mil palavras. Por vezes nas nossas relações familiares  e amigáveis sentimos a sombra e o frio que nos podem  envolver a nós ou a outras pessoas e desta maneira a andarmos de rosto mais caído.

Como na natureza o sol dá brilho e aquece, também a alegria de um sorriso, um abraço podem desfazer as máguas que, por vezes, turvam as nossas vidas.  Somos seres sociais e por isso só nos podemos desenvolver se a química dos nossos sentimentos estiver equilibrada e correcta. Estou convencido de que a maioria das doenças físicas dependem das sombras ou da falta de sol na nossa mente e ao nosso lado.

Num abraço, numa carícia juntam-se  o afecto, a alegria, o perdão, o reconhecimento e o apreço.

Um abraço, um afago, uma massagem têm um efeito imediato no nosso cérebro e tem muita influência nos nossos processos mentais.

Muitas vezes a origem de tensões está na nossa cabeça que serve de crivo de tudo a ser passado por ela e por isso não deixa passar muito do que seria necessário para se viver bem; e isto porque condiciona a vida à própria mente!

É bonito quando nos é dada a oportunidade de nos sentirmos como uma criança nos braços de alguém. A oxitocina aumenta no sangue e na saliva e isto é bom porque impede a libertação da hormona cortisol do stress.

De acordo com os conhecimentos científicos, abraços, toques e massagens abrandam o ritmo cardíaco, baixam a pressão sanguínea e relaxam os músculos. O toque, o afago, o abraço  têm efeitos inimagináveis e positivos na saúde.

Vamos tentar, ainda hoje, abraçar e acariciar alguém e veremos uma réstia de sol a raiar no horizonte. Um abraço, uma carícia chegam a aplainar montanhas! Para tal seria de tentar reviver em nós o espírito de criança!

Um abraço apertado e demorado!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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A POLÓNIA QUER QUE A ALEMANHA PAGUE 1,3 BILIÃO (TRILHÃO) DE EUROS EM REPARAÇÕES PELOS DANOS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A invasão alemã da Polónia foi há 83 anos, a 1 de setembro (início da Segunda Guerra Mundial). A gigantesca soma de 1,3 trilhão de euros é o resultado de um relatório de peritos polacos. A Polónia pretende exigir reparações. De acordo com o relatório, 5,2 milhões de pessoas perderam a vida durante a ocupação alemã e mais de 2,1 milhões de homens e mulheres foram deportados como trabalhadores forçados.

Segundo informação do HNA de 2.09, o 1,3 trilhão resulta das “perdas para a economia nacional causadas pelos rendimentos já não gerados pelos mortos e que a comissão de inquérito avalia em 919 mil milhões de euros”. A estes somam-se os “danos materiais causados pelo ataque e ocupação alemães avaliados em 170 mil milhões de euros. Além disso, há bens culturais e arte no valor de quatro mil milhões de euros que foram destruídos”.

Para o governo alemão, a questão já não é relevante e teria sido resolvida em 1990 com o Tratado 2+4. O Tratado 2+4 (1) é um tratado de estado entre a República Federal da Alemanha e a RDA, mas também entre as potências ocupantes França, EUA, Grã-Bretanha e a União Soviética. O tratado clarificou aspectos de política externa e condições internas para a reunificação da Alemanha.

O problema é que tudo tem sido combinado entre as potências ocupantes e estas decidiram por si sem a participação directa dos países vítimas; no caso do tratado 2+4 em que estavam presentes os dois estados alemães e os 4 ocupantes (USA, União Soviética, França e Reino Unido) não foi referida a questão das reparações (no caso da Alemanha unida). Facto é que estados ocupados pela Alemanha como a Grécia e a Polónia não foram envolvidos nas conversações!

A exigência actual da Polónia, embora atrasada, torna-se oportuna, precisamente, numa altura em que a Alemanha disponibiliza tantos milhares de milhões para o investimento na guerra. Uma Alemanha que até 2022 seguia uma política empenhada no fomento da faz quebra com o passado pós-guerra tornando-se em promotora de guerra.

Quem tem tanto dinheiro disponível para uma guerra fora de casa deveria ter maiores verbas disponíveis para reparar tantos prejuízos e mortes causadas por iniciativa própria.

O empenho no investimento em armamento e guerras reduz o empenho em medidas construtoras de paz!

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

 

(1) Tratado 2+4: https://www.bundestag.de/resource/blob/579362/47b6ac2d55fcb4c12dfcce3cedc0e7d0/WD-2-149-07-pdf-data.pdf

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MORREU GORBATCHEV ANTIGO LÍDER SOVIÉTICO E NOBEL DA PAZ

O Demolidor de Fronteiras morre no Ano dos Construtores de Fronteiras

Mikhail Gorbatchev (1931-2022), outrora o segundo homem mais poderoso do mundo, morreu com 91 anos (30/08). Foi um estadista soviético e depois russo que governou a URSS entre 1985 e 1991. Ele não destruiu a União Soviética, como alguns querem fazer crer, a URSS desmoronou-se por si própria devido à falência económica do sistema e à política de liberdade de expressão e de reconstrução) por ele iniciada em 1985 (1). Com a sua Perestroika (plano de Gorbachev para modernizar a economia e a sociedade soviéticas) e Glasnost (transparência, fim da censura oficial), possibilitou a ultrapassagem da guerra fria. Ele terminou com o sistema comunista estalinista na esperança de iniciar uma nova era! Queria preservar o comunismo sob um sinal diferente, mas o povo decidiu o contrário e ele aceitou a realidade em vez de recorrer ao poder militar. Gorbatchev foi um europeu antes dos políticos europeus terem acordado para a Europa e deste modo encontramo-nos numa constelação sem Europa, sem Ucrânia e sem Rússia, transformados em meros membros da OTAN.

Também a UE deixou de ser “europeia” para se tornar norte-americana e a Alemanha voltou à sua tradição guerreira e assim não haverá remédio para uma política europeia pacífica de compromissos; sim porque os alemães de ontem que eram pela paz – os Verdes – se tornaram nos mais activos propagandistas da guerra e o próprio chanceler, depois de muitas hesitações cedeu à corrente anti compromisso. Acabaram-se as manifestações pela paz!…

Mikhail Gorbatchev foi um europeu que ficou sem resposta europeia, mas, em vez dela, com resposta americana. A sua ideia da “casa europeia” não foi acompanhada por todos e agora voltamos à guerra fria escoltada de uma guerra quente, cada vez a ser mais puxada para a UE pelos nossos governantes! Perdeu-se a oportunidade de se organizar uma terceira via liberta do sistema comunista e do sistema globalista turbo-capitalista.

Gorbatschev calou-se sobre a guerra da Ucrânia, certamente por desilusão com Putin e com os EUA/OTAN.

O mundo inteiro chora Gorbachev, embora na Rússia e nos comunistas permanece uma imagem confusa dele.

Putin disse “M Gorbachev foi um político e estadista que teve uma tremenda influência no curso da história mundial”.

Gorbachev tinha criticado Putin por restringir a liberdade e a democracia. Gorbachev também criticou o Ocidente (EUA) por se declarar o vencedor (“triunfalismo”) da Guerra Fria, explorando a fraqueza da Rússia e prosseguindo políticas míopes.

Em 08/11/2019 o Gorbachev advertiu que a tensão atual entre a Rússia e o Ocidente está a colocar o mundo em “perigo colossal” devido à ameaça das armas nucleares. NA BBC apelou a todos os países a declarar que as armas nucleares devem ser destruídas.

Como se viu na União Soviética e na antiga Alemanha socialista, no momento em que um estado ditatorial permita um pouco de liberdade ao povo, o fim do sistema processa-se rapidamente. Isto significa que o sistema ditador comunista não corresponde ao espírito natural da pessoa nem ao de uma sociedade e como tal não proporciona sustentabilidade social.

A “Gorbi” se deve a paz de que tínhamos desfrutado na Europa. Que descanse em paz!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

(1)  A sua política de Glasnost e perestroika (‘abertura’ e “transparência”) foi veneno num sistema que não pode existir sem um centralismo total do Estado. Por isso ainda há muitos defensores de uma ditadura de esquerda que condenam Gorbatchev.  Liberdade de expressão e liberdade de imprensa isenta de controlo e de influências será sempre uma utopia em todos os sistemas de governo.

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A MAIORIA DOS JOVENS NÃO CONFIA NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

De acordo com um inquérito (estudo da Universidade de Bielefeld) na Alemanha, a maioria dos jovens não confia nos meios de comunicação social.

75,8% não confiam nos jornais e 71,6% não confiam nos jornalistas.

37,9% suspeitam que os meios de comunicação social retêm deliberadamente informações importantes.

32,8% pensam que os profissionais dos media apenas difundem a sua própria opinião.

Entre os adolescentes, apenas 53,9% confiam no governo federal e 54% nas Nações Unidas.

Manifestam mais confiança nos cientistas com 76,1% e na polícia com 79,9%.

Este é um sinal de alarme que deveria levar a um exame de consciência dos Instituições dos meios de comunicação social, difusoras de notícias e jornalistas.

Em vez de se colocar o problema nos jovens já vai sendo tempo de as agências noticiosas se examinarem e mudarem de rumo.

Através do acesso à internet hoje há maior possibilidade de observar e questionar o que se encontra por trás dos grupos de influência.

A juventude pode ter uma ideia mais diferenciada do espectro noticioso porque faz uso da Internet não se limitando ao saber transmitido pelas notícias e telejornal como acontece a muitos condicionados a tais praxes. Os novos meios permitem maior troca de informações, mas não necessariamente saber mais profundo.

De facto, a nível social somos o resultado da informação biológica genética e da informação do meio em que vivemos e não temos tempo suficiente para nos questionarmos sobre isto.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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9.000 SOLDADOS MORTOS DA PARTE UCRANIANA E 40.000 DA PARTE RUSSA

O chefe do exército ucraniano disse que as crianças ucranianas precisam de atenção especial porque os seus pais estão na linha da frente de batalha e “podem estar entre os quase 9.000 heróis mortos”. O Alto Comissário das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários acrescentou que, desde então, foram mortos 5.587 civis (incluindo 362 crianças) e outros 7.890 feridos. Dados respeitantes ao período de 24 de fevereiro até 21 de agosto 2022.

O governo ucraniano, nas suas informações fala de mais de 40.000 soldados russos mortos.

Já na guerra civil ucraniana iniciada a 14 de abril de 2014 até 15 de setembro de 2016, de acordo com a ONU, 9.640 pessoas tinham sido mortas e 22.431 feridas. Pouco depois do derrube do Presidente Viktor Yanukovych, (2014) amigo da Rússia, pelo movimento Maidan pró-UE, partes das regiões de Donetsk e Luhansk, tradicionalmente próximas da Rússia, separaram-se de Kiev.

De acordo com o governo ucraniano, 14.000 pessoas tinham sido mortas na guerra civil até 13 de maio de 2021. Outros falam de 13.000 civis e de 4.000 soldados mortos.

A causa da guerra civil ucraniana e da invasão russa de 24 de fevereiro 2022 está sobretudo na quebra da neutralidade ucraniana levada a cabo pelo movimento Maidan pró União Europeia e pró OTAN e concretizada na deposição do presidente ucraniano que depois se exilou na Rússia. Os militares ucranianos queriam pôr fim à revolta dos separatistas pró-russos de forma rápida e decisiva. Mas estes receberam apoio da Rússia. A planeada operação “antiterrorista” transformou-se numa guerra civil que durou mais de sete anos, com mais de 13.000 baixas, como informou a ARD alemã.

Dado a revolta do movimento Maidan preparado pelos USA/OTAN e ao movimento separatista apoiado pela Rússia, a Ucrânia foi consequentemente transformada num campo de batalha entre a Rússia e os EUA/OTAN.

Quanto aos dados sobre os mortos inicialmente referidos, outras fontes referem muito maior número.

Nesta guerra fratricida todos os Estados envolvidos se mostraram irresponsáveis: os políticos fracassaram e o povo terá de pagar amargamente as favas. Especialmente Selensky e os governos dos EUA/OTAN continuam a empurrar, para as garras do urso, o povo ucraniano sem que este tenha oportunidade de vencer. É triste observar-se que apenas interesses económicos e geoestratégicos aliados a fanatismos prolongam uma guerra em que não há preocupação por resolver o conflito através de conversações e acordos porque parecem interessados em que a Ucrânia desapareça do mapa. Quem morre são os outros!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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