LUTO MUNDIAL POR PELÉ REI DO FUTEBOL

A 29 de dezembro, com 82 anos morreu aquele que foi três vezes campeão mundial. Já era um jogador internacional da selecção aos 16 anos (1957).  Como jogador do FC Santos marcou 1088 golos em 1114 jogos.

Este jogador excepcional de origem humilde nem sempre teve sorte na vida. Como criança era engraxador de sapatos.  O seu nome era Edson Arantes do Nascimento e era oriundo de Três Corações – Minas Gerais.

Pelé foi o primeiro ministro negro do Brasil; foi Ministro do Desporto de 1994 a 1998.

Cristiano Ronaldo escreveu sobre ele (no Twitter): “As minhas mais profundas condolências a todo o Brasil e especialmente à família do Sr. Edson Arantes do Nascimento. Um simples ‘Adeus’ ao rei eterno Pelé nunca será suficiente para exprimir a dor que está atualmente a alcançar todo o mundo do futebol. Pelé, uma inspiração para tantos milhões, uma referência de ontem, de hoje, para sempre. O afecto que ele sempre me mostrou, esteve sempre cada momento que partilhámos. Ele nunca será esquecido e a sua memória viverá para sempre em nós. Descanse em paz, Rei Pelé”.

Pelé mostrava no futebol a verdadeira alma do desporto!

Descansa em paz!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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OS BARÕES QUE A NOSSA REPÚBLICA PRODUZIU

Alexandra Reis é notícia ao receber 500.000 € de indemnização da TAP e isto depois de poucos meses de trabalho. Ela tinha pedido inicialmente quase 1,5 milhão de euros de indenização “ao abrigo de seu acordo para cessar funções”, mas que as duas partes acabaram concordando com a quantia de 500 mil euros… Eles que fazem as leis e os contratos lá sabem; dirá o povo acomodado.
No início da República muitos dos “Barões” alimentaram-se com os bens da Igreja e agora que a fartura é grande, alimentam-se das empresas públicas e semi-públicas! Tudo à custa dos bens que seriam devidos ao povo.
Temos a República minda por uma rede de influências, favores e cunhas.
Se Camões fosse vivo, escreveria assim os “Canalhíadas”:
I
As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo o que lhes dá na real gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se do quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!
II
E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!
III
Falem da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.
IV
E vós, ninfas do Coura onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!
Luíz Vais Sem Tostões
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O EMÉRITO PAPA BENTO XVI ESTÁ MUITO DOENTE

O Papa Francisco disse na audiência de quarta-feira que queria “pedir a todos que rezassem uma oração especial pelo Papa Emérito Bento XVI… lembrar-se dele dado estar muito doente e pedir ao Senhor que o console e apoie.
Bento XVI foi um grande teólogo e um dos maiores intelectuais da Europa actual.
António Justo
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PORTUGAL NA CAUDA DA EUROPA A PRODUZIR MAIS RICOS E MUITOS POBRES

A República habituou-se a viver na e da Pobreza

Prodata (1) revelou que quase metade da população portuguesa é pobre! Há 4 milhões e 400 mil pobres em Portugal. No Link da nota (1) encontra-se bem diferenciada a questão. Na comparação dos 27 Estados-membros (UE27), só a Eslováquia apresenta maiores índices de pobreza ou exclusão social do que Portugal. “Portugal apresenta-se como o Estado-membro com maior aumento dos níveis de desigualdades de rendimento face ao inquérito anterior”.

1, 893 milhões de pessoas tiveram, em 2020, um rendimento disponível por adulto equivalente inferior a 554,42€/mês e cerca de 775 mil pessoas viviam com um rendimento mensal inferior a 369.67€.

Os dados relativos a 2021 referem que 2021 regista o maior aumento anual do risco de pobreza ou exclusão social verificado em Portugal desde 2005 e comparativamente foi mais elevado que os restantes países da UE.

Urge que as elites portuguesas se tornem mais solidárias e patriotas para se poder mudar o “destino português”!  A situação deve-se sobretudo  ao facto de um  vírus crónico se encontrar nas estruturas da República e contra este vírus não se procura vacina; no máximo dispõe-se de alguns remédios e placebos para um país pequeno onde os “infectados” se conhecem uns aos outros!!! Os seus louvadores para não terem de resolver o problema da pobreza atual preferem fazer postagens de uma miséria antiga, que ainda não mudou de rosto. O problema subjacente à pobreza ou exclusão social não se resolverá enquanto os beneficiados do sistema não contarem com os carenciados do lado que não usufruem da mesma sorte. Não nos tornamos melhores encobrindo as nossas misérias, mas sim sentindo-nos como povo e parceiros solidários. Empatia e solidariedade serão o melhor remédio contra o secular “destino português”. Isto corresponde a uma verdadeira pandemia política e social e um testemunho de pobreza para os nossos deputados que não estão conscientes do cancro que deveriam agarrar com as mãos e combater. Preferem mostrar-se grandes no estrangeiro empregando mais dinheiro em armas e ofertas à custa da pobreza da própria população! Esta, porque “bem-educada” não berra, tal como as estatísticas perdidas em esporádicas notícias.

Quanto à economia, Portugal é considerado um país rico por ter uma economia bem diversificada, baseada na iniciativa privada de empresas bem estruturadas, desde grandes multinacionais à pequenas empresas. Fica no ar a pergunta: Para quem produz a economia portuguesa?

Se olhamos para Portugal é notório o facto de produzir relativamente bastantes políticos para altos cargos internacionais. Certamente um motivo para distinção, mas também para nos questionarmos internamente!

Recorde-se Constâncio no Banco Central Europeu, Guterres como Chefe da ONU e Durão Barroso que preside agora à Aliança Global para as Vacinas!

Seria legítima a pergunta: Porque será que quem fracassa nos negócios de Estado em Portugal tem tanto sucesso no mundo? Será que os países ricos gostam dos Estados pobres?

De facto, a política portuguesa não consegue tirar Portugal do impasse económico em que sempre tem vivido, em relação a outras economias da Europa.

Portugueses emigram para melhorar o seu estado de vida e enriquecer outros povos e, por outro lado, políticos portugueses são chamados a ocupar cargos internacionais!

Será que o fracasso na gestão da política de Portugal é motivo de recomendação ou de prémio para os interesses internacionais?

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo:

(1) Observatório Nacional relatório 2022: https://www.eapn.pt/wp-content/uploads/2022/10/Pobreza-e-Exclusao-Social-em-Portugal-2022-REAPN05.pdf

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SUBSÍDIO DE CIDADANIA PARA DESEMPREGADOS NA ALEMANA

Mensalidade das necessidades de uma família com dois filhos: 3.038€

Na Alemanha, o chamado “subsídio de cidadão” (1) é de 502 euros por mês a uma pessoa que viva só no caso de ser desempregada; a esta quantia são acrescentados os custos totais de alojamento; no caso de custos de aquecimento, no entanto, pode ser verificado se estes são razoáveis.  A legislação tem validade a partir de 01.01.2023. Este subsídio destina-se a quem tem condições de trabalhar e não consegue cobrir as suas despesas de subsistência. Mas há sanções para quem não se interesse pela procura de trabalho.

Um casal com dois filhos com menos de seis anos tem uma necessidade padrão total de 1.538 euros por mês. A família ainda tem direito a 1500 euros pelo aluguer da casa quente (1538+1500 = 3038 euros). Se o rendimento da família (com 2 filhos) for inferior a 3.038 euros, é provável que tenham direito a um subsídio de cidadão. Em alternativa, pode haver um pedido de subsídio de alojamento e o suplemento à criança.

As pessoas com baixos rendimentos e com propriedade podem ter também direito a incentivos apropriados. Se tiver uma casa e de repente se encontrar em situação carenciada, tem direito a um período de carência de um ano, durante o qual não tem de tocar na casa para receber o subsídio do cidadão.

Os proprietários são tratados com deferência mesmo no caso de terem uma casa grande; uma casa até 140 metros quadrados e um apartamento de até 130 metros quadrados são considerados adequados – ou seja, não têm de ser vendidos ou alugados. Para famílias maiores, são adicionados 20 metros quadrados por pessoa.

Além disso, os candidatos a “subsídio de cidadão” não têm de tocar nas poupanças disponíveis livremente (tais como depósitos de poupança e acções) até um valor de 40.000 euros. Este valor aplica-se a pessoas solteiras. São acrescentados 15.000 euros adicionais para cada membro da família.

Solteiros que estejam a receber o subsídio de cidadania, é-lhes considerado como adequado um apartamento com 45 ou 50 metros quadrados a partir do segundo ano. Para cada pessoa extra, são adicionados 15 metros quadrados.

Os membros de uma família que tenham possibilidade de emprego que recebam subsídio de cidadania têm direito a uma viatura idónea até 7.500 euros.

A partir de julho deste ano, os alunos e estagiários que recebam o subsídio de cidadania podem auferir mais 520€ por mês de rendimento sem verem reduzido o subsídio de cidadania.

Os centros de emprego podem dar aos beneficiários do benefício empregos sem grandes perspectivas de emprego, mas em caso de dúvida, deve ser dada prioridade a uma formação contínua.

O subsídio de cidadania é também uma opção para pessoas cujo rendimento do trabalho não é suficiente para cobrir as suas despesas de subsistência. Geralmente, o subsídio de cidadania é concedido por um período de 6 meses a um ano. Em seguida, deve ser apresentado um pedido de prolongamento.

Os pensionistas também não recebem subsídio de cidadania se estiverem comprovadamente necessitados; para eles há subsídios específicos…

É compreensível que muitos refugiados políticos e refugiados da pobreza prefiram ir para países como a Alemanha!

Para se ter uma melhor ideia da questão apresento aqui também os descontos que quer patronato quer empregados têm de fazer: Na Alemanha o seguro de saúde obrigatório ( GKV ) é financiado por contribuições e um subsídio federal anual, bem como outras receitas.
Empregadores e empregados pagam, cada um, metade das contribuições para a segurança social. A taxa de contribuição atual para cuidados de saúde, cuidados de longa duração, pensões e seguro de desemprego são actualmente:
Seguro saúde (KV) 14,60%
Seguro de cuidados de longo prazo (PV) 3,05%
Seguro Desemprego (AV) 2,60%
Seguro de pensão (RV) 18,60%
Há também uma Taxa de contribuição fixa (para trabalhadores a tempo parcial): 13,00% para o Seguro saúde e 15,00% para o Seguro de pensão

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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