NAS SOMBRAS DE TRUMP – QATAR BLOQEADO E O IRÃO NO ALVO

Mais um problema que Trump cria à Alemanha!

António Justo

Qatar está a ser isolado (desmascarado?) pelos países irmãos Arábia Saudita, Egito, Bahrain, Emirados Árabes Unidos, Líbia, Maldivas e Iémen.

Estes países cortaram relações com o Qatar (a 05.06) pelo facto de este apoiar o terrorismo e de dar acolhimento aos grupos terroristas: milícia Jihadista, Estado Islâmico, Al Qaeda e Irmandade Muçulmana.

Com o encerramento das fronteiras sauditas para o Katar e o embargo dos voos de aviões catarianos torna-se impossível o acesso terrestre a Qatar. Os Saudis argumentam que tomaram a iniciativa do bloqueio para obstarem ao “perigo do terrorismo e extremismo”, o que Qatar desmente oficialmente contrapondo que a Arábia Saudita quer colocar Qatar sob “a tutela saudita”.

É verdade que o Irão apoia terroristas, mas a Arábia Saudita fomenta o extremismo religioso na vertente do neofundamentalismo salafista (continuação no exterior do wahhabismo da Arábia Saudita que defende a aplicação da sharia); apoia-o na a construção de Mesquitas em todo o mundo, o que é visto como bom em muitos países pelo investimento económico que isso significa. Os salafistas procura fomentar a expansão muçulmana, especialmente, na Europa. O seu programa de distribuição pública e gratuita do Corão em muitas cidades europeias revelou-se como estratégia de angariar elementos muitas vezes posteriormente radicalizados.

Quase todos as redes terroristas até agora identificadas na Alemanha se encontram no meio salafista ou sob a sua influência.

Trump levou à Arábia Saudita um negócio de 310 mil milhões de Dólares em armas e declarou o terrorismo xiita como muito perigoso. A situação revela-se num bom negócio para a América, mas numa catástrofe para a região que não sairá das contendas entre sunitas e xiitas na luta pela supremacia na região e de que outros se aproveitam.

Qatar tem grandes investimentos na Alemanha, possuindo acções no Grupo VW, Deutsche Bank e na empresa de construção Hochtief. Mais um problema que Trump cria à Alemanha!

Trump deixou, na Arábia Saudita, o aviso ao Irão xiita e agora, nas suas sombras, os irmãos sunitas parecem dispostos a concretizar a mensagem de Trump.

A região manter-se-á um paiol de pólvora enquanto os três galos num poleiro (Irão, Arábia Saudita e Turquia) disputarem o direito à supremacia regional do xiismo ou do sunismo muçulmanos. A nível de estratégia, todos estão interessados na desestabilização do Egipto, Iraque, Síria, etc,). No meio de tudo isto, o Ocidente, a Rússia e a China vão fazendo o seu negócio.

Em questões de muito negócio os interesses cautelares recomendam a expressão moderada! O negócio move tudo, o resto é infelizmente música de acompanhamento.

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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A MÚSICA É A VOZ DA PAZ – UMA ARAGEM DIVINA A AFAGAR O MEDO

Música é a voz de Deus em ritmo religioso e profano

Fantástico, este espectáculo de beneficiência! Ariana Grande, apesar das limitações que se lhe possam ser apontadas, afirma aqui a vida contra a morte, o amor contra o ódio! Concerto na íntegra.

O relativismo cultural que domina a cena pública tem favorecido a tolerância da desarmonia e a dissonância como ritmo comum.

A música diz não ao mundo rival convertendo as diferenças do texto e do discurso em ritmo livre que leva à harmonia e à felicidade. Na música ouve-se a mensagem dos anjos, a fala de Deus em voz religiosa e profana. Ela deixa-nos sem fala e possibilita-nos ouvir a próprio voz interior e nela saborear os acordes da harmonia.

A música reúne no sítio da poesia o espírito e a matéria na mais simples expressão comum de felicidade. Nela se expressa a saudade da felicidade e se resolvem os problemas do entendimento. A música conduz à postura honesta que nos torna dignos pois nos afina e dá forças para cantarmos a vida em harmonia ao ritmo do universo.

António da Cunha Duarte Justo

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PORTUGAL EM 3° LUGAR NO ÍNDICE GLOBAL DA PAZ

Países Lusófonos a Caminho – Europa: a Região mais pacífica do Globo

António Justo

O Instituto para Economia e Paz (IEP) apresentou o Índice Global de Paz (IGP 2017), baseado na análise de 163 países e coloca Portugal em terceiro lugar no Ranking das nações mais tranquilas.

Países Lusófonos

A classificação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é encabeçada com o 3°. lugar para Portugal, seguida do 53°. para Timor Leste; 61°. para Guiné Equatorial; 78°. para Moçambique; 100°. para Angola; 108°. para o Brasil; 122°. para Guiné Bissau.

Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe não entraram na análise.

Segundo IEP Portugal passou do quinto para o terceiro lugar, ultrapassando a Áustria na classificação da posição mundial, devido, sobretudo, a uma recuperação constante na sua crise financeira, o que levou a uma maior estabilidade interna para o país.

Critérios para a classificação dos países

Como factores para a classificação dos países, os cientistas servem-se dos seguintes grupos de indicadores: 1. Os conflitos no país e no exterior: número e duração de conflitos com outros países, e o número de mortes por violência organizada; 2. Segurança Social: instabilidade política e probabilidade de manifestações violentas e do número de detidos nas prisões; 3. Militarização: quanto dinheiro disponibiliza o país para as suas forças armadas, número de soldados disponíveis e se tem armas nucleares.

Os 10 países com mais paz e menos violência

1.Islândia, 2. Nova Zelândia, 3. Portugal, 4. Áustria, 5. Dinamarca, 6. República Checa, 7. Suíça, 8. Canadá, 9. Japão, 10. Irlanda.

Entre outros: 16. Alemanha, 23. Espanha, 38. Itália, 41. Reino Unido (ainda sem o recente ataque terrorista), 51. França, 137. Índia, 151. Rússia, 161. Iraque, 162. Afeganistão,163. Síria.

Na carta apresentada pelo IEP a Rússia encontra-se com a cor vermelha tal como a Síria; até o Egipto tem um melhor índice de paz que a Rússia, o que parece questionável.

O relatório coloca a Europa como a região mais pacífica do mundo. O projecto União Europeia tem sido, certamente, um factor de garantia de paz. Apesar da guerra na Jugoslávia e do bombardeamento da Sérvia, nos anos 1990, a paz tem-se estabilizado, apesar de certos indícios de insegurança e medos a aumentar.

Apesar do cancro da guerra em muitos países e do terrorismo islamista a esperança é maior que o medo!

O facto de alguns se afogarem na praia não justifica que se traga colete salva-vidas na banheira.

O importante é assegurar a paz sem que isso aconteça à custa da exploração de outros. O Estado, as instituições e os indivíduos terão de se empenhar no grande projeto de criar uma cultura de afirmação pela paz.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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NOITE MINHA AMA

NOITE MINHA AMA

Minha noite querida,

meu escuro à luz do dia,

Nos teus braços agasalho

minhas mágoas da alegria!

 

Noite que em mim passas,

na procura de um sol que não passa!

Já tenho medo da alvorada,

só quero em mim soluçar o dia.

 

Tu és a noite, aquela que é só minha,

a vivência de um sonho que não tive.

 

Já não durmo, a noite dorme em mim!

 

© António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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CIMEIRA IBÉRICA LUSO-ESPANHOLA SOBRE REGIÕES FRONTEIRIÇAS – TEMA TABU: OLIVEÇA E ALMARAZ

Acaba hoje a Cimeira entre o Governo português e o espanhol. Querem candidatar-se juntos aos fundos comunitários para projectos nas regiões fronteiriças. Não se percebe que o nosso governo negocie sobre eventuais projectos fronteiriços e cale a questão da central nuclear espanhola na fronteira (Almaraz) e a ocupação ilegal espanhola de Olivença, que o Tratado de Viena declarou ilegítima. Enquanto o governo espanhol faz pressão sobre o governo britânico em relação a Gibraltar (caso semelhante), o governo português ignora interesses nacionais.

É compreensível que contra a força se torna difícil a resistência, mas testemunharia de hombridade e responsabilidade nacional poder-se falar entre amigos sobre problemas mesmo que isso fosse apenas diplomaticamente para satisfazer um assunto e desejo ainda presente em parte do povo.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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