NO NEVOEIRO OS “SATÉLITES” BRILHAM MAIS

 Por António Justo

NO NEVOEIRO OS SATÉLITES BRILHAM MAIS

 

Meu Portugal, sem rei nem roque

De alma à chuva e corpo ao vento

Num abrigo descansa a mente 

Sempre à espera do sol-nascente 

 

Alheio anda, sempre adiado

Cão rafeiro bem-educado 

Passa a vida enfileirado

Já nem nota o cadeado.

 

Minha gente no nevoeiro

Já nem sabe pra onde vai

No escuro tudo é brilho

E os satélites brilham mais

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espírito no Tempo

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“O ISLÃO É INCOMPATÍVEL COM A DEMOCRACIA OCIDENTAL”

MUÇULMANOS PODEM SER DEMOCRATAS – O ISLAO NÃO

Por António Justo

O cientista e politólogo Hamed Abdel-Samad constata que “o Islão é incompatível com a democracia, muçulmanos podem muito bem ser democratas… são democratas não por serem muçulmanos mas apesar de serem muçulmanos” (HNA 11.11.2016).

Muçulmanos e não muçulmanos defensores de uma modernização do islão na Europa, declaram-se fracassados e impotentes nos seus esforços de implementação de um islão mais democrático e aberto, dado a política europeia favorecer um islão de lenço e não apoiar as pessoas defensoras da modernização do islão nem um laicismo islâmico.

 O cientista muçulmano Prof. Dr. Bassan-Tibi que sempre lutou por um islão filantrópico, democrático e humanista na Europa, vê tal intento frustrado, numa entrevista ao Cícero. Também segundo ele, muçulmanos liberais não são tomados a sério pelas instituições sociais nem são convidados pelas instituições públicas; convidados são os representantes tradicionalistas de organizações muçulmanas e mesquitas. Geralmente, em torno das mesquitas formam-se associações de utilidade pública que fomentam o gueto.

 Abdel-Samad critica a vigente cultura de debate social que evita ou impede de falar a quem analisa objectivamente as coisas e fala texto claro e, por outro lado, concede palco a quem ideologiza e tudo isto em nome da tolerância que se baseia no medo de uma análise científica do assunto e, como tal se evita, com o pretexto de que uma discussão aberta e livre poderia fomentar a xenofobia. Com medo de encarar a realidade como ela é, prefere-se viver de diálogos oportunos para fazer salão e para alguns, mas que não tocam o âmago das questões e deste modo não servem também o islão.

Os nossos políticos estão interessados em que não haja uma discussão aberta sobre o assunto porque por um lado perderiam adeptos islâmicos e eleitores não islâmicos e triam de tomar mais medidas em favor da integração. Esta é uma questão muito complicada devido aos muitos interesses em jogo, sejam eles de assunto partidário e política ou de interesses profissionais como é o caso de assistentes sociais, advogados, médicos, professores, indústria e todo o comércio.

O islamismo considera a mulher como despojo nas suas conquistas e permite aos homens bater nas suas mulheres ou considerá-las como objecto sexual e como “sementes de colheita” (Corão), diz Abdel-Samad, defensor de um islão moderno.

Muito da nossa boa gente e até intelectuais preferem viver de ideias de um conhecimento superficial do islão para poderem aparecer nos palcos públicos (vivendo da ideia errónea de que as religiões defendem todas o mesmo), não notando que assim estão a apoiar o radicalismo islâmico e a impedir a formação de um islão moderno.

“O Corão protocola diferentes estádios ou condições em que Maomé e a sua comunidade se encontravam. Quando se sentia fraco e oprimido pregava a tolerância e o perdão e quando formou um exército com a comunidade, entrou em conflito com povos politeístas, judeus e cristãos, então são protocoladas no Corão as passagens de exclusão (xenofobia) e de ódio”, atesta Abdel-Samad. Uma vez que o Corão é visto como a última palavra de Deus imutável e intangível torna-se difícil pronunciar-se, sendo lógica a contradição e a ambiguidade do esmo Corão. “O Corão ordena aos muçulmanos que não façam amizade com cristãos nem com judeus porque são piores que animais e são impuros”; isto contradiz a dignidade e a igualdade; revela-se como uma boa estratégia porque o contacto poderia levá-los a comparar e a pensar mais diferenciadamente. Em geral, como nos Testemunhas de Jeová, o contacto inter-familiar de muçulmanos e cristãos não é desejado, a não ser no trabalho e com representantes.

Na crítica que se faz é determinante distinguir-se entre pessoa e ideologia. Uma coisa é o islão e outra coisa são os muçulmanos. Estes não devem ser abordados com preconceitos nem devem ser excluídos.

Uma pesquisa feita na Alemanha em 2015 revela que 57% dos residentes na Alemanha vêem o islão como ameaçador e 61% dizem que ele não se enquadra na democracia e dois terços rejeitam a afirmação de que o islão faz parte da Alemanha.

Muitos crentes fazem guerra fora e dentro: em nome da liberdade religiosa, exigem direitos especiais (acabar com a carne de porco nas escolas, pôr salas de oração à sua disposição, libertar as meninas de aulas de natação, de viagens de estudo, etc. e evitar gestos de cortesia, como apertar a mão a mulheres; estas são consideradas impuras no tempo da menstruação.

Em democracia é natural que os grupos de interesse se juntem para defenderem os seus interesses; a democracia, porém deveria estar mais atenta a quem se serve dela para impor costumes e leis antidemocráticas. Na Alemanha cada vez se sofre mais com a ligação do chauvinismo nacional turco promovido e controlado pelo governo turco que envia os seus funcionários para dirigir as mesquitas e por grandes organizações turcas numa Alemanha com 4 milhões de turcos que apoiam maioritariamente o regime fascista de Erdogan.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espírito no Tempo,

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GRANDE OFENSIVA CONTRA ISLAMISTAS NA ALEMANHA – ASSOCIAÇÃO SALAFISTA PROIBIDA


Aumento da Roupa islâmica nas ruas é Sinal do Avanço do Islão radical

Por António Justo

No dia 15.11.2016 realizou-se a maior operação policial em 10 estados federais. 1900 polícias fizeram buscas em 60 cidades a 200 habitações, escritórios e mesquitas da organização salafista “A Verdadeira Religião”( rede de pregadores), foi proibida na Alemanha por ser contra a Constituição. O seu chefe Abou-Nagie encontra-se actualmente na Malásia. (Ele já tinha recebido ilegalmente, com a família, apoios sociais em Berlim no valor de 53.000€).

A polícia confiscou armas, computadores, várias facas, um facão, um soco-inglês e pirotecnia, ninguém foi preso na altura. Através do controlo policial geralmente discreto, a Alemanha consegue evitar actos de violência maiores na sociedade.

O Gabinete Federal para a Proteção da Constituição avalia o crescente número de radicais salafistas islâmicos na Alemanha em cerca de 1.200 homens e mulheres (20% mulheres!). A tática da organização é: primeiro distribuir o Corão e, em seguida, levar a aderir ao “Estado Islâmico”.

Sob o pretexto da distribuição do Corão em zonas de peões, a organização “Lê” fazia reclame pelo Estado Islâmico (Distribuíram na Alemanha, até 2016, 3,5 milhões de exemplares do Corão e no estrangeiro cerca de 26 milhões). Na Alemanha há cerca de 9.200 salafistas; 140 jovens foram radicalizados pelo grupo tendo ido como jiadistas para as zonas de combate na Síria e no Iraque.

Muçulmanos salafisas rejeitam a democracia e apenas reconhecem a jurisprudência islâmica (Sharia) e a “ordem islâmica” como única forma legítima de Estado e da sociedade. No início, quando o salafismo começou a distribuir o Corão nas zonas de peões, ninguém imaginava a pólvora que ele contem e então diziam não se poderem discriminar porque também se pode distribuir a Bíblia.

Na rua cada vez se nota mais a roupa islâmica como o sinal do avanço do islão radical. O Problema do Lenço tem a ver com o islão político, com aspectos religiosos, feministas, minorias e direitos humanos, geralmente não tratados. A mulher muçulmana que tapa o corpo e põe o lenço assume uma áurea de vítima: vítima do islão e da sociedade ocidental porque na sua decisão não é livre de fugir à pressão social de timbre fundamentalista muçulmano nem à pressão de timbre emancipatório ocidental.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espírito no Tempo

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POR UM PORTUGAL LIVRE E COM MENOS NEVOEIRO

É um prazer ler e meditar o poema “Nevoeiro” de Fernando Pessoa que coloco a seguir e que retrata o estado da alma de Portugal, já há muito tempo enevoada e triste. Não será o barulho do arraial nem o orgulho balofo de uma população em fila a seguir o andor de um Estado confundido com a nação, que ajudam Portugal. Portugal terá de ser mais que uma nuvem ou um sentimento que passa.

“NEVOEIRO

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,

Define com perfil e ser

Este fulgor baço da terra

Que é Portugal a entristecer —

Brilho sem luz e sem arder

Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.

Ninguém conhece que alma tem,

Nem o que é mal nem o que é bem.

(Que ânsia distante perto chora?)

Tudo é incerto e derradeiro.

Tudo é disperso, nada é inteiro.

Ó Portugal, hoje és nevoeiro…

É a hora!

Valete, Fratres.”
Fernando Pessoa

Fernando Pessoa bem avisa “É a hora!” Mas a hora de despertar não chega e no escuro até os satélites brilham e como estes brilham demais, o povo não vê mais. Irei ainda hoje elaborar esta ideia em poesia e coloca-la amanhã aqui.
Obrigado pela vossa atenção.

António da Cunha Duarte Justo

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O FANATISMO EMPURRA O MUNDO – ATENTADO CONTRA CRISTÃOS COPTAS

Domingo, 12.12.2016 o ministro egípcio da saúde deu conhecimento de um atentado muçulmano no Cairo na catedral copta de S. Marcos. O atentado provocou 25  mortos e 49 feridos, durante uma missa.

Mais um atentado à conta do Islão! E muitos teimam em continuar a afirmar que este, como outros, é apenas excessos de extremistas da “religião da paz”. Pelo que a realidade mostra por todo o lado, não. Pela paz é, certamente, a maioria dos muçulmanos mas o islão não. Em nome dele, sem contradição das massas muçulmanas, se cometem imensas barbaridades contra a humanidade.

 

Os cristãos coptas, uma comunidade cristã antiquíssima em toda a região constitui hoje uma minoria de 10% da população egípcia.


Al-Sisi, o presidente, decretou um luto nacional de três dias. De facto, a “Irmandade Muçulmana” é uma ameaça contínua não só para os cristãos mas também para os muçulmanos que querem viver em paz e sossego. A Irmandade tem ligação com o Daesh.


Os fanáticos muçulmanos determinam não só a imagem mas também a actualidade do islão. Em nome da honra do Islão assassinam e destroem enquanto os civilizados explicam as suas barbaridades em nome da compreensão e da tolerância.


Será que a História lhes dá razão ao provar que quem se afirma com fanatismo e  mais violência cria os pressupostos do futuro que então os legitim e lhe dão razão… Porque será que no mundo ainda há tanta gente a viver da produção e do uso das armas e do combate por ideologias?

António da Cunha Duarte Justo

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