A ALEMANHA DECIDIU RENDER-SE ENTREGANDO ARMAS PESADAS À UCRÂNIA

A Alemanha sujeita-se ao Militarismo anglo-saxónico e entrega a Europa com ela ao Ditado dos EUA

O Parlamento alemão ao dizer sim à entrega de armas pesadas à Ucrânia (28.04.2022: 586 votos a favor, 100 contra e 7 abstenções), passa a fortalecer os interesses americanos contra os próprios. Esta decisão é mais um sinal da subserviência alemã (política e militarmente identificada e ocupada pelos USA) e com ela a subjugação da restante Europa ao sistema de dominação anglo-saxónico!  Este encontra-se estrebuchando nas fronteiras com a Rússia por se continuar a orientar por velhas doutrinas do divide para imperar e da subjugação financeira ligada internacionalmente ao dólar americano! O boicote económico à Rússia iniciou um movimento trágico, mas, por outro lado, libertador da subjugação ao dólar! De desejar seria que esta crise na Ucrânia possa ocasionar uma viragem histórica (nova ordem mundial) em que a Europa possa assumir uma política de paz através de uma Alemanha irmanada com a Rússia!… Paz na Europa só é possível com a Rússia e não contra ela.  É preciso só dar tempo ao tempo, com ele também os USA se tornarão companheiros da Rússia!

A população europeia encontra-se dividida nos que com os USA (maioria) apostam na guerra na Ucrânia e nos que são contra a guerra e defendem uma Europa com identidade própria e contra a hegemonia unipolar americana!

A Alemanha tem sido sobretudo um colosso económico-financeiro com interesses diversificados e como tal habituada a jogar em todo o mundo e de maneira especial na EU. A guerra na Ucrânia revela-se numa catástrofe para a economia da Alemanha que se afirmava em concorrência com a dos EUA.  Os EUA ao levarem a efeito a cartada político-militar concretizada na Ucrânia e ao obterem o apoio incondicional dos novos países da OTAN conseguiram quebrar a força do gigante da economia europeia. O facto de os EUA estarem a ganhar a guerra da informação na Europa deve-se também ao seu direcionado trabalho na Ucrânia e em países como Polónia e outros que, nos últimos anos, se iam afirmando contra certas medidas da EU. Os EUA conseguiram um papel regulador dos acontecimentos na EU e ao mesmo tempo desligar a Europa da Rússia para manterem a supremacia económico-militar no mundo! Enquanto os tecnocratas da EU se perdiam em contendas sobre valores e princípios do estado de direito com os seus novos membros, os EUA apoiavam-nos no sentido de uma política militar anti Rússia e de distanciamento da EU!  Numa palavra: enquanto a EU se perdia em discussões ideológicas a potência anglo-saxónica aproveitava-se das fraquezas da EU no seu sentido de domínio geoestratégico. Enquanto os europeus lutavam por valores os EUA lutavam pelo poder.

Com a precipitação dos acontecimentos na Ucrânia, a Alemanha não teve outro remédio senão ceder à pressão da EU/OTAN, embora o povo alemão se não se encontre convencido, o que se pode antever das hesitações do seu chanceler.  A Alemanha teve que ceder à pressão dos parceiros da OTAN enfraquecendo-se assim substancialmente; uma Alemanha enfraquecida significa também uma Europa mais dependente e com o tempo vencida!  Com as sanções económicas a Alemanha será na EU quem mais perde; este terá sido o maior erro dos USA e da EU que antecipará o fim do domínio anglo-saxónico.  Com a decisão do Bundestag a Alemanha acedeu aos tecnocratas da EU/OTAN e dá sinal de prontidão para ceder a precedência da Europa aos EUA que se afirmam através da política da OTAN.

A Alemanha está na iminência de se tornar numa parte beligerante na guerra ucraniana (advertem os partidos Esquerda e AfD e uma Alemanha para quem o legado cultural europeu ainda conta); provisoriamente será dos países da EU que mais prejudicados serão com o conflito; as dúvidas que a Alemanha apresentava para não ser envolvida definitivamente com a Europa na guerra dos USA contra a Rússia não foram tidas em conta pelo resto da Europa; a opinião pública, desde a invasão russa tem sido preparada no sentido de “legitimarem popularmente” a Nato a entrar directamnte na guerra. Com este gesto, a Alemanha coloca toda a Europa nas mãos dos interesses anglo-saxónicos. A longo prazo, isto significa que a Europa se trai a si mesma e além disso será envolvida nos futuros conflitos dos EUA contra a China.

Enquanto o Parlamento alemão confirmava, com o seu voto, os resultados da propaganda popular levada a efeito pela imprensa ligada aos interesses dos USA, o Chanceler alemão (Olaf Scholz) viajou para o Japão para avisar a China que não se aproveite da situação. Da Rússia a reação aos resultados do parlamento alemão foi, isto „vai acabar de maneira triste”!

As perspectivas são péssimas para a Europa. Com esta guerra os EUA conseguiram alcançar os seus objectivos de enfraquecerem a Rússia, subjugar a Europa, fortalecer o Dólar e garantir imediatamente fabulosas encomendas para a indústria americana!

Em política só valem os interesses dos mais fortes, o resto é apenas música de acompanhamento para os legitimar! Quem não compreendeu isto ainda não acordou para a realidade político-económico-social, ficando destinado a contentar-se com os améns das próprias opiniões frisadas! Quem quer poder alinha-se aos poderosos; isso acontece em política e no mundo do trabalho! Neste mundo, o oportunismo é lei!…

Sabe-se que mais armas criam mais conflitos, mas na guerra, como se pode ver, trata-se apenas de ganhar, as pessoas não interessam.

Agora a Ucrânia irá receber armas que também podem atingir objectivos em terreno russo! Selensky atingiu o que queria como actor dos USA. Selensky é um actor e comediante profissional, lavado com todas as águas, que, como consta na imprensa, no uso da sua profissão até nu tocava guitarra com os seus órgãos sexuais. Os governos na Europa mostram-se agora apenas como actores amadores.

É chocante como os tempos e as opiniões da sociedade mudam. Os verdes, antes pombas da paz transformaram-se em falcões. Os chamados representantes do povo que costumavam dizer “não a armas para zonas de guerra”, “nunca mais guerra” mentiram-nos.

“Eu costumava pensar que todos eram contra a guerra, até descobrir que havia quem fosse a favor. Especialmente aqueles que não têm de ir”, constatava Etrich Maria Remarque

A grande mentira que nos é impingida é espalhar-se a ideia de que os ucranianos combatem por valores ocidentais. Os interesses das grandes potências não se interessam por valores nem por moral; para eles isso é coisa para o povo! Em nome de valores vendem a sua guerra.

O recibo virá mais tarde. Para a classe política um alívio porque assim poderão vender a sua incompetência de uma política baseada em dívidas como consequência da guerra.

A Guerra geoestratégica (imperialismos) entre os USA e a Rússia revela-se uma Catástrofe para a Europa (1). Será criada uma nova ordem mundial, ficando o Ocidente de um lado e a Rússia e China do outro! Dado passarmos a não usufruir tão facilmente dos produtos baratos da China e das matérias primas baratas da Rússia, todo o cidadão terá de começar a viver mais modicamente!

Os EUA ao apostarem com Selensky na intensificação da guerra impediram que a Alemanha e a EU negociassem com a Rússia, numa de compromisso conciliador; deste modo contribuem para que a Ucrânia seja dividida e a Europa enfraquecida!

A Europa corre o perigo de se tornar meramente dominada pelo espírito anglo-saxónico; seria de esperar dela conseguir uma inclusão equilibrado das mentalidades anglo-saxónica, nórdica e latina! O espírito latino tem sido menosprezado, também na EU. É de esperar que depois do conflito na Ucrânia a Europa, após um curto período de horror volte a si para poder iniciar uma era da paz no mundo!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

(1) https://www.youtube.com/watch?v=s-SubcsJRtI   ; https://www.thepostil.com/the-military-situation-in-the-ukraine/?s=09

https://www.lewrockwell.com/2022/03/david-stockman/washington-is-delirious-with-war-fever-for-no-reason-of-homeland-security/ 

http://www.european-news-agency.de/politik/biologische_waffen_in_der_ukraine_entwickelt-83427/ 

Ucrânia como Estado federado, com estados autónomos nas regiões da Ucrânia Oriental de Lugansk e Donetsk:   https://antonio-justo.eu/?p=7138 ,

Freitas do Amaral: https://cnnportugal.iol.pt/politica/ucrania/situacao-da-crimeia-foi-criada-por-provocacoes-do-ocidente?utm_source=facebook&fbclid=IwAR2zFO9vnKTOEoEKFHwGrJXcJv1KzzXRdeBjWla42ayCQrPyHd0-NdUJ3r4

Auch: Publikationen von Schriftsteller und Publizist Dr. jur. Wolfgang Bittner lebt in Göttingen. Von ihm erschienen 2014 „Die Eroberung Europas durch die USA“, 2019 „Die Heimat, der Krieg und der Goldene Westen“ sowie „Der neue West-Ost-Konflikt“ und 2021 „Deutschland – verraten und verkauft. Hintergründe und Analysen“.

 

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António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

45 comentários em “A ALEMANHA DECIDIU RENDER-SE ENTREGANDO ARMAS PESADAS À UCRÂNIA”

  1. Jorge Rodrigues, o problema não é tão claro como a nossa imprensa e políticos querem fazer crer! Só depois de uma análise profunda acerca da cumplicidade da Rússia e da Nato se poderá ver onde houve mais exageros! Eu procuro analisar a situação sob a perspectiva da Europa e de interesses europeus num mundo fora de uma hegemonia unipolar! Procuro apenas ver o mundo que temos e em que águas navegamos! Naturalmente que há muitas perspectiva de análise desta guerra (incluo também nela a guerra civil da Ucrânia de que o Ocidente não fala porque lhe convém reduzir a realidade ao acto ilegítimo da invasão russa na Ucrânia). Porque acvompanhei o que acontecia na guerra civil, também não me posso decidir só por uma parte dado NATO e Rússia serem cúmplice. Uma outra questão, independentemente da justiça, são os interesses de Estados ou de pessoas em querer pertencer a um bloco forte que lhe poderá trazer algumas vantagens!

  2. Sempre achei estranho o apoio incondicional que os EUA dão a Ucrânia, aquilo não é normal, me parece haver algo de muito errado na Ucrânia que eles querem esconder, algo que não pode ser revelado a todo custo, mesmo que o custo seja uma catástrofe humanitária.

  3. O que acontece desde há anos na Ucrânia é um conflito entre os USA e a Rússia. Os USA seguem o seu declarado objectivo de Estad ou razão de Estado que é fazer tudo por tudo para que a Europa se distancie totalmente da Rússia! Deste modo consegue continuar a ter o monopólio na orientação da política mundial! Pelo andamento da situação desta guerra resultará um mundo bipartido: de um lado os países ocidentais e do outro a China com a Rússia. Infelizmente os nossos políticos europeus estão a pensar só em termos imediatos enquanto que os USA pensam, para eles, a longo prazo! A factura da guerra será ainda por cima paga, em grande parte, pelos europeus enquanto que os USA se aproveitarão da guerra longe da terra deles e assim impedir também que uma Europa um pouco ingénua e orientada ainda não só por aspectos económicos passará a só ter iniciativa dentro do clube da NATO!

  4. Aos poucos ir-se-á notar também a cumplicidade ocidental no que se desenvolveu nos últimos 20 anos na Ucrânia. Freitas do Amaral, que pode observar os acontecimentos sob perspectivas da ONU, deixa ver um pouco dos antecedentes da guerra civil na Ucrânia: Aos poucos ir-se-á notar também a cumplicidade ocidental no que se desenvolveu nos últimos 20 anos na Ucrânia. Freitas do Amaral, que pode observar os acontecimentos sob perspectivas da ONU, deixa ver um pouco dos antecedentes da guerra civil na Ucrânia: https://cnnportugal.iol.pt/politica/ucrania/situacao-da-crimeia-foi-criada-por-provocacoes-do-ocidente?utm_source=facebook&fbclid=IwAR3PAc6mUWHE3qxoBDRCLwrh_szeDE1-eSWxWFKUawzw5Mf_XUxUimXMqGI

  5. Fernando Ramos Machado, claro, opiniões são sempre de respeitar, mas, para mim, mais útil seria argumentar-se para assim poder aprender alguma coisa! Isto independentemente de se ter uma opinião formada em defesa de uma ou outra posição. Importante é estarmos todos a caminho de perceber os interesses que se encontram por trás de cada opção que se pretenderia livre!

  6. Luís Moreira; também penso que por trás estará também isso. Também poderia ter sido uma estratégia de impedir a continuação de vantagens que a OTAN estava a conseguir num governo que se identificava com os objectivos da OTAN! A atitude precipitada de Putin é apresentada por alguns comentadores como uma simples antecipação a operações internas no sentido da OTAN.

  7. A Alemanha é dos países que mais próximo da Rússia esteve nos últimos 20 anos, está à vista no que deu. Isto não são histórias, é realidade alemã: Nordstream 2 e a dependência do gás russo, Merkel, Schröder, ex Chancler, que ganha balúrdios por mês na empresa russa e ainda o que ganha paralelamente dos contribuintes alemães. Não são fantasias, tudo realidade! Só me questiono: ONDE ENTRA A NATO E OS EUA AQUI???? Onde???
    Talvez seja melhor começar a ler jornais e ver telejornais ditos “normais”, informativos e verdadeiros, do que aqueles que espalham teorias da conspiração, que com a realidade pouco se assemelham e distanciam até as pessoas da realidade. Mas como é aqui referido, respeitemos as opiniões acima de tudo!

  8. Carla Moita, passo a referir-me apenas a um aspecto que referiste, porque stou apenas interessado em que haja mais luz na discussão do tema e esta é imensamente complicado com diversas perspectivas e interesses em jogo! ! Para se poder entender o papel do ex-chanceler Schröder na empresa de gás e dos interesses da Alemanha na colaboração económica com a Rússia teria de se falar também do papel da nomeação do filho (2014) do então Vice-Presidente dos EUA Joe Biden para a direcção da Burisma (o maior produtor privado de gás da Ucrânia ) na Ucrânia e outros envolvimentos na Ucrânia!! À OTAN interessa-lhe apresentar apenas a tontaria de Putin em invadir a Ucrânia omitindo-se na guerra da comunicação o que aconteceu na Ucrânia a partir de 2013. Esta tática de manipulação conseguida por uma imprensa tendenciosa levou grande parte do povo europeu a colocar-se ao lado da organização militar OTAN caindo na esparrela de que na Ucrânia se tratava apenas de um contencioso entre aa Rússia e a Ucrânia, dando a impressão ao povo que se tratava de uma luta entre países quando na Ucrânia já há muitos anos se realiza uma guerra geoestratégica entre USA e Rússia (apoiada por alguns interesses meramente económicos da EU)

  9. António Cunha Duarte Justo faz ben, mas o bombardeamento de casas, hospitais, maternidades e escolas, bem patentes nas imagens, são crimes de guerra, segundo a Convenção de Genebra, e não me parece que a Nato, a Ucrania ou a UE possam ser responsabilizadas por tais atrocidades. Eu sou objectivo.

  10. Jorge Rodrigues, ninguém contesta aqui a malvadez do que Putin tem feito desde Fevereiro na Ucrânia; o que me custa a aceitar é que a análise dos acontecimentos só parta a partir da invasão russa e não haja interesse em apresentar os acontecimentos que levaram a Rússia a invadir (que também não justificam o rompimento com direito internacional); sei que a intervenção nos assuntos internos da Ucrânia eram üpara defender os nossos interesses capitalistas, mas isso não deveria impedir-nos de os ver!. O meu tema é a Europa, a EU e o papel dela e consequências que advirão do conflito na Ucrânia para a Europa!

  11. Os erros de uns não devem justificar os de outros. E a ministra de Mecklenburg-Vorpommern, porque é que ainda não se demitiu? Os alemães estão na política com a Rússia até aos ossos, por isso não têm como sair do gás. Onde está a OTAN, a USA? Isto também é Europa e a Ucrânia, e não só, avisaram a Alemanha, que esta dependência era uma arma para Putin. Porquê não falar nisto.
    E sinceramente, depois da chacina que se está a passar, também considero mais importante falar dela do que, dos factos que levaram a ela. HÁ SERES HUMANOS A MORRER!!!! Bolas, não será isto mais importante! O assassino tem um nome. Para mim é disto que interessa falar. Do resto poderá ter interesse falar mais tarde. Agora as palavras desordem deveriam ser: ajuda e solidariedade e pena máxima para criminosos de guerra!

  12. Carla Moita, quanto mais armas forem entregues mais pessoas morrerão e mais se alarga o perigo da guerra se alargar a outros países. Também sou do parecer que os nossos erros não devem justificar os erros da Rússia nem os erros da Rússia devem desculpar os nossos.

  13. António Cunha Duarte Justo, o problema dos países europeus é ignorar a história. Os EUA são a maior potência mundial, resultado das duas guerras mundiais e vai continuar a ser em resultado da ingenuidade da UE.

  14. Manuel Rafael Nhamirre, sim, os europeus preocuparam-se apenas pela economia e por um certo bem estar e liberdade do seu povo; os USA apostaram não só na sua expansão económica mas também na expansão militar porque como pragmáticos sabem que quem tem mais força militar vence e tudo se subjuga a esse facto. A Europa para se preservar deveria manter um equilíbrio entre o espírito anglo-saxónico, nórdico e latino! O latino tem sido sucessivamente desmontado!

  15. Só conheço um que deu a outra face perante uma bofetada! Apenas ELE! Se um dia DESARMARAM A UCRÂNIA, agora que ela precisa, têm de a ARMAR. Ou então, metem a cabeça na guilhotina do inimigo… é outra opção. O inimigo chamar-lhe-ia “um figo”, à Ucrânia sem ajudas!

  16. É isso mesmo, a culpa da invasão russa é dos americanos não terem feito uma guerra preventiva ao regime absurdo do tirano do Kremlin.
    FB

  17. José Pinto Correia, nas guerras é costume haver vencedores e vencidos; nela estão em jogo interesses económicos e estratégicos e infelizmente nas guerras a moral não conta! O meu texto pretende alertar para uma perspectiva totalmente esquecida neste conflito e que é a perspectiva europeia!

  18. Comentário pró – russo – soviético! Então, os russo – soviéticos podem invadir e destruir território e cidades ucranianas e quem lá vive não se pode defender? Ou, na sua opinião, enquanto os russo – soviéticos usam material de guerra tecnologicamente sofisticado, os ucranianos teriam de se defender com material do tempo da Idade da Pedra?

  19. José Ascenso, não é essa a perspectiva que pretendo nele; pretendo apenas apontar para uma outra realidade não existente na discussão e que é uma perspectiva própria da Europa que não precisa necesariamente de tornar-se um apêndice dos USA ou da Ásia!…

  20. Quando você diz interesses americanos, você está levando em conta que os Alimões tem os mesmos interesses que os americanos?

  21. Lieber Antonio, vom Geist, von historisch und geographihsch bedingten kulturellen humanistischen mentalen Paradigmen, Verbindungen, Gegebenheiten Möglichkeiten…
    spricht niemand. Und diese Verbindungen, Verständnisse und Selbstverständnisse sind durch Jahrhunderte entstanden, haben europäische Seele geprägt, und jetzt sollte das alles durch Kapital- Interesse von USA zerrissen werden????Zwar dauert dieses Prozess der Feindseligkeiten gegenüber Russland schon lange Zeit, jetzt ist offensichtlich Finale angetreten. Die Welt wird nicht mehr so sein wie sie vor diesem Krieg war. Leider, leider, die Retorik der Politik und der Medien ist voller Drohungen, Hass, Hysterie – und kein Wort vom Frieden!

  22. Ksenija Duhovic-Filipovic, muito obrigado pela tua abordagen. A maioria das pessoas não têm muito tempo para se informarem em posições diferentes e em geral estão dependentes do que a TV ou o Telejornal lhes apresenta. As informações que muitas vezes são transmitidas são meros apelos ao sentimento deixando a razão de lado, ou em alguns casos discussões a desoras para que só vejam pessoas interessadas em perceberem a questão de fundo! Para fortalecer o que dizes aconselharia os leitores que dominam alemão que leiam as publicações e livros do escritor e publicista Dr. jur. Wolfgang Bittner. Von ihm erschienen 2014 „Die Eroberung Europas durch die USA“, 2019 „Die Heimat, der Krieg und der Goldene Westen“ sowie „Der neue West-Ost-Konflikt“ und 2021 „Deutschland – verraten und verkauft. Hintergründe und Analysen“.

  23. https://youtu.be/F_DS6UvZXPo Sobre o que é o armamento alemão de que se fala, detalhes técnicos e os negócios.
    Panzerhaubitze 2000 for Ukraine – German Firepower
    YOUTUBE.COM
    Panzerhaubitze 2000 for Ukraine – German Firepower

  24. Zé Maria Miranda, muito obrigado pelo video sobre o envio pela Holanda de Panzerhaubitzen 2000 alemão para a Ucrânia. Por acaso já estava informado por outras fontes mas é importante que outros possam ter acesso a tais informações aqui.

  25. Um alemão que explica em português.
    https://youtu.be/-Xld5mzMnTk
    BRASIL: QUER EQUIPAR TANQUES ALEMAES PARA A UCRANIA COM 300.000 BALAS DE MUNICAO !!!!!
    YOUTUBE.COM
    BRASIL: QUER EQUIPAR TANQUES ALEMAES PARA A UCRANIA COM 300.000 BALAS DE MUNICAO !!!!!

  26. Zé Maria Miranda, penso que por trás destas acções de envio de material bélico está o interesse de renovar o material bélico já um pouco em desuso devido às inovações que entretanto se deram. A corrida ao armamento está a ser um grande negócio porque com a venda de material velho fica dinheiro para as novas gerações de tanques, etc. É horrendo o que se está a passar a todo o nível.

  27. António Cunha Duarte Justo, só que a perspectiva europeia não é a da rússia e tem sido desde há décadas compatível com a euro-atlântica que tem a expressão militar na OTAN.

  28. José Pinto Correia, quando falo da perspectiva europeia refiro-me a um conceito mis amplo que implicaria uma política cultural, económica e militar própria! A UE pouco mais tem passado a ser que um acólito dos USA e não tem defesa própria por se encontrar em parte com as bases americanas no seu território como acontecia no tempo da ocupação depois da segunda guerra mundial. Assim os USA matam com uma cajadada dois coelhos a propósito da OTAN. A UE tem-me dado a impressão de colaborar na política de desmontagem cultural da Europa e de se submeter ao espírito anglo-saxónico e não ser mais que um vagão na sua carruagem! A Alemanha tentou várias vezes afirmar-se em política económica como rival dos EUA mas logo era admoestada ou impedida pela União Europeia! Naturalmente os interesses da Alemanha eram demasiadamente económicos mas eram uma oportunidade para pouco a pouco a Europa se ir tornando independente. Facto é que há uma desconfiança geral em relação à Alemanha mas penso que se os outros países tivessem um interesse comum europeu a Alemanha tomá-los-ia a sério e embarcaria no barco também. Assim a Europa é deconstroída porque cada país puxha para seu lado , também com razão porque os tecnocratas europeus não estão consientes da necessidade da existência de uma europa com um legado cultural riquíssimo mas que tem sido deitado ao desprezo devido a interesses meramente económicos e de uma elite cada vez mais arrogante e mais distante do povo e da Europa! Como a Europa não tem perspectiva própria torna-se mera acólita dos EUA e da pior maneira que é a aliança meramente militar a OTAN!

  29. A Alemanha é um país democrático e soberano que decidiu de forma clara tomar uma posição contra o nacionalismo expansionista russo.
    Se todos nos ajoelharmos perante a Rússia, todos vamos perder a soberania.
    Mas enfim, temos que viver com a quinta coluna de colaboracionistas nacionalistas e comunistas, que se pudessem também entregavam a soberania de Portugal à Rússia.
    O CDS a identificar-se com o Chega, o CDS a justificar o desaparecimento.

  30. Aqui a perspectiva que tentei apresentar não diz respeito a nacionalismos russo ou outros mais ou menos defendidos. Aqui procurei apontar para uma perspectiva europeia que infelizmente escapa à maior parte dos obesrvadores, por muitas razões que tenham em ocupar-se dos aspectos mais imediatos em que se encontram envolvidos!!

  31. Caro António Cunha.
    Decidi estar de acordo consigo pois vejo que raciocina bem e com isenção.

    De facto a Alemanha, juntamente com mais 49 países que formam aquilo a que chamamos continente europeu, mais os abomináveis EUA, que não olham a meios para implantar o seu regime, de sufocante e feroz ditadura nazi, em que vive o seu povo desde tempos imemoriais deviam abster-se de intervir na guerra que a tirânica Ucrânia desencadeou contra a democrática Rússia. O móbil, caro Justo (veja que até o seu nome é sinónimo de isenção) é que os odiosos cossacos querem destruir o milenar e democrático país dos krazres e apossarem-se da sua riqueza natural e valor geoestratégico, particularmente aquele privilegiado acesso ao “mar quente”.
    Pois é, meu caro, são uns refinados chatos. Pior que isso, são uns monstros satânicos que destroem casas, hospitais, creches , matam velhos e crianças, violam mulheres, sacam e roubam bens alimentares e outros artigos, por onde passam, utilizam armas proibidas por convenções internacionais, etc., etc.
    Como vê, julgo que nenhum ser humano pode ficar indiferente a tão hedionda e selvagem agressão. Digo ser Humano! É que, há quem dessa espécie apenas tenha a forma. Mas não vale a pena dissecar o tema. Para já felicito-o por estar num país onde não se obrigam as pessoas que expõem o seu pensamento divergente a passar umas prolongadas férias num qualquer paradisíaco Gulap.

    Creia-me seu leitor atento e desinteressado.

  32. Prezado AFonseca,
    realmente também penso que estes europeus que devem o seu nível de vida aos EUA e seus íntimos da OTAN e às suas intervenções noutros países (todas elas em defesa da democracia e dos direitos humanos) teriam direito a uma atitude senão submissa pelo menos de agradecimento por tudo o que têm feito por nós! De facto devemos reconhecer que no Afeganistão defendíamos os valores europeus (Alemanha, Portugal, etc.) e agora estamos a defender a liberdade e a democracia nas fronteiras da Rússia! Tudo isto legitima naturalmente o domínio de todo o Atlântico e alguns lagos vizinhos!
    Der resto a perspectiva com que apresentava o texto era apenas uma tentativa de meter no meio do mainstream uma perspectiva sintomaticamente desprezada que seria a perspectiva europeia e não apenas a da EU.
    Limito-me a resumir a minha posição em relação à guerra no que o Pe. António Vieira tão bem resumiu no século XVII.
    “É a guerra aquela tempestade terrestre que leva os campos, as casas, as vilas, as cidades, os castelos, e talvez em um momento sorve os reinos e monarquias inteiras. É a guerra aquela calamidade composta de todas as calamidades, em que não há mal algum que ou não se pareça ou não se tema, nem bem que seja próprio ou seguro: – o pai não tem seguro o filho; o rico não tem segura a fazenda; o pobre não tem seguro o seu suor; o nobre não tem segura a sua honra; o eclesiástico não tem segura a imunidade; o religioso não tem segura a sua cela; e até Deus, nos templos e nos sacrários, não está seguro.” Parte de um sermão do Padre António Vieira
    Cordialmente

  33. Meu caro Justo,

    Nisto da invasão da Russia à Ucrânia, andas continuamente, embora ligeiramente, equivocado !
    Desconheço se tens lido, muito ou pouco, os livros medievais e os pareceres dos Santos Padres que tratam das guerras, mas tendo mais a considerar que estarás influenciado pelos políticos alemães da antiga e pobre ALEMANHA DEMOCRÁTICA, incluindo a antiga Chanceler!
    A Alemanha decidiu e bem associar-se a todos os membros da NATO e aos restantes Países democráticos , para tentar conter o déspota PUTIN que pretende ser o novo CZAR e reconstituir o novo Império Soviético de triste memória. As consequências nefastas para a humanidade da INVASÃO DA UCRÂNIA estão à vista e tu agarras-te a “importantes” princípios, estes subordinados a outros de maior valor. A teoria de PUTIN que o OCIDENTE quer destruir a Rússia é uma falácia ,como falácias são todas as que se baseiam na tentativa hegemónica anglo-saxónica. A loucura assassina não se combate com meros receios de bombas atómicas ou de guerra mundial, nem de cedência às chantagens ! Os ditadores, como o Hitler e o Putin só param quando são derrotados. As vidas humanas para eles não contam, contam apenas os territórios conquistados e quantos mais têm mais vão querer…
    Essa” coisa medieval “ da santidade da guerra, conferida, neste caso, pelo Patriarca Ortodoxo de Moscovo, é uma outra falácia, uma manipulação dos crentes, meu caro Justo ! Quanto à PAZ, os soviéticos e os comunistas lideraram movimentos pela Paz em todo o Mundo, porque estão sempre a preparar as guerras…e o PUTIN cleptocrata é o seu descendente ! Os europeus esqueceram-se do brocardo Latino “Si vis PACEM, para Belum “ e ainda bem que os EUA são mais sábios que os panhonhas da Europa , senão estaríamos todos inexoravelmente sujeitos à tirania !
    Justo, meu caro amigo,” in hoc non laudo” !

    Mas sempre a considerar-te e a estimar-te .
    Um abraço do
    JCM

  34. Caro amigo J C M
    Muito agradecido por apresentares uma outra parte da verdade e de maneira argumentativa! Estou consciente que o meu ponto não realista/idealista é procurar apresentar a guerra na Ucrânia apenas sob a perspectivas geoestratégica em que se encontra ausente uma política própria da Europa, vendo-se, para isso, os pobres americanos a sentirem-se obrigados a terem de defender os interesses dos europeus! Caro amigo, sei que sou ingrato mas não me sinto só porque o que escrevo, poderá ser errado na visão de muitos mas faço-o na consciência do que me motiva ser a visão de uma Europa de cultura de reminiscências cristãs que além de expressar nela o protestantismo e catolicismo a tornaria mais completa se incluísse também a ortodoxia.
    Quanto a influências alemãs ou alheias penso que é o risco e condição que corro eu e toda a pessoa que julga e opina!
    Como contra argumento, neste assunto, quanto ao que dizes sobre o ser influenciado pela política socialista da DDR e pela Alemanha de Merkel, penso poder contrariar essa afirmação porque sempre fui crítico ao que os media querem que se pense; de minha parte, até por uma questão de higiene mental, prefiro procurar alternativas que não me obriguem a perder muito temo a aplaudir isto ou aquilo! Quanto à Alemanha e estou convencido que a política alemã, mesmo da esquerda, não chega a certos extremos a que está votada a sociedade portuguesa desde 1974. Na Alemanha, na discussão pública, pensa-se mais em termos laborais e económicos do que políticos e os políticos alemães têm medo de desagradar ao povo e também por isso procuram satisfazer as suas necessidades básicas! (Isto não quer dizer que uma sociedade seja melhor que a outra; são apenas diferentes, cada qual com as suas características específicas que se complementariam em caso ideal.
    Quanto à campanha de crítica a Merkel movida na Europa considero-a fora de lugar porque também ela tem o objectivo de levar o público a querer prolongar a guerra. Seguiu a política do desarmamento mas creio que por não haver ainda uma consciência europeia de se formar um verdadeiro corpo militar mas apenas enquadrado na OTAN. Merkel tinha uma política talvez um pouco mais feminina (mais que chanceler autoritária era uma administradora que procurava governar em consenso; na política com a Rússia procurou naturalmente defender os interesses económicos alemães). Era filha de um pároco evangélico e toda a família sofreu muito por causa do regime socialista que era contra eles e contra a Igreja.
    Aquando da reunificação alemã escrevi um artigo na revista “Gemeinsam”, März 1990, onde expressava a minha ideia própria e que se resumia nisto: nem socialismo nem anglo-saxonismo, opte-se por uma via europeia! A minha posição de crítica à Alemanha e à Europa continuou a ser a mesma!
    O título do artigo é “Wohin Deutschland? – Der Verrat am deutschen Idealismus! „ (Para onde vais Alemanha – A traição ao idealismo alemão). Cito apenas uma frase: “Com os acontecimentos alemães haveria a oportunidade de criar novos impulsos e alternativas para a política mundial, que poderiam ter o selo alemão num sentido positivo (ligação ao idealismo alemão).” Aconteceu precisamente o contrário do meu “idealismo” cultural descrito no artigo, mas bastou-me, o orgasmo intelectual de escrever e para coroa o elogio do Prof. Dr Seiffert, da universidade de Kassel e que eu não conhecia e me surpreendeu com um telefonema em que disse “envergonho-me por o que escreveu não ter sido escrito por um alemão”. A política alemã seguiu a política anglo-saxónica que antes se via limitada a ser a administradora dos EUA e ao entrar na União Europeia continuou a afirmar o espírito anglo-saxónico. Teve a desilusão de ver a Inglaterra sair da União Europeia muito embora tentando, contra o espírito americano, no sector da economia, não se deixar levar só pelos interesses americanos. Pude observar que sempre que a Alemanha fazia alguma coisa no sentido de ligação económica à Rússia logo era acompanhada com crítica ou castigos do regime americano.
    Procuro enquadrar a questão apenas sob um ponto de vista cultural europeu e não da UE!
    Penso não me agarrar só a princípios mas pelo que pude observar das acções da OTAN e da Rússia desde há 30 anos para cá na Ucrânia pude observar um certo primitivismo russo mas também a accao refinada e subversiva da OTAN que no seguimento da doutrina americana apostava na destituição de governos não conformes aos seus interesses e no apoio de governos que os servissem. Essa tática também sobressai num desejo espalhado de que a própria população russa irradiasse Putin da cena! O que está em jogo porém não é a maldade e as barbaridades de um Putin mas os interesses da nação russa; por isso deveríamos ser mais módicos dado depois desta guerra termos de nos arranjar com Putin na qualidade de representante da Rússia.
    A tua frase “Os ditadores, como o Hitler e o Putin só param quando são derrotados”, tem muito de verdade mas seria triste que para se não ter de ser ditador a OTAN se veja obrigada a ganhar! A OTAN perdeu a guerra no Afeganistão; nesta teria mais possibilidade de ganhar dado também muito do povo ter sido armado! Quanto ao Patriarca de Moscovo não se deve encontrar em bons lençóis por ter fiéis tanto na Ucrânia como na Rússia. A este respeito também em Portugal se prolonga a guerra e o preconceito porque antes os ucranianos russos e não russos davam-se bem e depois das campanhas anti Rússia têm estado a ser discriminados pelo facto de a embaixada ucraniana em Lisboa apoiar só uma determinada associação e o espírito no país ser de tal modo contra russos que ucranianos russos em Portugal se vejam obrigados a esconder a sua etnia (uma guerra na Ucrânia tem sido uma guerra também contra russos ucranianos).
    “Si vis PACEM, para Belum , tem-nos ensinado a História, mas numa Europa destruída depois da guerra não houve ocasião para a Europa acordar para ela mesma.
    Não sou adepto da tese do livro “O fim da história” do cientista político americano Francis Fukuyama que defende a Hegemonia dos EUA; pelo que observo da estratégia americana penso que a opinião pública europeia está bem preparada para aceitar a concretização do teórico Francis Fukuyama. Penso que tais teorias vão mais de acordo com os objectos globais da maçonaria, longe dos interesses de uma Europa consciente dela mesma e do seu legado.
    Caro amigos, se tiveres paciência podes ler o texto que hoje enviei “A ALEMANHA DECIDIU RENDER-SE ENTREGANDO ARMAS PESADAS À UCRÂNIA”; não te preocupes, apenas pretendo fazer cócegas aos miolos!
    Com estima e consideração

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