De Roma, um apelo à razão e à consciência do mundo

Papa Leão XIV clama aos poderosos: troquem as armas pelo diálogo

Num tempo em que o mundo parece andar tolo e perder o rumo, o Papa Leão XIV levanta a voz com firmeza e esperança.

“Peçamos ao Senhor que toque os corações dos poderosos e inspire as suas mentes, para que substituam a violência das armas pela busca do diálogo.”

É um apelo direto. Um sopro de lucidez no meio da confusão.
Porque onde deveria haver liderança com alma, cresce o ruído das ambições.
Poder, dinheiro, influência e controlo — são estes os ídolos de muitos políticos que em vez de servirem o bem comum preferem determinar como o povo e as outras pessoas devem viver, agir, falar e pensar.

Antes das férias, o Papa deixa uma bênção simples, mas necessária:

“Desejo a todos um tempo de descanso para fortalecer o corpo e a mente.”

Mas vai além do descanso. Pede consciência.

Chama-nos à responsabilidade de erguermos a voz em favor do que realmente importa — aquilo que se está a afogar na loucura do nosso tempo.

E que loucura é essa?

É a de um mundo onde a paz já não é prioridade.
Onde os líderes trocam o diálogo pela imposição.
Onde a palavra cede lugar à força e a humanidade fica para trás.

Leão XIV fala para todos. Mas sobretudo para aqueles que detêm o poder de mudar o rumo das coisas.
Que saibam ouvir. Que escolham a paz. Que compreendam que o verdadeiro poder está no serviço, não na dominação.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

3 comentários em “De Roma, um apelo à razão e à consciência do mundo”

  1. Este texto é importantíssimo, reflete um pensamento verdadeiramente cristão. Estranho, com desilusão não ver aqui ninguém a manifestar apoio, acho que os católicos estão cada vez mais distantes de Cristo

  2. Manuel Bernardo , concordo plenamente consigo: um pensamento verdadeiramente cristão exige não só convicção interior, mas também coragem para se manifestar. A falta de apoio público que lamenta tem várias causas:
    – A privatização da fé – Muitos reduzem o cristianismo a uma devoção íntima, esquecendo que ele deve transformar também a sociedade.
    – Medo do conflito – Vivemos numa cultura que penaliza opiniões discordantes, e muitos católicos, por comodismo ou receio, calam-se deixando-se orientar pelo determinado pelo Zeitgeist.
    – falta de formação – Sem conhecimento sólido da fé, os fiéis sentem-se inseguros para defender suas convicções. A jerarquia eclesiástica tem descurado também a apresentação de uma filosofia cristã dirigida a todos.
    Mas a solução não é só criticar – é agir. Precisamos de:
    – Mais coragem civil, enfrentando o medo de ser marginalizados;
    – Melhor formação, para que os católicos saibam porque creem no que creem;
    – Comunidades firmes, que apoiem os fiéis no testemunho público.
    Tem razão: o silêncio é preocupante. Mas Cristo chama-nos a ser luz – e luz não se esconde. Cabe a cada um de nós responder com a mesma coragem que o seu texto demonstra.

  3. Um bem haja pelas suas palavras ! Que Deus nos ousa em nossas súplicas , a Deus, rezando por aqueles que no lugar de fazer paz preferem antes, fazer a guerra o seu coração anda, cego de poder, dominação, é ver qual o mais forte alianhados , nos seus poderes e acabam por ter medos, uns dos outros. Que Deus nos valha. Obrigada Senhor António Cunha Duarte por todas as suas palavras valem ouro …o melhor que por aqui leio . UM BEM HAJA . DESEJO DEUS ESTEJA EM SUA CASA . UM BOM FIM DE SEMANA EM FAMILIA .

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