UMA FOTO QUE DIZ TUDO!

Num momento da história em que deveríamos andar todos de olhos bem abertos porque o mundo que preparamos é de grandes exigências, tapamos os olhos para não nos tornamos conscientes das catástrofes que estamos a preparar. Encontrámo-nos numa fase difícil e por isso precisamos de uma esperança individual inabalável, já que, a sociedade que nos tenta dirigir não busca a paz e baseia o seu progresso em processos injustos.

António Justo

Pode ser uma imagem de 2 pessoas e texto que diz "Le photographe qui a réalisé ce montage devrait recevoir l'Oscar de la lucidité et de la synthèse, le prix Nobel de la vérité TOUT est dit, dans cette photographie! Un type de civilisation avance à visage masqué... Et l'autre, les yeux cachés, ne voit rien venir. OCCIDENT ORIENT"

IGREJA EM DERROCADA NA ALEMANHA

A politização do Discurso religioso falsifica os seus Conteúdos e viola a Fé

Na Alemanha, 522.821 fiéis abandonaram a Igreja Católica, em 2022, conforme relatado da Conferência Episcopal Alemã (DBK) e no mesmo ano abandonaram a Igreja Evangélica 380.000 protestantes. De notar que em 1979 49% dos alemães eram evangélicos, hoje são 21%. A declaração de abandono da igreja não ocorre na própria igreja; é declarada à cidade ou município de residência (por causa do imposto) sem precisar de fundamentação.

Actualmente a Igreja Católica conta com 21,6 milhões de membros registados e a Evangélica com 19,73 milhões, numa população alemã de 83,1 milhões em 2022. Do total de 83,1 milhões, 59,278 milhões são sem histórico migratório (1) e 23,825 milhões com histórico de migração (2), o que corresponde a uma parcela de 28,7% da população total.

A Igreja Católica e a Igreja Protestante empregam cerca de 1,8 milhão de pessoas e cerca de 1,3 milhão delas trabalham nas duas instituições de caridade: Diaconia e Caritas!

Entre os factores que contribuem para a diminuição dos cristãos na Alemanha contam-se: a obrigação dos membros da igreja pagarem imposto (entre 8 e 9%) para a igreja (3) , a politização do discurso religioso, o escândalo dado por padres pedófilos; a secularização, o individualismo e a luta cultural contra o cristianismo propagada por ideologias,  agendas, ONGs e por forças globalistas interessadas em criar uma nova ordem mundial que vê no cultivo do humanismo e dos biótopos culturais um obstáculo à centralização do poder que aspira à criação de um humano de caracter meramente funcional para poder ser mais facilmente governável e entretido por valores em torno da subsistência no dia-a-dia.

Segundo a Igreja Católica em Fulda as razões da desvinculação devem-se sobretudo ao ” fenómeno social geral que está diminuindo as forças vinculantes de grupos, forças e iniciativas relevantes”, isso afeta tanto as igrejas, como partidos e associações. “Além disso, há uma crescente secularização da sociedade, bem como conflitos internos da igreja e uma contínua perda de confiança em conexão com o processamento de abuso de poder e violência sexualizada”. Depois de uma propagação anti cultura e anti instituições precisamos de “uma nova cultura de união… rumo a uma igreja inclusiva em diálogo com a diversidade de seus membros e da sociedade secular”. Como consequência concomitante, também é preciso adaptar as estruturas da igreja nacional ao menor número de membros e dinheiros.

A diminuição dos membros das confissões católica e protestante e correspondente diminuição das receitas dos impostos implica consequências muito graves para a sociedade alemã. A rede especial de pontos de contacto e de serviço das igrejas, desde o trabalho comunitário com todas as gerações até ofertas de trabalho social diaconal e hospitais, escolas, ajuda a refugiados e creches, é insubstituível. Com a perda das igrejas, perde-se um importante pilar humano da nossa sociedade. A jornalista Katja Rudolph adverte que a “nossa sociedade continuará a precisar de uma posição ética equilibrada em muitos debates no futuro. Apenas uma igreja que tenha uma base significativa ainda será ouvida aqui”. Merece nota de registo constatar-se que mesmo aqueles que não estão ligados a igrejas frequentemente manifestam grandes exigências com respeito a eles. Segundo os resultados do inquérito da NDR sobre os motivos de saída, cerca de 62% dos entrevistados disseram ter diferenças ideias dos da igreja e 51% referiram os casos de abuso na igreja como razão para deixar a igreja.

Especialmente na Alemanha observa-se uma luta na Igreja Católica entre bispos conservadores e bispos progressistas na discussão sobre a renovação da Igreja e também entre leigos e bispos no Caminho Sinodal, onde a discussão é muito cerebral e política. O fator demográfico também desempenha um papel relevante e o espírito alemão mais inclinado para as teorias cerebrais (crenças) do que para as questões do coração (fé) sente-se estimulado mais a dividir que a unir! Assim uma sociedade totalmente dominada pelo discurso político-secular faz com que as igrejas percam sua importância. Por isso os esforços de reforma pouco ajudarão. Não são apenas as demissões ativas que desempenham um papel, mas também os casos de eutanásia. Por outro lado, há batismos e reentradas pelo lado positivo.

Andamos todos comprometidos na procura das melhores e mais acertadas ideias para resolver os grandes desafios sociopolíticos. Isto pressupõe maior abertura a pluralismo de ideias e métodos e a prontidão para uma atitude de inclusão e abertura à interdisciplinaridade e ter a coragem de dizer não à unilateralidade de equacionar a sociedade só em termos políticos e de sistemas lógicos, mas unilaterais.

Apesar de tudo não há razões para desesperar! A razão acompanha as pessoas de fé. A nossa cultura que agora se encontra em perigo devido às ideologias e guerras dos dois últimos séculos reconhecerá um dia que para subsistir terá que redescobrir o seu tecto metafísico judaico cristão e os seus alicerces greco-romanos da filosofa do direito e da administração sempre numa atitude de sociedade peregrina, tal como a Igreja. Só a virtude envolve o agir integral da pessoa humana; o resto são ideologias acompanhantes ao serviço do tempo e dos que se aproveitam dele.

 

António CD Justo

Pegadas do Tempo

(1) Em 20 de abril de 2023:  https://www.destatis.de/DE/Themen/Gesellschaft-Umwelt/Bevoelkerung/Migration-Integration/Tabellen/migrationshintergrund-geschlecht-insgesamt.html

Com fundo migratório em 2005 eram 14,421 milhões e 23,825 milhões em 2022. A população estrangeira na Alemanha de 2015 a 2022 foi de 13,4 milhões. O número de “estrangeiros” – ou seja, residentes sem cidadania alemã em 2021 situava-se entre 10,6 e 11,8 milhões.

(2) https://www.destatis.de/DE/Themen/Gesellschaft-Umwelt/Bevoelkerung/Migration-Integration/Tabellen/auslaendische-bevoelkerung-staatsangehoerigkeit-jahre.html

(3) Muitos imigrantes não acham muito católico terem de pagar imposto para a Igreja: https://antonio-justo.eu/?p=3105

O PROBLEMA DO ABORTO COMO FENÓMENO DE MASSAS

Quero aqui referir-me ao aborto como fenómeno de massas fomentado pelo Estado e não como caso individual voluntário. A nível individual, apesar de tudo, temos a instância da própria consciência. Este assunto, para mais numa sociedade com tantos métodos anticonceptivos, não deveria ser tratado de ânimo leve até pelas consequências psicológicas que muitas vezes acarreta só a mulher que aborta. Por outro lado, o respeito pela dignidade humana não dá o direito a ninguém de desacreditar quem praticou o aborto. Doutro modo não se discute nem elucida a questão por medo de ferir ou ser ferido.

De acordo com o Departamento Federal de Estatística, foram realizados 27.600 abortos na Alemanha no primeiro trimestre de 2023.

Segundo a PORDATA , em 2021 houve 12.159 abortos efectuados em hospitais portugueses.

Nas últimas décadas na Alemanha foram mortas por aborto 8 milhões. Isso excede o número atual de habitantes das megacidades Berlim, Hamburgo, Munique e Colónia juntas.

A partir das revoltas estudantis de 1968 e com o movimento 68 foi erguida a voz contra a moral sexual cristã e a luta contra a família e contra a sociedade burguesa em nome da “libertação” do indivíduo e sua autorrealização sob o manto político do “progresso social”.  A “modernidade” reivindicava o progresso como moralidade superior. Isto é, porém, um engano porque não há progresso ético-moral; o que há é progresso tecnológico. A moral diferencia entre bem e mal, certo e errado e apela à responsabilidade. Como é que nós, a quem foi permitido viver nos permitamos o direito de negar aos outros o mesmo direito?

A morte parece cada vez ter mais adeptos através do aborto em massa e da eutanásia. O zeitgeist de do movimento 1968 criou um direito que considera superior, o direito da “sexualidade liberta” à custa do direito à vida e da dignidade humana inviolável. O nosso direito comporta-se de maneira contraditória ao proibir oficialmente a pena de morte e por outro lado os governos promovem o morticínio. O tabu cristão de matar foi eliminado e deste modo uma injustiça afirmada. Em nome da liberdade, do progresso e da autodeterminação legalizou-se o mal no meio da sociedade. O deputado e jurista alemão Martin Hohmann adverte para a possibilidade de os parlamentos poderem deliberar arbitrariamente sobre qualquer valor da área da vida humana já que o maior valor que é a vida foi tornado secundário: “De que é que os governos e legisladores devem ter medo de fazer agora? Não há mais limites para a mania da viabilidade: vimos, por exemplo, com as restrições da Corona. O facto de novos tabus, tabus substitutos, por assim dizer, terem sido estabelecidos sob as palavras-chave politicamente correto, generismo e wokismo serve para distrair e encobrir a quebra central do tabu”. Uma vez quebrado o tabu da morte outros tabus mais pequenos deixam de ter relevância e a política pode assim actuar de livre vontade sem qualquer problema moral em outras áreas.  As dívidas do Estado aumentam em medida catastrófica. O egoísmo da geração actual mostra-se fragrantemente no endividamento das próximas gerações para satisfazer o egoísmo da geração actual. Os políticos de hoje empregam o dinheiro de amanhã, o dinheiro dos nossos filhos e netos para hoje melhorarem as chances de serem eleitos. “Alguns são mortos, os outros – apenas – roubados por obtenção de crédito”. O exemplo do aborto favorece uma solução condenável: se algo atrapalhar, há que livrar-se disso, há que eliminar radicalmente os obstáculos em vez de se aguentar um momento para ponderar. Por um lado, afirma-se a violência do aborto e por outro lado exige-se não violência no trato com as pessoas e com o ambiente! Isso é pura hipocrisia e duplo padrão. Cito o que o deputado afirma: “O aborto produziu uma brutalidade institucionalizada e patrocinada pelo Estado”, o Papa João Paulo II chamou isso de “cultura da morte”.  A relevância do que está em jogo com o direito a matar tem a ver com o seu significado civilizacional e que se resume na ruptura da cultura ocidental e seus valores.

A decadência moral com tantos milhões de abortos na europa produz a falta de profissionais e o declínio da economia. O respeito pela vida seria o caminho da razão. A fé vivida é, em última análise, a razão aplicada. A geração 68 que tanto barulho fez e tantos estragos morais causou para a sociedade irá certamente desaparecer da cena tal como o marxismo que implodiu depois do exercício do seu poder e a morte de tantos milhões. A vontade de autoafirmação chegará à conclusão: “Ou abolimos o aborto, ou ele nos abole a nós”. Já vemos a dica nos problemas que a comunidade de migração islâmica na Europa. O caminho será o da inversão e então as sendas do Senhor conduzirão a bom fim. A vida humana é sagrada.

A força do mainstream, o medo do futuro, inseguranças e múltiplas causas diminuem a vontade de ter filhos.

A família faz parte do inventário cristão e os filhos são a expressão externa da participação na obra da criação.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

SINAIS DE UMA CIVILIZAÇÃO JÁ CANSADA DE EXISTIR

Queima de livros antes expressão de intolerância e barbaridade hoje apanágio de sociedades “avançadas”?

Na Suécia foi oficialmente permitida a queima de livros sagrados que deram origem a civilizações.

A autoridade policial de Estocolmo aprovou uma manifestação para este fim de semana em que uma Torá e uma Bíblia deveriam ser queimadas.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, exortou as autoridades suecas a impedirem a queima dos livros sagrados e o presidente israelense, Isaac Herzog, criticou a decisão da Suécia ter permitido a queima da Bíblia tal como a autorização oficial ocorrida para a queima do Corão no final de junho (1); o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu escreveu no Twitter: “O Estado de Israel leva muito a sério esta decisão vergonhosa, que prejudica o Santo dos Santos do povo judeu”.

A polícia justificou a aprovação desta acção com a liberdade de expressão. A Bíblia era para ser queimada em frente à embaixada de Israel em Estocolmo. Mediante os protestos, contra a decisão, as autoridades suecas procuraram retrospectivamente maneira de se poderem justificar. O iniciador da acção renunciou à queima da Bíblia e as autoridades anularam a permissão.

O sagrado parece estorvar cada vez mais uma sociedade de ideologia secular que não quer respeitar a criatura (de soberania sagrada) e usa para tal fim o subterfúgio de reduzir o humano ao seu papel social, ao seu aspecto funcional ou à pessoa na qualidade de máscara, aspectos sobre os quais o Estado tem poder de propriedade, e na consequência legitima assim as instituições sociais a desprezar a dignidade humana.

Na sociedade ocidental cada vez cheira mais a enxofre, enxofre que queima sem se ver! Ódio, rancor e provocação devem ser legitimados em nome da liberdade de expressão. Empatia parece tornar-se energia estranha e o humanismo judaico-cristão quer-se banido!

 

António CD Justo

Pegadas do tempo

(1) Como reacção de protesto, o Iraque, Emirados Árabes Unidos e Marrocos convocaram então os embaixadores suecos. Então o governo sueco também condenou a queima como “islamofóbica”. Ao mesmo tempo, porém, a representante do governo destacou que o país tinha um “direito constitucionalmente protegido à liberdade de reunião, liberdade de opinião e manifestação”.

A velha queima de livros heréticos e a perseguição de ideias contrárias ao sistema dominante modernizou-se; os autos-da-fé acontecem virtualmente numa conexão de política-economia e meios de comunicação social

MAIS 21 NOVOS CARDEAIS PARA COADJUVAREM O PAPA NO GOVERNO DA IGREJA

Novo Cardeal português

O mais novo a ser promovido a Cardeal, no dia 30 de setembro em Roma, é português e tem 49 anos:  D. Américo Alves Aguiar actualmente bispo auxiliar de Lisboa.

Assim no caso de um conclave o número de cardeais eleitores do Pontífice aumentará para 137. O peso da Europa na eleição do Papa continuará a ser significante. A Europa terá 53 cardeais eleitores (incluindo 15 italianos); 15 cardeais eleitores na América do Norte (11 nos EUA e 4 no Canadá); 24 cardeais eleitores na América Latina; 19 cardeais eleitores na África; 23 cardeais eleitores na Ásia e 3 cardeais eleitores na Oceania.

Cardeais com mais de 80 anos não podem ser eleitores de um novo papa em um eventual conclave.

Da fonte Vaticana junto aqui o resumo sobre os 21 candidatos anunciados  a 07/09/2023:

  1. O arcebispo Robert Francis Prevost (67, EUA/Vaticano) é prefeito do dicastério para os bispos e, portanto, chefe de uma das mais importantes autoridades vaticanas. Aos 22 anos ingressou na ordem agostiniana e foi ordenado sacerdote em 1982. Ele recebeu seu doutorado em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino, em Roma, e passou onze anos na Missão Agostiniana de Trujillo, no Peru. De 2001 a 2013 foi Prior Geral da Ordem Agostiniana. Em 2014, o Papa Francisco o nomeou Bispo da Diocese peruana de Chiclayo (Peru) e em 2023 Prefeito do Dicastério dos Bispos.
  2. O Arcebispo Claudio Gugerotti (67, Itália/Vaticano) é Prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais desde 2022. Sacerdote desde 1982, estudou línguas orientais e doutorou-se no Pontifício Instituto Oriental, onde trabalhou como professor. Sua experiência de ensino também se estende a universidades em Veneza, Pádua e Roma. Em 1985 ingressou na Congregação para as Igrejas Orientais e tornou-se Subsecretário em 1997. Nomeado arcebispo em 2002, ele atuou como diplomata do Vaticano na Geórgia, Armênia, Azerbaijão, Bielo-Rússia e depois na Ucrânia, desde julho de 2020 no Reino Unido. Gugerotti fala russo e é considerado conselheiro da Santa Sé na guerra da Ucrânia.
  3. Dom Victor Manuel Fernández (60 anos, Argentina/Vaticano) é arcebispo de La Plata, Argentina. A partir de setembro, o ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica da Argentina vai chefiar o Dicastério da Doutrina da Fé no Vaticano, uma das autoridades mais importantes da Cúria Romana. Fernández é teologicamente próximo de Francisco e diz-se que ajudou a preparar alguns dos textos mais importantes do atual pontificado com sua experiência. Em entrevistas após sua nomeação para o Vaticano, ele indicou um novo rumo para a autoridade da fé, que o Papa Francisco também delineou em uma carta ao seu compatriota publicada na mesma época da nomeação. No futuro, a autoridade deve se concentrar mais no diálogo e menos na demarcação, escreveu o Papa ao arcebispo.
  4. 4. O Arcebispo Emil Paul Tscherrig (76, Suíça/Vaticano) é um diplomata experiente da Santa Sé com vasta experiência na Argentina. Ele era núncio lá quando o arcebispo de Buenos Aires, cardeal Jorge Mario Bergoglio, foi eleito papa em 2013. O suíço é atualmente o primeiro núncio não italiano – ou seja, embaixador da Santa Sé – para a Itália e San Marino. Nascido em Unterems, no cantão de Valais, no sul da Suíça, Tscherrig, formado em direito canônico, trabalha no serviço diplomático da Santa Sé desde 1978. Durante esses 45 anos trabalhou em Uganda, Coreia do Sul, Mongólia e Bangladesh. Suas estações posteriores incluíram vários estados do Caribe, novamente a Coréia do Sul e a Mongólia e os países escandinavos. Como dez dos 13 núncios na Itália até o momento – embora apenas após a aposentadoria – se tornaram cardeais, os observadores suíços esperavam que Tscherrig fosse admitido no Colégio dos Cardeais.
  5. O arcebispo Christophe Pierre (77, França/Vaticano) é considerado um dos mais importantes diplomatas do Vaticano no governo de Francisco. Nascido no norte da França, o clérigo é um dos poucos do Colégio dos Cardeais a ter servido como soldado. Como embaixador do Papa, o canonista esteve destacado no Haiti, Uganda e México, entre outros lugares. Em 2016, o Papa Francisco o enviou para um importante posto diplomático em Washington. Lá ele lidou com Donald Trump como presidente por cinco anos, depois com o liberal católico Joe Biden. Na conferência dos bispos norte-americanos, majoritariamente conservadora, Pierre faz campanha por uma abertura no espírito do Papa Francisco, por exemplo na chamada disputa da comunhão, na qual os bispos queriam recusar a comunhão a políticos católicos como Biden, que adotam uma linha liberal sobre o aborto, com referência ao direito canônico. Como núncio, Pierre também prepara as nomeações episcopais, que nos últimos anos nos Estados Unidos tiveram a assinatura clara de Francisco.
  6. Dom Pierbattista Pizzaballa (58, Itália/Terra Santa) é o Patriarca Latino de Jerusalém e um dos representantes mais proeminentes da Igreja no Oriente Médio. O franciscano vive em Jerusalém desde 1990, onde se formou em teologia bíblica pelo Studium Biblicum Franciscanum. Em 1999 entrou oficialmente ao serviço da Custódia da Terra Santa e, como Vigário Geral, foi responsável pelo cuidado pastoral da Igreja Católica de língua hebraica em Israel. Pizzaballa publicou o Missal Romano em hebraico. É membro da Congregação das Igrejas Orientais no Vaticano e assessor da comissão papal para as Relações com o Judaísmo. Em termos de política de paz, em total sintonia com a Santa Sé, Pizzaballa defende uma solução de dois Estados. Ao mesmo tempo, ele aponta as dificuldades de uma nova aproximação entre israelenses e palestinos.
  7. O Arcebispo Stephen Brislin (66, África do Sul) lidera a Arquidiocese da Cidade do Cabo desde 2010. Lá ele repetidamente chamou a atenção para os abusos na África do Sul e pediu a luta contra o racismo, a corrupção e a injustiça social. De 2013 a 2019, ele atuou como presidente da Conferência Episcopal Sul-Africana. Em 2019, Brislin criticou o fato de a Igreja na África ainda estar fazendo muito pouco para lidar com casos de abuso e recomendou um “processo sincero, transparente e aberto”. Brislin também expressou a avaliação de que o abuso de mulheres religiosas na Igreja Católica na África Já em 2016, ele havia se desculpado com todas as vítimas de abuso e pelo silêncio da Igreja Católica sobre crimes racistas durante o apartheid.
  8. O Arcebispo Ángel Sixto Rossi (64, Argentina) dirige a Arquidiocese de Córdoba, a segunda maior cidade da Argentina. Com ele, o Papa Francisco concede o gorro vermelho a outro jesuíta. O futuro cardeal recebeu seu doutorado na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma sobre um dos temas favoritos do Papa Francisco: o discernimento espiritual de Inácio de Loyola. De 1990 a 1992 foi reitor da Igreja de El Salvador em Buenos Aires, onde trabalhava seu irmão Bergoglio. Nesse período, Rossi abriu um ponto de contato para pessoas em situação de rua. Em 1992 fundou “Manos Abiertas”, uma fundação para os pobres e marginalizados, que hoje ajuda em dez cidades argentinas. Também na década de 1990 foi mestre de noviços dos jesuítas. Ele também dirigiu numerosos retiros inacianos para grupos de sacerdotes, religiosos e leigos.
  9. Dom Luis José Rueda Aparicio (61 anos, Colômbia) preside a capital da diocese de Bogotá, na Colômbia. Antes de entrar no seminário, trabalhou com o pai na construção civil, vendendo jornais e numa fábrica de cimento. Depois de sua ordenação em 1989 obteve dois diplomas em Roma, um em teologia moral pela Alfonsiana. Isso foi seguido por cargos na pastoral paroquial e como professor em um seminário. Bispo de Montelibano desde 2012, o Papa Francisco o nomeou arcebispo de Popayán em 2018 e depois bispo de Bogotá em 2020. Em 2021, Rueda foi eleito Presidente da Conferência Episcopal Colombiana por seus confrades.
  10. O arcebispo Grzegorz Ryś (59, Polónia) é apenas o segundo polonês a ser promovido a cardeal pelo Papa Francisco, depois do incansável trabalhador necessitado Konrad Krajewski. Isso eleva o número reduzido de potenciais eleitores papais poloneses para quatro. Ryś estudou teologia em Cracóvia sob o regime comunista e foi ordenado sacerdote pouco antes da reunificação na Catedral de Wawel. Ele recebeu seu doutorado em história da igreja sobre piedade popular na Polônia e dirigiu o seminário de Cracóvia de 2007 a 2011, até o Papa Bento XVI. nomeou-o bispo auxiliar em Cracóvia. O Papa Francisco nomeou Ryś arcebispo de Łódź em 2017. Ele fez campanha pela promoção de diáconos casados, o que não é comum na Polônia, e introduziu o diaconato permanente em sua arquidiocese em 2019. Além disso, Ryś fundou o seminário missionário diocesano Redemptoris Mater International do Caminho Neocatecumenal. Em 2018 convocou um sínodo para sua arquidiocese. Como membro do Dicastério dos Bispos do Vaticano, ele ajuda a decidir sobre a seleção dos futuros bispos para a Igreja universal.
  11. O Arcebispo Stephen Ameyu Martin Mulla (59, Sudão do Sul) dirige a Arquidiocese de Juba no Sudão do Sul há quatro anos. Ele trabalhava como padre na capital sudanesa de Cartum e veio estudar em Roma. Sua dissertação na Pontifícia Universidade Missionária Urbaniana em 1997 tem como título “Rumo ao diálogo religioso e à reconciliação no Sudão”. de Torit depois que a diocese do Sudão do Sul ficou vaga por mais de cinco anos, e arcebispo de Juba no final daquele ano, enquanto servia como Administrador Apostólico por alguns meses na diocese de Wau no Sudão do Sul.
  12. O arcebispo José Cobo Cano (57, Espanha) dirige a Arquidiocese de Madrid há pouco menos de um mês. Com 3,4 milhões de católicos, a diocese da capital é uma das maiores da Europa, pouco menor que a de Milão, cujo arcebispo Mario Delpini continua sem cartola. Após a nomeação de Cobo como cardeal, Madrid – uma exceção mundial – terá três cardeais vivos, porque os dois predecessores de Cobo, Antonio Rouco Varela (88) e Carlos Osoro Serra (78), também pertencem ao colégio cardeal, tendo este último o direito de votar como papa. Nascido na Andaluzia, Cobo é considerado um especialista em doutrina social católica. Atuou na pastoral dos trabalhadores e dedica atenção especial aos migrantes, que representam 17% da população de Madri, na obra social da Igreja. Ele também é considerado um reconciliador; “A polarização vai contra o evangelho”, disse ele pouco antes de sua nomeação como arcebispo de Madri.
  13. O Arcebispo Protase Rugambwa (63, Tanzânia), até recentemente Prelado da Cúria, é atualmente Arcebispo Coadjutor de Tabora. O Papa João Paulo II ordenou Rugambwa em 1990 durante sua visita pastoral à Tanzânia. O africano foi estudar para Roma, onde se formou em teologia pastoral na Universidade Lateranense e ingressou na Congregação para a Evangelização dos Povos em 2002. Em 2012, o Papa Bento XVI o nomeou Vice-Secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos e Presidente das Pontifícias Obras Missionárias com o título pessoal de Arcebispo. Em março de 2023, terminou o mandato de Rugambwa no Vaticano e, em abril, Francisco o nomeou arcebispo coadjutor de Tabora.
  14. Bispo Sebastian Francis (71, Malásia) foi nomeado pelo Papa Bento XVI em 2012. transferiu a direção da diocese malaia de Penang. Foi ordenado sacerdote em 1977, após o que se mudou para Roma para continuar a sua formação e licenciou-se em teologia dogmática na Universidade Dominicana de São Tomás de Aquino. De volta à Malásia, Francisco tornou-se professor de teologia dogmática, diretor espiritual do seminário em Penang e capelão universitário também em Penang, mas também trabalhou como pároco. Em 1991, ele completou seus estudos de direito. 10.000 católicos celebraram sua posse como Bispo de Penang. Desde 2017, o bispo Sebastian Francis também presidiu a Conferência Episcopal da Malásia, Cingapura e Brunei.
  15. 15. O Bispo Stephen Chow Sau-yan (63, China) pertence à ordem jesuíta como o Papa Francisco e dirige a diocese de Hong Kong. Depois de estudar psicologia e teologia, para os quais passou vários anos em Minnesota, EUA, entre outras coisas, assumiu cargos de direção em sua ordem e foi provincial da Província Jesuíta Chinesa até 2021. Em maio de 2021 foi nomeado Bispo da Diocese de Hong Kong, China. O cargo estava vago há dois anos. Chow Sau-yan anunciou que inicialmente rejeitou o título de bispo. Ele aceitou depois de receber uma carta manuscrita do Papa Francisco. Em abril de 2023, Chow visitou a arquidiocese de Pequim, a primeira visita de um bispo de Hong Kong à capital da China desde 1985. O bispo está cautelosamente otimista sobre a tensa relação diplomática entre a China e a Santa Sé. Ele não considera o acordo relevante, em particular sobre a nomeação de bispos, “morto”, disse Chow Sau-yan.
  16. 16. Dom François-Xavier Bustillo (54, França) é franciscano menor e bispo de Ajaccio na França. Ele nasceu na Espanha. Além de várias tarefas na pastoral paroquial, Bustillo foi guardião da Província Franciscana da França e Bélgica de 2006 a 2018. Em 1992 fundou um mosteiro franciscano em Narbonne. Como Vigário Episcopal da Arquidiocese de Narbonne, foi responsável pelas novas comunidades espirituais e pelo diálogo inter-religioso. Antes de sua nomeação como bispo em 2021, ele também trabalhou como guardião do convento Saint Maximilien Kolbe em Lourdes e representante episcopal para a peregrinação em Lourdes e para a proteção dos menores. Bustillo é autor do livro “Testimoni, non funzionari. o sacerdote.
  17. D. Américo Alves Aguiar (49, Portugal) será promovido a cardeal como bispo auxiliar, tornando-se um dos mais jovens do círculo exclusivo de eleitores papais. O teólogo e especialista em mídia, que se formou em seu país natal – e não em Roma – aparentemente prestou grandes serviços no planejamento e preparação da Jornada Mundial da Juventude deste ano em Lisboa, para a qual o Papa Francisco também quer viajar no início de agosto. Com a sua nomeação, Lisboa, tal como Madrid, terá dois eleitores papais nos próximos anos, já que o arcebispo Manuel Clemente (75) também é cardeal e tem menos de 80 anos. Alves Aguiar é media estudioso de formação, dirige o departamento de comunicação do Patriarcado de Lisboa e é bispo auxiliar desde 2019.
  18. Angel Fernández Artime (62, Espanha) é Superior Geral dos Salesianos de Dom Bosco, a segunda maior ordem masculina da Igreja Católica depois dos Jesuítas, desde 2014. A comunidade está empenhada em ajudar os jovens em todo o mundo, inclusive nas escolas e no treinamento vocacional. O padre da Espanha, que ainda não foi ordenado bispo, passou toda a sua carreira eclesiástica na ordem bem organizada, a maior parte do tempo na Espanha e de 2009 a 2013 em Buenos Aires, Argentina. Fernández Artime conhece o Papa de hoje desta época. Desde 2014 lidera a ordem mundial como Superior, o Capítulo Geral o elegeu em 2020 por mais seis anos. Os padres que ainda não são bispos quando são nomeados cardeais geralmente compensam a ordenação episcopal, mas também podem prescindir dela.
  19. Arcebispo Agostino Marchetto (82, Itália/Vaticano) é um diplomata vaticano aposentado, conhecedor do Concílio Vaticano II e foi secretário do “Pontifício Conselho para os Migrantes e Itinerantes” por muitos anos. aos serviços na Oktoberfest de Munique. Anteriormente, Marchetto trabalhou no serviço diplomático do Papa em Madagascar, Maurício, Tanzânia e Bielo-Rússia (atual Bielorrússia). Em 2010, aos 70 anos, renunciou ao cargo de secretário do Conselho de Migrantes para se dedicar a estudar a recepção do Concílio e, posteriormente, o Papa Francisco uma vez o chamou de “o maior hermenêutico do Vaticano II”. Na interpretação de Marchetto, a assembléia da igreja (1962-65) foi um impulso para a reforma, mas de forma alguma rompeu com a tradição.
  20. O arcebispo Diego Rafael Padrón (84, Venezuela) foi chefe da Arquidiocese de Cumaná na Venezuela de 2002 até sua aposentadoria em 2018 e hoje é pároco. Por duas vezes seguidas os confrades o elegeram Presidente da Conferência Episcopal Venezuelana. Iniciou sua carreira episcopal em 1990 como bispo auxiliar em Caracas. É formado em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e Diplomado em Estudos Bíblicos Orientais pelo Instituto Franciscano de Jerusalém e trabalhou como formador de professores em Caracas. Por causa de sua idade, Padrón não tem o direito de votar para o Papa. O Papa Francisco concedeu-lhe o título de cardeal em reconhecimento ao seu compromisso duradouro com a Igreja.
  21. Luis Pascual Dri (96, Argentina) é o mais velho dos novos cardeais eleitos de Francisco. Quando criança, Dri trabalhava no campo e cuidava de animais, todos, exceto um de seus irmãos, foram ordenados sacerdotes ou entraram na ordem religiosa. Em 1938, aos onze anos, ingressou no seminário capuchinho. Foi ordenado sacerdote em Montevidéu em 1952. Em 1961 especializou-se na Europa como formador de noviços. Depois de 38 anos como professor e depois como pastor no Uruguai, Dri voltou para a Argentina em 2000. Lá ele trabalhou, entre outras coisas como confessor procurado, no santuário mariano Nuestra Señora De Pompeya em Buenos Aires, onde ainda hoje ouve confissões. A mídia local o apelidou de “o confessor do Papa” por causa de seu conhecimento com o cardeal Bergoglio/Papa ​​Francisco.O padre capuchinho argentino e o salesiano espanhol Fernández Artime (#18) são os únicos dos 21 recém-chegados que ainda não receberam a ordenação episcopal.

(notícias kna/vaticano – gs)

Tradução do Alemão pelo Google.