RECOMENDAÇÃO DO FILÓSOFO SÓCRATES PARA O ÂMBITO INDIVIDUAL E SOCIAL

“O segredo da mudança é concentrar todas as suas forças em algo. E não lutar contra o antigo, mas criar o novo.” (Sócrates)
Integrar-se no processo de inovação corresponde a dar resposta ao acto inicial da criação e para o qual o Criador nos desafiou.
António CD Justo
Pegadas do Tempo

“MULHER TRANS” NA PRISÃO DOS HOMENS

Sociedade trans a transitar de Sujeito para Objecto e dos Direitos da Maioria para os das Minorias

Embora ele tenha mudado legalmente o seu género de ele para ela, teve de cumprir a sua pena numa prisão masculina. O Tribunal Distrital de Estocolmo, Dinamarca, justificou a decisão fazendo a observação que, de outra forma, “o/a” prisioneiro/a seria “um risco de segurança grave para as presidiárias”. A “senhora” legal de 62 anos está presa por violações graves. Tinha mudado o seu sexo natural para o sexo legal quando se encontrava numa prisão em 2015, sem ser operado.

Já tinha havido um caso semelhante na Escócia, onde a primeira-ministra, Nicola Sturgeon, em meados de fevereiro de 2023 teve que renunciar ao cargo devido ao seu envolvimento na legislação do género (Mudança de condição civil em caso de identidade de género diferente) tendo-se Nicola Sturgeon deparado com um caso em que o/a criminoso/a (Isla Bryson) como homem estuprou duas mulheres – e deveria cumprir a sua pena numa prisão feminina.

Pelos vistos, o futuro modernista europeu abre infinitas perspectivas sem atender à natureza nem considerar as consequências do que pensa e faz! Em breve, certamente, teremos muitas mulheres trans no desporto feminino (até que a manipulação tecnológica das características herdadas geneticamente sejam totalmente desumanizadas!!)

Encontramo-nos numa sociedade de puberdade tardia, uma sociedade trans a transitar dos direitos da maioria em favor dos direitos das minorias, quando a nível de respeito e de moral bastaria o princípio do respeito pela pessoa humana quer de minorias quer de maiorias sem que umas se imponham às outras.

Os partidos, na falta de soluções colam-se a todas as exigências novas na esperança de ganharem adeptos e ao mesmo tempo colocam-se ao serviço de agendas tendentes a destruir valores culturais e que criam consciências generalizadas. Fazem-no mais intensamente na Europa e em sociedades ocidentais porque esta cultura está à disposição de interesses obscuros na espectativa de que, no futuro, quem determina a marcha da história já não será a Europa/América, mas sim a Ásia; por isso as elites anónimas da globalidade já vão preparando o caminho doutrinal a nível antropológico e sociológico. Isto dá-se especialmente na civilização de reminiscências cristãs porque é aquela em que o valor da pessoa humana oferece mais resistência às tendências de supremacia dos governantes e de impor a máquina sobre o homem. Quer-se uma sociedade só de direito em que a pessoa humana não é carne nem é peixe para assim se poder abafar tudo o que é manifestação de vida própria.  Planeia-se que a lei substitua a moralidade no sentido de se realizar uma sociedade sem transcendência, uma sociedade mecanicista meramente pragmática/secular. Esquece-se que o respeito pelos outros e seu povo é uma parte essencial da ética de tradição europeia que se encontra em concorrência com outras culturas e tudo o que não sirva o ser humano é trovoada mais ou menos longa que aparecerá e desaparecerá de tempos a tempos.

As novas elites mundiais querem emancipar os povos da moral e dos costumes tradicionais (e em especial do mundo cristão) para criarem uma ética racional de laboratório centralista fácil de impor e de manipular através de tecnologias e de uma política adequada de informação com o fim de substituir a moral por leis obrigatórias implementadas por agendas anónimas vinculativas! Com a ideologia da globalização o ser humano deve ser preparado para se tornar pouco a pouco num robot da Inteligência Artificial nas mãos de uma pequena elite!

Nesta perspectiva, em vez de se desenvolver o humano através de valores éticos pessoais agrilhoámo-lo a leis dúbias.

Uma sociedade trans a transitar dos direitos da maioria para os das minorias revela-se como um tempo de exercício preparatório para a transação de uma sociedade humanista (de sujeitos) para uma sociedade de artificialidade tecnológica (de objectos).

Por mais legítimos que sejam os direitos evidentes das minorias para as minorias, o ativismo manifesto actualmente a nível global parece ter por trás a intenção de passar de uma sociedade razoavelmente humana para uma sociedade puramente artificial. Urge resistir aos indícios para que o caracter humano não se perca. Prioritário seria certamente começar por canalizar todos os esforços de pessoas e iniciativas no sentido de se aperfeiçoar a pessoa e suas instituições sociais.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

TURCOS-ALEMÃES VOTAM À DIREITA NA TURQUIA E À ESQUERDA NA ALEMANHA

Os Resultados turcos na Alemanha são uma Amostra da Hipocrisia política reinante na Europa

 Erdogan foi eleito na Turquia (28.05.2023) com 52,1 % tendo o rival conseguido 47,9% dos votos (1). Na Alemanha, dos 1,5 milhão de votos dos turcos alemães nos consulados, 67,2% foram para Erdogan e 32,8% para Kemal Kilicdaroglu; a participação turca na Alemanha corresponde a 50,4% dos eleitores turcos.

Apelos resultados se constata que a comunidade turca na Alemanha ainda é mais pró Erdogan do que os seus concidadãos na Turquia; a Alemanha é pródiga na oferta da nacionalidade alemã e grande parte dos turcos fazem uso desse presente.

Quando os resultados das eleições deram a vitória a Erdogan, logo surgiram muitos carros decorados com bandeiras da Turquia buzinando pelas ruas de muitas cidades da Alemanha.

Este resultado é certamente muito embaraçoso e desconfortante para os muitos políticos da sociedade alemã que são turco-alemães e ao mesmo tempo para os políticos alemães!

Cem Özdemir, ministro no estado de Essen disse: “Eles buzinam porque alguém ganhou uma eleição que transforma o país em uma espécie de prisão aberta, enquanto aqui desfrutam das vantagens de uma democracia liberal”.

Partidos alemães mostram-se agora hipocritamente surpreendidos com resultados que se repetem de eleição em eleição na Turquia.  E até a sociedade civil se mostra admirada acerca do extremismo e do antissemitismo crescente na Alemanha…

A política, em vez de agir no sentido de evitar sociedades paralelas e fechadas fica-se pela lamentação. E, na consequência, os turcos (os muçulmanos) ainda têm de sofrer dos preconceitos que possam surgir no povo contra eles! Eles fazem legitimamente uso de nossa sociedade pluralista e dos direitos que ela lhe dá. Os políticos europeus ainda não entenderam que existem culturas que formam sociedades paralelas e fazem uso do direito liberal; além disso a religião concede-lhes o estatuto de superiores (Na Alemanha evitam-se certas festas religiosas nos jardins infantis para não ferirem as sensibilidades muçulmanas!).

E depois a imprensa alemã ainda se queixa que as eleições foram um testemunho amargo quanto à integração dos turcos na Alemanha! Mas querem mais integração se a grande maioria turca demonstrou estar integrada na sociedade maioritária na Turquia e, ao mesmo tempo “integrada” na sociedade política alemã como se constata com a sua presença activa e representativa em  tantos cargos públicos ligados  sobretudo ao partido dos Verdes e ao partido SPD!!!

No conflito na Ucrânia, Erdogan segue uma política em benefício do seu país (embora reprimindo o povo) servindo-se da sua ligação à OTAN e à Federação russa! Talvez por isso consiga granjear tanta atenção dos turcos da Alemanha.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

 

(1) Para uma questão de avaliação, no meu entender, deve-se registar que Salazar em comparação com Erdogan era um político liberal, tendo de comum a visão centrada na nação!

DAQUILO QUE POLÍTICOS E OS MEDIA RARAMENTE FALAM PARA NÃO DESPERTAREM O PESSOAL!

Carga de impostos intolerável  + Pobreza de Reformas + Rendimento Mensal PRECÁRIO

Vejam-se os dados que deveriam deixar preocupado todo o português honrado! Os dados da Autoridade tributária revelam que 12% dos agregados familiares têm um rendimento mensal até 357 €; para 24% o rendimento fica entre 357€ e 714 € e para 16% o rendimento fica entre 714€ e 964€.

Segundo os dados disponíveis em 2021, pela Conta da Segurança Social, 67% dos pensionistas recebem reformas abaixo de 443€ e 82% auferem reformas até 665€; mais concretamente: 13,5% têm reforma até 278,04€; 53,9% têm reforma entre 278,05€ até 443,78€; 14,5% têm reforma entre 443,21€ até 664,78€; 17% têm reforma entre 664,80€ até 2.659,20€ e 1,1% tem mais de 2.659,20€.

Segundo os dados da Eurostat (2022), na Europa só a Grécia, a Eslovénia e a Eslováquia têm carga de impostos superior à portuguesa.

Aqueles que vivem bem do sistema desviam a conversa pública para o nível de conversas de lavadouro evitando pôr na ordem do dia os temas de interesse sério para o país!

Em Portugal a corrupção compensa! Um povo inteiro torna-se incapaz de resolver os seus problemas porque tem uma classe política incompetente e desavergonhada, media cúmplice e o povo em vez de encarar as questões reais do país vai-se distraindo em conversas de lavadouro sobre este ou aquele político. Como a penúria e a incapacidade política é geral, o falar mal de um político ou partido desculpa e legitima o mal do próprio partido. E assim se passa a vida em sociedade a falar do mau cheiro da política sem se se interessar por arrumar o que provoca o mau cheiro! Por trás das estatísticas publicadas revela-se muita miséria e sofrimento! Temos um país totalmente desequilibrado: de um lado um grupinho de privilegiados ostentando poder e arrogância e do outro um Portugal envergonhado!

A cumplicidade dos meios de comunicação social com a política são a causa de termos uma opinião pública a discutir superficialidades e um povo a lutar apenas pela sobrevivência. A cintilação dos magnates da política e da comunicação é proporcional à escuridão que causam a nível popular.

Em geral, a crise ética profunda dos políticos portugueses tornou-se sistémica, republicana! Vai-se vivendo entre cinismo e masoquismo!

António CD Justo

Pegadas do Tempo

Pode ser uma imagem de 1 pessoa, televisão e texto
Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz "sic 30 21:21 arnal Hais RENDIMENTO MENSAL AGREGADOS FAMILIARES (%) 30% 20% 24% 12% 10% 16% LvM VM ATÉ 357€ ENTRE 357€E714€ ENTRE 714€E964€ MAIS DE 1/3 DAS FAMÍLIAS PORTUGUESAS VIVE COM MENOS DE 714€/MÊS TE:AUTORIDADE TRIBUTÁRIA up mapocta"
Pode ser uma imagem de 1 pessoa, televisão e texto que diz "SiC 21:23 3e 60% Jemal Jolte PENSÕES 67% DOS PENSIONISTAS COM REFORMAS ABAIXO DE 443€ 50% 53,9% 40% 30% 20% 13,5% 10% 14,5% 17% ATÉ 278,04€ 1,1% +2659,2€ 278,05€ 443,21€ 443, A443,2€ 664,8€ A664,79€ A2659,2€ 82% COM REFORMAS ATÉ 665€ FONTE: CONTA DA SEGURANÇA SOCIAL 2021 n Canais"

VOTAÇÃO ELECTRÓNICA NAS ELEIÇÕES EM PORTUGAL?

Petição para Introdução de Voto electrónico para os Emigrantes portugueses

 

A Estónia foi o primeiro país do mundo a permitir o voto via votação electrónica (2005) nas eleições. Portugal, que ocupa um lugar pioneiro na implementação e aplicação de processos de informação, comunicação e transações dentro e entre instituições legislativas, cidadãos, empresas e outras instituições estatais através do uso de tecnologias de informação e comunicação, poderia, também neste aspecto tornar-se pioneiro em questões de votação electrónica.

Os belgas também introduziram votação eletrónica primeiro para o Parlamento Europeu, depois para a Câmara dos Deputados e, finalmente, para os parlamentos regionais e comunitários (1).

Salvos os requisitos de segurança, o voto eletrónico como alternativa ao voto presencial e por correspondência, tornar-se-ia mais confortável. Exigências seriam Wi-Fi nacional, um cartão de identidade eletrónica e tecnologias apropriadas. A votação online tornar-se-ia mais barata, permitiria maior flexibilidade e certamente maior participação cívica e política especialmente para jovens e pessoas com deficiência motora. A exigência de deslocamento de centenas de quilómetros a emigrantes para ter acesso às urnas de votação tornam o voto eleitoral despropositado! Naturalmente o voto electrónico, exige dos eleitores confiança nos computadores e regras legalmente ancoradas para a segurança de TI .

Já em 2017, depois de um abaixo-assinado-petição para introdução da votação electrónica, organizado entre a população migrante, a Rádio Renascença noticiava que o Governo estava a trabalhar “em soluções concretas” para executar o voto electrónico para os emigrantes. Essa exigência tinha sido assinada e reivindicada por mais de 4 mil pessoas, numa petição entregue ao Parlamento. Na altura o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva saudou a iniciativa dos cidadãos afirmando que o voto electrónico para as comunidades portuguesas no estrangeiro “faz parte do programa do Governo”!

Devido à inação do governo, a nova petição pública (2) “ Para que todos contem “, reivindica, também ela, a introdução da modalidade de voto online não presencial para os cidadãos portugueses residentes no estrangeiro e a consequente alteração das leis de recenseamento.

Foram iniciadores desta plataforma organizativa as associações TSP – Também somos portugueses – Associação Cívica GRI-DPA – Grupo de Reflexão e Intervenção – Diáspora Portuguesa na Alemanha Movimento Sinergias da Diáspora.

A campanha de assinaturas foi iniciada a 18 de abril de 2023; a petição / abaixo-assinado é dirigida à Assembleia da República.

Possibilidade de assinar a Petição Pública “Para que todos contem” em: https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=Que-todos-contem&fbclid=IwAR1_T89oZ86YOSswEHXHgJu7oiTO5FlewMH6soGavOSraY7aPbs4pinMyhw

Por vezes vamos tendo a impressão que em política nos andamos a distrair ou distraindo os emigrantes.  A introdução do voto electrónico para residentes no estrangeiro poderiam tornar-se num primeiro ensaio para se passar a ter a alternativa do voto electrónico em Portugal.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

(1) https://wahlen-fgov-be.translate.goog/waehler-wie-waehlen-sie/elektronische-stimmabgabe?_x_tr_sl=de&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-PT&_x_tr_pto=sc

(2) ” Para que todos contem – Para que os cidadãos portugueses no estrangeiro tenham voz” também em : https://www.facebook.com/tambemsomosportugueses/?locale=pt_BR