Categoria: Educação
A DANÇA GEOPOLÍTICA
AO RÍTMO DE INTRIGAS E LUTAS POLÍTICAS
Na velha Europa, o coração sangra gravemente,
Ronda a dança bélica que nega a paz urgente.
Jonny, o industrial rico, orgulhoso e frio,
E Joe, sua mulher, loira, de gesto macio.
Putinof, senhor das terras, velho e severo,
Seu jovem mordomo, Urcrinof, ardente e sincero.
A vizinhança outrora amigável, agora envenenada,
De inveja nos corações e d’alma dilacerada.
Joe, solitária na distância do marido ausente,
Encontra calor nos braços de Urcrinof ardente.
Enquanto Jonny se apressa em negócios sem fim,
Joe derrete em desejos de ternura e cetim.
Urcrinof acaricia os cavalos com carinho,
Até os gatos o seguem, em fila, no caminho.
Joe vê-o e de coração, ciumento e amarelo,
Encontra abrigo e alegria no jovem tão belo.
O desejo floresce, uma luxúria proibida,
Mas nos serviçais só há frustração contida.
Jonny, ao saber do caso, em fúria encontra razão,
Para despojar Putinof, consumido pela traição.
Com amigos e poder, busca vingar a desonra,
Planeja apoderar-se do que Putinof tanto ampara.
A Europa, outrora forte, agora é presa da ganância,
A guerra começa, perde-se a humanidade e a infância.
O sangue corre em cidades e aldeias sem cor,
Soldados, mulheres, crianças, ondulam na dor.
A paisagem destruída, terra queimada no chão,
Restam almas de pessoas, em eterna aflição.
A Europa, perdida nas chamas de ganância sem fim,
Nenhum resgate à vista, nenhum alívio, enfim.
Talvez surja, escondido nas profundezas da terra,
Um feto, um ventre diáfano, esperança que se encerra.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
RASCUNHO:
A DANÇA GEOPOLÍTICA
AO RÍTMO DE INTRIGAS E LUTAS POLÍTICAS
Na velha Europa, o coração sangra gravemente,
Gira a dança bélica que nega a paz.
Jonny, o industrial rico, orgulhoso e frio,
E Joe, a sua mulher, loira, de gesto suave.
Putinof, o proprietário de terras, rico e velho,
O seu jovem mordomo, Urcrinof, leal e ardente
A vizinhança outrora amigável, agora envenenada,
A inveja nos seus corações, que lhes parte a alma.
Joe, solitária e vazia na distância do marido,
Encontrou calor e mais nos braços de Urcrinof.
Enquanto Jonny se apressa em viagens de negócios,
Joe derrete em desejos de ternura.
Urcrinof acaricia os cavalos, com calor e carinho,
Até os gatos o seguem em fila devota.
Joe vê-o e o seu coração, pálido de ciúme,
encontra abrigo e alegria junto de Urcrinof.
O seu desejo floresce, uma luxúria proibida,
Mas nos serviçais só sentem frustração. (o próprio desengano)
Jonny, que fica a saber do caso,
vê nisso uma razão para despojar Putinof.
Com amigos e poder para vingar a desonra,
ele planeia apoderar-se do haver de Putinof.
A Europa, outrora forte, está agora dividida pela ganância,
A guerra começou, a humanidade perdeu.
O sangue corre nas cidades e aldeias,
Soldados, mulheres, crianças, na morte repousam.
A paisagem destruída, a terra queimada permanece,
Restam almas de pessoas, transidas de dor.
A Europa, perdida, nas chamas da ganância,
Nenhum resgate à vista, nenhuma fuga daqui.
Mas talvez, escondido nas profundezas da terra,
Um feto, um ventre diáfano, uma esperança para o amanhã.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
A MULHER DA UNÇÃO
Maria de Betânia mostra o Equilíbrio entre as Energias masculina e feminina
A pintura “A mulher da unção” (Maria de Betânia) de Carola justo, motivou-me a fazer a seguinte poesia tendente a mostrar a posição de uma mulher consciente de si e da realidade social que a envolve:
MARIA DE BETÂNIA: O Equilíbrio entre as Energias masculina e feminina
Maria de Betânia, mulher original,
Que ungiu Jesus em festa fraternal
Feminidade soberana, manifestação
De espírito inconforme e criativo em ação.
Na sociedade patriarcal, ousou
Aproveitar o espaço que Jesus criou.
Em si mesma encontrou, a liberdade
Sem sótãos nem caves, de pura ipseidade.
Maria vive sem pressões, onde a paz reside,
Já fora das correntes que a alma divide.
Hoje sem espaço, vivemos em gavetas fechados,
De joelhos e em serviço de relatos publicados.
Na polis masculina, de espírito agressivo
De valores competitivos, só vale o lucrativo.
Falta a feminidade, acolhedora e afável
Que urge ser integrada, de forma gratificável
Mais Marias de Betânia, precisamos ver,
Que não seguem a corrente, que sabem viver
Do encontro consigo mesmas, com estilo pessoal,
Masculino e feminino, em equilíbrio natural.
Integração das forças, em cada ser,
Um caminho de paz, precisamos ver.
Maria de Betânia, exemplo brilhante,
De um equilíbrio verdadeiro e constante (1).
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
(1) João 12:1–19: Maria de Betânia, a irmã de Marta e Lázaro, ungiu Jesus com o melhor bálsamo que havia. Com o gesto da unção (acto soberano) preanuncia a iminente morte de Jesus e o Seu sepultamento.
A MULHER DA UNÇÃO
Pintura de Carola Justo
https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&q=Carola+Justo#ip=1
RELAÇÃO ENTRE VIOLÊNCIA E TOLERÂNCIA
Da Hipocrisia do Discurso
A pessoa tolerante reconhece, mesmo em desacordo, o direito a opiniões e comportamentos contrários.
A violência que se observa em muitos movimentos activistas revela, muitas vezes, a falta de uma atitude bondosa e de respeito, e como tal uma predisposição para a intolerância. O discurso sobre tolerância torna-se hipócrita quando é instrumentalizado para fins que por eles mesmos são intolerantes.
É importante que as minorias sejam reconhecidas, mas sem se sobreporem à maioria. O grande problema que se observa na sociedade é o facto de pessoas, políticos e grupos usarem o argumento da tolerância para levarem a sua avante sem olharem a meios. Muitas vezes trata-se de movimentos seguidores de agendas que têm por objectivo, não o desenvolvimento da sociedade, mas a luta que vai dando sustento a alguns, na tentativa de imporem um projecto social contra o outro!
A sociedade é de todos e tem lugar para todos, o que inclui evitar a exclusão social na medida do possível. A violência cada vez mais presente na sociedade e acentuada em fases de guerra não se deve só às desigualdades, mas também a traumas de abuso a nível individual e social e a transtornos mentais e até componentes genéticos.
Uma política afirmadora de conflitos e de adversidades, como se verifica nas posições categóricas das partes beligerantes a nível internacional, conduz à polarização política e social de modo a colocar a ética do governo acima da ética da responsabilidade ao fomentarem o confronto e não o entendimento nem a mediação; o mesmo se observa nas relações partidárias e nos meios de comunicação e de divertimento: tudo isto conduz a uma atitude de tolerância de actos violentos e a uma dessensibilização do humano.
Querer reduzir a violência promovendo a tolerância torna-se insuficiente e até hipócrita quando a política e os meios de comunicação educam, de facto, e sensibilizam as populações para a violência. Uma política Europeia ao serviço de elites globalistas através de lóbis Woke, pró-aborto e LGBTI, mais interessada em substituir o orgulho da generalidade pelo orgulho progressista, serra no seu próprio galho. Estes grupos, independentemente de interesses individuais por vezes justificáveis, são usados e instrumentalizados pela política e pelos meios de comunicação para a propagação de agendas destinadas a combater e desestabilizar a cultura de cunho ocidental para mais facilmente implantarem uma cultura meramente funcionalista de cunho marxista e maoista!
A relação entre violência e tolerância é de caracter íntimo e mútuo
Enquanto em política, nos meios de comunicação e na economia dominar a cultura de violência declarada usam-se dois pesos e duas medidas para a mesma virtude o que implica uma atitude de ambivalência: tolerância para com a violência física e psicológica que vem de cima e intolerância para com a violência entre os de baixo, é reduzir o discurso sobre a tolerância a mera música de acompanhamento!
Importante é alcançar-se um equilíbrio social em que todos se empenhem em promover uma cultura do respeito e do entendimento mútuo para um dia se tornar evidente uma cultura da paz!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
SOLDADOS DA GUERRA
SOLDADOS DA GUERRA QUE DO POVO NÃO!
De órgão em riste, marchando adiante,
Dão a vida na guerra, num passo errante,
Em nome de pátrias que foram roubadas,
Por forças cruéis, a serem desonradas.
Soldados na fronte, a honra a salvar,
De oligarcas e regentes, prontos a guerrear.
Tudo que resta são frios números,
Sem vítimas, nem povo, apenas sombras.
Mortos contados como criaturas,
Na história, números, sem ternuras.
Permitem aos poderosos surgir,
Em cerimónias, sombrias, a fingir,
Lavando as mãos, como Pilatos fez,
Fomentam novas vítimas, na guerra de vez.
Deixaram de ser gente, ao virarem soldados,
Não defendem a pátria, mas planos malvados.
Num mundo rasgado pela violência,
Brilha a dureza, trazendo a doença.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do tempo
PS: A Alemanha despende 2% do PIB nacional para o orçamento militar, isto é, no mínimo 90 mil milhões de euros por ano e o mesmo fazem outros países! Isto poderia ser legítimo se destinassem também 2% do PIB para promover activamente a paz!
O RASCUNHO:
SOLDADOS DA GUERRA
De órgão em riste, eles marcham,
Dão a vida pela guerra alheia,
Em nome de pátrias desonradas,
Usurpadas por poderes fortes.
Soldados na fronte, a salvar
A honra de governantes e oligarcas.
Quando o que resta da guerra são sonhos perdidos
Sem vítimas, nem povo, apenas números.
Soldados mortos são contados como criaturas,
Mas na história, meros números se tornam.
Permitem aos usufruidores do poder
Aparecer em cerimónias e cemitérios,
Com rostos sombrios, afirmando-se
E lavando as mãos, como Pilatos,
Das novas vítimas da guerra,
Captando o povo para novas guerras.
Deixaram de ser pessoas,
Para passarem a soldados,
Não para defender a pátria ameaçada,
Mas para proteger ataques preparados externamente.
Num mundo dilacerado pela guerra,
Irradia a dureza que nos adoece.
(Rascunho)
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo