Que diz a Inteligência Artificial (IA) sobre si mesma e sobre seus Perigos e Chances?
As novas tecnologias estão a mudar substancialmente as posturas dos governos e a maneira de pensar e agir das populações. A Inteligência Artificial (CHATGPT entre outras) é uma mais valia e será sempre um instrumento importante, de apoio nas mãos de quem a usar. O cidadão terá de manter a supervisão sobre ela analisando-a, ordenando-a e corrigindo-a, pois, a Inteligência Artificial estabelece interações, mas não conhece nenhuma verdade nem relação humana; ela apenas processa informações não podendo avaliar sobre fontes confiáveis nem pesquisar. A inteligência artificial obrigará a sociedade civil e formadores de opinião a serem mais responsáveis porque com ela as nossas elites serão as que mais dela se aproveitarão e, na consequência, tentarão subordinar as populações a governos tecnocratas centralistas.
Não queremos um estado de vigilância como o que já é praticado na China. O capitalismo de vigilância está-se já tornando muito incómodo devido ao monitoramento do dinheiro pelos bancos em parceria com o Estado, e o mesmo se está dando com o espaço digital: A junção dos fatos sugere que está em via o controlo absoluto do indivíduo cuja liberdade será circunstanciada ao desenho de suas contas bancárias e digitais. Para que a monitorização se torne ainda mais eficiente, o dinheiro também será gradualmente eliminado. Cada vez se assiste mais à supervisão do cidadão através de bancos e de tecnologia digital em enquadramentos políticos formando-se uma troica adversa à democracia. O espírito de controlo é tal que as fronteiras entre ameaça e serviço estão desaparecendo do agir político. Por outro lado, quem observa o desenvolvimento dos Estados percebe que cada vez há mais problemas que ficam fora do alcance da sociedade.
No espaço público, a informação é tanta que se desautoriza a si mesma, valorizando sobretudo os seus canais de transmissão. Paulatinamente, é construído um sistema de mentira que serve os detentores do sistema e ao mesmo tempo encontra desculpa popular porque impercetível ou servidora de interesses momentâneos. Além disso, as elites do sistema contam com a cumplicidade dos sobrecarregados da sociedade que têm de se poupar ao fardo da autorreflexão, também devido a razões de luta pelo próprio sobreviver. Todo o mundo sabe que é desconfortável falar detalhadamente sobre como resolver problemas em público; por isso se formam cada vez mais núcleos pensantes (fábricas de pensamento) de recurso que funcionam como almofadas de proteção de responsabilização.
Para dar uma ideia mais aproximada sobre as questões da IA (Inteligência Artificial) apresento aqui a resposta da IA a duas perguntas que lhe fiz: 1.ª Quais serão as consequências da IA para o futuro? 2.ª Não será que a IA contribui para uma manipulação do humano ao pretender fundamentar a sua informação só em dados na pretensão de não ter opiniões pessoais, sentimentos nem preconceitos? Não contribui para criar um humano tipo máquina? Resposta da IA relativa à primeira pergunta abrangendo vários âmbitos:
“As implicações da inteligência artificial (IA) para o futuro são diversas e complexas. É importante notar que as consequências reais dependerão fortemente do desenvolvimento e utilização da tecnologia de IA. Aqui estão algumas das possíveis consequências que a IA pode ter no futuro:
Impacto económico:
Mudanças no mercado de trabalho: a IA pode automatizar certas tarefas, o que pode levar a mudanças no mercado de trabalho. Alguns empregos poderiam ser automatizados, ao mesmo tempo que poderiam surgir novos empregos no domínio do desenvolvimento e manutenção da IA. Crescimento económico: A IA tem potencial para aumentar a produtividade em muitas indústrias e estimular a inovação, o que pode levar ao crescimento económico.
Impacto social:
Ética e confiança: A IA levanta questões éticas, especialmente em torno da privacidade, discriminação e segurança. A confiança nos sistemas de IA é crucial para garantir a sua adoção generalizada.
Educação e adaptação ao local de trabalho: A difusão da IA pode exigir a adaptação dos sistemas educativos para preparar as pessoas para novos campos de carreira. Os programas de reciclagem poderiam tornar-se mais importantes.
Exclusão digital: Existe o risco de que aqueles que não têm acesso à tecnologia de IA ou não possuem as competências necessárias sejam deixados para trás.
Implicações políticas:
Regulamentação: A regulamentação da IA desempenhará um papel importante para garantir que ela seja usada de forma segura e ética. Isto poderia levar a tensões políticas, especialmente nas relações internacionais.
Segurança e Defesa: A IA pode ser utilizada em aplicações militares, colocando novos desafios para a segurança nacional e internacional.
Impacto ambiental:
Consumo de energia: alguns modelos de IA requerem grandes quantidades de poder de processamento, o que pode aumentar o consumo de energia. O desenvolvimento de tecnologias de IA energeticamente eficientes está, portanto, a tornar-se mais importante.
Assistência médica:
Diagnóstico e tratamento: A IA pode desempenhar um papel importante nos cuidados de saúde no diagnóstico e tratamento de doenças. Isso poderia melhorar a precisão e a eficiência.
Educação:
Aprendizagem personalizada: a IA pode permitir uma educação personalizada, onde o ensino é adaptado às necessidades exclusivas dos alunos.
Artes e Cultura:
IA criativa: a IA pode ser usada nas artes e na cultura para gerar ou aprimorar música, arte e literatura.
Esta lista não é de forma alguma exaustiva e as consequências reais dependerão de muitos factores, incluindo decisões políticas, desenvolvimentos tecnológicos e a própria sociedade. É importante ser proactivo na gestão destas mudanças e garantir que os benefícios da IA sejam amplamente acessíveis e os riscos sejam minimizados.”
Quanto à resposta à segunda pergunta a IA revelou: “É uma preocupação válida. A inteligência artificial (IA) pode induzir em alguns riscos éticos e sociais, incluindo a manipulação do ser humano e a criação de um “tipo humano máquina”. Vou explicar alguns pontos relevantes para essa discussão: A IA ao ser alimentada por dados e estes serem
Viés nos dados: A IA é alimentada por dados, e se esses dados forem enviesados ou refletirem preconceitos humanos, a IA também pode reproduzir esses preconceitos. Isso pode levar a decisões discriminatórias e injustas em várias áreas, como recrutamento, sistema judicial e assistência médica.
Limitação de perspectivas: Ao tentar ser neutra e não ter opiniões pessoais, a IA pode não capturar completamente as nuances e complexidades do mundo. Isso pode levar a respostas simplistas ou falhas em considerar aspectos importantes que não podem ser quantificados em dados.
Manipulação da informação: A IA pode ser usada para manipular informações e criar narrativas persuasivas, o que levanta questões sobre o controle e o poder de quem controla essas tecnologias.
Dependência excessiva: À medida que a IA se torna mais integrada em várias esferas da vida humana, pode haver uma tendência a depender excessivamente dela para tomadas de decisões importantes, prejudicando a autonomia e o julgamento humano.
Perda de habilidades humanas: Se as pessoas se acostumarem a depender exclusivamente da IA para resolver problemas e tomar decisões, podem perder habilidades cruciais, como pensamento crítico, empatia e criatividade. Para enfrentar esses desafios, é essencial que a IA seja desenvolvida e utilizada de forma ética, transparente e responsável. É fundamental que os criadores e usuários da IA estejam cientes dos possíveis vieses nos dados e adotem medidas para mitigá-los. Além disso, é importante considerar a inclusão de uma diversidade de perspectivas humanas no desenvolvimento de sistemas de IA, para evitar a exclusão e a marginalização de grupos. Também é necessário desenvolver regulamentações e políticas adequadas para governar o uso da IA, bem como promover a educação e a literacia digital para que as pessoas possam entender as capacidades e limitações da tecnologia e fazer escolhas informadas.
Em última análise, a IA pode trazer benefícios significativos para a humanidade, mas é essencial abordar essas preocupações éticas para garantir que ela seja uma força positiva e não leve à criação de um “tipo humano máquina” que abdique de suas características e valores humanos essenciais.”
No meio de tudo isto trata-se de um instrumento válido, mas que exige do ser humano ainda melhores estratégias para continuar dignamente no mundo da procura da verdade e não se deixar manipular por meios tecnológicos nem por elites sociais que se apoderem deles.
Um mundo máquina não tem opiniões pessoais, sentimentos ou preconceitos (torna-se questionável ao apresentar o seu parecer como máquina inteligente dado este depender das informações que também a IA se serve o que contradiz a sua neutralidade e objetividade. Tal como as pessoas, a IA forma a sua informação com base no conhecimento fornecido anteriormente e quanto ao humano, a nível mental, não lhe ficará senão a procura permanente da verdade num processo feito de confiança e dúvida.
A tarefa será “humanizar” a IA de maneira a ela tornar-se numa assistente virtual nossa aliada.
António CD Justo
Pegadas do Tempo