PORQUÊ LISBOA E NÃO PORTO OU COIMBRA NA CANDIDATURA PARA A EMA?

Urge fomentar o Regionalismo

A Assembleia da República, aprovou, por unanimidade a candidatura de Portugal à sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA) para Lisboa, que por razões do Brexit terá de passar para a EU.  Foi pena os deputados dos partidos não terem optado pelo Porto ou por Coimbra.

É também lamentável, o facto de os partidos depois de terem votado por Lisboa virem para a rua contradizer-se, defendendo outras opções. Depois de parido o voto no parlamento (em Maio), vêm agora cá para fora retalhar o parto, com o apoio dos meios de comunicação social (famintos de barulheira emocional entre um povo a distrair). Porque não houve a discussão antes da decisão no parlamento? Democracia à portuguesa republicana?  

Torna-se difícil de compreender que em Portugal todas as instituições relevantes portuguesas se encontrem em Lisboa. Os tribunais administrativos, do trabalho e outras instituições deveriam ver as suas sedes distribuídas por outras cidades portuguesas. Em questões de regionalização somos um país subdesenvolvido com um centralismo favorecedor da solidariedade na corrupção.  

Na Alemanha pratica-se a solidariedade equitativa entre as regiões, tanto a nível de redistribuição de riqueza, de instituições como de tarefas. Deste modo mantem-se um certo equilíbrio entre as regiões. Pratica-se mais a democracia política, institucional e administrativa. Por isso, a Alemanha é um país rico com relativo equilíbrio em relação a outros países europeus (vejam-se os transferes financeiros das regiões mais fortes para as menos fortes).  

Portugal, com o seu centralismo obsoleto em Lisboa continuou na República o que o espírito monárquico tem de criticável. A sociedade portuguesa, com os seus representantes, contenta o seu narcisismo em alfacinhas com brilho artificial! O mesmo se diga no centralismo do MEC com um comportamento de patrão absoluto que mantem o professorado e as escolas atrelados ao jugo de Lisboa.  

Por vezes tem-se a impressão que os nossos ministérios se tornam albergues de aldeões antigos envergonhados, mas bem engravatados, que compensam uma certa pequenez numa Lisboa megalómana! Atendendo à necessidade de democratizar na europa as concentrações económicas e à megalomania provinciana concentrada em Lisboa, seria de recomendar a transferência da sede da EMA da Inglaterra para Portugal e possivelmente para o Porto ou para Coimbra!    

© António da Cunha Duarte Justo  

Pegadas do Tempo

PARABÉNS AOS ANTÓNIOS NESTE DIA DO SEU ONOMÁSTICO (SANTO ANTÓNIO)

Nasceu em Lisboa, 15 de agosto de (1191-1195) e morreu em Pádua, a 13 de junho de 1231. Por isso é conhecido como Santo António de Lisboa e como Santo António de Pádua; jaz na Basílica de Santo António de Pádua.

Teólogo, místico, asceta, o Doutor da Igreja é um santo popular e como tal mais conhecido como santo milagreiro, das coisas perdidas, dos responsos e casamenteiro, o patrono das festas populares.

Coloco aqui algumas frases ditas pelo santo:

“Deus é Pai de todas as coisas. Suas criaturas são irmãos e irmãs.”

“A paciência é melhor maneira de vencer.”

“Não poderás levar os fardos de outrem, se não depuseres primeiro os teus. Alivia-te primeiro dos teus, e poderás levar os fardos de outrem.”

“Antes de entrar um raio de sol em casa, não aparece dentro, no ar, o pó; se, porém, entrar um raio de sol, parece cheia de pó.”

“A palavra é viva quando falam as obras. Cessem, pois, as palavras e falem as obras. Estamos cheios de palavras, mas vazios de obras!”

“É raro o dano que não provenha da abundância”.

“O estrume reunido em casa exala mau cheiro; disperso, fecunda a terra. Assim acontece com as riquezas: devem ser dispersas, isto é, distribuídas e restituídas aos pobres, que são seus donos, e assim hão de fecundar a terra do espírito e fazê-la frutificar”.

“Usa mais vezes os ouvidos do que a língua.”

“Quem ama não conhece nada que seja difícil.”

“A fé compara-se ao peixe. assim como o peixe é batido pelas frequentes ondas do mar, sem que morra com isso, também a fé não se quebra com as adversidades”.

“O hipócrita assemelha-se ao pavão: ao ser provocado pelas crianças, mostra o esplendor das suas penas e, quando faz rodar a cauda, descobre torpemente o traseiro”.

Frases em “Obras completas de Santo António de Lisboa”.

 

Junto aqui o responsório a Santo António, muito conhecido nas devoções populares:

Responso de Santo António:

Se milagres desejais,
Recorrei a Santo António;
Vereis fugir o demónio
E as tentações infernais.

Recupera-se o perdido.
Rompe-se a dura prisão
E no lugar do furacão
Cede o mar embravecido.

Todos os males humanos
Se moderam se retiram,
Digam-no aqueles que o viram,
E digam-no os lusitanos.

Recupera-se o perdido.
Rompe-se a dura prisão
E no auge do furacão
Cede o mar embravecido.

Pela sua intercessão
Foge a peste, o erro, a morte,
O fraco torna-se forte
E torna-se o enfermo são.

Recupera-se o perdido.
Rompe-se a dura prisão
E no auge do furacão
Cede o mar embravecido.

Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo.

Recupera-se o perdido.
Rompe-se a dura prisão
E no auge do furacão
Cede o mar embravecido.

Rogai por nós, bem-aventurado António.
Para que sejamos dignos das Promessas de Cristo.

 

         Oração a Santo António, para achar objectos perdidos

 

Eu vos saúdo, glorioso Santo António,

fiel protector dos que em vós esperam.

Já que recebestes de Deus o poder especial

de fazer achar os objectos perdidos,

socorrei-me neste momento,

a fim de que, mediante vosso auxílio,

eu encontre o objecto que procuro…

 

Alcançai-me, sobretudo, uma fé viva,

uma esperança firme, uma caridade ardente

e uma docilidade sempre pronta aos desejos de Deus.

Que eu não me detenha apenas nas coisas deste mundo.

Saiba valorizá-las e utilizá-las

como algo que nos foi emprestado

e lute sobretudo por aquelas coisas

que ladrão nenhum pode nos arrebatar

e nem iremos perder jamais.

Assim seja.

COPA DO MUNDO NO QATAR EM PERIGO

Vice-presidente do Parlamento alemão contra o Mundial 2022 no Qatar

António Justo

Qatar tem de resolver o conflito, com os seus seis parceiros árabes, se não quer ver em perigo a realização da Copa do Mundo de Futebol em 2022.

Cláudia Roth, vice-presidente do Bundestag alemão declarou-se contra a adjudicação da Copa do Mundo em 2022 no Qatar advogando a revisão da atribuição (HNA, 07.06). De facto, não sendo Qatar “um país de futebol”, a adjudicação nada tem a ver com o “desporto, mas com o dinheiro”. Qatar não considera as normas básicas de direitos humanos e além disso houve “corrupção na adjudicação”.

Também o presidente alemão da DFB, membro novo na FIFA, se pronunciou contra a concessão de torneios a países que apoiam o terrorismo, alegando que adjudicações só deveriam ser feitas a países que defendam o respeito dos direitos humanos, a liberdade de imprensa e respeitem normas ambientais.

Se a FIFA e o mundo ocidental não usassem uma atitude hipócrita, os representantes do Qatar teriam sido obrigados a renunciar ao apoio económico do terrorismo internacional para poderem ver realizada a Copa mundial no seu emirado. A FIFA sem requisitos morais, tem-se mostrado apenas interessada no dinheiro. Por isso não teve escrúpulo em aceder a realização da Copa do Mundo num país que apoia activamente o terrorismo.

O clube Real Madrid acedeu a tirar a cruz cristã da coroa do seu emblema nos produtos a serem comercializados no mercado árabe por uma firma têxtil que comprou os direitos de comercialização de produtos relacionados com o Real Madrid (Tischerds, etc.) nos Emirados Árabes Unidos. O club fez uma parceria com o banco Abu Dhabi dos Emirados Árabes (Arábia Saudita, Qatar, Kuwait, Bahrain e Omã). Quando se trata de negócios com os árabes, os europeus renunciam até aos símbolos da sua identidade. De facto, identidade e honra, não são materiais com que se faça dinheiro; os árabes jogam na avançada porque possuem identidade, honra e dinheiro.

Em contrapartida os europeus mostram-se tolerantes, à sua maneira, suportando na Europa o uso do lenço como confissão e propaganda aberta pelo arabismo retrógrado. Em nome da liberdade (e ainda bem para a liberdade!) dizem bem ao uso do véu na cabeça, como legítimo símbolo cultural do domínio do homem sobre a mulher, precavendo assim o atractivo bom-exemplo da mulher submissa!! A intolerância conta com a força do dinheiro e com a disponibilidade dos que se deixam comprar. O dinheiro e o negócio juntam interesses sem que se misturem!

 

Qatar é um grande patrocinador do terrorismo

 

Qatar, um emirado do Oriente Médio, fomenta o islamismo e apoia a Milícia Hezbollah na Síria e no Líbano. Apoiou o movimento terrorista “irmandade muçulmana” no Egipto, apoiou os islamistas sunitas na Tunísia contra a juventude reformista dando milhões ao Partido Emndha, parceiro da Irmandade Islâmica, que assumiu lá o governo; apoia a organização terrorista Hamas que governa na Faixa de Gaza; apoiou o movimento da Primavera Árabe no sentido dos islamistas saírem como vencedores em todo o norte de áfrica; deste modo, apoiando-os com dinheiro defendia-se deles. Se o movimento se democratizasse constituiria um perigo à porta. Apoia a insurreição islamista em todo o mundo porque esta é a melhor maneira de impedir a democracia e a liberdade que se tornaria numa ameaça para a monarquia absolutista de Al-Thani, que tem Qatar nas mãos através dos seus milhares de familiares; os cidadãos não pagam impostos. A estratégia de desestabilizar os vizinhos tem tido sucesso.

A potência económica Qatar faz tudo isto, pela porta traseira não oficialmente, para poder negociar à vontade com o Ocidente que hipocritamente, por razões económicas, fecha os olhos aos fomentadores do terrorismo e em casa contenta os cidadãos com palestras vistosas de que o Estado já não pode assegurar a segurança dos cidadãos nas grandes cidades!  14% das acções da VW e do Deutsche Bank estão nas mãos de Qatar.

A família monárquica Al-Thani, mantem-se no poder desde há gerações.

Já o poeta e dramaturgo comunista Bertolt Brecht dizia “primeiro está o comer e depois a moral”!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

 

A MÚSICA É A VOZ DA PAZ – UMA ARAGEM DIVINA A AFAGAR O MEDO

Música é a voz de Deus em ritmo religioso e profano

Fantástico, este espectáculo de beneficiência! Ariana Grande, apesar das limitações que se lhe possam ser apontadas, afirma aqui a vida contra a morte, o amor contra o ódio! Concerto na íntegra.

O relativismo cultural que domina a cena pública tem favorecido a tolerância da desarmonia e a dissonância como ritmo comum.

A música diz não ao mundo rival convertendo as diferenças do texto e do discurso em ritmo livre que leva à harmonia e à felicidade. Na música ouve-se a mensagem dos anjos, a fala de Deus em voz religiosa e profana. Ela deixa-nos sem fala e possibilita-nos ouvir a próprio voz interior e nela saborear os acordes da harmonia.

A música reúne no sítio da poesia o espírito e a matéria na mais simples expressão comum de felicidade. Nela se expressa a saudade da felicidade e se resolvem os problemas do entendimento. A música conduz à postura honesta que nos torna dignos pois nos afina e dá forças para cantarmos a vida em harmonia ao ritmo do universo.

António da Cunha Duarte Justo

PORTUGAL EM 3° LUGAR NO ÍNDICE GLOBAL DA PAZ

Países Lusófonos a Caminho – Europa: a Região mais pacífica do Globo

António Justo

O Instituto para Economia e Paz (IEP) apresentou o Índice Global de Paz (IGP 2017), baseado na análise de 163 países e coloca Portugal em terceiro lugar no Ranking das nações mais tranquilas.

Países Lusófonos

A classificação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é encabeçada com o 3°. lugar para Portugal, seguida do 53°. para Timor Leste; 61°. para Guiné Equatorial; 78°. para Moçambique; 100°. para Angola; 108°. para o Brasil; 122°. para Guiné Bissau.

Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe não entraram na análise.

Segundo IEP Portugal passou do quinto para o terceiro lugar, ultrapassando a Áustria na classificação da posição mundial, devido, sobretudo, a uma recuperação constante na sua crise financeira, o que levou a uma maior estabilidade interna para o país.

Critérios para a classificação dos países

Como factores para a classificação dos países, os cientistas servem-se dos seguintes grupos de indicadores: 1. Os conflitos no país e no exterior: número e duração de conflitos com outros países, e o número de mortes por violência organizada; 2. Segurança Social: instabilidade política e probabilidade de manifestações violentas e do número de detidos nas prisões; 3. Militarização: quanto dinheiro disponibiliza o país para as suas forças armadas, número de soldados disponíveis e se tem armas nucleares.

Os 10 países com mais paz e menos violência

1.Islândia, 2. Nova Zelândia, 3. Portugal, 4. Áustria, 5. Dinamarca, 6. República Checa, 7. Suíça, 8. Canadá, 9. Japão, 10. Irlanda.

Entre outros: 16. Alemanha, 23. Espanha, 38. Itália, 41. Reino Unido (ainda sem o recente ataque terrorista), 51. França, 137. Índia, 151. Rússia, 161. Iraque, 162. Afeganistão,163. Síria.

Na carta apresentada pelo IEP a Rússia encontra-se com a cor vermelha tal como a Síria; até o Egipto tem um melhor índice de paz que a Rússia, o que parece questionável.

O relatório coloca a Europa como a região mais pacífica do mundo. O projecto União Europeia tem sido, certamente, um factor de garantia de paz. Apesar da guerra na Jugoslávia e do bombardeamento da Sérvia, nos anos 1990, a paz tem-se estabilizado, apesar de certos indícios de insegurança e medos a aumentar.

Apesar do cancro da guerra em muitos países e do terrorismo islamista a esperança é maior que o medo!

O facto de alguns se afogarem na praia não justifica que se traga colete salva-vidas na banheira.

O importante é assegurar a paz sem que isso aconteça à custa da exploração de outros. O Estado, as instituições e os indivíduos terão de se empenhar no grande projeto de criar uma cultura de afirmação pela paz.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo