PROIBIDOS PRODUTOS PLÁSTICOS  DE USO ÚNICO NA UNIÃO EUROPEIA

Desde o dia 3 de Julho são proibidos, em toda a Uniao Europeia,  produtos plásticos de uso único (via única). Esta medida da EU levará o  comércio a afastar-se do plástico.

Produtos descartáveis de plástico (para deitar fora) são responsáveis ​​por 70% de todo o lixo marinho na UE..

A regra não se aplica a  cigarros com filtro de plástico, absorventes higiênicos e copos para viagem embora fossem possíveis alternativas.

Só na Alemanha, são usados 320.000 copos descartáveis ​​para café e similares, por hora.

As empresas municipais de eliminação de resíduos gastam muito dinheiro com a eliminação.

Com medidas deste género, esclarecimento e boa vontade, contribui-se para um meio ambiente mais saudável para o planeta.

António CD Justo

Pegadas do Tempo,

CAPITULAÇÃO DO OCIDENTE NO AFEGANISTÃO DEPOIS DE 20 ANOS DE PRESENÇA MILITAR

Os últimos 264 soldados alemães abandonaram o Afeganistão

Até 11 de setembro próximo os USA e seus aliados terão retirado todas as tropas do Afeganistão, 20 anos depois do teatro de operações iniciado contra a Al-Qaeda, no Hindu Kush, depois do atentado contra as Torres Gémeas, em Nova Iorque, em 11 setembro de 2001. A operação militar foi iniciada com o intento de impedir que o terrorismo islâmico fosse exportado para outros países. Entretanto o terrorismo islâmico encontra-se ainda com mais força em África. O Mali é já semelhante ao Afeganistão.

A missão alemã no Afeganistão terminou a 30 de junho.  Os últimos 264 membros da Bundeswehr regressaram e o governo tenciona fazer uma festa de recepção oficial mais tarde. Em maio, ainda havia 1.100 soldados alemães no Afeganistão. A Alemanha tem 59 mortos para lamentar. No total, estiveram 160.000 soldados alemães no espaço dos 20 anos de serviço no Afeganistão. A operação custou à Alemanha mais de 12 mil milhões de euros.

O governo federal também concede 2.400 vistos a trabalhadores humanitários afegãos e membros de família que eram colaboradores da Bundeswehr e agora ficariam em risco de vida perante os Talibãs. As mulheres afegãs em vão clamarão por justiça contra a opressão, agora sem obstáculos.

Os soldados alemães regressaram à Alemanha, quase pela calada da noite pois (juntamente com os aliados) perderam a guerra contra os radicais islâmicos (os belicosos acusarão o Ocidente de desertor e os talibãs proclamar-se-ão vencedores!).  “Ai dos vencidos” ensina a História!

Encerra-se assim, mais um erro-fracasso histórico do Ocidente. Depois do fracasso no Irão com a queda do Xá em 1979 e a consequente proclamação da república islâmica teocrática do aiatolá Ruhollah Khomeini, depois do fracasso no Iraque, na Líbia e na Síria é chegada a hora do fracasso do Ocidente no Afeganistão! Quem se mete com o Islão apanha e não bufa! Os “Golias” perderão contra “David” que se sente mandatado de Alah e do seu povo. A guerrilha ideológica e bélica são a estratégia que lhe dá sucesso!

Este erro-desastre passará à história como passaram os referidos sem que se apurem responsabilidades nem se tirem lições para o futuro. Facto é que o islamismo ganha em todas as frentes em relação ao Ocidente: de não menosprezar também a emigração muçulmana para a Europa! O poder considera-se autossuficiente, sem existir alguém que lhe peça contas. A história é a única testemunha de muita fraqueza e arrogância político-militar apoiada pela desinformação. Do povo não se fale nem se peça responsabilidade, a ele compete dizer okay, gosto, ou, quando muito, ignorar!

O Povo afegão encontra-se agora praticamente nas mãos dos Talibãs que se aproveitarão da situação para intensificar a sua Missão de Conquista em África (Mali, etc.) Desde maio, os talibãs reconquistaram 90 dos 400 distritos do Afeganistão, noticiam os jornais alemães. Agora já controlam metade do país.

Quanto a Portugal, a retirada dos 162 soldados portugueses destacados no último contingente nacional, deu-se em maio. Durante os 20 anos de presença portuguesa no Afeganistão, no total estiveram cerca de 4500 militares nesse espaço de tempo, em diferentes contingentes nacionais.  Portugal teve dois mortos a lamentar.

A presença militar portuguesa no teatro de operações do Afeganistão representou “um desafio complexo, mobilizador de grande esforço militar, mas também financeiro, político e diplomático…” Naturalmente, como em tudo há também aspectos positivos a mencionar com a presença dos soldados da Nato. Para tal leia-se a nota (1) do site.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

  • (1) Relatório português: https://core.ac.uk/download/pdf/62695231.pdf

 

DOMINGO DIA DE DESCANSO – INSTITUÍDO A 3.07.321

O Domingo foi declarado por Constantino, Imperador Romano, a 3 de julho de 321, como dia feriado.

Com a declaração deste dia como dia feriado, o imperador não só respondeu a exigências cristãs, mas celebrou-se também a si mesmo porque ele mesmo tinha o cognome de “Sol invictus”. No tempo romano o primeiro dia da semana era invocado como o dia do deus sol (die solis).

Os governantes por vezes tentam influenciar a vida dos seus súbditos introduzindo dias feriados para se celebrarem a si mesmos ou os seus feitos!

O Domingo, dia da celebração da ressurreição de Jesus, também convinha aos cristãos como dia Santo. O princípio do descanso sabático dos judeus foi assim transferido para o Domingo.

Em tempos da flexibilização da vida laboral, as empresas estão muitas vezes interessadas em quererem aproveitar-se do Domingo como dia de trabalho. Excepções são naturais como em hospitais, etc., mas generalizar o Domingo como dia de trabalho seria mau para a saúde e sinal de desrespeito da própria cultura. O Domingo deve ser mantido como dia de descanso.

Também a ciência chegou à conclusão de que, para certos trabalhos, é melhor trabalhar uma hora a mais durante a semana, mas poupar o dia de descanso.

A investigadora Christine Syrek da Universidade Bonn-Rhein-Sieg, nas suas investigações, resume: “Precisamos do contraste nas nossas actividades profissionais. Se estou sempre a ser desafiado mentalmente, é bom para mim comprometer-me fisicamente no meu tempo livre e vice-versa…, precisamos da distância mental do trabalho” (1).

Há línguas que usam a palavra “Domingo” (Dia do Senhor) para designar o primeiro dia da semana.  Há outras línguas que usam a palavra “dia do Sol”, para designar o primeiro dia da semana; este é, entre outros, o caso na língua alemã com a palavra Sonntag.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

  • (1) Veja-se HNA 3.07.2021

NA MONTANHA RUSSA DA PANDEMIA A ALEMANHA TROCA-NOS AS VOLTAS

Afinal, onde nos encontramos?

A Alemanha, ao colocar Portugal na “lista vermelha” obriga os portugueses residentes a alterar os seus planos de férias. Também muitos turistas alemães, ao verem Portugal qualificado de zona da variante-vírus, apressam-se a regressar a casa para evitarem a quarentena ao entrar na Alemanha.

O número de pacientes Covid aumentou encontrando-se 116 deles em cuidados intensivos. “Preocupantemente, é a situação em Lisboa. Dois terços de todas as infecções nacionais são registadas em Lisboa – embora apenas 27% dos 10,3 milhões de portugueses aí vivam. A variante delta já é responsável por mais de 70% em Lisboa (HNA, 29.06.2021).

As consequências, também para os emigrantes, são desastrosas: descrédito, casamentos desmarcados, férias anuladas, famílias não encontradas, desmarcações de muitíssimos turistas, etc. 

A vacinação e os testes negativos passam a não valer nada? Por um lado, uns a proibir de entrar em Portugal e outros a recomendar que os portugueses vão em magote até Sevilha para apoiar a equipa! Afinal, onde nos encontramos? A política contradiz-se: por um lado toda a gente é aconselhada a tomar a vacina e, por outro, quem tomou a vacina ou tenha teste negativo, tem de entrar em quarentena de 14 dias, ao regressar de Portugal!

Porquê tanta confusão e a quem servem as incongruências?

O descrédito cada vez se espalha mais e isto parece servir os interesses de poderes anónimos; doutro modo a razão começa a não chegar para explicar as contradições que se somam nas medidas que se tomam em relação ao SARS-CoV-2 e suas variantes.

De quem é a culpa?

A “culpa morreu solteira” e o seu cadáver flutua nos leitos dos rios, mas cada rio procura sentir o fedor nas margens dos outros.

É verdade que falta de responsabilidade não falta, mas, como tudo é virgem, ninguém a assume! O Primeiro Ministro português apenas constatou: “Nem tudo correu bem”.

A situação geral é realmente complicada e triste, mas mais que culpabilizar há que cada um assumir a responsabilidade no que toca ao seu âmbito, sem apontar o dedo para os outros.

Já vai sendo tempo de tratar da saúde à pandemia! Doutro modo, a pandemia não nos deixa sair da montanha-russa.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

 

 

HOMOSSEXUAIS – DUAS MEDIDAS?

UEFA recusou a Iluminação da Arena do Estádio de Munique com as Cores do Arco-íris

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, criticou o Presidente da Hungria, Orban, alegando que a lei húngara estigmatiza os homossexuais. Por outro lado, a EU e a imprensa cala quanto ao agir do Emir do Qatar que os lança na prisão.

A crítica contra Orban faz-se sentir muito na Europa; contra o Emir do Qatar, não se ouve nenhum protesto para que o futebol mundial no Qatar não seja perturbado. O negócio não permite criticar o Qatar e por outro lado, a luta parece querer-se cingida à sociedade europeia.

Segundo noticia a imprensa alemã, o Parlamento húngaro aprovou há uma semana uma lei que restringe os direitos de informação dos jovens e crianças sobre a homossexualidade e a transexualidade. “A lei prevê a proibição de livros, filmes e outros conteúdos acessíveis a crianças e jovens em que a sexualidade retratada se afaste da norma heterossexual. Além disso, qualquer tipo de publicidade em que homossexuais ou transsexuais apareçam como parte da normalidade será proibida”.  O governo justifica o pacote legislativo como esforço de proteger o “direito das crianças à sua identidade de género concebida à nascença” (HNA 24.06.2021).

Pelos vistos a opinião pública europeia está a ser envolvida na luta do Género (Gender), também a pretexto do futebol como se houvesse países bons e países maus.

Estranho é o facto do aproveitamento de um jogo de futebol em Munique (Alemanha-Hungria) para se fazer dele um jogo de propaganda política, como se em Munique a Alemanha estivesse a jogar contra uma equipa de anti-homossexuais. Os políticos aproveitam-se oportunisticamente da boleia do futebol e de ONGs para tentar ganhar pontos em partes da população.

A UEFA rejeitou um pedido do lóbi Gay para iluminar a arena do Campeonato Europeu de Munique com as cores do arco-íris (1). O empenho da política pela igualdade pressuporia como consequência lógica o boicote do Campeonato do Mundo no Qatar. Consequentemente teriam de ser questionadas as participações no Campeonato do Mundo e dos Jogos Olímpicos noutros países.

A política, para não usar um padrão duplo em futebol, haveria de ser consequente e firme, ou ficar-se completamente fora dos assuntos de Estado de outras nações.

O clima já carregado politicamente não deveria ser transportado para o futebol. O Futebol deveria tornar-se num espaço cultural onde, em vez da prática de subornos e de lutas, se passe a substituí-las por jogos. O jogo possibilita a sublimação dos instintos baixos da pessoa e da sociedade.  

Há que criar eventos e formas de jogo social onde os bons ganhem sem desprezarem os outros e sem se considerarem, só eles, os bons da fita. Mais que ser contra algo importa ser-se a favor de algo! Não é justo classificar o outro para o pôr numa gaveta ou num canto qualquer.

Quem se aproveita da arena pública como se ela fosse mero campo de luta não deve esperar compreensão mesmo por parte de pessoas que defendam a sua causa. O lóbi Gay (LGBTIQ) abusa da sua força e deste modo prejudica-se também.

É de questionar uma política que, em vez de unir e integrar os diversos movimentos e interesses sociais, aposta na divisão da sociedade para mais facilmente a dominar. É uma pobreza de espírito usar-se o tema homossexualidade de forma polémica. Deste modo fomenta-se o formar de trincheiras. Cada um deve poder viver a sua sexualidade em paz sem que esta se torne em arma de guerra para dividir ou afirmar-se contra alguém!

António CD Justo

Pegadas do Tempo

  • (1) O Arco-íris apropria-se a simbolizar união, construção de pontes no sentido de uma sociedade  mais justa, tolerância e empatia com todos, indiferentemente  da origem, crença ou género. A tolerância, respeito e solidariedade com diferentes comunidades sejam elas Gay (LGBTIQ) ou não, não justifica que qualquer uma delas se apodere do brilho do Arco-íris para atacar outras comunidades. O decisivo são as virtudes (acções) que as suportam.