JÁ SOLUCIONARAM O PROBLEMA “PORTUGAL LIXEIRA”? CLASSE GOVERNANTE COM OUTROS INTERESSES?

A Violação  da Mãe Terra – Portugal importa Lixo altamente poluente da Itália

Na Ásia já há países a exigir o retorno de lixo chinês para a terra onde é produzido. Em Portugal, um país europeu abre as portas aos comerciantes de lixo que enriquecem com a poluição da terra, procurando lugares onde o povo ainda dorme e os governos vivem mais virados para tais boys do que para o interesse do país! O cum quibus das declarações ministeriais revelam a total irresponsabilidade do governo em relação à defesa do ambiente!


Por onde andam os ecologistas?

As empresas em questão serão a Valor-Rib, a Rima e entre outras a CITRI do grupo Sapec em Setubal mas só fazem o que a política lhes proporciona.


Muito lixo na cabeça impede de ver a doença agravante a que a terra está a ser sujeita com tanto lixo a ser produzido e a ser levado para os países mais pobres e em que os políticos são ignorantes ou coniventes.

O governo deveria ocupar-se dos problemas reais e menos da ideologia na cabeça e no sistema!
As notícias passam e ninguém nota:hhttps://www.rtp.pt/noticias/pais/portugal-esta-a-receber-toneladas-de-lixo-italiano_n959122

Portugal importa Lixo altamente poluente da Itália, criando irresponsavelmente problemas para as gerações vindouras. Abusa-se da mãe terra, como se ela fosse apenas objecto para satisfazer devaneios.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do tempo

VOTAÇÕES PARA AS EUROPEIAS EM PORTUGAL

A Abstenção de 68,6% não prova Consciência europeia

António Justo

O PS ganhou as eleições europeias com 33,38% dos votos (9 eurodeputados), o PSD 21,94% (seis deputados), a CDU (PCP) 6,88%, (dois deputados), o BE 9,82% (2 deputados), CDS: 6,19% (1 deputado), o PAN 5,08% (1 deputado), Brancos e nulos 2,1%, a Aliança 1,86% e outros 7,8% (1). Portugal tem 21 eurodeputados (a).

Houve 6,54% (brancos e nulos) que deste modo demonstram indignação, protesto ou desconfiança destes eleitores na classe política. Estes como os outros votantes revelam consciência de cidadania.

A abstenção de 68, 6% constitui um problema para a democracia, mas os partidos vivem com ela segundo a fórmula: o que conta é quem é eleito (b).

Com tal abstenção os prognósticos tornam-se difíceis em relação às votações futuras e deveria constituir um quebra-cabeças para a democracia partidocrática!

Talvez quando todos os partidos colocarem nos seus programas de eleitorado o combate à corrupção e se empenharem na defesa das causas ambientais e dos portugueses em geral certamente o eleitor terá mais interesse em votar. Culpar os absentistas por não votarem não é recomendável tal como o culpar o adversário, porque isso ainda é fruto que alimenta a viver à sombra da bananeira cómoda do não pensar. A fadiga eleitoral e falta de educação política das massas revelam-se como erros do sistema, tornando-se descabida a crítica generalizada contra o povo abstencionista.

Se é verdade que a abstenção não elege, pelo menos, deveria fazer pensar: não será que corremos o perigo de sob o nome de democracia abusarmos da partidocracia a ponto de não termos legitimidade para agir em nome do povo?!

No jogo em campo da democracia, abstenção é, para alguns, uma rasteira e uma tentativa de colocar os representantes dela em fora de jogo! Quem está descontente e a quem os programas dos partidos não agradam, deveria votar em branco ou voto nulo. Assim demonstraria o descontentamento e consciência de cidadania!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

 

  • (a) https://observador.pt/especiais/eleicoes-europeias-os-resultados-pais-a-pais/
  • (b) Como Abílio Lousada bem resume em relação a Portugal, “a matemática não engana, porque, de facto: Eleitores Recenseados: 10.600.000
    Eleitores Votantes: 3.328.400
    ° ABSTENÇÃO – 68,6% [7.271.600]
    2. ° PS – 10,5% [1.111.650]
    3.° PSD – 6,9% [728.900]
    4.° BE – 3,1% [326.100]
    5.° BRANCOS/NULOS – 2,1% [230.000]
    6.° CDU – 2,1% [229.650]
    7.° CDS – 1,9% [206.350]
    8.° PAN – 1,6% [169.750]
    9.° Restantes Partidos (11) – 3,1% [326.000]”

 

A EUROPA VOTOU E ACORDOU MAIS VERDE E VARIADA

No Carrossel das Nações e das Culturas a Europa revela já tonturas

António Justo

As eleições europeias revelaram que está em curso a fragmentação e polarização das paisagens políticas europeias e a necessidade de implementação de políticas do ambiente. Com as eleições, os Verdes e os partidos pequenos começam a ter maior representatividade nos parlamentos, apesar do sistema favorecer os partidos grandes.

Em parte, a Alemanha está para os países europeus como a América para a Europa. Na Alemanha já se verifica o tempo de viragem dos partidos estabelecidos: a CDU também perdeu eleitorado embora continue à frente (28,9%), os Verdes (20,5%) conseguiram atrair a esquerda liberal do SPD, que viu reduzidos os seus eleitores de 27,31 para 15,8%.  A História não para, ela é de quem a acompanha e a muda. De momento tudo procura e ninguém encontra! Na Alemanha, a juventude marcou presença nas urnas e a afluência geral do eleitorado foi de 61,5%.

Um outro fenómeno a manifestar-se é o facto de artistas conhecidos começarem a candidatar-se como pessoas individuais e conseguirem assento no parlamento. Ver em nota os resultados dos partidos na Alemanha (1) e noutros países (2). Verdes e pequenos partidos registam as maiores subidas (3).

Constata-se que, na consciência popular, avança o proteccionismo de Trump, não só na praça pública, mas também através de um populismo domesticado dentro dos próprios partidos, o que denota uma certa adaptação aos novos ventos. De facto, mesmo os chamados populistas AfD lutam por domar o seu populismo (expressão emocional popular) para que, com o tempo, possam afirmar-se como populismo civilizado à imagem do que acontece nos partidos já estabelecidos no sistema. Com o desmoronar dos grandes partidos populares, como a CDU e o SPD, os populismos de esquerda e de direita ganhará mais expressão.

De notar que embora esteja a dar-se um tornado a nível dos chamdos partidos populares, permanece um equilíbrio nacional da cidadania de esquerda e de direita, na forma de estar política dos diferentes países, apesar de aqueles se encontram em navio a afundar-se; só na península ibérica, onde o discurso ideológico tem mais peso nas actividades governamentais, é que não. Na Alemanha, o partido os Verdes encontra-se a caminho de se tornar num partido popular e prestes a substituir o SPD nas rédeas do poder; outros partidos minúsculos também marcam presença.

O facto da fragmentação e polarização das paisagens políticas europeias obrigará os partidos a mudar a estratégia de conversações   em formações de governo mais complexas e, por outro lado, a um acentuar de identidades partidárias com a consequência de, em vez de dialogarem, rivalizarem; também isto significará uma mudança de atitude   na relação entre os tradicionais partidos formadores de governos na Europa central e norte e terá consequências a nível da EU na procura de consensos menos fáceis.

A acompanhar a greve do clima na paisagem juntou-se a greve das escolas a apoiá-lo, tentando assim irromper contra um cepticismo governamental ainda distanciado. O motor de arranque para a mudança sistémica da classe governante nos países europeus é movido pelas mudanças climáticas e pela imigração descontrolada e um certo desrespeito pela própria cultura.

A juventude, desta vez mais participativa, quer que o futuro lhe pertença, tendo emprestado, para isso, a sua voz aos partidos e movimentos verdes e não aos negociantes do hoje! A Europa encontra-se agora mais dividida entre os que puxam a corda em direcção ao futuro e os que a puxam em direcção ao passado. Um encontro de pausa para voltar ao meio seria o mais adequado.

A situação da EU não é boa e sofre de vários desalinhamentos e  exigorá paciência para a construção de coligações multipartidárias com novas plataformas de conversações na gestão da coisa pública; na consequência  teremos regimes políticos mais instáveis como tem acontecido com a Itália.  Isso tornar-se-á já visível nas discussões para a substituição de Jean-Claude Juncker na escolha do novo presidente da Comissão.

Numa sociedade cada vez mais diferenciada também se torna compreensível um certo desconsolo nos monopólios dos Media e o descontentamento na classe política estabelecida.  A velhice não perdoa e a juventude, se não é burra, aproveita-se.

Conclusão: uma loucura comum do globalismo económico avassalador, sem respeito pela natureza, movimenta o eleitorado de modo a substituir o partido social democrata pelo dos Verdes e a loucura de uma política de portas abertas irresponsável fomenta o chamado populismo de direita que instabiliza os centristas, como mostra o exemplo do AfD alemão.

Para cá dos Pireneus os eleitores hesitam ainda na vontade de mudar o sistema de partidos clássicos, mas os partidos defensores de programas verdes e ecológicos já se encontrem a iniciar os primeiros passos para pisar a arena pública; são ainda demasiado fracos mas o exemplo da Europa central encoraja-os. A variedade de partidos eleitos em Portugal já aponta para uma sociedade pronta a deixar de sonhar com maiorias absolutas.

© António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

  • (1) Resultados: CDU 28,9% (29 deputados), Verdes 20,5% (21), SPD 15,8% (16), AfD 11% (11), Die Linke 5,5% (5), FDP 5,4% (5), Die partei: 2,4% (2), Freie Wähler: 2,2% (2), Tierschutpartei:1,4% (1),ÖDP 1% (1), Piraten 0,7% (1), Familie 0,7% (1), Volt 0,7% (1). https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&q=wahlen+ergebnisse
  • (2) Na França Le Pen consegue com 24,2% do eleitorado, mais votantes do que La République en Marche, do presidente da República (22,4%). Na Polónia os conservadores conseguem 42,2% enquanto a oposição conseguiu 39,1%. Na Grécia os conservadores ganham com 33,5% enquanto o chefe do governo Tsipras só consegue 25%. Na Úngria o partido de Viktor Orbán consegue 56%. Na Dinamarca vencem os sociais democratas com 22,2% e os populistas de direita descem para 11,8%.
  • (3) https://observador.pt/especiais/eleicoes-europeias-os-resultados-pais-a-pais/

DOS PERDULÁRIOS DO ESTADO E DA HONRA DO CIDADÃO

Joe Berardo é uma Amostra de Homens de Sucesso do Regime de Abril

António Justo

Agora fala-se de Joe Berardo mas este é apenas a  “ponta do Iceberg” a passar nas imagens das nossas retinas e nos écrans das TVs; o filme não promete acabar porque não  se pedem contas a quem governa, a justiça é cega e ninguém liga.

A corrupção anual em Portugal é superior ao orçamento anual do Estado. Portugal ocupa no Ranking dos países corruptos o lugar 30 e é visto como mais corrupto do que a média europeia, “tendo administrações públicas mais corruptas do que, por exemplo, o Chile ou os Emirados Árabes Unidos” (1).

Independentemente das facções políticas que nos têm governado, continuamos a ser um país desgovernado; se fossemos um país bem governado poderíamos ser um país como a Suiça. Tem-se a impressão de se viver num Estado gerido pelos filhos da concubina, tornando-se natural que os filhos da nação não sejam tratados com dignidade.

Berardo é um protótipo de muitos políticos  e empresas que vivem disfarçadamente encostados ao Estado e muitas vezes, à custa do contribuinte indefeso (A Fundação de Berardo terá recebido 48 milhões de euros de benefícios fiscais em três anos); ele, tal como muitos outros “patriotas amigos da onça”, foi gerado pelo sistema na sequência do espírito carbonário dos fundadores da República expresso num republicanismo de ética mafiosa (partido republicano e carbonária maçónica unidos) e que os habilidosos da revolução de Abril implementaram. Temos assim uma República refém de algumas corporativas onde os homens do avental (como corporação) desempenham certamente papel determinante na formação dos condutores do Estado e nos emperramentos da justiça.

O cum quibus da questão da Justiça portuguesa e da credibilidade do sistema começam nas duas medidas usadas em relação aos administradores do Estado e aos administradores de empresas privadas; e isto ontem como hoje, num Estado que parece teimar em menosprezar o trabalho ligado à produção económica (2). Há dias, diziam-me um industrial amigo: “Se a minha Empresa, por qualquer problema, deixar de ter produção e não tiver dinheiro para pagar ao sector público eu, ou pago do meu bolso ou penhoram-me tudo, inclusivamente a minha reforma, e eu posso ter de ir dormir para debaixo da ponte e mesmo ir para trás das grandes para onde não vai quem nos rouba milhões.” O problema situa-se precisamente nos chico-espertos da “república” presentes em todos os ofícios e bancadas de uma sociedade com uma mentalidade econizada na ideia de que importante é o “trabalho” engravatado e no espírito do safe-se quem puder! O economista americano, Milton Friedman advertia que o „Dinheiro público é o dinheiro que o governo tira dos que não podem escapar e dá aos que escapam sempre”.

 “Em vez da “ínclita geração” que nos tornou grandes, com o tempo, passamos a ter jacobinos que fazem as coisas de tal modo embrulhadas de maneira que o povo ande sempre atrás do acontecimento!

Os nossos dançarinos do poder mais que inteligentes parecem ser espertos que, das janelas das suas “lojas”, conseguem pôr todo o povo no jogo da caça aos gambuzinos! Cinicamente contam com um povo de bonzinhos que persiste em ser pato, não se dando conta da má gestão das administrações das instituições estatais, financeiras e politicas além da corrupção sistémica: “Os custos para Portugal da corrupção cifram-se em 18,2 mil milhões de euros por ano, mais do que o orçamento anual”  (3).

A bolsa turbo-capitalista passou a mandar em todos nós, com a cobertura de muitos dos nossos bons socialistas de cara lavada com as águas do povo e pelos outros que com eles se tornaram cúmplices. Na classe política não temos bons nem maus, temos é demasiado medíocres, oportunistas ou desonestos que desqualificam qualquer governo e qualquer povo com consciência própria porque se a tivesse envergonhar-se-ia de tal.

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, reclamou publicamente que o importante seria que Berardo pagasse a dívida ao Estado, o que, à primeira vista, pareceria uma medida lógica porque o contribuinte seria poupado, mas na realidade a ferida da corrupção não seria curada porque, ficando-se só por esta medida, esconder-se-ia o labirinto e enleio da corrupção da classe político-ideológica-económica.

Também a desconversa sobre as medalhas apenas mostra a maneira como o Estado trata personalidades corruptas e como tudo é embrulhado sem na realidade se tocar na ferida: o sistema isenta os infractores das dívidas e dos prejuízos causados porque nele se encontram muitos cúmplices. Na realidade, muitas decisões dos tribunais tornam-se injustas ao obrigar o povo a ter de ser ele a pagar a factura mas mais injustas são ao cobrirem a falta de ética e de dignidade de muitos corruptos!

O sistema político, em parte, abusa da oportunidade para infiltrar grande parte dos seus membros, familiares ou adeptos nos diferentes órgãos do Estado e assim se poderem tornar nos donos disto tudo (O povinho é entretido a falar de casos apelativos ao sentimento, tolerância, de futebol, de fachos, burgueses e oligarcas de fora e de outros tempos!). A tal liberdade e igualdade destes senhores tornou-se no fenómeno mais visível do regime de Abril. A revolução revelou-se como feita só para alguns, é preciso inventar uma revolução que seja para todos! O exemplo do crucificado, que deu a vida pelo povo, provoca arrepios em muito boa gente!

 

© António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

PREÇO DA ELECTICIDADE NA EUROPA – PORTUGAL É DOS MAIS CAROS

 

A Eurostat (1)revelou as estatísticas dos preços de electricidade (KWh) nas habitações particulares relativamente a 2017.

Dos 38 países analizados, Portugal pertence ao grupo dos mais caros. Mais caros que Portugal só temos Irlanda, Bélgica, Alemanha e Dinamarca onde se paga entre 0,24 e 0,3 euros por KWh.

Na Ucrânia o cidadão paga 0,04 € por KWh , na Holanda, Finlândia, luxemburgo e Gécia 0,116 por KWh, na França 0,18, no Reino Unido 0,19,  Portugal e Espanha 0,22 por KWh.

A média europeia paga 21,1 cêntimos por kWh. Em geral, mais de metade do preço da electricidade é constituído por impostos e taxas.

Pelos vistos, os portugueses são muito bem comportados perante as fornecedoras e perante os políticos!

Se se tem em conta a diferença entre o preço do KWh para privado e o da indústria,  esta paga em geral, cerca de metsde do que paga o cidadão para a sua habitação.

Um outro aspecto a ser considerado é a diferença dos preços que há entre os diversos países no preço do KWh para o comércio e indústria. Aqui observa-se, por parte de alguns países uma subvenção indirecta a empresas o que leva a uma concorrência desleal entre eles.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do tempo

(1) Fonte: https://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php?title=Electricity_price_statistics/de