DE UMA IGREJA FUNCIONAL PARA UMA IGREJA DE VOLUNTARIADO

Eleições para a Direcção paroquial

Tal como comunica o HNA (5.11.2019), no próximo fim de semana, há eleições para os conselhos paroquiais na diocese de Fulda.

O conselho paroquial dirige a paróquia juntamente com o pároco e os agentes de pastoral da comunidade. O Conselho assessora questões pastorais e actividades da comunidade, coordena o trabalho voluntário e molda a vida da comunidade. Junto ao  conselho paroquial há também o conselho de administração que se ocupa das questões financeiras.

Eleitores são todos os católicos com residência na paróquia. Também crianças e jovens têm direito a voto. Para menores de 16 anos, os pais exercem, em seu lugar, o seu direito de voto. A comunidade pode eleger entre 6 e 15 membros candidatos, conforme a dimensão da paróquia.

Seria de desejar que nas listas de cada comunidade paroquial  haja 50%  mais candidatos do que os lugares a serem eleitos no boletim de voto, doutro modo os eleitores não têm propriamente escolha.

A participação nas últimas eleições de uma paróquia de Kassel foi de 12%; geralmente votam os que vêm à missa (hora de eleições).

Há, no entanto, a possibilidade de votação por correspondência.

Os conselhos paroquiais, nesta “legislatura „têm muitos problemas a resolver porque nos próximos anos as paróquias do bispado de Fulda devem ser reduzidas a um quarto das atuais existentes e também nisto tem a comunidade uma importante palavra a dizer2, como diz o pároco Harald Fisher que acrescenta: „Estamos a caminho da Igreja Funcional para a Igreja do Voluntariado”, pelo que o conselho paroquial terá de assumir ainda mais responsabilidade na respectiva comunidade.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do tempo

Social:
Pin Share

ADMINISTRADORES INFIÉIS QUEREM MAIS PRIVILÉGIOS PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA!

Políticos fracos, em vez de se preocuparem em fazer boa política para o país, procuram fazer uma política de clientelas e, como foi no caso da Geringonça, assegurar a sua possível freguesia concedendo privilégios aos funcionários do Estado. Afinal, essa política parece continuar, quando o “Público” diz que a ministra da Administração Pública quer facilitar a pré-reforma a funcionários do Estado que não faltem ao trabalho, para deste modo impedir a falta de moral laborar em muitos empregados públicos.

Não têm os funcionários estatais um dever especial para com o Estado?

Incentivos para o cumprimento do dever conseguidos à custa do dinheiro do contribuinte, não deveriam ser medida aceite, também porque prejudica a imagem de um Governo que tende a beneficiar os trabalhadores do Estado em relação aos outros numa política partidária de colagem ao Estado. Já não chegam as 35 horas de trabalho para o serviço público, quando no privado são quarenta?

A medida da redução das 40 para 35 horas foi partidária, antinacional e de consequências muito graves para um Estado deficitário com um PNB inferior ao PIB. Na pobre Alemanha os funcionários trabalham 40 horas semanais.

Portugal anestesiado

A política do dinheiro barato que favorece devedores e castiga poupadores, foi iniciada por Draghi (BCE) para salvar o Euro e com ele os países de fraca produtividade; impediu assim, por um lado, grandes crises político-sociais nos países do Sul , mas, por outro lado, em países como Portugal, a classe governante em vez de se aproveitar da situação do dinheiro barato e da compra de dívidas soberanas, para se dedicar responsavelmente ao desenvolvimento  económico do país e desembargar o futuro das gerações jovens, o governo, iludiu o povo com a abundância do dinheiro fortalecido e  vindo de fora, apresentando-se como grande benemérito, quando essa abundância é meramente artificial e sem mérito; por outro lado o governo como não investe na produção vinga-se no operariado mantendo os ordenados muito baixos para poder compensar a não produtividade com o trabalho barato, o único factor que favorece a competitividade portuguesa a nível de comercialização de bens a nível internacional (O outro factor compensador  é o turismo e as remessas dos emigrantes). Esta fraude a um operariado português desatento não foi notada por este. A irresponsabilidade governamental da Geringonça a ser continuada no novo governo de António Costa, será desmascarada em pouco tempo, porque na segunda legislatura o povo desatento começará a sentir as falhas da primeira legislatura. A desinformação do público português, na sua generalidade, criou uma atmosfera de país anestesiado.

A iniciativa de premiar quem cumpre até dá a impressão que trabalho é coisa estranha para os nossos governantes e os leva a serem maus administradores!

A respeito destas coisas, o evangelista Lucas (16:1/8) refere a parábola de Jesus em relação ao administrador infiel: “Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por estar dissipando os seus bens. Mandou chamá-lo e disse-lhe: que é isso que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, pois já não podes ser administrador! O administrador então refletiu: que farei, uma vez que, meu senhor, me retire a administração? Cavar? Não posso. Mendigar? Tenho vergonha… Já sei o que vou fazer para que, uma vez afastado da administração, tenha quem me receba na própria casa.

Convocou então os devedores do seu senhor um a um, e disse ao primeiro: quanto deves ao meu senhor? Cem barris de óleo, respondeu ele. Disse então: toma tua conta, senta-te e escreve depressa cinquenta. Depois, disse a outro: E tu, quanto deves? – Cem medidas de trigo, respondeu. Ele disse: toma tua conta e escreve oitenta.

E o senhor louvou o administrador desonesto por ter agido com prudência. Pois os filhos deste século são mais prudentes com sua geração do que os filhos da luz”.

António da Cunha Duarte Justo

In Pegadas do Tempo

Social:
Pin Share

A ALEMANHA PREPARA-SE PARA A ERA PÓS-ÂNGELA MERKEL

A Mudança político-social na Alemanha expressa a Mudança em Via na Europa

António Justo

As eleições do Estado federado Turíngia, na continuação de outras eleições federais, colocaram em xeque-mate não só os partidos da Coligação como também as tradicionais forças políticas do arco do poder na Alemanha. Pelo que se observa, a liberdade favorece as margens partidárias e abandona o centro.

O partido Esquerda ganhou as eleições na Turíngia (antiga Alemanha Oriental) com 31,0 % (29 assentos num parlamento de 90 deputados), AfD 23,4 % (22 assentos, duplicando o seu resultado de 2014); a CDU 21,8% (21 assentos, menos 11,7 %), SPD 8,2%, (oito assentos), os Verdes 5,2 % (cinco assentos); o FDP 5,0% ( cinco assentos, cinco votos fizeram com que o partido entrasse no Parlamento; restantes partidos 5,4% . A maioria absoluta é de 46 lugares.

Do meio da sociedade alemã surge um clamor que faz lembrar um toque a finados anunciador da era pós-Merkel e do poder político europeu classicamente disputado e repartido entre os partidos populares do centro da esquerda e da direita.

Chanceler Merkel conseguiu com a coligação CDU/CSU-SPD fortalecer a força económica da Alemanha. Mas, com a sua teimosia em matéria de política de refugiados (política das portas abertas à imigração muçulmana e do norte de África) e de política energética (pôr termo agendado às centrais nucleares e às centrais do carvão) embora conseguisse também o aplauso dos Verdes e da esquerda em geral, desestabilizou a sociedade centrista alemã e em parte a política europeia (A política dos refugiados desestabiliza toda a Europa e as relações entre os membros da EU (O Brexit também tem explicações neste contexto; a difamação da Polónia que conseguiu integrar um milhão de ucranianos também).

A Grande Coligação do Governo de Merkel criou prosperidade, mas em vez de reagir às exigências da maioria do povo que representava limitou-se a criticar o surgir de um AfD que provem do seu eleitorado. Não chega a demonização da AfD, a força de uns é a fraqueza dos outros. Importante seria a discussão política de quem tem as melhores ideias.

Enquanto os partidos do poder se concentram em torno do monotema clima, e a AfD se ocupa do monotema imigração muçulmana, a sociedade reagirá. As medidas para redução do CO2 fazem-se sentir na carteira de cada um e a criminalidade sobretudo de estrangeiros parece tornar-se normal na sociedade. Não admira que o AfD surja como novo “partido do povo”, em oposição ao estabelecimento.

A nova força, a estabelecer-se como novo centro parece querer dar resposta a exigências de revisão de políticas, as mesmas que estão na base da eleição de Trump nos EUA. O AfD movimentou muito dos cidadãos não eleitores pela razão do buraco existente criado pela Grande coligação governamental (Groko) que segue uma política tida por muitos como demasiado verde e vermelha.

O AfD perfilou-se como verdadeira oposição, apontando também para problemas por resolver e que são o controlo das fronteiras, a imigração em massa, Estado de direito condescendente com Erdogan, segurança interna, islão, autonomia monetária, identidade nacional e a Expropriação da classe média pela taxa de juro zero na zona Euro.

Embora na Turíngia tenham ganhado os polos (Esquerda e AfD), resumindo, pode-se dizer que venceu a democracia; o cidadão encontra-se mais politizado começando a haver mais mistura de cores. O povo sente-se submerso, não representado, e quer ver a coisa pública nas próprias mãos; é o começo de autoconfiança. Não é fácil governar uma sociedade do bem-estar e igualitária, dado também ela concorrer para a divisão de pessoas e grupos.

A esquerda de Bado Ramelow poderia constituir governo com a CDU, mas esta tem medo que lhe aconteça como tem acontecido ao SPD em plena derrocada. Por isso se levantam na CDU as vozes conservadoras que não aceitam fazer coligação com uma esquerda socialista que não se distancie do ideário dos pais do socialismo. No futuro, também estes antagonismos políticos deixarão de constituir impedimento de coligações governamentais; é apenas uma questão de tempo.

A discussão em vez de se dar em tabus e ataques dogmáticos gerais deveria passar a uma discussão de quem tem as melhores ideias, com debates racionais e com espaço para compromissos. O povo bem diz : “o compromisso é a cola da democracia”. Se os partidos do arco do poder pretenderem manter-se nele terão de investir mais no cidadão, pois a sociedade civil será a chave para o futuro. Censurar como o fazem aqueles que lucram com o poder estabelecido, e como aqueles que se expressam como se fossem os senhores da democracia e da verdade não ajuda ao desenvolvimento. Estamos em tempos de mudança; aqueles que ainda não notaram isso já perderam.

Se a CDU e o SPD quiserem voltar aos gloriosos tempos do passado terão de ouvir o povo que nesta época anseia por fronteiras não tão escancaradas.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

Social:
Pin Share

FORNECIMENTO DE ARMAS PARA A TURQUIA PELA ALEMANHA

A Voz da Verdade nas Entrelinhas

Nos primeiros oito meses deste ano, a Alemanha forneceu armas à Turquia no valor de 250,4 milhoes de euros; até ao dia 9 de Outubro deste ano foram aprovadas mais do dobro das entregas de armas à Turquia do que em todo o ano de 2018.

A Turquia tem 354 tanques de batalha (Leopard 2), que foram entregues ao parceiro da NATO Turquia como parte de um negócio de armamento desde 2005. O principal tanque de batalha tem sido fabricado pela KMW desde 1979 (HNA 24.10.2019).

A linguagem da economia é mais inequívoca! A cumplicidade tem um nome: negócio irresponsável. Deve ser evitada a má consciência do ppvo; por isso, na generalidade da imprensa dos países, estas informações são dadas à margem.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

Social:
Pin Share

CATALUNHA À VISTA

CATALUNHA À VISTA

Venham ver, amigos venham

A democracia a arder

Hong Kong em Barcelona

Numa Espanha por fazer!

 

Venham ver, amigos venham

Lá para os lados de Castela

Ventos vindos da Venezuela

A enfunar a Constituição!

 

Venham ver, amigos venham

A democracia enfardada

Em terras de Espanha

A enxotar a população!

 

A democracia encapotada

De resistência em África

É tirania indesejada

Se recriada na Europa

 

António da Cunha Duarte Justo

© In Pegadas do Tempo

e em  http://poesiajusto.blogspot.com/

Social:
Pin Share