CULTURA DECADENTE ABSORTA EM TRIVIALIDADES

Europa a livrar-se de si mesma servindo-se da Arte ideológica como Serva da Política

Premissa crítica: A História ensina que as civilizações só subsistem enquanto o poder político-económico e o poder ideológico-religioso se mantiverem ligados e interagirem de maneira complementar em interacção orgânica e de maneira inclusiva. A União Europeia segue no sentido contrário contrapondo o poder político-económico ao poder cultural, lutando mesmo activamente contra a própria tradição. Deste modo abre as portas ao autoritarismo de elites anónimas deixando a sociedade europeia à deriva e institucionalmente aberta para uma perspectiva de futuro sustentável do tipo islâmico ou do socialismo chinês. É natural e saudável  que o povo brinque, mas essa não deveria ser a missão de quem dirige!

Na União Europeia tudo indica culturalmente que nos encontramos em pleno centro da cultura do declínio apesar do progresso técnico criado; uma leve observação do comportamento de governantes e das populações dá a impressão de todos terem entrado num estádio de puberdade já senil. As elites globais tornaram-se tão distantes do povo que não sentem qualquer obrigação para com o povo (Deus) nem para com as normas sociais ou legais (vivem noutras esferas!). Aboliram a contrapartida (o outro, Deus) reclamando o Olimpo para si e, deste modo, não sentirem responsabilidade humana, nem a consequente culpa ou remorso. Agem de tal modo que o povo passa a ser obrigado a perder a autoestima.

Nas praças públicas da sociedade encena-se cada vez mais uma arte barata que vive do voyeurismo e do exibicionismo que provocam sensibilidades e sentimentos religiosos, com atuações em torno da história bíblica, como são, entre outras, as da actriz Sara Cancerio que como freira nua, procura saciar os gostos da imaginação sexual do seu público e ao mesmo tempo provocar ondas de repulsa nos não consumidores. Não se trata já de corrigir e aperfeiçoar o passado ou costumes actuais, mas, simplesmente, de os destruir sem a responsabilidade de apresentar alternativas. Basta um oportunismo camuflado de ideias peregrinas como as do igualitarismo aliado ao liberalismo do sistema. Para se estar em dia tem de se recorrer aos ingredientes sexo e anti religião.

O Dr. Gabor Maté no seu livro “O Mito do Normal”, Kösel Verlag constata: “Quando uma célula do corpo começa a multiplicar-se à custa de todo o organismo, destruindo os tecidos circundantes e espalhando-se para outros órgãos, roubando-lhe a sua energia, incapacitando as suas defesas e, em última análise, ameaçando a sua vida, chamamos a este crescimento descontrolado cancro. Uma tal mudança maligna pode ser observada no nosso mundo atual. É controlada por um sistema que parece estar direcionado contra a vida. “

Nas velhas monarquias o poder político secular servia-se da arte religiosa para transmitir os valores que davam sustentabilidade ao poder de caracter linear ascendente e nas democracias modernas ocidentais o poder secular serve-se da arte para assegurar o seu poder momentâneo de caracter circular. Na cultura ocidental a arte assume, a passos largos, o papel da religião; nela os governantes, adoptam, nos seus ritos, o papel de acólitos, como se pode ver também no palco olímpico de Paris. E chamam a isto progresso (avanço para onde?)! Neste sentido, surgem, por todo o lado, os novos xamanes que se apropriam das palavras e ritos do passado para os devassar e assim justificar gratuitamente  atitudes dos sublevados  na sua missão de desconstrução da cultura ocidental, recorrendo para isso a preconceitos sobre o masculino e o feminino, numa sociedade contraditória a afirmar-se com uma matriz cada vez mais masculinizada e agressiva.

O ponto fraco da democracia reside no facto de políticos e eleitos se sentirem também chamados a seguir qualquer capricho individualista e  narcisista que lhes apareça, porque em questão de valores perdeu-se o sentido histórico só valendo para eles um momento presente irresponsável que os leva a assumir o papel de tabula rasa onde se impregna o poder mediante a “crença”  de que poder democrático significa seguir os caprichos e as necessidades primárias dos seus súbditos para deste modo poderem  ser reeleitos e manter o poder e, sem exigências, também eles se dedicarem a fazer o que lhes dá na gana. O cinismo da questão está no facto de se querer fazer crer que quem mais ordena é o povo (quando este está condicionado a ter de seguir os actuais ou futuros líderes sociais).

As civilizações subsistem enquanto o poder político-económico e o poder ideológico-religioso se mantiverem ligados e interagirem de maneira complementar em interacção orgânica: o primeiro dá consistência à polis (ao poder geográfico) cuidando do estômago (necessidades corporais e mentais imediatas) e o segundo ao da alma cultural (necessidade de sentido e missão).

O imperador Constantino (Édito de Milão de 313) teve uma ideia genial para conseguir manter o poder político e a unidade do Império Romano, recorrendo à religião cristã, conseguindo assim prolongá-lo até à queda do império romano (476), minado pelas forças bárbaras. A ideia de Constantino encontrou depois  a sua  realização  na fundação do  novo Império do Ocidente com a coroação de Carlos Magno para imperador no ano 800 quando  reuniu  em si o poder político e o poder religioso, condição necessária para a criação da civilização  europeia (a separação institucional do poder religioso e do poder secular, salvaguarda a responsabilidade de o governante não poder agir a seu bel-prazer por haver um outro poder sublime (defesa do Bem, do Belo e do Verdadeiro) a que devia prestar contas; o grande perigo que hoje se observa na civilização ocidental é o facto de o poder político-económico não ter de prestar contas a ninguém (até a nomeação de órgãos independentes como a Justiça, é do encargo dos partidos políticos); o argumento de os governantes terem de prestar contas ao povo é precário  dado a opinião do povo estar, por seu lado dependente das elites que controlam a informação.

Carlos Magno seguia a estratégia de dominar os povos vizinhos com a espada e pacificá-los assimilando-os na cultura cristã implementada através dos conventos (Deste modo possibilitou a formação de uma Europa baseada numa ideia imperial cultural prolongada através das nações!). No seguimento da mesma estratégia e a pretexto da União Europeia dá-se continuação à velha luta entre saxões e eslavos, hoje reactivada entre o Ocidente e a Rússia.

A prática hodierna do poder político-económico renunciar à religião (que lhe possibilitou a sua estruturação) e substituir o seu papel por alguns valores utilitários de caracter apenas racional, baseados numa agenda de valores securitizados na Constituição, conduz necessariamente a um poder económico-político ditatorial ou a contínuos conflitos sociais insuportáveis e destrutivos que conduzem à tribalização da sociedade. Não chegam medidas utilitárias e pragmáticas para se fomentar uma União Europeia digna da Europa, para isso precisa-se de um conceito visionário consistente e de caracter sustentável; seria necessário voltar-se ao ideário dos pioneiros da União Europeia.  A ausência de uma consciência individual (destruição consequente da personalidade (alienada em valores legais) e redução da consciência individual a opinião subjectiva é favorável a um sistema político autocrático) conduz ao caos individual e social e obriga as autoridades a criarem um sistema de manipulação da linguagem pública e de controlo da informação de maneira a termos um sistema autoritário à medida do modelo chinês.

A pretexto da globalização liberal a Europa, que tinha atingido a estabilidade cultural, vê-se confrontada pelas forças político-económicas (autocratas de Bruxelas) que para apressarem a implementação do liberalismo económico global combatem equivocamente as tradições europeias e o cristianismo. (Não me refiro aqui ao cristianismo como fé, mas na concepção de cristandade).

A UE segue sem escrúpulos os interesses do poder e não se importa com o que acontece a outras pessoas e nações através das suas ações e sente-se autarquicamente confirmada pela própria ideologia nas suas ações legais; Boicotam o comércio com os hemisférios fora do seu poder, quando o comércio livre  é considerado o bem-estar de todos os povos, enquanto os boicotes apenas protegem os interesses de uma empresa mundial sociopata que age sem qualquer consciência.

A crise em que se encontram as sociedades actuais e em especial a sociedade europeia  é de alto risco porque expressa uma época de confrontação mental baseada na luta contra a tradição e valores da cultura ocidental. Não a querem ver sujeita ao processo de clivagem ou teste do tempo como se dava no passado.  Querem implantar uma nova cultura criada artificialmente com novas éticas que facilitem o globalismo liberal materialista servindo-se para isso também das novas técnicas biológicas e digitais. Em vez de corrigirem o eurocentrismo e a hegemonia de tradições filosóficas intelectuais, no sentido de uma transculturalidade respeitadora das tradições culturais específicas querem fazer da cultura ocidental tabula rasa e para isso em todas as vertentes artísticas e ideológicas se observa a desmontagem do cristianismo.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

A Empresa C. Spire de tecnologia americana retirou a sua propaganda dos Jogos olímpicos fundamentando-a deste modo: Ficámos chocados com a zombaria da Última Ceia durante as cerimónias de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. A C Spire retirará a nossa publicidade dos Jogos Olímpicos.
C Spire
@CSpire
We were shocked by the mockery of the Last Supper during the opening ceremonies of the Paris Olympics. C Spire will be pulling our advertising from the Olympics. https://x.com/CSpire/status/1817212284512481485

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NA ESTRATOSFERA DA MENTE

A NOVA IDADE

 

Num palco moderno, tudo respira,

A dança dos media que o mundo admira.

Cada mente, uma pedra voadora,

Vê sem olhar, sempre de fora.

 

Nos picos da  cultura agora agonizante

Lobos uivam, alcateia assaltante!

Texto? Quem liga? Só interessa o sabor,

Dos factos transformados em vapor.

 

Num curto-circuito, sem origem nem fim,

A verdade é um jogo, um pobre arlequim. (postfactual!)

Círculos giram, interesses se enlaçam,

E o ego pequeno, a servir quem manda.

 

Humanos reduzidos à mera situação

Submissos à mente, longe do coração.

A cultura tornada fruto de uma mente vazia,

Onde o ego se dobra, em hipocrisia.

 

Neste reino de crime e injustiça velada,

Rebeldia é a luz, a esperança encenada.

Ironia dançante, oculta insubmissão

Na sombra da ordem, espera a salvação

António CD Justo

Pegadas do Tempo

http://poesiajusto.blogspot.com/

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PROGRAMA DE TRUMP

POR SER CLARO E AJUDAR A ENTENDER O QUE ESTÁ EM JOGO NOS EUA E SEM O RECURSO À DEMONIZAÇÃO DE PESSOAS
COLOCO AQUI
A ANÁLISE POLÍTICA DO ESPECIALISTA Doutor Miguel Mattos Chaves relativa às
“Eleições nos EUA – acerca de Donald J Trump
45º Presidente dos Estados Unidos da América
Candidato a ser o 47º Presidente dos EUA.
Há duas maneiras de analisar um País e um Presidente, ou um Candidato a futuro Presidente do mesmo:
a. A 1ª e a mais correcta, em termos técnicos, é analisar como se fosse um cidadão desse país, neste caso, como se fosse americano;
b. A 2ª é analisar como cidadão de outro país.
A minha técnica de análise, que sempre tenho seguido, leva-me à adopção do primeiro método. Isto é partir do ponto de partida de:
– “Se eu fosse Americano, (neste caso) como julgaria o candidato!”
Depois de ter assistido em directo (e sem os “filtros” das Tv’s portuguesas) à Convenção do Partido Republicano em Milwaukee – Wisconsin, através da Fox News (Partido Republicano) e da Cnn americana (Partido Democrata);
Depois de ter relido o Programa do Candidato quando foi candidato em 2015 a 45º Presidente dos EUA;
Depois de ler o Programa que se propõe executar se for eleito em Novembro deste ano como 47º Presidente dos EUA;
Tenho a dizer o seguinte:
NA POLÍTICA INTERNA – Em síntese
1º É a favor dos americanos primeiro, isto é, para ele, eles estão primeiro é para eles que quer governar e a quem quer defender; preocupa-se com as pessoas, não finge, preocupa-se mesmo;
2º Defende a Vida como Valor Supremo, em consequência:
a. Rejeita o Aborto, excepto se: 1. – houver perigo de vida para a Mãe, 2º. – se houver malformação grave do feto, devidamente e médicamente comprovado, e 3º. – se a gravidez resultar de violação violenta e criminosa da mãe;
b. Rejeita a Eutanásia;
3º É a favor da Família natural, nascida do casamento civil, ou religioso qualquer que seja a religião, entre homem e mulher, ou da união entre homem e mulher, mas rejeita a denominação de “casamento” a uma união civil entre homossexuais; nada o move contra os homossexuais. Cada pessoa em liberdade escolhe a sua tendência sexual;
4º Mas é contra a imposição e doutrinação forçada das crianças nas escolas, para as inclinar na crença da “Ideologia de Género”. A Educação pertence exclusivamente à Família. A Instrução cabe à escola. Não cabe à escola “doutrinar” as crianças. Cabe sim à escola ensinar e dar os instrumentos do saber, saber e saber fazer;
5º É contra a Imigração Ilegal, indocumentada, sem autorização, a qual provoca disrupções graves na sociedade; durante o seu 1º mandato diminuiu a imigração; continuou a obra dos seus antecessores de construir o muro entre o México e os EUA. Quando tomou posse em 2016 já havia cerca 1.000 kms construídos, construção essa que começou a partir de 1994. Construiu mais 365 kms. E quer continuar essa obra para impedir mais imigração clandestina.
6º Segundo as suas palavras “(…) se querem vir para os Estados Unidos venham, mas venham legalmente cumprindo as leis deste país (…)”.
7º Quer voltar a dar força e prestígio às forças de segurança do país, para que os americanos vivam em segurança e no respeito pela lei;
8º Quer prestigiar e defender uma vida condigna para os Veteranos que serviram nas Forças Armadas dos EUA; quer prestigiar todos quantos prestam serviço nas Forças Armadas;
9º Baixou os Impostos sobre o Trabalho (de 25% para 17% em média) e sobre as empresas; quer fazê-lo novamente, pois a liberdade das pessoas vem de poderem ter uma melhor vida e poderem escolher livremente onde gastam os proveitos do seu trabalho; e a liberdade de criação de empresas e consequente emprego advém de não terem um Estado a dificultar-lhes a vida e sobrecarrega-las com impostos.
10º Quer voltar a dar a independência energética aos EUA;
11º Quer as famílias americanas a poderem escolher livremente a escola onde põem os seus filhos;
12º Cumpriu enquanto Presidente todas as Promessas que fez na Campanha Eleitoral de 2015, excepto a da reconstrução de auto-estradas dos anos de 1950, de pontes, aeroportos e hospitais, por falta de mão-de-obra e de tempo de mandato e com isso criar mais riqueza e emprego para os americanos.
NA POLÌTICA INTERNACIONAL
(A). – NATO
1º Quer que os Governos dos Países Europeus cumpram a sua quota parte de contribuição financeira para o Orçamento da NATO; não quer os EUA a pagar tudo. Quer os Estados Europeus a pagarem a sua quota parte, ou seja, mais do que têm pago pela Defesa Colectiva do Ocidente.
2º Quer, e desde Eisenhower que todos os Presidentes o querem, que os Países Europeus tenham Forças Armadas e um Indústria de Defesa forte para se defenderem;
3º É contra o facto de os europeus estarem a viver à custa dos EUA em matéria de Defesa;
4º Quer libertar Parte dos milhares de milhões de dólares que gasta na defesa da Europa, para os aplicar na Economia Americana em proveito dos Americanos, e para fazer face à real ameaça – a China.
(B). – DEFESA e SEGURANÇA
1º Fez no seu anterior mandato o primeiro Acordo entre Israel e vários países Árabes da região, para manter a Paz; durante o seu mandato não houve conflitos armados na zona;
2º Manteve em respeito o líder da Coreia do Norte. Durante o seu mandato, depois das reuniões que teve com o mesmo, nunca mais houve um disparo de Misseis por parte da Coreia do Norte. Isto durou até à sua saída de Presidente;
3º Quer acabar com o conflito gerado pelo bárbaro ataque do Hamas a Israel;
4º Quer acabar com o patrocínio da guerra na Ucrânia, pondo a Rússia e a Ucrânia na mesa das negociações para negociarem os termos da Paz e acabar com o conflito.
Quer os Estados Europeus a assumirem as suas responsabilidades nesse processo.
5º No seu mandato como 45º Presidente (2016-2020) avisou os líderes dos vários países que os EUA não tolerariam conflitos armados, com um discurso rude e forte.
Conseguiu-o! Nenhum conflito armado internacional teve início no seu mandato.
6º Quer a Paz.
7º O Adversário dos EUA é a China que, ao mesmo tempo, é o inimigo comum do Ocidente; avisou de forma rude e à bruta que não tolerará quaisquer tentativas de avanços militares desse país na cena internacional.
8º Durante o seu anterior mandato queria puxar a Rússia para o lado da Europa e dos EUA e evitar que a mesma se viesse a aliar à China;
9º Quer restaurar a força e o prestígio internacional dos EUA. Não se preocupa que os outros governantes ocidentais gostem dele ou não, quer respeito pelo seu País!
ECONOMIA INTERNACIONAL
1º É contra a “globalização” selvagem a que assistimos com prejuízo dos cidadãos europeus e americanos e que só aproveita a alguns;
2º Quer que a Indústria, que se estabeleceu na China no auge da “moda” da globalização e noutros Países Asiáticos, regresse aos Estados Unidos para dar Emprego aos Americanos e assim aumentar e enriquecer a Classe Média e diminuir o número de pobres americanos;
Muito mais poderia descrever, mas seria muito longo.
CONCLUSÃO
Os dirigentes políticos europeus estão muito “incomodados” porque:
1º – Ele tem um discurso claro, rude e bruto (como bom americano médio que é) que contraria a vontade destes de continuarem a viver à custa do contribuinte Americano.
2º – Porque defende os Americanos em primeiro lugar e só depois vem o desígnio de ajudar os países europeus. Mas ele é eleito por americanos e não pelos europeus. Ou não?
3º – Põe a nu de forma desabrida e rude, mas honesta, a incompetência e a negligência de boa parte dos dirigentes europeus e a degradação dos Valores Perenes da Humanidade e da Civilização Judaico-Cristã.
4º – O seu lema: “In God we trust” (Em Deus confiamos) incomoda muita gente, sobretudo os Ateus e Agnósticos.
5º – O seu objectivo: “Make America Great Again” (Tornar a América grande outra vez) ainda incomoda muito mais, sobretudo os internacionalistas da esquerda.
Ora o seu Programa posto em prática no seu primeiro mandato, e que prosseguirá no seu segundo mandato, se for eleito, Não é do agrado:
– Dos Liberais dos Costumes,
– Da Esquerda Caviar,
– Da Direita Envergonhada.
Paciência. É a vida!
Tudo tentaram para o destruir! Não conseguiram, pois tem um carácter indomável e Acredita profundamente naquilo que defende e no seu País.
TERMINO:
Não sou americano, MAS se fosse,
– Votava sem qualquer dúvida em Donald J. Trump, para um novo mandato como 47º Presidente dos EUA.
– Como Português, é a minha esperança na recuperação dos Valores da Civilização Ocidental que estão a ser destruídos, de há uns anos a esta parte.
Miguel Mattos Chaves
Doutorado em Estudos Europeus pela Universidade Católica
Auditor de Defesa Nacional (CDN 2002)
Quadro Superior de Empresas
Conservador de Direita, sem filiação em nenhum Partido.”
Pessoalmente gostei muito do texto porque,  no que me é dado observar, os massmedia da União Europeia não têm estado interessados numa discussão objectiva a nível de conteúdo sobre Trump ao contrário do que é feito no artigo (nem nos conteúdos do partido democrata), pois têm interesse em dedicar-se à demonização da pessoa de Trump (tal como fazem com outros políticos que não sigam os seus interesses) porque falar da pessoa em vez de falar do programa, embora assuma um caracter baixo, impressiona mais o povo que se deixa orientar mais pelo sentimento transmitido do que pelo programa (o povo em geral não tem tempo para ler os programas dos partidos). É verdade que Trump usa um discurso público rude, mais claro e como tal bastante longe de um falar eufemista e ambíguo mais próprio da burguesia e do socialismo. Também é verdade que Trump usa um discurso público emocional dirigido às populações. Mas este é o recurso público de que fazem uso os imbuídos no poder quer a nível de interesses e concorrentes políticos quer dos media. Com Kamala Harris como concorrente certamente que o discurso para as populações mudará bastante e talvez se dê mais a nível de conteúdos programáticos.

O que está em jogo são as posições de Trump (republicanos) que são contra a globalização nas mãos de uma elite global que condiciona as políticas das nações cada vez mais dependentes de agendas internacionais e é contra a desmontagem da classe média em benefício dos globalistas e defende o humanismo judaico-cristão da civilização ocidental e o regionalismo.
O que importa reter é que os políticos agem com base em cálculos políticos de curto prazo e no mundo ocidental encontram-se duas mundivisões em luta escondidas sob programas encimados por pessoas.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
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A POLARIZAÇÃO DO PODER POLÍTICO ENVENENA A ATMOSFERA SOCIAL ALEMÃ

O despertar do povo incomoda muita gente

Na Alemanha e na França, elitistas e populistas não olham a meios na disputa do poder. Vive-se já numa sociedade que pensa em estereótipos e usa dois pesos e duas medidas na condução do discurso público, como já se torna fácil observar nos mass media.

Principalmente a partir da epidemia Covid 19 e da guerra geopolítica na Ucrânia, a classe política e os Media apostaram na polarização da sociedade e deste modo transportam a sua agressividade política para o meio do povo.

Desde que o aspecto ideológico tomou assento na actual coligação alemã, o ambiente social na Alemanha é cada vez mais desconfortável chegando mesmo a tornar-se insuportável: as pessoas hoje têm medo de dizerem o que pensam para não perderem amigos e não serem colocadas no canto dos que pensam bem (a esquerda) ou no dos que pensam mal (a direita). Apagaram-se as diferenciações e até a palavra conservador já não se usa passando a ser identificada com a direita e esta com a extrema direita! As mentes correm cada vez mais o perigo de se encontrem em curto-circuito. Jornais alemães e políticos incitam o povo contra a direita como se se a direita se identificasse com extrema direita; diferenciação é concebida a nível de esquerda, como se o meio da sociedade fosse constituído pela esquerda).

Isto cria medo nas populações porque à guerra militar geopolítica dos governantes vem juntar-se a guerra civil da opinio pública sem espaço para a razão nem para alternativas, a não ser a luta e a culpa democratizada. De momento vale tudo menos o discernimento e a diferenciação: em tempos de guerra “salve-se quem puder”! As elites governantes em vez de corrigirem o seu actuar preferem declarar como antidemocrata quem não está de acordo com as suas medidas.

O povo, para não ser hostilizado nem envolvido na luta social criada pela política e pelos media, só lhe resta a possibilidade de se refugiar na vida privada. Doutra maneira verá amizades destroçadas!

A sociedade crítica alemã vai assim tendo uma ideia da atmosfera social do seu tempo nazi e do tempo da Alemanha socialista (DDR). Os regimes quanto mais autoritários são mais se servem do medo, da censura e do controlo. As democracias que se quereriam exemplares (União Europeia e USA) encontram-se doentes.

Passo a testemunhar uma experiência feita na sociedade alemã nos anos oitenta e noventa. Então era eu o porta-voz do Conselho de Estrangeiros de Kassel  e minha esposa e eu organizávamos no nosso jardim encontros de convívio onde se reuniam africanos, muçulmanos, ateus, judeus e cristãos e membros dos diferentes quadrantes políticos alemães (De notar que então o partido dos Verdes era repelido pelo arco do poder tal como é hoje o partido AfD; no passado, porém, os Media eram mais neutros e por isso não havia ainda na sociedade a agitação popular). Eram festas em que se reuniam 40 pessoas empenhadas politicamente  e todos conviviam e falavam uns com os outros sem preconceitos e, sem atender a diferenças ou posições políticas; todos aplaudiam músicas feitas por judeus, afegãos ou da Índia e não se preocupavam se os participantes eram de direita ou de esquerda.

Pelo que me é dado observar, hoje a opinião pública da população alemã encontra-se em geral fanatizada e com ela também habitantes de outras etnias; a polarização política passou a dominar de tal modo a opinião pública que põe em perigo a paz social e as amizades.

Imagine-se o desplante da arrogância ideológica: A ministra dos negócios estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, declarou querer levar ao mundo uma política externa feminista. O feminismo considerado como símbolo do bem apregoado por um país onde a vontade de compromisso, a capacidade de diálogo e a empatia devem ser substituídas por “tornar-se eficiente para a guerra” parece ter muito mais de masculino do que de feminino.  Esperemos que este mal não se espalhe tão depressa pelos países menos expostos.

Deixou de haver direita e esquerda para se dar expressão à opinião única dos defensores do sistema identificado com a democracia contra a chamada extrema direita. Em geral, o discurso público não faz uso da palavra extrema no que toca aos da esquerda porque se parte do princípio de que esta se encontra na verdade e está consciente do poder virolento de palavras fortes. Também a China está a intervir no controlo da linguagem porque quem domina a linguagem domina o povo!

Os critérios usados para classificar uma pessoa como extrema direita são: questionar a agenda de género, ser contra o aborto, falar da existência de demasiados refugiados, da excessiva criminalidade de origem islâmica ou questionar o liberalismo globalista.

Na realidade trata-se de implementar uma nova cultura e o que está em causa é a deslocação do poder dentro do arco do poder (partidos que se alternam na governação) que, vendo o surgir de novos partidos com muito apoio popular, sente a sua posição de poder a oscilar  e por isso faz uso de todos os meios para os combater usando a estratégia de que a democracia está em perigo, quando o que está em questão são medidas governativas que sem consideração de prejuízos se afirma de maneira arrogante sem ver necessidade de justificar as medidas que toma, como se dá no caso dos Verdes na coligação de governo alemã

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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URSULA VON DER LEYEN CHEFE DA COMISSÃO EUROPEIA POR MAIS 5 ANOS

O Presidente do Conselho Europeu António Costa já nomeou como chefes do seu gabinete Pedro Lourtie e David Oppenheimer

Os chefes de Estado e de Governo da Europa tinham eleito Ursula von der Leyen como única candidata no final de junho, para presidente da Comissão Europeia; esta foi agora (18.07.2024) confirmada pelo Parlamento Europeu.

Dos 707 representantes eleitos no Parlamento 401 votaram na candidata alemã para um novo mandato de cinco anos! 284 parlamentares votaram contra e houve 15 abstenções. Deste modo a EU demonstrou unidade e uma certa legitimação para continuar a sua política adversária em relação aos seus declarados concorrentes Rússia, China e republicanos dos EUA.

Von der Leyen, para ser eleita precisaria de 361 votos. Dos 707 deputados fazem parte 21 portugueses, Alemanha 96, França 81, Itália 76, Espanha 61, Polónia 53, etc. (1)

Pode-se dizer que o poder continua propriamente como antes nas mãos do PPE – grupo popular europeu (democratas cristãos) e do S&D – Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu com o apoio dos Verdes/ALE – Grupo dos Verdes / Aliança Livre Europeia. A coligação informal acordou antecipadamente a distribuição dos cargos de topo entre si. O centro-esquerda e o centro-direita continuam a determinar o futuro da Europa. Quem está do lado do poder está sempre na frente da história. Von der Leyen tem 32.000 funcionários sob sua tutela (2).

O pacote de postos mais influentes, além da Presidente da Comissão (Von der Leyen) são o de Presidente do Conselho Europeu (António Costa) que tomará posse a 1 de Dezembro e já nomeou como chefe do seu gabinete o embaixador  Pedro Lourtie e como chefe do gabinete adjunto, David Oppenheimer; Costa sucede no cargo a Charles Michel ; outro cargo muito importante é o de diplomata-chefe da EU (Kaja Kallas) e o cargo de Presidente do Parlamento Europeu (Roberta Metsola).

A Mãe de 7 filhos andou na escola de Angela Merkel e por isso a sua força revela-se na sua capacidade de conversações entre os partidos do arco do poder e de estabelecer alianças no carrossel dominado pela Alemanha e a França, mas onde os interesses vão da Finlandia (e países bálticos) a Portugal e ao Chipre. Pelo resultado vê-se que Von der Leyen não tropeçou sobre os duvidosos acordos secretos de vacinas contra o coronavírus que ela concluiu com gigantes farmacêuticos como a Pfizer! Para o arco do poder e para a política e geral a moral reduz-se a música de acompanhamento.

A campanha de da Presidente da Comissão por um “escudo protetor europeu para a democracia” certamente não passará de um programa de maior controlo do cidadão no sentido de uma polarização desenfreada da sociedade.

Para o partido alemão da aliança Sahra Wagenknecht, a reeleição foi um erro grave. A fundadora do partido, Sahra Wagenknecht disse: “O BSW votou contra Ursula von der Leyen e… a UE enterrou definitivamente a ideia de um projecto de paz”; Wagenknecht criticou o facto de Von der Leyen apoiar militarmente a Ucrânia e não ter criticado suficientemente a guerra na Faixa de Gaza; atacou também o “Acordo Verde” que coloca “um machado na prosperidade das pessoas, especialmente na Alemanha” (3).

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

(1) https://www.deutschlandfunk.de/europawahl-von-der-leyen-kommission-europaparlament-posten-100.html

(2) As facções do Partido Popular Europeu, dos Sociais Democratas e dos Liberais já tinham chegado a acordo sobre a reeleição. No curto prazo, os Verdes também sinalizaram apoio. https://www.parlamento.pt/europa/Paginas/InstituicoesEuropeias.aspx

(3) https://www.tagesschau.de/ausland/europa/von-der-leyen-eu-kommissionspraesidentin-100.html

 

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