A MÚSICA É A VOZ DA PAZ – UMA ARAGEM DIVINA A AFAGAR O MEDO

Música é a voz de Deus em ritmo religioso e profano

Fantástico, este espectáculo de beneficiência! Ariana Grande, apesar das limitações que se lhe possam ser apontadas, afirma aqui a vida contra a morte, o amor contra o ódio! Concerto na íntegra.

O relativismo cultural que domina a cena pública tem favorecido a tolerância da desarmonia e a dissonância como ritmo comum.

A música diz não ao mundo rival convertendo as diferenças do texto e do discurso em ritmo livre que leva à harmonia e à felicidade. Na música ouve-se a mensagem dos anjos, a fala de Deus em voz religiosa e profana. Ela deixa-nos sem fala e possibilita-nos ouvir a próprio voz interior e nela saborear os acordes da harmonia.

A música reúne no sítio da poesia o espírito e a matéria na mais simples expressão comum de felicidade. Nela se expressa a saudade da felicidade e se resolvem os problemas do entendimento. A música conduz à postura honesta que nos torna dignos pois nos afina e dá forças para cantarmos a vida em harmonia ao ritmo do universo.

António da Cunha Duarte Justo

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PORTUGAL EM 3° LUGAR NO ÍNDICE GLOBAL DA PAZ

Países Lusófonos a Caminho – Europa: a Região mais pacífica do Globo

António Justo

O Instituto para Economia e Paz (IEP) apresentou o Índice Global de Paz (IGP 2017), baseado na análise de 163 países e coloca Portugal em terceiro lugar no Ranking das nações mais tranquilas.

Países Lusófonos

A classificação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é encabeçada com o 3°. lugar para Portugal, seguida do 53°. para Timor Leste; 61°. para Guiné Equatorial; 78°. para Moçambique; 100°. para Angola; 108°. para o Brasil; 122°. para Guiné Bissau.

Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe não entraram na análise.

Segundo IEP Portugal passou do quinto para o terceiro lugar, ultrapassando a Áustria na classificação da posição mundial, devido, sobretudo, a uma recuperação constante na sua crise financeira, o que levou a uma maior estabilidade interna para o país.

Critérios para a classificação dos países

Como factores para a classificação dos países, os cientistas servem-se dos seguintes grupos de indicadores: 1. Os conflitos no país e no exterior: número e duração de conflitos com outros países, e o número de mortes por violência organizada; 2. Segurança Social: instabilidade política e probabilidade de manifestações violentas e do número de detidos nas prisões; 3. Militarização: quanto dinheiro disponibiliza o país para as suas forças armadas, número de soldados disponíveis e se tem armas nucleares.

Os 10 países com mais paz e menos violência

1.Islândia, 2. Nova Zelândia, 3. Portugal, 4. Áustria, 5. Dinamarca, 6. República Checa, 7. Suíça, 8. Canadá, 9. Japão, 10. Irlanda.

Entre outros: 16. Alemanha, 23. Espanha, 38. Itália, 41. Reino Unido (ainda sem o recente ataque terrorista), 51. França, 137. Índia, 151. Rússia, 161. Iraque, 162. Afeganistão,163. Síria.

Na carta apresentada pelo IEP a Rússia encontra-se com a cor vermelha tal como a Síria; até o Egipto tem um melhor índice de paz que a Rússia, o que parece questionável.

O relatório coloca a Europa como a região mais pacífica do mundo. O projecto União Europeia tem sido, certamente, um factor de garantia de paz. Apesar da guerra na Jugoslávia e do bombardeamento da Sérvia, nos anos 1990, a paz tem-se estabilizado, apesar de certos indícios de insegurança e medos a aumentar.

Apesar do cancro da guerra em muitos países e do terrorismo islamista a esperança é maior que o medo!

O facto de alguns se afogarem na praia não justifica que se traga colete salva-vidas na banheira.

O importante é assegurar a paz sem que isso aconteça à custa da exploração de outros. O Estado, as instituições e os indivíduos terão de se empenhar no grande projeto de criar uma cultura de afirmação pela paz.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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NOITE MINHA AMA

NOITE MINHA AMA

Minha noite querida,

meu escuro à luz do dia,

Nos teus braços agasalho

minhas mágoas da alegria!

 

Noite que em mim passas,

na procura de um sol que não passa!

Já tenho medo da alvorada,

só quero em mim soluçar o dia.

 

Tu és a noite, aquela que é só minha,

a vivência de um sonho que não tive.

 

Já não durmo, a noite dorme em mim!

 

© António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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CIMEIRA IBÉRICA LUSO-ESPANHOLA SOBRE REGIÕES FRONTEIRIÇAS – TEMA TABU: OLIVEÇA E ALMARAZ

Acaba hoje a Cimeira entre o Governo português e o espanhol. Querem candidatar-se juntos aos fundos comunitários para projectos nas regiões fronteiriças. Não se percebe que o nosso governo negocie sobre eventuais projectos fronteiriços e cale a questão da central nuclear espanhola na fronteira (Almaraz) e a ocupação ilegal espanhola de Olivença, que o Tratado de Viena declarou ilegítima. Enquanto o governo espanhol faz pressão sobre o governo britânico em relação a Gibraltar (caso semelhante), o governo português ignora interesses nacionais.

É compreensível que contra a força se torna difícil a resistência, mas testemunharia de hombridade e responsabilidade nacional poder-se falar entre amigos sobre problemas mesmo que isso fosse apenas diplomaticamente para satisfazer um assunto e desejo ainda presente em parte do povo.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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TEMPOS DE MUDANÇA – VIAGEM DE TRUMP SIMULTÂNEAMENTE LIÇÃO E CATÁSTROFE

As Marcas da Viagem de Trump

 

António Justo

 

Encontramo-nos na era das emoções, aquele tempo que precede a guerrilha. Assistimos aos nacionalismos a chegar, Trump a obrigar a Europa a voltar para ela, o povo a querer mudança no estilo e na filosofia dos governos da União Europeia e o Papa a apontar para o caminho.

O perigo é bilateral – A Europa odiou o candidato Trump e o presidente Trump despreza a Europa

 

Quando Merkel, fala sem dar possibilidade a grandes interpretações é porque a coisa é mesmo séria: Merkel disse, referindo-se à Europa, num comício do seu partido: “Está na hora de tomarmos o nosso destino nas mãos”.

O agir do presidente Trump, na Europa, faz apelo sobretudo às emoções embora o agir de Trump pareça ser só movido pelos interesses económicos, aqueles de que vive o resto, mais ou menos, em surdina.

A Europa, no tempo da propaganda para as eleições americanas declarou-se contra Trump. Toda a Europa fez propaganda, mesmo a alto nível contra Trump e em favor de Clinton. A EU perdeu a aposta! Trump, um presidente com os nervos à flor da pele, desforra-se sem olhar a perdas! A Europa recebe agora o retoque bilateral.

Trump, ao declarar-se contra o Irão, sabe que este é um regime antiquado que apostou na luta das civilizações e que mais cedo ou mais tarde terá uma revolução interna. Nesta perspectiva, Trump quer apressar os dias dessa revolução…

O perigo é bilateral! Tanto a Arábia Saudita como o Irão são dois terrenos lodosos em que não se pode construir futuro porque só têm visão para o seu futuro. A estratégia antiterrorista seguida até agora não oferece razões suficientes para a continuar. Nela parece só ganharem os traficantes e os intermediários. Porque não se privilegiar as relações com a Rússia? Então deixaríamos de ter de favorecer corruptos ainda maiores como Arábia, Irão e Turquia.

Trump traz a classe política europeia a saltar na corda bamba! Os interesses das elites económicas, políticas e sociais europeias podem vir a ser ainda mais responsabilizadas se forem criados outros cenários de política internacional.

As Marcas da Viagem de Trump

A viagem de Trump foi uma lição e uma catástrofe. Começou bem, apresentando-se como homem de Estado, na Arábia Saudita (no covil do leão,) com um discurso, sem acidentes, dirigido ao mundo muçulmano. Apregoou maior ligação ao islão sunita da Arábia Saudita e de Erdogan e criticou o islão xiita do Irão que tem andado a jogar às escondidas com a energia atómica e as nações  e empobrecendo o povo (Trump esqueceu-se que a Arábia Saudita apoia os homens-bomba!); em Israel lançou a esperança de que, com um negócio entre Israel e os Palestinenses, se consiga a paz para toda a região (esqueceu certamente que toda a região é um vulcão aberto com poucas possibilidades  de extinção!); na Europa deixou a desilusão e a mensagem da mudança, e, na qualidade de super-comandante, aproveitou a oportunidade para ler os levíticos à Nato;  na Cimeira G7 deixou os parceiros desapontados e de queixos caídos porque habituados à cortesia (não o consideram um dos deles porque além do mais não aprendeu o jogo da diplomacia, assumindo o  comportamento dos homens do povo! Enfim um homem que desaponta os homens do sistema económico e político que para conduzirem o rebanho precisam de estabilidade para orientarem o negócio!); os parceiros da G7, para além de uns exorcismos ao terrorismo, às questões da imigração, da proteção da natureza a G7  e do magro apoio à fome na África (apenas 30% dos 6,9mil milhões de dólares que pretendia o “Apelo de ajuda da ONU”), ficou apenas com o desaponto e a espectativa.

Talvez o fumo do Etna tenha contribuído para Trump não aceitar o plano italiano para fazer face à crise dos refugiados;  resta a esperança que Trump aproveite as semanas que faltam para a próxima Cimeira G20, em Hamburgo, para ler os textos que o Papa lhe ofereceu, especialmente, o seu texto sobre a  “nossa Casa comum” uma verdadeira “Constituição da ecologia” .

Resultado: A Europa terá de se se redefinir, de se tomar a sério e de olhar mais para o Japão, China e Canadá.

“Está na hora de tomarmos o nosso destino nas mãos”; penso que, no caminho para lá chegar, está também a Rússia.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

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