DOMINGO DIA DE DESCANSO – INSTITUÍDO A 3.07.321

O Domingo foi declarado por Constantino, Imperador Romano, a 3 de julho de 321, como dia feriado.

Com a declaração deste dia como dia feriado, o imperador não só respondeu a exigências cristãs, mas celebrou-se também a si mesmo porque ele mesmo tinha o cognome de “Sol invictus”. No tempo romano o primeiro dia da semana era invocado como o dia do deus sol (die solis).

Os governantes por vezes tentam influenciar a vida dos seus súbditos introduzindo dias feriados para se celebrarem a si mesmos ou os seus feitos!

O Domingo, dia da celebração da ressurreição de Jesus, também convinha aos cristãos como dia Santo. O princípio do descanso sabático dos judeus foi assim transferido para o Domingo.

Em tempos da flexibilização da vida laboral, as empresas estão muitas vezes interessadas em quererem aproveitar-se do Domingo como dia de trabalho. Excepções são naturais como em hospitais, etc., mas generalizar o Domingo como dia de trabalho seria mau para a saúde e sinal de desrespeito da própria cultura. O Domingo deve ser mantido como dia de descanso.

Também a ciência chegou à conclusão de que, para certos trabalhos, é melhor trabalhar uma hora a mais durante a semana, mas poupar o dia de descanso.

A investigadora Christine Syrek da Universidade Bonn-Rhein-Sieg, nas suas investigações, resume: “Precisamos do contraste nas nossas actividades profissionais. Se estou sempre a ser desafiado mentalmente, é bom para mim comprometer-me fisicamente no meu tempo livre e vice-versa…, precisamos da distância mental do trabalho” (1).

Há línguas que usam a palavra “Domingo” (Dia do Senhor) para designar o primeiro dia da semana.  Há outras línguas que usam a palavra “dia do Sol”, para designar o primeiro dia da semana; este é, entre outros, o caso na língua alemã com a palavra Sonntag.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

  • (1) Veja-se HNA 3.07.2021
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A UNIÃO EUROPEIA CENSURA A ALEMANHA POR RESTRIÇÕES FEITAS A PORTUGAL

A Comissão Europeia considera que as restrições de viagem impostas pela Alemanha a Portugal são demasiado abrangentes e não estão em conformidade com os acordos entre os Estados da UE, segundo relata a imprensa alemã.

Os Estados Membros poderiam tomar “medidas rigorosas, tais como quarentena no caso do aparecimento de variantes do coronavírus, mas deveriam evitar proibições de viagem”, disse um porta-voz da UE (HNA, 30.06). Com a classificação alemã de Portugal como zona de vírus-variante , aplica-se uma ampla proibição de viagens a companhias aéreas, autocarros e companhias ferroviárias. Estas só estão autorizados transportar, através das fronteiras, acidadãos alemães e estrangeiros residentes na Alemanha.

Uma obrigação de quarentena de 14 dias aplica-se a quem entra na Alemanha, esteja ele vacinado ou não. Isto questiona a própria vacinação.

O governo alemão, vê-se na necessidade de explicar e argumenta  que as restrições se aplicam a países onde a variante Delta é generalizada, como seria o caso da Índia, do Reino Unido e de Portugal.

Pelos vistos o vírus veio para ficar; portanto, o que é necessário são medicamentos contra os seus estragos.

António CD Justo

Pegdas do Temp

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NA MONTANHA RUSSA DA PANDEMIA A ALEMANHA TROCA-NOS AS VOLTAS

Afinal, onde nos encontramos?

A Alemanha, ao colocar Portugal na “lista vermelha” obriga os portugueses residentes a alterar os seus planos de férias. Também muitos turistas alemães, ao verem Portugal qualificado de zona da variante-vírus, apressam-se a regressar a casa para evitarem a quarentena ao entrar na Alemanha.

O número de pacientes Covid aumentou encontrando-se 116 deles em cuidados intensivos. “Preocupantemente, é a situação em Lisboa. Dois terços de todas as infecções nacionais são registadas em Lisboa – embora apenas 27% dos 10,3 milhões de portugueses aí vivam. A variante delta já é responsável por mais de 70% em Lisboa (HNA, 29.06.2021).

As consequências, também para os emigrantes, são desastrosas: descrédito, casamentos desmarcados, férias anuladas, famílias não encontradas, desmarcações de muitíssimos turistas, etc. 

A vacinação e os testes negativos passam a não valer nada? Por um lado, uns a proibir de entrar em Portugal e outros a recomendar que os portugueses vão em magote até Sevilha para apoiar a equipa! Afinal, onde nos encontramos? A política contradiz-se: por um lado toda a gente é aconselhada a tomar a vacina e, por outro, quem tomou a vacina ou tenha teste negativo, tem de entrar em quarentena de 14 dias, ao regressar de Portugal!

Porquê tanta confusão e a quem servem as incongruências?

O descrédito cada vez se espalha mais e isto parece servir os interesses de poderes anónimos; doutro modo a razão começa a não chegar para explicar as contradições que se somam nas medidas que se tomam em relação ao SARS-CoV-2 e suas variantes.

De quem é a culpa?

A “culpa morreu solteira” e o seu cadáver flutua nos leitos dos rios, mas cada rio procura sentir o fedor nas margens dos outros.

É verdade que falta de responsabilidade não falta, mas, como tudo é virgem, ninguém a assume! O Primeiro Ministro português apenas constatou: “Nem tudo correu bem”.

A situação geral é realmente complicada e triste, mas mais que culpabilizar há que cada um assumir a responsabilidade no que toca ao seu âmbito, sem apontar o dedo para os outros.

Já vai sendo tempo de tratar da saúde à pandemia! Doutro modo, a pandemia não nos deixa sair da montanha-russa.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

 

 

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ENCONTRO NA PANDEMIA

Hoje à tarde, à frente do computador , senti tristeza por não poder abraçar muitos familiares e amigos! Os ventos da pandemia não parecem querer deixar-nos em paz; a frieza da sua aragem  faz crescer em nós o desejo de nos envolvermos uns com os outros.

Falta-nos ocasião  para nos reunirmos, para rirmos juntos, para nos abraçarmos em silêncio e para nos mantermos em contacto humano a modos de sintonia que une alegria e dor!

O quotidiano da vida parece não querer regressar. Talvez precisemos  de uma pausa maior para nos irmos distanciando do consumismo e do homem velho que persiste em ficar!

No meio de toda a atrapalhação fica-nos  tempo para reflectir a terra e o céu e para esperar que, com Deus, tudo  desperte para a vida.

Apesar de tudo, a brisa de Deus continua a soprar-nos no rosto deixando um rasto quente, um aroma de vida que lembra um fôlego comum a unir-nos na sua bênção.

Bom Fim de semana

António CD Justo

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HOMOSSEXUAIS – DUAS MEDIDAS?

UEFA recusou a Iluminação da Arena do Estádio de Munique com as Cores do Arco-íris

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, criticou o Presidente da Hungria, Orban, alegando que a lei húngara estigmatiza os homossexuais. Por outro lado, a EU e a imprensa cala quanto ao agir do Emir do Qatar que os lança na prisão.

A crítica contra Orban faz-se sentir muito na Europa; contra o Emir do Qatar, não se ouve nenhum protesto para que o futebol mundial no Qatar não seja perturbado. O negócio não permite criticar o Qatar e por outro lado, a luta parece querer-se cingida à sociedade europeia.

Segundo noticia a imprensa alemã, o Parlamento húngaro aprovou há uma semana uma lei que restringe os direitos de informação dos jovens e crianças sobre a homossexualidade e a transexualidade. “A lei prevê a proibição de livros, filmes e outros conteúdos acessíveis a crianças e jovens em que a sexualidade retratada se afaste da norma heterossexual. Além disso, qualquer tipo de publicidade em que homossexuais ou transsexuais apareçam como parte da normalidade será proibida”.  O governo justifica o pacote legislativo como esforço de proteger o “direito das crianças à sua identidade de género concebida à nascença” (HNA 24.06.2021).

Pelos vistos a opinião pública europeia está a ser envolvida na luta do Género (Gender), também a pretexto do futebol como se houvesse países bons e países maus.

Estranho é o facto do aproveitamento de um jogo de futebol em Munique (Alemanha-Hungria) para se fazer dele um jogo de propaganda política, como se em Munique a Alemanha estivesse a jogar contra uma equipa de anti-homossexuais. Os políticos aproveitam-se oportunisticamente da boleia do futebol e de ONGs para tentar ganhar pontos em partes da população.

A UEFA rejeitou um pedido do lóbi Gay para iluminar a arena do Campeonato Europeu de Munique com as cores do arco-íris (1). O empenho da política pela igualdade pressuporia como consequência lógica o boicote do Campeonato do Mundo no Qatar. Consequentemente teriam de ser questionadas as participações no Campeonato do Mundo e dos Jogos Olímpicos noutros países.

A política, para não usar um padrão duplo em futebol, haveria de ser consequente e firme, ou ficar-se completamente fora dos assuntos de Estado de outras nações.

O clima já carregado politicamente não deveria ser transportado para o futebol. O Futebol deveria tornar-se num espaço cultural onde, em vez da prática de subornos e de lutas, se passe a substituí-las por jogos. O jogo possibilita a sublimação dos instintos baixos da pessoa e da sociedade.  

Há que criar eventos e formas de jogo social onde os bons ganhem sem desprezarem os outros e sem se considerarem, só eles, os bons da fita. Mais que ser contra algo importa ser-se a favor de algo! Não é justo classificar o outro para o pôr numa gaveta ou num canto qualquer.

Quem se aproveita da arena pública como se ela fosse mero campo de luta não deve esperar compreensão mesmo por parte de pessoas que defendam a sua causa. O lóbi Gay (LGBTIQ) abusa da sua força e deste modo prejudica-se também.

É de questionar uma política que, em vez de unir e integrar os diversos movimentos e interesses sociais, aposta na divisão da sociedade para mais facilmente a dominar. É uma pobreza de espírito usar-se o tema homossexualidade de forma polémica. Deste modo fomenta-se o formar de trincheiras. Cada um deve poder viver a sua sexualidade em paz sem que esta se torne em arma de guerra para dividir ou afirmar-se contra alguém!

António CD Justo

Pegadas do Tempo

  • (1) O Arco-íris apropria-se a simbolizar união, construção de pontes no sentido de uma sociedade  mais justa, tolerância e empatia com todos, indiferentemente  da origem, crença ou género. A tolerância, respeito e solidariedade com diferentes comunidades sejam elas Gay (LGBTIQ) ou não, não justifica que qualquer uma delas se apodere do brilho do Arco-íris para atacar outras comunidades. O decisivo são as virtudes (acções) que as suportam.

 

 

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