SOLEDADE
A solidão salutar é sombra da saudade,
Companheira fiel na jornada,
De artistas, filósofos, poetas,
Que, na quietude, encontram morada.
Por vezes, estamos sem ninguém,
Mas não estamos sós,
Pois por trás da dor sentida,
Há alguém que nos sustenta a voz.
Falta, às vezes, a conexão,
E surge, então, o amigo,
Qual unguento na aflição,
Alivia a dor, dá-nos abrigo.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo