NOS SINAIS DE ABRIL
Nos matizes das ideias, o discurso flui,
Refletindo o arco-íris, a vida se constrói.
Cada cor, seu valor, sua essência reluz,
Abril, mês das cores, que em nós produz,
A espera de uma Primavera, onde tudo reluz,
Onde cada cor é festa, é liberdade
E o excesso de uma delas, gera desigualdade
António CD Justo
Será?
A côr duma flor, por mais viva que seja, não é em excesso.
Pode atrair a atenção pela sua beleza e pode ser geradora de união . Enfim! Poesia é poesia!
Mafalda Freitas Pereira , é verdade mas penso que com o 25 de Abril a cor encarnada passou a dominar todas as outras.
Encaro o 25 Abril 74 como “A conquista da Democracia”. Muitos problemas próprios duma democracia recém-nascida numa sociedade impreparada. Muitos erros e imperfeições!
O processo continua e o espírito de Abril 74 parece ter sido reconfirmado nas celebrações dos 50 anos. Penso que apesar de forte, ou por ser “forte”, a côr vermelha não poderá
dominar sobre as outras côres e o que é desejável é o entendimento e a tolerância.
Mafalda Freitas Pereira , felizmente o 25 de abril de 74 foi depois corrigido pelo povo português.
Sim. E mesmo agora há ainda muito a corrigir.
Mafalda Freitas Pereira , pelo que me foi dado observar e é dado constatar depois da queda do regime do Estado Novo e apesar do surgir do novo regime democrático a sociedade portuguesa manteve a continuidade da falta de espírito crítico relativamente aos seus governantes.
É verdade. Por isso digo que a nossa sociedade não estava preparada. Mas, melhor do que eu, sabe que em democracia não se pode dar por terminado nenhum processo de governação.
Há melhores e piores, há mudanças. Sempre é preferível à ditadura.
Mafalda Freitas Pereira , totalmente de acordo! A falta de preparação de ontem e de hoje e o facto de a democracia tal como a vida ser processo e se encontrar sempre em mudança exigiria do cidadão a actividade do espírito crítico. Este pode ajudar a melhor avaliar hábitos e medidas e assim melhor se tomar orientações e resoluções para o futuro. Toda a autoridade se opõe ao espírito crítico por razões óbvias.