Integração – Uma questão de perspectivas?
Na Alemanha, em Lüneburg, a direcção da escola Johanneum-Gymnasium cancelou a tradicional festa de Natal de professores e alunos. Razão do cancelamento da festa foi a reclamação de uma aluna muçulmana que no ano passado, se tinha queixado que os cânticos cristãos de Natal exercitados numa aula, não eram compatíveis com a sua fé.
A festa era tradicionalmente realizada durante o tempo lectivo. Como reacção os representantes dos alunos organizam uma festa que se realiza voluntariamente à tarde (cf. “NDR”).
A aluna muçulmana, consciente da sua cultura, conseguiu por si só que a direcção da Escola não realizasse a festa que era de caracter cultural e não religioso. O povo da cidade reagiu bastante chateado e a direcção da escola anunciou que no próximo ano voltará a haver festa de Natal.
A muçulmana está no seu direito de tentar levar a sua avante embora, como hóspede num país de tradição cristã, deveria ter consideração pelas tradições do país que a recebe. Além disso eventos do género dão oportunidade a migrantes de conhecerem melhor a cultura do país onde optaram por viver. O problema não está na muçulmana nem nos muçulmanos que tentam impor-se; o problema está naqueles que o permitem à custa dos bens culturais e negam as próprias tradições por pretextos religiosos ou ideológicos.
O radicalismo ideológico e religioso cada vez se afirma mais na nossa sociedade.
É gratificante constatar que também há famílias muçulmanas que preferem enviar os filhos para jardins infantis católicos em vez dos estatais porque estão mais interessados na qualidade e sabem que seus filhos não são endoutrinados.
Uma Associação muçulmana da zona de Lüneburg criticou a actuação da escola dizendo que, com o seu proceder, a escola deu origem a uma discussão que “pode rapidamente levar a um preconceito contra todos os muçulmanos”.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
Muito bem, prezado António Justo.
Essa menina muçulmana deveria ter pedido para ir à biblioteca e lá tentar encontrar o al corão e ficar em meditação de sua fé.
É assim que se faz com os alunos na rede escolar que não professam o catolicismo.
Exactamente! Essa e outras possibilidades teria ela aqui na Alemanha, mas o seu interesse era certamente outro!