O Exemplo da Alemanha
De 3 a 14 de Dezembro de 2007, 192 países reuniram-se em Bali para negociarem as medidas preventivas a tomarem em relação às emissões de gases estufa (Anidrido Carbónico e Metano).
Foi decidido continuar-se as conversações, a serem encerradas até 2009 para melhor se poder preparar a época a regular depois do Protocolo de Kyoto, que é válido até 2012; há a intenção de reduzir os gases estufa até 2020 entre 20 – 40 % do nível de emissão atingido em 1990; a ajuda aos países pobres com tecnologias mais benéficas ao clima; foi determinado o objectivo de ajudar estes países com a criação dum Fundo com 300 a 500milhões de dólares.
Muitos países, em via de desenvolvimento económico, exigem compensações para não arrotearem as florestas e assim continuarem a contribuir para a manutenção dos pulmões verdes da natureza e da humanidade.
Segundo estudos as consequências desastrosas da mudança de clima atingirão os países mais pobres. Segundo as previsões do Conselho Mundial do Clima, o Nordeste Brasileiro e o Sul da África serão as zonas mais atingidas pela aridez; em Bangladesh as zonas costeiras serão mais frequentemente inundadas.
A Alemanha é o país mais avançado na defesa do clima e na tecnologia para a redução de emissões, por isso torna-se evidente a sua luta em defesa do clima a nível mundial. Os alemães anteciparam-se aos outros povos no avanço tecnológico: um povo muito crítico e internamente sempre a lamentar-se, mas, talvez por isso, sempre no cume do desenvolvimento. Até 2020 terão conseguido uma redução de emissões de 40% em relação a 1990. Até 2005 já conseguiram uma redução de 16%. Também eram dos que sofriam mais, se pensarmos na cintura do Reno que sofria muito da poluição.
Cientistas alegam que os habitantes das cidades são responsáveis por três quartos das emissões mundiais.
Metano terá uma acção 21 vezes mais nociva que o Anidrido Carbónico. A digestão das vacas produz grande quantidade de Metano contribuindo, os ruminadores, em 18 % dos gases poluidores. O trânsito contribui com 17%. As centrais eléctricas, movidas a carvão, produzem uma poluição de 40% do Anidrido Carbónico emitido.
Sem pão não há moral. Por isso surge a necessidade de investimentos segundo princípios ecológicos, sociais e éticos. Quem terá de pagar a factura será o povo. A defesa da qualidade de vida terá que se preocupar com a compatibilidade entre tecnologia e clima bem como com a compatibilidade social e ética.
Uma mentalidade consumista e accionista, que está na base da exploração da natureza, são o pior inimigo do clima. A manipulação do homem, em via, com o medo e com os mecanismos da economia e o sistema de impostos pesados não parece honesta.
Aquecimento da Terra
Os cientistas, a nível mundial contradizem-se na apreciação das consequências dos gases estufa sobre o clima do futuro. Uns argumentam que as consequências da acção do homem sobre o clima serão catastróficas; outros afirmam que não há influência relevante e que toda a conversa em torno do clima é negócio com o medo e a maior mentira histórica a constatar no futuro.
A mudança do clima devido à acção do homem é reconhecido na consciencia geral e através do prémio Nobel para o tema Mudança de clima e para a necessidade de política e ciência se darem as mãos, dado a política só pensar numa perspectiva de quatro anos, o tempo da legislatura.
O tema pela sua ressonância e atendendo ao substrato humano medo promete grande capital não só a nível político para poderem sobrecarregar a energia com novos impostos como para o negócio económico.
As guerras do futuro dar-se-ão em torno da energia. Se se quer evitar dependências desastrosas, bem como guerras do futuro, a alternativa é investir em energias alternativas.
António da Cunha Duarte Justo