A COMISSÃO EUROPEIA QUER BANIR O USO DA PALAVRA NATAL E OUTROS TERMOS CONSIDERADOS “OFENSIVOS” POR CULTURAS CONCORRENTES

A Ideologia do politicamente correcto prega a Tolerância pelas outras Culturas e a Intolerância pela Cultura ocidental. Que tolerância é essa?

Um Guia interno da Comissão Europeia implementado pela Comissária para a Igualdade, Helena Dalli, pretendia agora a proibição do uso da palavra Natal e de outros nomes cristãos porque eram considerados “ofensivos” ou não suficientemente inclusivos, razão por que deveriam ser removidos do vocabulário da Comissão.

O diário italiano “Il Giornale” verificou que no manual interno da EU para a comunicação inclusiva, se proibia uma série de expressões consideradas estigmatizantes de acordo com o género, identidade sexual, origem étnica ou cultural. O Manual  recomendava que a referência ou palavra “Natal” fosse eliminada e que, em vez disso, fosse utilizado o termo “feriado” (1).

Segundo o guia, (como se pode ver no texto em nota 2) também a utilização do masculino pecava “por defeito” e deveria ser proibida e “Senhoras e Senhores” deveria ser substituído por “Caros colegas”. Termos com uma conotação de género, tais como “trabalhadores”, deveriam ser proibidos. O texto também afirmava que nunca se deve “assumir” a orientação sexual de uma pessoa ou mesmo a sua identidade de género e considerava que referir-se a elementos da cultura cristã é “assumir que todos são cristãos”.

As recomendações visavam “reflectir a diversidade” e lutar contra “estereótipos profundamente enraizados no comportamento individual e colectivo “esquecendo, porém que, no interesse de defender a diversidade dos costumes dos muçulmanos (e para não ofender as suas sensibilidades), se nega aos europeus o direito à própria diversidade. Então porque não ser pela diversidade e respeito de todos? Porque se discrimina a própria tolerância? Ou terão muçulmanos o direito a determinar o que é diversidade e que costumes são ou não aprováveis para a maioria? Não se trata aqui de defender o monoteísmo ou o politeísmo; como habitantes da mesma terra, todos deveriam ter o direito a viver em paz? Porque deve a regulamentação vir só de cima só no interesse de meros administradores mercenários?

Tais intentos só interessam às elites empenhadas na construção do seu Olimpo e para o efeito procuram mover os representantes da cultura e o povo a se tornem cúmplices e alinhados ao pensamento politicamente correcto que pretende que a maioria, a nível de massas, abdique do que lhe é próprio ou característico! Deste modo fomentam o extremismo entre culturas alinhando-se também com os que pretendem a demolição dos símbolos da história. Pretende-se impor o novo linguajar (“Newspeak”) do pensamento único no desrespeito da liberdade de expressão dos cidadãos.

 

Agendas e iniciativas contra a Cultura ocidental (formatada pelo ideário judaico-cristão, organização romana e filosofia grega) sitas em organizações cúpula, como é o caso da ONU e da União Europeia estão cada vez mais activas e descaradamente empenhadas na mesma estratégia de luta. Em nome da tolerância para com o Islão e de um materialismo mecanicista e funcionalista, é-se intolerante para com os costumes da própria cultura!

Veja-se a contradição de “representantes” que, por se encontrarem desenraizadas e deambulando nos corredores da Máquina Europeia, se consideram já com foros de Olimpo, o Olimpo dos deuses de Bruxelas! Que os deuses tenham construído o seu Olimpo é já problemático, mas que queiram também castigar os habitantes da terra (regiões) e impor-lhes os seus dogmas é um atrevimento que só a Júpiter lembrou, nos tempos helénicos, quando castigou Prometeu por pretender defender os interesses dos humanos.

Atendendo à resistência de alguns “Prometeus” do Olimpo, a comissária viu-se obrigada “a fazer uma inversão de marcha!

Estas iniciativas e discussões só se dão contra a civilização ocidental, outras civilizações vivem em paz a sua própria história no respeito pela própria identidade!  Por vezes tem-se a impressão que o nosso ímpeto imperialista se vira agora contra a própria cultura como que numa necessidade de fazer reparação pelos próprios pecados e pelos dos outros!

A União Europeia demonstra seguir descaradamente o programa ditado por agendas da luta da ideologia marxista-maoista contra as bases cristãs da cultura ocidental! O cristianismo incomoda muita gente e incomoda muito mais quem se sente fazer parte do Olimpo dos deuses e se entende como educador controlador de uma população que se quer súbdita! O Cristianismo constitui para eles um espinho no olho porque situa a soberania como parte substancial da pessoa e considera as instituições como construtos ao serviço do ser humano e da sociedade (democracia!).

A soberania individual (dignidade individual humana) incomoda todo o que quer transformar a pessoa em súbdito ou cliente. O programa de ataque às tradições cristãs é velho; e o mais ridículo da hipocrisia em via é que os mesmos que apelam à destruição da simbologia cristã defendem a afirmação e implementação da muçulmana nos meios de tradição cristã! O que essa gente quer é impor um poder central globalista e para tal nivelar tudo pela base e para tal criar o homem massa! Entre outros ideólogos, o filósofo Günther Anders resume as agendas ideológicas a impor-se: “O homem massa assim produzido deve ser tratado como ele é: um bezerro, e deve ser vigiado como um rebanho. Qualquer coisa que ponha a sua lucidez a dormir é socialmente boa, qualquer coisa que ameace despertar deve ser ridicularizada, asfixiada, combatida. Qualquer ensino que desafie o sistema deve primeiro ser rotulado como subversivo e terrorista, e aqueles que o apoiam devem depois ser tratados como tal. ′′

Por trás do ataque e desmontagem da cultura ocidental pela Agenda ideológica está a luta do socialismo marxista-maoista.

A tolerância e o respeito querem-se para todas as culturas e entre todas as culturas. Já dá demasiado nas vistas a arrogância e o atrevimento com que interesses económico-ideológicos de estratégia globalista, optam por atacar a civilização ocidental favorecendo as outras civilizações.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

(1) (De facto muitos, na sequência da ideologia do politicamente correcto, já não usam a expressão “Bom Natal”, mas Boas festas).

(2) O Guia Linguístico: https://www.fdesouche.com/wp-content/uploads/2021/11/guidelines-for-Inclusive-communication.pdf e notícias sobre ele:  https://www.express.co.uk/news/politics/1529214/eu-news-ban-christmas-christian-names-holiday-eu-commission-memo?fbclid=IwAR0kC2ABY8BrMd6I7u9K5BnMJOkknuS4O9PMRuL2oApLjfZvGV5AyyO04I8

https://www.telegraph.co.uk/world-news/2021/11/30/eu-commission-bans-gendered-words-christmas-woke-communication/

 

RECOMENDAÇÃO DE  LEITURA

 

“ESTUDO GERAL” é uma revista de alta qualidade cultural  que me honra com a publicação de alguns artigos meus!

Recomendo-a porque mergulhar nela significa enriquecer-se e comprometer-se na tarefa de enriquecer o mundo também. https://luis-eg.blogspot.com/search/label/Ant%C3%B3nio%20Justo

Abraço cordial e solidário

António CD Justo

Pegadas do Tempo

MAIS RESTRIÇÕES PARA AS MULHERES NO AFEGANISTÃO

De acordo com uma directiva do Ministério para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício do regime talibã, as estações de televisão afegãs não estão autorizadas a mostrar filmes ou séries em que as mulheres desempenham um papel ou contradigam a lei islâmica da sharia. Contudo é permitido o aparecimento de apresentadoras ou repórteres femininas na TV.
Esta medida favorecerá o consumo de certos filmes indianos e turcos.
António CD Justo
Pegadas do Tempo

PONTOS MAIS SALIENTES NO ACORDO DE COLIGAÇÃO DO PRÓXIMO GOVERNO ALEMÃO

Aumento do Salário Mínimo de 9,60 para 12 Euros

Após 16 anos do governo da coligação CDU/CSU e SPD, chegou a hora de formar um governo vermelho-verde-amarelo (SPD, VERDES e liberais FDP). Esta coligação, que certamente terá como Chanceler Olaf Scholz (actual ministro das Finanças, SPD), conseguiu, após um trabalho muito discreto, apresentar um acordo de coligação em que ressaltam os seguintes temas:

Construção de 400.000 apartamentos.

Aumento do salário mínimo de 9,60 para 12 euros por hora.

Renúncia a aumento de impostos e aderência ao travão da dívida válido a partir de 2023, tal como estabelecia a Constituição (e fora interrompido devido à pandemia).

Eliminação progressiva do carvão: “idealmente” antecipar para 2030.

Cannabis para o prazer de adultos torna-se disponível em lojas licenciadas.

Um bónus de mil milhões de euros para trabalhadores de cuidados de saúde altamente estressantes.

Afrouxamento no rigor da imigração: mais reagrupamento familiar e possibilidade de integrar requerentes de asilo rejeitados. Naturalização torna-se possível após 5 anos em vez de 8 anos. Em casos especiais de integração, a naturalização é possível após 3 anos.

Pretendem aumentar a quota da agricultura biológica na agricultura dos actuais 10% para 30 por cento até 2030.

Cada novo sistema de aquecimento deve funcionar com base em 65% de energias renováveis – isto significaria o fim do aquecimento a gás e a óleo.

Os Ministérios do Ambiente e da Agricultura estão nas mãos dos Verdes o que pressuporá uma grande acentuação na biodiversidade e no clima!

Possibilitar o armamento das tropas com drones.

A idade de voto será reduzida de 18 para 16 anos.

80% da eletricidade alemã passará a ser gerada a partir de fontes renováveis até 2030.

O Governo, em vez de 15 ministérios, terá 16.

O acordo de coligação de 177 páginas ainda tem de ser aprovado por congressos partidários ou referendos de membros (no caso dos Verdes).

A locomotiva europeia não pode perder velocidade e por isso Olaf Scholz deverá ser eleito para Chanceler na semana de dezembro, a partir de 6 de dezembro. A sua directiva é: “Estamos unidos pela vontade de tornar o país melhor”.

Quanto a críticas, a oposição vê problemas na base do financiamento do programa. O partido, A Esquerda, nota o amarelo demasiado visível na caligrafia do programa.

A Alemanha quer liderar o caminho para salvar o mundo. Mas é desejável que o moralismo jacobino não acompanhe o projecto!

O programa em foco gira em torno do possível para a Alemanha, embora o Bundestag seja mais de esquerda do que o programa…

O programa, sendo muito embora a expressão de humores partidários, parece ser alinhado aos interesses do país e por isso feito para procurar convencer com factos que as pessoas apoiem.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

 

“CARTÃO DE CIDADÃO PORTUGUÊS COM INSUFICIÊNCIA NOS DADOS” RESPOSTA

Em baixo pode ler a resposta da Comissão de Assuntos Constitucionais ao assunto tratado no seguinte texto, que lhe fora enviado pela Assembleia da República, para onde eu tinha enviado a questão.
Alegra-me saber que representantes e autoridades tomaram o assunto a sério!
CARTÃO DE CIDADÃO PORTUGUÊS COM INSUFICIÊNCIA NOS DADOS
Evitar os Meandros da Burocracia e um Estado farejador
O Cartão de Cidadão (Identidade) português não é suficiente para identificação da pessoa em muitas instituições.
Há instituições como, Bancos, Correios, fornecedores de serviços, que, na União Europeia e fora dela, não reconhecem a identificação registada no nosso cartão do cidadão. Não chega ser reconhecido como cidadão do país ou da União europeia.
Ao contrário do que é comum em cartões do cidadão (bilhetes de identidade de outros países da União Europeia), as entidades portuguesas não mencionam, no documento, a residência nem o lugar de nascimento da pessoa a identificar! Essa falha provoca a exigência de outros documentos para se identificar, o que requer maior esforço burocrático e custos adicionais. Em vez disso regista o nome dos pais.
Por outro lado, o Cartão do Cidadão não respeita as diretrizes da Constituição portuguesa nem os direitos humanos de privacidade de dados pessoais dos tempos modernos! O número de identificação fiscal, o n° da segurança social e o número de utente de saúde não deveriam figurar no Cartão de Identidade (os registos destes três dados, no mesmo cartão, são inadmissíveis noutros países da EU em que o cidadão exige das autoridades maior atenção à protrecção e ao tráfego de dados).
Isto dá-se devido ao abuso da política e ao facto de, na opinião pública, a apresentação dos dados NIF e SS juntamente com o número de identidade no cartão não incomodar o cidadão; noutros países os políticos não se atrevem a fazê-lo porque teriam o cidadão à pega.
Também, no tempo de Salazar, o nosso bilhete de identidade mostrava as nossas impressões digitais, o que noutros países europeus só era exigido para prisioneiros! Em Portugal as organizações civis independentes não estatais, defensoras dos direitos do cidadão, ainda têm pouquíssima expressão.
Numa época em que o globalismo ameaça acabar com a privacidade, o Estado deveria respeitar e proteger os seus cidadãos especialmente no que se trata de referência a dados de acesso sobre saúde (1) e identificação fiscal!
A referência da localidade, de residência e do local de nascimento no Cartão do Cidadão evitaria que portadores do Cartão de Cidadão tivessem de tirar também o passaporte (até para países da União Europeia) sempre que se exija identificação mais exata e concreta (2).
De notar que a falha referida obriga muitíssimos portugueses a terem de tirar o passaporte e a suportarem o exagerado custo de 50 euros.
António CD Justo
Notas em Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=6514
Em Outubro a Comissão de Assuntos Constitucionais respondeu:
ASSEMBLEIA D A REPÚBLICA
COMISSÃO DE ASSUNTOS CONSTITUCIONAIS,
DIREITOS, LIBERDADES E GARANTIAS
Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias
Assembleia da República – Palácio de S. Bento | Praça da Constituição de 1976 |1249-068 Lisboa, Portugal
Tel. 21 391 96 67 / 95 40 / Fax: 21 393 69 41 / E-mail:comissao.1a-cacdlgxiv@ar.parlamento.pt
Exmo. Senhor
António Cunha Duarte Justo
antoniocunhajusto@gmail.com
V/Ref.ª Carta de 28 de maio 2021
Ofício n.º 802 /1.ª-CACDLG/2021 Data: 27-10-2021
NU: 678385
ASSUNTO: Exposição – pedido de intervenção.
Venho pelo presente acusar a receção da exposição remetida por V. Ex.ª à
Assembleia da República, posteriormente reencaminhada a esta Comissão, a qual mereceu
a nossa melhor atenção, e informar que do seu teor foi dado conhecimento a todos os
Deputados membros desta Comissão.
Com os melhores cumprimentos,
O PRESIDENTE DA COMISSÃO
ASSEMBLEI A DA REPÚBLI CA
Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias
Assembleia da República – Palácio de S. Bento | Praça da Constituição de 1976 |1249-068 Lisboa, Portugal
Tel. 21 391 96 67 / 95 40 / Fax: 21 393 69 41 / E-mail:comissao.1a-cacdlgxiv@ar.parlamento.pt
PS: Também tinha enviado o texto para os deputados e para a imprensa em geral!