O vice-presidente dos EUA, JD Vance, criticou ontem os partidos tradicionais por excluírem forças populistas do cenário político, ignorando assim a vontade de milhões de eleitores. Segundo ele, nenhuma democracia pode sobreviver quando grandes segmentos da população são marginalizados e suas preocupações desconsideradas.
Referindo-se à estratégia dos partidos estabelecidos para preservar o poder, Vance afirmou: “Não há espaço para muros de fogo.” Ele também alertou para o retrocesso da liberdade de expressão na Europa.
Para Vance, acreditar na democracia significa reconhecer a sabedoria e a voz de cada cidadão. Ele citou (1) João Paulo II como um dos grandes defensores da democracia, destacando a frase: “Não devemos ter medo dos nossos cidadãos, mesmo que expressem opiniões divergentes das de seus líderes.”
No entanto, este tema dificilmente será amplamente debatido nos meios de comunicação da União Europeia, que, segundo Vance, estão excessivamente alinhados com os governos e evitam assumir responsabilidades por possíveis desinformações passadas.
É ainda mais alarmante que figuras eclesiásticas tenham defendido a exclusão de partidos que contestam as políticas dos governantes. A democracia se enfraquece quando os partidos no poder, temendo perder influência, se unem para criar barreiras contra uma parte da população, em vez de promover um debate aberto e legítimo.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
(1) Citações
Vence, nenhuma democracia sobreviverá ao “dizer a milhões de eleitores que os seus pensamentos e preocupações, as suas esperanças, os seus pedidos de ajuda são inválidos” … “Não há lugar para corta-fogos”… “A liberdade de expressão está a recuar na Europa”…
Acreditar na democracia significa “compreender que cada um dos nossos cidadãos tem sabedoria e uma voz”.
Papa :“Não devemos ter medo dos nossos cidadãos, mesmo que exprimam opiniões que não estão de acordo com as dos seus líderes”.
JD Vance, vice-presidente dos EUA, criticou ontem os partidos do arco do poder por ignorarem a vontade de muitos eleitores ao excluírem os partidos populistas. Nenhuma democracia sobreviverá ao “dizer a milhões de eleitores que os seus pensamentos e preocupações, as suas esperanças, os seus pedidos de ajuda são inválidos” ou não são democráticos.
Referindo-se à tática dos partidos do arco do poder para defenderem o seu poder contra concorrente disse: “Não há lugar para corta-fogos” (muros de fogo). Verifica também que “A liberdade de expressão está a recuar na Europa”.
Acreditar na democracia significa “compreender que cada um dos nossos cidadãos tem sabedoria e uma voz”. Vence citou o Papa João Paulo II, que, na sua opinião, foi um dos mais extraordinários representantes da democracia, com as seguintes palavras: “Não devemos ter medo dos nossos cidadãos, mesmo que exprimam opiniões que não estão de acordo com as dos seus líderes”.
Este assunto não será muito expandido nos meios de comunicação da União Europeia porque os media se encontram escandalosamente comprometidos com os governos e não querem ser responsabilizados, por em muitos casos terem induzido o povo em erro. Escandaloso é também o facto de ter havido purpurados eclesiásticos a defender “muros de fogo” contra partidos que contestam o agir de seus governantes.
Pobre da democracia quando chega a ponto de os seus partidos governantes, com medo de perderem o poder, se unem contra a democracia estabelecendo “muros de fogo” contra uma parte dos cidadãos.