MAIOR PARTICIPAÇÃO NAS ELEIÇÕES PROPORCIONOU UM PORTUGAL MAIS EQUILIBRADO

Montenegro condicionado a fazer Coligação com o Chega por Lealdade ao Conservadorismo e para reconhecer a Vontade soberana dos Votantes

As eleições realizadas no domingo (10/3/24) marcam um acerto à direita de Portugal, com a vitória da Aliança Democrática (AD), coligação entre o Partido Social Democrata (PSD) e o Centro Democrático Social (CDS). AD 79 deputados (29,5%), PS 77 (28,7%), Chega 48 (18,1%), IL 8 (5,1%), BE 5 (4,5%), CDU 4 (3,3%), L 4 (3,3%), PAN 1 (1,9%) e ADN 0 deputados. Os quatro deputados da emigração ainda não contabilizados não influenciarão os resultados partidários.

A consciência popular também ganhou passando a percentagem de isenção nas eleições de 48,5% em 2022 para 33,8% em 2024. A legitimação do poder tornou-se maior!

Embora Montenegro tenha negado a coligação com o Chega, em termos de poder e atendendo à votação de grande parte do povo nele, Montenegro teria de rever a sua posição, doutro modo iniciará um governo muito instável e um período ingovernável que faria lembrar o tempo da “geringonça”. Doutro modo só favoreceria a esquerda mais radical ou provocaria novas eleições em que seria castigado. O Chega ao participar no Governo moderar-se-á automaticamente, como se tem a experiência da esquerda (Verdes) na Alemanha; e quer se queira ou não as políticas nacionais são em grande parte determinadas por Bruxelas.

A Aliança Democrática (AD) venceu com o principal candidato Luís Montenegro. Mas o grande vencedor foi o partido CHEGA afirmando-se como terceira força política e o grande perdedor foi o PS, partido no poder, que ficou em segundo lugar.

Uma coisa é votar por convicção ou votar por opção estratégica. O governo PS não permitia convicção e por isso restou a opção de votar noutros; na base desta opção não foi o mero descontentamento que esteve na base dos resultados das eleições; o que motivou o povo a acorrer em maior percentagem às eleições foi sobretudo a necessidade nacional de um país mais equilibrado para não continuar a mancar só para a esquerda. Trata-se agora de defender a liberdade de todos os portugueses e não da verdade acantonada numa só via política.

Depois de tantos anos de ensino populista feito pelo Bloco de Esquerda e tolerado pela imprensa, seria hipocrisia admirarem-se do populismo do Chega! O povo revela-se como mais inteligente perante os populistas de cima como dos populistas de baixo!

Agora que o PS deixou “a casa desarrumada” é hora de a AD a arrumar. Isso, em termos políticos poderia tornar-se num golpe contra si mesma se não tiver em conta o estilo de política partidária do PS: o dilema será implementar a ideologia como fazia o socialismo ou implementar o bem de todos em Portugal com uma política económico-social-cultural equilibrada. A AD tem personalidades, entre elas Paulo Núncio e Isabel Neto que prometem boas perspectivas para o centro direita e para Portugal.

O pior que a casta política poderia fazer seria entrar numa discussão antidemocrática destrutiva-partidária e a AD e o Presidente da República se deixassem levar numa polémica de fazer coligação ou não com o Chega. Depois de tantos anos de solidariedade esperta entre partidos da esquerda, fossem eles extremistas ou não, tornar-se-ia hipócrita uma discussão de não aceitação de uma coligação da AD com o CHEGA e possivelmente IL. Tal como no passado a esquerda foi solidária entre si em defesa do poder e do progressismo socialista, a direita  tem a oportunidade de se unir para pouco a pouco ir criando uma mentalidade popular mais equilibrada e deste modo estabilizar uma plataforma social de abertura ao conservadorismo humanista em Portugal. Só uma sociedade equilibrada entre conservadorismo e progressismo poderá funcionar bem!

António CD Justo

Pegadas do Tempo

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES – VALE A PENA LUTAR

Luta por uma Matriz mental e social integradora da Masculinidade e da Feminilidade

A nossa sociedade é dirigida por uma matriz (baseada no patriarcado) que não age nem cede nada de graça nem com amabilidade – a sua causa é a competição, o lucro e não a simpatia – e por isso, enquanto não se criar uma matriz político-social justa a luta torna-se num imperativo, valendo a pena lutar por boas causas.

As mulheres lutam pela igualdade de género na vida social e têm alcançado, a nível de funções, alguns postos relevantes, mas tudo isso à custa de grande luta e empenho, dado a sociedade estatal se orientar pela funcionalidade das pessoas e não pela sua dignidade e relacionamento. Já conquistaram muito, especialmente ao nível das leis, mas a sociedade em geral e as instituições encontram-se atrasadas não só em relação às leis, mas sobretudo em relação a uma ética de humanidade não praticada.

Continua também a haver abusos e violências, como mutilação genital, definição da feminilidade em serviço de funções sociais, etc.

A agressão vem de uma masculinidade exagerada versus feminilidade. O caminho certo seria o reconhecimento da complementaridade equitativa nos princípios da feminilidade e da masculinidade sendo para isso necessária uma transformação dos princípios orientadores da nossa sociedade; para se ter uma equidade social justa seria necessário valorizar a feminilidade e a masculinidade em termos de igualdade e de funções sociais de maneira a poder alcançar-se-ia um equilíbrio adequado na sociedade; condição para isso seria trabalhar-se no sentido de um equilíbrio de funções mas sobretudo na criação e institucionalização de nova matriz social.

A luta contra a matriz social masculina é inteiramente justificada porque não existe uma matriz de pensamento intelectual e social onde a masculinidade e a feminilidade se integrem e atuem de forma inclusiva e integral! O modelo (matriz integradora da feminilidade e da masculinidade não condicionada apenas ao aspecto da funcionalidade) poderia dar-se à imagem dos hemisférios cerebrais (no seu agir complementar integrado o lado esquerdo acentua o pensamento lógico e o direito o criativo e emocional) sem que para isso se destruam os alicerces da natureza, resolveria pela raiz os maiores problemas da sociedade no sentido das bem-aventuranças.

Na Alemanha há uma diferença salarial de 18% em muitas áreas, em desvantagem para as mulheres.

Na consequência, o Estado não trata a feminilidade na sociedade da mesma forma que trata a masculinidade de caracter meramente funcional produtivo e técnico. O Estado e com ele os regimes políticos procuram impor à sociedade a matriz masculina porque a sua orgânica é toda ela baseada na masculinidade exacerbada. Áreas onde é necessária mais humanidade, como cuidados, são mal remuneradas e, portanto, muitas vezes deixadas para mulheres estrangeiras ou pessoas de condição social estanque.

A matriz actual prejudica o homem e a mulher porque ao não contemplar a feminilidade e a masculinidade como factor dos dois e da sociedade impede o desenvolvimento humano integral e fomenta uma sociedade de concorrência injusta.

Urge a criação de uma matriz social que possibilite o viver amorosamente uns com os outros. Uma matriz social equilibrada de feminilidade e masculinidade, com o amor e a empatia como meta, teria então espaço para pessoas que esperam e acreditam. Nada surge do nada e se continuarmos a contar apenas com a matriz masculina continuaremos a precisar de lutas mais sustentáveis.

Falta vontade para uma solução socialmente existencial continuando a seguir os ditames extremos da natureza, que tem como ditame recompensar os mais fortes e assim perpetuar a luta. Esta lógica aplicada na política e na sociedade vai contra a razão e contra a criação de uma cultura de paz.

Trata-se de passar da estrutura social de caracter mecanicista para uma estrutura orgânica humana.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

O CHANCELER ALEMÃO DISSE NÃO À ENTREGA DE MÍSSEIS DE CRUZEIRO TAURUS À UCRÂNIA

Então o Instituto de Pesquisa de opinião YouGov fez investigação na população sobre sua posição quanto à participação ou não da Alemanha no fornecimento de mísseis com alcance de 500 km à Ucrânia.

Os resultados da pesquisa foram:

28% de apoio ao fornecimento

58% contra

31% opõem-se fundamentalmente a qualquer apoio à Ucrânia com armas alemãs

14% não fornecem nenhuma informação.

E 72% dos participantes da pesquisa apoiam a posição do chanceler no seu não ao fornecimento de mísseis Taurus.

A pesquisa foi realizada entre o 1 e o 5 de março.

A nível de eleitores dos partidos da coligação governamental encontra-se potencial para  discórdias internas:

Assim, entre os eleitores do partido Verdes, 48% são a favor e 36% são contra

No FDP, 34% a favor e 53 contra.

O SPD é fundamentalmente contra.

Quanto ao partido da oposição CDU/CSU

União (CDU/CSU), 38% são a favor e 49% votaram contra

Depois dos EUA, a Alemanha é o maior fornecedor de armas à Ucrânia cifrando-se em 28 mil milhões de euros em armamentos provenientes da Alemanha entregues desde 24 de fevereiro de 2022 à Ucrânia.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

CENÁRIO DE FUNDO

Nunca pensamos no que está por trás das imagens e notícias que nos são apresentadas e se reflectimos é para as ordenarmos em trilhos conhecidos. Porém no que está por trás das imagens e dos noticiários (cenários) é que se encontra a verdade e a porta para um caminho mais natural, mais iluminado: um caminho arriscado, mas em que se anda com os próprios pés!…
António CD Justo
in Pensador ou FB

Por que existem Guerras se 98% da Humanidade é contra elas?

MANOBRAS DA NATO

A 27 de Janeiro a NATO iniciou a operação “Steadfast Defender” que envolve 90.000 soldados durante seis meses. As manobras são feitas nas barbas da Rússia para que ela não se esqueça com quem está metida!… Cada parte procura treinar e mostrar os seus músculos à velha maneira imperialista!

A Bundeswehr está a participar com 12.000 soldados (1) e Portugal participa com 37 soldados.

Em 2023 a Nato tinha realizado a operação “Air Defender” com 250 aeronaves e cerca de 10.000 soldados de 25 países.

Estes exercícios e campanhas nos media procuram adestrar a capacidade de guerra e torna-la aceitável na população dentro de poucos anos. Na Alemanha Pistorius e Baerbock já anunciaram: “A Alemanha deve estar novamente preparada para a guerra”. De novo a Alemanha metida no assunto apesar de tudo e apesar do contrato 2+4.

Os objetivos de se preparar a consciência pública para a aceitação da guerra já estão em plena marcha, pelo que não há muitos obstáculos à sua aceleração.

Pesquisas internacionais mostram que 98% das pessoas não querem a guerra. Mas a guerra acompanha os povos através dos séculos.

O povo e o bem-estar do povo não são uma medida da preocupação direta dos governantes. O poder mantém as elites, independentemente dos sistemas, ao longo da História porque estas são o factor sustentável que dão consistência ao povo e os governantes sabem e abusam disso!

O pensamento imperial das superpotências é alimentado pela carência da grande maioria das pessoas na terra. O que vai valendo é que exigências individuais e o pensar democrático requerem um mínimo de prosperidade. A sociedade ocidental, de inspiração cristã, teria o dever de seguir o seu ideal de humanidade e paz!

António Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

 

(1) https://www.tagesschau.de/ausland/europa/nato-manoever-118.html