Páscoa – Tempo da feminidade


Jesus é ungido (consagrado) por uma mulher em Betânia (Mc 14,4), numa acção profética.

As mulheres acompanham-no, até à última, na cruz. Elas são as primeiras a testemunhar o túmulo vazio e a ressurreição aos discípulos. Elas eram companheiras dos apóstolos no anúncio da Boa Nova e na direcção de comunidades cristãs.

A passagem da Carta aos Coríntios na qual se diz “calem-se as mulheres nas assembleias…” foi uma interpolação tardia introduzida na Carta de Paulo, com a intenção de reduzir o papel público da mulher. Esta passagem contradiria as afirmações e o papel de mulheres na comunidade, referidas pelo mesmo Paulo, noutros lugares.

Efectivamente, Paulo, apesar de estar inserido numa comunidade patriarcal e sujeito, também ele, a hábitos culturais específicos, constata “… nem a mulher se compreende sem o homem, nem o homem sem a mulher, aos olhos de Deus. Pois, assim como a mulher foi tirada do homem, assim também o homem existe por meio da mulher, e ambos vêm de Deus…”

Entre outras mulheres, Paulo faz menção de Foebe, Prisca, e Junias com cargos à frente da comunidade.

Se naquele tempo, tão adverso à mulher, já ela assumia cargos de direcção na comunidade, o que diria Paulo hoje ao escrever as suas cartas! Houve um retrocesso nalguns aspectos.

As religiões, em vez de assumirem a própria cruz, por vezes, preferem pregar outros na cruz, em nome de Jesus ou de Deus. Ao pregarmos pessoas na cruz em atenção a hábitos, tradições e convicções redutoras, reduzimos a realidade da morte e ressurreição de Jesus Cristo esquecendo que a morte de Jesus é a nossa vida e a nossa realidade. A mensagem da Boa Nova pascal é uma mensagem de liberdade, felicidade e amor. A nova comunidade cristã é chamada a prescindir de pregar o próximo na cruz de hábitos e regras contrárias à felicidade humana.

É Páscoa também para as mulheres. Seria desconhecer o seu ser e o ser cristão, teimar em reservar para elas o papel de servidoras ou ajudantes. Elas que testemunharam e anunciaram a Ressurreição de Jesus, não podem deixar limitar o seu papel, na igreja, à atitude de silêncio do Sábado da Semana Santa. A Ressurreição é universal e não apenas uma experiência individual mística.

António da Cunha Duarte Justo

CIDADANIA PORTUGUESA NO ESTRANGEIRO


Anexo na secção comentário o texto do PSD “Cidadania Portuguesa no Estrangeiro”.

É de louvar tudo o que seja feito pelo emigrante e luso-descendente.

Pelo que tenho observado desde há trinta anos na Alemanha, as iniciativas tomadas em relação aos emigrantes reduzem-se apenas à defesa de interesses institucionais e burocráticos à custa dos mesmos. O emigrante não tem benefício nenhum. Na Alemanha até o senhor deputado se tem de se submeter a promover a esquerda e a encostar-se a algum nome até com má reputação na comunidade. Não há interesse na promoção do bem comum e do partido. Isto poder-se-ia tornar incoveniente para os interesses pessoais de paraquedistas do oportuno! Com excepção da deputada Mesquita e do deputado José Cesário não tem havido pessoas à altura da emigração. Eleitos, arranjam os seus circuitos habituais de contacto agradável; se não são da esquerda encostam-se a ela, como tenho vindo a observar desde há anos. Ou será que apenas estarão interessados em questões consulares ou de grupinhos!… A ser assim, o circito de acção reduzir-se-ia a instituição – instituição

Infelizmente, os partidos em Portugal, como não estão interessados numa política no seio dos migrantes, tambem não estão dentro dos problemas da emigração entregando, por isso, o caso a duas ou três pessoas que, sem rei nem roque, podem fazer o que quiserem. Para as instituições em Portugal tudo está bem feito porque, a nível de informação, dependem totalmente daqueles. O que parece importar são as tempestades num copo de água. O resto é para inglês ver!

António Justo

Música – Método de Cura Corporal e Espiritual

O ser da vida e do mundo é vibração é ressonância. Estas são comuns ao corpo e à alma de cada um dos nossos seres e ao existente. Na pauta de notas da vida trata-se de descobrir a nota de que se é eco para se poder entrar na solfejação geral e assim dar voz à sinfonia da vida universal. Uma vez entrados na onda trata-se de seguir o ritmo que nos conduz ao inefável, ao indelével. A música é, no seu verdadeiro sentido da palavra, bálsamo da alma. Ela conduz-nos ao limiar do espírito.

O ouvido é o primeiro sentido já em acção no ventre materno e o último a deixar-nos no fenecer. Através dele o mundo exterior chega ao mais profundo de nós mesmos.

A música cria grande ressonância nos vários areais cerebrais activando uns e desligando o centro do medo e activando o da lembrança.

A música não pode ser reduzida a caixote do lixo de sentimentos negativos e de frustrações nem tão-pouco a estímulo de sexo (Pop), nem a alienação de intelectuais (música clássica). Naturalmente que também tudo isto tem o seu sentido, não se esgotando aqui. Música é expressão do divino e meio de cura. Ela é a voz de Deus a vibrar quando nós entramos na ressonância do sentir, tornando-nos eco a agir.

Ao ouvirmos música sentimos coisas maravilhosas quer quando estamos sãos quer quando doentes e abertos ao milagre. A música, se não cura, melhora o nosso estado de saúde. Nos conventos, para entrarmos num estado de harmonia corporal e espiritual começa-se logo de manha por cantar o gregoriano. O canto chão, um poço monocórdico acompanha momentos importantes do dia.

A música consegue desatar, em nós, nós psico-fisiológicos e desenvolver forças curativas, como nos revela a harpa de David quando tocava para o seu rei depressivo. Muitos dos curandeiros da antiguidade e modernos utilizam os seus instrumentos musicais e o seu canto para curar. Também em muitas clínicas ou hospitais se usa a música como elemento sedativo e curativo.

Não só as vacas dão mais leite ao som de música clássica mas também as hormonas de stress diminuem no sangue dos pacientes e “surgem menos complicações depois das operações” como testemunham cirurgiões de clínicas em que se usa a música também como calmante. A música estimula o cérebro a predispor-nos para a mudança. A música encontra a sua ressonância no cérebro tornando-o flexível para o experimentável.

Daí a importância da promoção da música na escola e por todo o lado. Todo o educador, pai e mãe, se deveria preocupar por iniciar o educando, o mais cedo possível, na música. Esta aumenta a empatia e a inteligência.

Investigações feitas na clínica neuropsicológica da Universidade de Heidelberg na Alemanha chegaram à conclusão de que, com música, a massa cinzenta aumenta e as células nervosas adquirem maiores conexões, melhorando o intercâmbio entre os dois globos cerebrais. Além disso o sistema imune é estimulado e os acessos à memória e ao inconsciente são abertos pela música.

O mesmo se dá através da música litúrgica e da dança no que respeita ao ingresso na mística e no equilíbrio de corpo alma. O ritmo e a harmonia conduzem-nos à vibração e à ressonância com o todo. A música consegue desfazer os encrostações materiais conduzindo-nos ao limiar espiritual em que tudo é relação, amor, como se constata na fórmula trinitária. Na vibração forma-se a personalidade. A medicina chinesa opera muito com os campos energéticos e com o seu fluir. A terapia consiste em restabelecer a harmonia e o fluxo.

Toda a mãe canta instintivamente para a criança que sofre ou que se encontra em desequilíbrio. Segundo investigações feitas pela psicóloga Sandra Trehub, o canto provoca a diminuição das hormonas de stress por bastante mais tempo do que a fala.

A música abre as janelas do corpo e da alma: desbloqueia areais cerebrais e ajuda a recordação, aumentando em 30 % a capacidade de armazenagem do cérebro.

No mundo tudo vibra também as células cantam conseguindo a ciência distinguir já entre o cantar das células sãs e o barulho das cancerígenas. Oliver Sacks observou em todas as experiências que fez com pacientes Parkinson e pacientes com problemas de fala, que “a música actua como um precursor exterior”. Ela deixa no nosso cérebro como que pautas indeléveis que possibilitam o reatar de relações, orgânica ou psicologicamente, interrompidas.

A música ajuda a introspecção e auxilia-nos a chegar ao lugar do silêncio e da quietude em nós, ao lugar da criatividade, do amor divino. Daí surge a onda da gratidão, do milagre. Aí se ouve a voz que segreda no sossego e se repete nas ondas do oceano… Ela pode ajudar-nos a chegar ao nosso meio, ao meio do mundo, a Deus. Então, ouviremos em nós o vibrar do universo e a ressonância do diálogo trinitário baixinho do tudo em todos.

António Justo

Doença – Caminho para a Cura

Vivemos na ilusão da verdade e da fantasia, puxados entre a banalidade do factual e um mundo de ideias feito que nos tornam incapazes de ter acesso à Realidade. Esta encontra-se na fórmula trinitária onde tudo se resolve na relação mais profunda, da vivência do nós através do eu descoberto na relação com o tu.

Geralmente passamos a vida a afastar-nos de nós mesmos e de Deus, do mundo integral. Tropeçamos ou escorregamos em tudo, sem ter, sequer, procurado descobrir-lhe o sentido. Por isso tanta doença em excesso, tanta desarmonia. Procuramos fora o que está dentro, quando o dínamo, o amor, escondido ou roubado, que tudo cura está em nós. É a presença divina subjacente à essência, ao ser das coisas que é preciso activar em nós. Então curamos e seremos curados. Por vezes até uma doença pode vir por bem. Certo é que no mundo só se avança através da dor. Há muitos que fazem dela um negócio.

Tal como a dor também a doença constitui um momento no acontecer do ser, com as suas vantagens e desvantagens. O nosso corpo é como uma paisagem que depende e reage ao estado do tempo, da alma. Nas doenças encontram-se mensagens da alma por descobrir. Muitas vezes, já a tentativa de descobrir o que provocou uma dor de cabeça, é suficiente para a tirar.

A relação entre consciente e inconsciente quer-se aberta para que os fluxos fisiológicos e psicológicos não se automatizem, destruindo-nos com o tempo. As imagens que se encontram no fundo do mar da alma esperam por ser trazidas à tona manifestando-se, por vezes, como sintomas e deixando rastos dolorosos.

A nossa vida, tão determinada por correrias, não é tida em apreço, pelo que não nos concedemos tempo suficiente para prestarmos atenção às mensagens do nosso corpo e do nosso espírito. Damos demasiada atenção ao que nos rodeia, fixando-nos nisto ou naquilo esquecendo-nos de nós, do sentido, estando desatentos ao que os nossos sentimentos e o nosso corpo nos quer dizer com as suas reacções. Em vez de nos darmos tempo submetemo-nos ao stress doutras correrias para remediarmos um mal por nós ou por outros maquinalmente criado. Para subjugarmos os diabos em nós acordados recorremos, por vezes a outros diabos que nos iludem.

Em tempo de crise recorremos a tudo e a todos; a nossa abertura passa por vezes a não ter limites. Surgem então muitas pessoas a querer-se ajudar, ajudando-nos. O melhor ajudante é o mais desamparado, o mais fraco. Só conseguiremos ajudar a desatar os nós dos outros quando já conseguimos desfazer algumas das nossas laçadas. O ajudante procura criar um campo de ressonância e de harmonia procurando envolver e integrar o paciente na vibração que lhe possibilita entrar em relação. Esta pode ser preparada por uma pessoa, uma música, uma respiração ventral calma, uma oração, meditação, palavra ou rito. A ressonância consegue não só influenciar os areais cerebrais como interferir no vibrar das células, diria mesmo, nas partículas quânticas. Ela ajuda-nos ao acesso às nossas fontes, a penetrar nos vários estratos na tentativa de chegar ao coração, ao âmago do ser que é puro espírito. Aí no lugar do amor divino jaz a fonte da energia que passa a correr pelo corpo desfazendo os bloqueios emocionais, corporais e espirituais. Uma vez aí chegados, a fé transporta montanhas, como dizia Jesus. O amor vibrante provoca a ressonância que tudo muda e tudo transforma. Então o acorde da natureza provocará a cura – os sons em sintonia com o espírito divino único actuante. Impulsionadores simplificam o processo da re-ligação concentrando-nos de modo a acendermos a chama da transcendência no nosso meio.

Ver, perceber e acreditar para lá dos cinco sentidos, predispõe para a vivência na participação dos vasos comunicantes que somos nós, constituídos de matéria e espírito em diálogo recíproco. Daí a necessidade de nos mantermos abertos para os fenómenos que estão por detrás do mundo físico e às capacidades paranormais, sem preconceitos religiosos nem científicos, sejam eles materiais ou espirituais; abrir-nos para a dimensão espiritual do saber colectivo escondido, o espírito em nós e no mundo. A realidade tem várias dimensões de acesso, entre elas, a mundana e a espiritual. A via espiritual não poderá estar ligada a escravidões da pessoa nem tão-pouco do seu porta-moedas. “A fé transporta montanhas “. Ela move a força do Espírito Santo em nós.

Trata-se de através do Espírito activar as energias jacentes em nós mesmos, com naturalidade e sem presunção. Mover a força através da entrega nas imagens interiores e do pensamento possibilitando outras dimensões em nós. Fiat voluntas tua!

A massagem terapêutica, a massagem da respiração, do silêncio, da música têm um efeito terapêutico conduzindo à cura, ao sagrado, à fonte da luz, à ressonância do amor em nós e em tudo. O tratamento através da virtude curativa numa combinação de espírito, alma, corpo e energias naturais, tudo aliado à energia das ideias, abre a nossa consciência para o acesso de energias superiores. No mais íntimo do nosso sacrário “dormem” potências milagrosas à espera de serem acordadas pela brisa do amor. O estímulo para o acordar pode ser o mais variado, independentemente das crenças e dos médios.

António Justo

Independência do Kosovo – Golpe contra a intercultura


Politeísmo cultural ao serviço do deus mais forte e mais convencido

O sonho de Tipo, duma Jugoslávia inter-cultural, morreu com ele em 1980. O desmoronamento da sociedade jugoslava testemunha a decadência da intercultura em favor duma multi-cultura hermética conquistada na afirmação contra o vizinho. Isto é a consequência duma certa fraqueza democrática em que colonialismo cultural é aceite em compensação dum colonialismo económico. Se no passado o movimento civilizador se dava pela aliança de razões económicas e culturais, depois do ruir do sistema socialista, assiste-se a um colonialismo dissociado: por um lado a força colonizadora do capital através duma expansão económica desalmada (o ocidente está-se marimbando para a sua cultura) e pelo outro a força colonizadora da cultura através do Islão. Se é verdade que a economia determina os valores éticos à superfície, não deixa de ser menos verdade que a religião e a cultura é que lhe dão sonho e perspectiva.

A queda do império soviético com os consequentes estilhaços culturais conduziu o bloco livre à ilusão da fuga na espiritualização do capital que, para melhor medrar, vive dum relativismo cultural extremamente doentio e problemático para o seu futuro. Se o comunismo não triunfa deve-o ao facto de desconhecer o ser religioso. O mesmo erro faz o sistema político-económico actual ao procurar substituir também ele a religião por uma ‘espiritualização’ do capital sem o homem.

A desorientação russa facilitou um agir apressado ao Ocidente em relação à antiga Jugoslávia. Actualmente encontramo-nos com o problema da independência do Kosovo, movida por interesses imediatos. No Kosovo, a antigo berço cultural da Sérvia, vence a etnia muçulmana, restando-lhe 100.000 sérvios com a desconfiança no coração desde que aquela etnia lhe incendiou igrejas e casas. À culpa daqueles junta-se a destes. Para complicar, à minoria sérvia no Kosovo correspondem minorias muçulmanas na Sérvia. Talvez a riqueza procriadora duma etnia sobre a outra venha um dia a resolver os problemas que criou!

A factura económica pagá-la-á a União Europeia por dezenas de anos senão por mais; a outra não se pode quantificar. O Kosovo vive desde há 9 anos do apoio internacional porque não tem economia viável. Tem uma população de dois milhões com um desemprego de mais de 40%. A falta de infra-estruturas, a corrupção e a dependência da Sérvia deixam prever a europaização dos seus problemas.

Atendendo às tenções étnicas, a presença militar internacional terá de se manter por mais de 15 anos. Se não se der uma liberalização do Islão aí praticado, certamente que, a longo prazo, o Kosovo se unirá à Albânia.

A União Europeia envia para lá 1.500 polícias e 300 juízes com a finalidade de instruírem os autóctones nas andanças de direito democrático. A independência continuará sob a tutela internacional e com a presença de 17.00 soldados da NATO. Dentro de 4 meses está previsto passar o Poder executivo da Administração da UNO para o governo do Kosovo. A Europa tem soldados por todo o lado, na “defesa dos seus interesses nacionais” em “missões de paz”. Se assim é, porque não destina Portugal os seus homens e o seu dinheiro ao apoio dos estados de língua portuguesa? “A minha pátria é a língua portuguesa e o seu povo é migrante.

Embora a proclamação da independência viole direito internacional, já a imprensa de países como Alemanha, Franca, Itália, Inglaterra estimulavam, desde há muito, o Kosovo a proclamar a sua independência. Ao contrário, a Espanha, Grécia, Roménia, Chipre, com problemas em casa, sujaram a imagem da EU dos grandes, não reconhecendo a independência. A Sérvia e a Rússia não a reconhecem nem aceitam o Kosovo em organizações internacionais.

A balcanização da Europa já encontra agora os seus pontos de apoio nos guetos muçulmanos instalados nos países europeus de imigração, tal como podíamos observar na Alemanha já no princípio dos anos 90, com a recolha de dinheiros nas mesquitas para apoio da revolta muçulmana.

Se observamos a História, as revoluções não passam dum render da guarda duma elite rotativa assente no substrato duma continuidade de oprimidos. Revoluções, até agora, à margem de melhoramentos superficiais, apenas confirmam o direito dos mais fortes na confirmação e transmissão do status quo duma tradição de transmitir um estado de injustiça para outro estado de injustiça mais ou menos oportuno. O Direito internacional e a lei moral é válida para os distraídos e para os fracos. A independência do Kosovo islamizado encontra-se na linha de serviço a interesses políticos do Poder europeu e americano mas não do povo. Há que aproveitar da fraqueza da Rússia sem contabilizar a hipoteca do futuro. Esquece-se que também os Orais falam da Europa.

Na altura duma Europa sem tino nem destino, as elites apenas se preocupam em estar sem ser. Faz-se política sem nós e contra nós, capitula-se em nome duma paz aparente. O futuro da cultura cada vez se encontra mais nas mãos dos “assassinos” que o determinarão!

Seguem-se as mudanças sem as reflectir sacrificando-se assim a cultura europeia antes de se a ter descoberto. O povo europeu, comprado com benesses e necessidades artificiais, deixa violar a sua alma ao som da melodia maviosa da multi-cultura apregoada para o povo mas reprovada na antiga Jugoslávia. A plebe não se dá conta do que acontece em nome da Europa. No mundo da superficialidade, a verdade dos fortes é sempre a verdade razoável e oportuna! A verdade, porém, como o povo, é processo aberto pressupondo, por isso, uma mundivisão integral e integrativa.

António Justo