Ancara faz Chantagem instrumentalizando o Fluxo dos Refugiados para a Europa

O GOVERNO DA TURQUIA “NÃO OFERECE CONFIANÇA”

António Justo
A Turquia, como se vê no ataque terrorista em Istambul a turistas e na guerrilha curda está a colher os frutos de uma política de confrontação e oportunismo que tem seguido especialmente desde que o partido de Erdogan orienta os destinos do país. A Turquia causou, em parte, o afluxo incontrolado de refugiados, tornando a Europa vulnerável e sujeita a chantagem. Também por isso conseguiu receber 3 mil milhões de euros da EU para ter mão nos refugiados.

O especialista alemão em Médio Oriente e em terrorismo, Doutor Guido Steinberg, afirma em entrevista ao HNA 14.01.2016: “O afluxo de refugiados, do ano passado (2015), devemo-lo, pelo menos em parte, a uma decisão consciente do governo turco, de abrir as fronteiras para Grécia para criar problemas aos europeus”…

A Turquia tolera o ISIS prestando-lhe “apoio passivo” desde 2013 permitindo que use o seu território como região de retiro: “não só todos os combatentes estrangeiros do mundo árabe, mas também os da Europa e do resto do Ocidente, usaram a Turquia como área de preparação… A Turquia não é de confiança, como mostra o seu comportamento em relação ao ISIS e a outros jiahdistas… A Frente Nusra e Ahrar al-Scham (uma espécie de Talibans) recebem apoio da Turquia”, afirma o especialista. Além disso os seus ataques às zonas curdas da Síria e do Iraque, sob o subterfúgio de atacar o ISIS, são situações que apontam para o uso impróprio dos bombardeamentos.

Deste modo a Turquia age contra os interesses da Nato, de que é membro e mina também os interesses da UE. Naturalmente o quase milhão e meio de refugiados que entraram na Alemanha em 2015 provocam tantos problemas à Alemanha que esta terá de implementar estratégias efectivas, a nível internacional, que fomentem a riqueza nos países produtores de emigração e não se reduza à acumulação de problemas, estabelecimento quotas de refugiados para os diferentes países da UE.

A UE precisa da Turquia devido à sua posição geográfico-estratégica, à quantidade de turcos na Alemanha, e também para o combate ao terrorismo e para a regulação do fluxo de refugiados. A Turquia tem um grande potencial de chantagem em relação à Europa (sua presença migratória e refugiados) e à Nato (instrumentalizando-a indirecta e militarmente também contra os Curdos). Também é facto que os Curdos refugiados especialmente na Alemanha, França e Holanda apoiam economicamente os seus irmãos de luta na defesa da liberdade e da independência. Enquanto não for organizado um Estado curdo resultante dos curdos a viver nas regiões fronteiriças de alguns países não haverá paz na região. As potências têm sacrificado o povo curdo a interesses nacionais e estratégicos.

Agora com o atentado de Istambul, por razões económicas, o governo turco ver-se-á obrigado a agir mais decisivamente contra o ISIS: o turismo turco recebe da Alemanha dez milhões de turistas por ano.

O presidente Recep Erdogan tem feito tudo pela islamização da Turquia (continuando também a discriminar os cristãos) e contra o projecto de secularização do estado iniciado por Atatürk fundador do Estado turco. Erdogan tirou o poder aos militares, impediu o movimento democrático no país, rescindiu o contrato de tréguas com os curdos, fomentando assim a guerra civil e prosseguindo uma política externa pró-árabe e anti-israelita.
A Turquia quer fazer história com o “Estado Islâmico” (ISIS)
António da Cunha Duarte Justo

O “MOVIMENTO” TERRORISTA ISIS REMONTA À ÉPOCA DE MAOMÉ

A Força islâmica nos Séculos VII e XXI: Violação, Violência, Roubo, Assassínio e Esperteza

Por António Justo
Quem conhece a História e sabe que o exército de Maomé agiu há 1400 anos exatamente como o ISIS age hoje, pode compreender melhor que as raízes do Islão são completamente diferentes das de outras religiões.

O que o ISIS faz, não é outra coisa senão o regresso nostálgico aos tempos e às práticas de Maomé! Para um muçulmano, Maomé é o modelo de vida a imitar em todos os aspectos. O seu estilo de vida, a sua crueldade, as suas preferências e ódios são normativos para o comportamento dos fiéis. (Por exemplo, Maomé gostava de gatos e detestava cães, detestava música e o tocar dos sinos; esta atitude modelou as predileções de muitos muçulmanos. O ISIS imita o comportamento do seu profeta, na luta contra os “infiéis” assassinando e decapitando os inimigos de sexo masculino e dando as mulheres dos vencidos aos seus soldados como escravas sexuais. (Existem no Corão 27 apelos a matar, dois deles à decapitação.)

Mamé, uma vez, até massacrou uma tribo judaica inteira, que se tinha rendido e apesar disso assassinou todos os homens e apoderou-se das mulheres. Também o ISIS obriga crentes de outras religiões a professar o credo islâmico ameaçando-os com homicídio ou assassinato de seus filhos no caso de o não fazerem. Muitos recitam a crença no islão e são mesmo assim assassinados ou os seus filhos. Também nisto rompem com as regras tal como fazia Maomé!

A judia Safiyya, da tribo dos judeus que se tinham rendido às tropas de Maomé, foi tomada por ele como esposa, depois de ele ter assassinado o marido e o irmão dela no mesmo dia. É óbvio que neste “casamento” se trata de uma violação.

O muçulmano e perito em estudos islâmicos, Prof. Dr. Hamed Abdel-Samad escreve no seu livro “Maomé ” que a razão do sucesso do islão no século 7 vinha do facto de Maomé prometer, aos seus combatentes, as mulheres como despojos de guerra, ou seja, os maridos e os pais eram mortos e suas mulheres e crianças eram escravizadas. O Corão não impressionava quase ninguém, pelo contrário experimentava rejeição. Por isso, Maomé não tinha escrúpulo em empregar a violência e em incluir no seu exército bandos criminosos. Segundo relata o autor, não era o Corão a força que atraia os lutadores da época, mas outros incentivos: as mulheres, as propriedades dos vencidos e o poder.

Um Paraíso sem Deus mas com Sexo sem fim

Quem não tem sorte e morre em batalha adquire o estado de mártir, sendo recompensado com 72 virgens que têm, por sua vez, 70 escravas, cada uma; isto soma um total de 5040 mulheres para cada lutador. É um Paraíso concebido como “bordel celeste”, como escreve Hamed Abdel-Samad e onde não há rasto de Deus. (O paraíso para as mulheres será: estarem à disposição dos homens sem as limitações da menstruação e da gravidez – as virgens, depois de terem tido as relações sexuais com os homens, ficam, de novo, virgens (1).No islão o suicídio é condenado. O assassino perpetrado pelos camicases jiahdistas não é permitido no Islão; é atribuída a qualificação de mártir do Islão àquele que morre em combate pelo Islão.

Astúcia da Política de Casamento para eternizar o Islão

Cientistas do Islão estão de acordo entre si afirmando que o Islão só sobreviveu após a morte de Maomé, também porque os apóstatas eram executados. E uma vez que a religião do Islão se herda automaticamente de pai para filho e os filhos não se podem desligar do islão, está garantida a sua expansão; por outro lado está proibido às mulheres muçulmanas casarem com homens não muçulmanos. Um muçulmano pode casar-se com uma mulher não muçulmana mas um homem não muçulmano que queira casar uma muçulmana tem de se converter primeiro ao islão. Esta estratégia ainda hoje em vigor concorre para o espalhar progressivo do Islão.

Se, no século 7 o Islão, a promessa feita de inúmeras mulheres aos combatentes, como despojos de guerra e a entrega efectiva dessas mulheres a eles, já tornou o Islão tão forte, mais ainda em relação a outros espólios de guerra e ao negócio monetário com a venda das restantes mulheres “capturadas” como escravas; por aqui se pode ver e compreender onde assenta o profundo desprezo pelas mulheres na sociedade árabe e arabizada e como com o seu menosprezo e o comércio com elas contribuiu para o recrutamento de grande número de homens combatentes que viam na sua pilhagem uma grande fonte de poder e riqueza.

A diferença entre a tática de Maomé e o ISIS: O ISIS vende mulheres cristãs, Jesides, e prisioneiras xiitas com numeração através da Internet. Mohammed ainda não tinha estas vantagens técnicas. Estas mulheres sequestradas são violadas todos os dias dezenas de vezes e, em seguida, são consideradas “impuras” e “inúteis”, razão pela qual elas podem ser vendidas. O ISIS, tal como o regime muçulmano do século VII financia-se também com a pilhagem de materiais de suas conquistas. Se observamos a grande parte da história muçulmana, esta passa-se em  conquistas religiosas.

O facto de crentes de outras religiões poderem ser crucificados, está previsto no Corão: “O salário, daqueles que travam guerra contra Alá e contra o Seu Mensageiro (Maomé) e se esforçam por espalhar a corrupção no país, deve ser: que sejam mortos ou crucificados ou que as mãos e os pés lhes sejam cortados alternadamente (primeiro o braço depois a perna oposta seguindo-se o outro braço e a outra perna) ou que eles sejam expulsos do país” (Sura 5, 33-34).Também é ordenada a decapitação: ” E quando encontrardes os incrédulos, então fora com a cabeça até terdes feito uma matança entre eles; em seguida, amarrai a quadrilha! (Sura 47: 4-5).

A base do surgimento expansivo do Islão e do ISIS é o assassinato, a escravidão e o roubo. Entre Maomé e o aparecimento do ISIS ficam 1.400 anos em que o Islão se afirmou e manteve com o fomento do medo conseguindo chegar hoje a quase 1,5 mil milhões de fiéis!

Sem uma análise crítica de Maomé, impede-se o desenvolvimento do Islão e consequentemente o progresso de uma grande parte da humanidade. Continuar a manter a mulher como um meio para atingir um fim significa degradá-la ao papel de vítima ao longo de toda a História, significa oprimir metade da humanidade, significa impedir o desenvolvimento da humanidade, significa impedir a interação equilibrada e justa entre os seus dois princípios da feminilidade e da masculinidade. Neste sentido e não primeiramente devido aos muçulmanos, também a sociedade ocidental, embora proclame alto a igualdade de homem e mulher, concebe-a, porém, em termos de sociedade de matriz masculina. A sociedade muçulmana perpetua o patriarcalismo, e a sociedade ocidental aposta na masculinidade (Só que não está consciente disso, tal como acontece com a sociedade muçulmana não consciente do seu patriarcalismo exacerbado).

O caminho mais nobre para o indivíduo e para as instituições, embora espinhoso, é a procura da verdade. Tenho esperança que, com o tempo, se chegue a um estado de consciência em que o lobo e o cordeiro bebam da mesma água e se banhem juntos no mesmo ribeiro.
António da Cunha Duarte Justo
Teólogo e Pedagogo
www.antonio-justo.eu

(1). Os imãs e peritos islâmicos, para poderem acompanhar o tempo terão de recorrer à interpretação do Corão no contexto do tempo em que foi compilado e declarar muitas das passagens como alegorias. Naturalmente um tal empreendimento não será fácil dado o Corão ser considerado, no islão, a inlibração de Deus, o que fundamenta a posição dos extremistas. Os imãs muçulmanos que são cada vez mais na Europa, em contacto com uma sociedade aberta, não poderão continuar a pregar um islão próprio de sociedades homogéneas fechadas. Consequentemente o islão terá de permitir para a sua religião uma teologia de mãos dadas com a filosofia, tal como é tradição no mundo cristão.
Bibliografia:
Entre outra: O Corão traduzido para alemão (por Muhammad Rassoul).
Hamed Abdel Samad: “Mohamed”, 2015. – “Der islamische Faschismus: Eine Analyse”, 2014. – „Der Untergang der islamischen Welt: Eine Prognose“.
Mark A. Gabriel (antigo imã da mesquita Al Aksha e antigo professor da Universidade de Al Aksha em Cairo): “Islam and terrorism” e “Jesus and Muhammed”.

LIBERDADE DE IMPRENSA NA ALEMANHA EM RISCO PELA PAZ SOCIAL + A EUROPA INVERTE A MARCHA +Outros temas

LIBERDADE DE IMPRENSA NA ALEMANHA EM RISCO PELA PAZ SOCIAL

António Justo

Na noite do ano novo, 1.ooo homens da região árabe e do norte de África atacaram, em Colónia, pessoas que festejavam a passagem do ano velho para o novo, junto da estacão de comboio, sem mostrarem qualquer medo da polícia presente. Atiraram foguetes de artifício contra a multidão cometendo vários delitos; entre outros delitos (80 registados) a polícia refere que 60 são queixas relativas a assédio sexual.

Neste evento onde mulheres foram sistematicamente atacadas, torna-se visível um fraco da política de informação alemã: é de caracter restritivo no que toca a informação que possa prejudicar a imagem muçulmana na Alemanha; a imprensa informou mas, propriamente, só quatro dias depois do acontecido.

Esta atitude que se repete não passou desapercebida ao presidente da fracção FDP (Florian Rentsch) do parlamento do estado do Hesse que criticou a política governamental de limitação de informação relativa ao que se passa nos lares de refugiados. Lamenta não ser facultado o acesso de jornalistas a lares de refugiados, e “assim ser impedido fazer-se uma imagem própria e independente sobre a situação local”. Já a Federação de Jornalistas do Hesse lamenta, desde Agosto, ser-lhe dificultado o acesso directo a informação dos lares de refugiados, onde por vezes, há rebeliões, ataques a refugiados cristãos, violações de mulheres, de meninas e mais ainda de meninos (o que não é estranho em países muçulmanos), etc. Naturalmente os traumas sofridos pelos refugiados em contacto com a guerra e a situação de estresse que viveram até encontrarem uma estadia não fomenta o seu equilíbrio emocional…

Na Alemanha, os partidos CDU e SPD, da coligação governamental, em uníssono com a esquerda, não estão interessados numa informação transparente sobre o comportamento dos refugiados porque receiam que o partido AfD ganhe adeptos vindos das suas fileiras por não estarem de acordo com a situação quase caótica no enfrentamento da crise de refugiados na Alemanha. Uma informação transparente custaria apoiantes da coligação e dos partidos de esquerda, além de tornar o clima social mais instável e denso.

Pessoas mais sensíveis criticam a política de informação na Alemanha estabelecendo uma comparação entre a política informativa de outrora nos campos de concentração e a política de informação relativa aos campos de refugiados: outrora, o povo alemão não devia saber o que acontecia nos “campos” e hoje também não deve saber o que realmente acontece dentro dos campos de refugiados. Nos campos nazis os judeus e dissidentes eram torturados e mortos sem conhecimento da população; hoje refugiados cometem crimes entre eles mas não devem sair a público para não se fomentar racismo. Ontem como hoje tratava-se de proteger o público! De facto, as forças políticas, religiosas e ideológicas do poder na europa insurgem-se contra informação que não beneficie a religião muçulmana e os refugiados.

Procura-se impedir tudo o que possa desestabilizar o sistema e questionar as elites políticas e ideológicas. Na Alemanha o controlo indirecto da opinião pública tem uma certa justificação devido ao caracter popular inseguro que precisa de orientação concreta.

Heinrich Heine dizia no seu exílio em França “Quando penso na Alemanha de noite, Então, perco o sono.” (Denk ich an Deutschland in der Nacht, Dann bin ich um den Schlaf gebracht).
António da Cunha Duarte Justo

A EUROPA INVERTE A MARCHA

Finlândia, Dinamarca e Suécia fecham as fronteiras a refugiados
A Alemanha abriu as fronteiras, sem controlo, aos refugiados da guerra e da pobreza. Muitos refugiados usavam a Alemanha como país de passagem para outros países. Na convenção europeia de Dublin o país de entrada do refugiado é o responsável pela organização do processo de asilo. Como nas fronteiras alemãs deixou de haver controlo e grande parte dos refugiados entrados não era registada, países como a Polónia e a Hungria começaram a protestar estando dispostos a receber apenas perseguidos cristãos uma vez que eram perseguidos por regimes muçulmanos e, na sua lógica, os muçulmanos xiitas e sunitas deverem encontrar refúgio nos seus correspondentes países muçulmanos, coisa que estes não fazem.

A Dinamarca, a Finlândia e a Suécia introduziram controlo nas suas fronteiras para impedirem o acesso a refugiados vindos da Alemanha. Os países nórdicos agravam as leis de asilo condicionando a concessão de benefícios sociais aos refugiados que frequentem cursos de língua e dificultando o reagrupamento familiar.
António da Cunha Duarte Justo

DUPLA MORAL INCONTESTADA

Por um lado, fornecem-se armas, por outro, enviam-se embaixadores da paz

2016 começa mal. As duas potências do Islão, Arábia Saudita e Irão, conduzem uma guerra por procuração na Síria, Iémen, Iraque e Líbia apoiando cada uma a sua facção do islão, sunita e xiita. O preço do óleo subirá e o das armas também.

A Alemanha exportou para armas no valor de 387,7 milhões de euros (em 2014+2015) a Arábia Saudita (exportadora de guerrilhas) Verificamos nações que fornecem armas a apregoar a paz. Por um lado queixam-se da guerra e por outro dos refugiados.Por um lado, fornecem-se armas, por outro, enviam-se embaixadores da paz!

O Papa Francisco apela ”Mercadores da Morte… Guerra à guerra, paz na terra!”
António da Cunha Duarte Justo

ALÍVIOS FISCAIS NA ALEMANHA SÃO NEUTRALIZADOS PELA SUBIDA DE CONTRIBUIÇÕES PARA AS CAIXAS DE PREVIDÊNCIA

Apesar dos alívios fiscais entrados em vigo em 20016 na Alemanha, milhões de trabalhadores não verão o seu ordenado líquido aumentado. Segundo o jornal “Bild” o aumento das contribuições adicionais para o seguro de doença significa, para a média dos consumidores com um ordenado ilíquido médio de 3.000 euros mensais, uma sobrecarga que pode ir até 221 euros por ano. As diversas Caixas de seguro de saúde subiram os contributos entre 0,2 e 0,8%. As Caixas que mais subiram são as que mais membros têm.

Segundo a seguradora AOK, que tem de dar assistência mesmo a quem não contribui, a subida do contributo de seguro de doença deve-se ao deficit de onze mil milhões de Euros. Cada vez há mais pessoas a receber benefícios da Caixa, sem descontarem para ela. Sobre os alívios fiscais cf. https://antonio-justo.eu/?p=3388

FANATISMOS: UMA QUESTÃO DE DENSIDADE!

O fanatismo ideológico da esquerda encontra-se bem distribuído por toda ela; por isso, embora obsessivo, não se nota tanto. Faz parte do seu sustento. O fanatismo da direita concentra-se na sua extrema, sendo aí muito visível mas menos presente na massa. Cada um combate nos outros, à sua maneira, a pobreza que traz dentro de si. É um encurtamento do pensamento quando se reduz a realidade ao vermelho ou ao preto esquecendo que as cores do arco-íris são o que torna a vida mais bela. Os pensamentos por mais contrários que pareçam, tal como as cores são complementares e como tal amigos e não adversários. A liberdade da cultura tal como a multiplicidade da natura precisam de todos, dos mais à esquerda até aos mais à direita! Discutam-se as ideias mas aceitem-se as pessoas que as têm. Vivemos em tempos de crise económica e cultural, o que hipersensibiliza a percepção dos problemas, sejam eles económicos, políticos, sociais ou de imigração. Talvez por isso se ganha a impressão que a opinião pública se parece mover entre um dogmatismo tradicional e um republicanismo jacobino. Os dois fomentam o radicalismo e a intolerância. A tolerância recíproca é a solução para o bom conviver, como reconhecia Lessing no “Nathan, o Sábio”. A opinião segura mas aberta é o pressuposto para o desenvolvimento e a paz.

António da Cunha Duarte Justo

LIBERDADE DE IMPRENSA NA ALEMANHA EM RISCO PELA PAZ SOCIAL – A EUROPA INVERTE A MARCHA – DUPLA MORAL INCONTESTADA

LIBERDADE DE IMPRENSA NA ALEMANHA EM RISCO PELA PAZ SOCIAL – A EUROPA INVERTE A MARCHA – DUPLA MORAL INCONTESTADA

LIBERDADE DE IMPRENSA NA ALEMANHA EM RISCO PELA PAZ SOCIAL

António Justo
Na noite do ano novo, 1.ooo homens da região árabe e do norte de África atacaram, em Colónia, pessoas que festejavam a passagem do ano velho para o novo, junto da estacão de comboio, sem mostrarem qualquer medo da polícia presente. Atiraram foguetes de artifício contra a multidão cometendo vários delitos; entre outros delitos (80 registados) a polícia refere que 60 são queixas relativas a assédio sexual.

Neste evento onde mulheres foram sistematicamente atacadas, torna-se visível um fraco da política de informação alemã: é de caracter restritivo no que toca a informação que possa prejudicar a imagem muçulmana na Alemanha; a imprensa informou mas, propriamente, só quatro dias depois do acontecido.

Esta atitude que se repete não passou desapercebida ao presidente da fracção FDP (Florian Rentsch) do parlamento do estado do Hesse que criticou a política governamental de limitação de informação relativa ao que se passa nos lares de refugiados. Lamenta não ser facultado o acesso de jornalistas a lares de refugiados, e “assim ser impedido fazer-se uma imagem própria e independente sobre a situação local”.

Já a Federação de Jornalistas do Hesse lamenta, desde Agosto, ser-lhe dificultado o acesso directo a informação dos lares de refugiados, onde por vezes, há rebeliões, ataques a refugiados cristãos, violações de mulheres, de meninas e mais ainda de meninos (o que não é estranho em países muçulmanos), etc. Naturalmente os traumas sofridos pelos refugiados em contacto com a guerra e a situação de estresse que viveram até encontrarem uma estadia não fomenta o seu equilíbrio emocional…

Na Alemanha, os partidos CDU e SPD, da coligação governamental, em uníssono com a esquerda, não estão interessados numa informação transparente sobre o comportamento dos refugiados porque receiam que o partido AfD ganhe adeptos vindos das suas fileiras por não estarem de acordo com a situação quase caótica no enfrentamento da crise de refugiados na Alemanha. Uma informação transparente custaria apoiantes da coligação e dos partidos de esquerda, além de tornar o clima social mais instável e denso.

Pessoas mais sensíveis criticam a política de informação na Alemanha estabelecendo uma comparação entre a política informativa de outrora nos campos de concentração e a política de informação relativa aos campos de refugiados: outrora, o povo alemão não devia saber o que acontecia nos “campos” e hoje também não deve saber o que realmente acontece dentro dos campos de refugiados. Nos campos nazis os judeus e dissidentes eram torturados e mortos sem conhecimento da população; hoje refugiados cometem crimes entre eles mas não devem sair a público para não se fomentar racismo. Ontem como hoje tratava-se de proteger o público! De facto, as forças políticas, religiosas e ideológicas do poder na europa insurgem-se contra informação que não beneficie a religião muçulmana e os refugiados.

Procura-se impedir tudo o que possa desestabilizar o sistema e questionar as elites políticas e ideológicas. Na Alemanha o controlo indirecto da opinião pública tem uma certa justificação devido ao caracter popular inseguro que precisa de orientação concreta.
Heinrich Heine dizia no seu exílio em França “Quando penso na Alemanha de noite, Então, perco o sono.” (Denk ich an Deutschland in der Nacht, Dann bin ich um den Schlaf gebracht).
António da Cunha Duarte Justo

A EUROPA INVERTE A MARCHA
Finlândia, Dinamarca e Suécia fecham as fronteiras a refugiados

A Alemanha abriu as fronteiras, sem controlo, aos refugiados da guerra e da pobreza. Muitos refugiados usavam a Alemanha como país de passagem para outros países. Na convenção europeia de Dublin o país de entrada do refugiado é o responsável pela organização do processo de asilo. Como nas fronteiras alemãs deixou de haver controlo e grande parte dos refugiados entrados não era registada, países como a Polónia e a Hungria começaram a protestar estando dispostos a receber apenas perseguidos cristãos uma vez que eram perseguidos por regimes muçulmanos e, na sua lógica, os muçulmanos xiitas e sunitas deverem encontrar refúgio nos seus correspondentes países muçulmanos, coisa que estes não fazem.
A Dinamarca, a Finlândia e a Suécia introduziram controlo nas suas fronteiras para impedirem o acesso a refugiados vindos da Alemanha. Os países nórdicos agravam as leis de asilo condicionando a concessão de benefícios sociais aos refugiados que frequentem cursos de língua e dificultando o reagrupamento familiar.

António Justo

DUPLA MORAL INCONTESTADA
Por um lado, fornecem-se armas, por outro, enviam-se embaixadores da paz

2016 começa mal. As duas potências do Islão, Arábia Saudita e Irão, conduzem uma guerra por procuração na Síria, Iémen, Iraque e Líbia apoiando cada uma a sua facção do islão, sunita e xiita. O preço do óleo subirá e o das armas também.

A Alemanha exportou para armas no valor de 387,7 milhões de euros (em 2014+2015) a Arábia Saudita (exportadora de guerrilhas) Verificamos nações que fornecem armas a apregoar a paz. Por um lado queixam-se da guerra e por outro dos refugiados.Por um lado, fornecem-se armas, por outro, enviam-se embaixadores da paz!

O Papa Francisco apela ”Mercadores da Morte… Guerra à guerra, paz na terra!”

António da Cunha Duarte Justo

ALÍVIOS FISCAIS NA ALEMANHA SÃO NEUTRALIZADOS PELA SUBIDA DE CONTRIBUIÇÕES PARA AS CAIXAS DE PREVIDÊNCIA

Apesar dos alívios fiscais entrados em vigo em 20016 na Alemanha, milhões de trabalhadores não verão o seu ordenado líquido aumentado. Segundo o jornal “Bild” o aumento das contribuições adicionais para o seguro de doença significa, para a média dos consumidores com um ordenado ilíquido médio de 3.000 euros mensais, uma sobrecarga que pode ir até 221 euros por ano. As diversas Caixas de seguro de saúde subiram os contributos entre 0,2 e 0,8%. As Caixas que mais subiram são as que mais membros têm.

Segundo a seguradora AOK, que tem de dar assistência mesmo a quem não contribui, a subida do contributo de seguro de doença deve-se ao deficit de onze mil milhões de Euros. Cada vez há mais pessoas a receber benefícios da Caixa, sem descontarem para ela. Sobre os alívios fiscais cf. https://antonio-justo.eu/?p=3388

FANATISMOS: UMA QUESTÃO DE DENSIDADE!

O fanatismo ideológico da esquerda encontra-se bem distribuído por toda ela; por isso, embora obsessivo, não se nota tanto. Faz parte do seu sustento. O fanatismo da direita concentra-se na sua extrema, sendo aí muito visível mas menos presente na massa. Cada um combate nos outros, à sua maneira, a pobreza que traz dentro de si. É um encurtamento do pensamento quando se reduz a realidade ao vermelho ou ao preto esquecendo que as cores do arco-íris são o que torna a vida mais bela. Os pensamentos por mais contrários que pareçam, tal como as cores são complementares e como tal amigos e não adversários. A liberdade da cultura tal como a multiplicidade da natura precisam de todos, dos mais à esquerda até aos mais à direita! Discutam-se as ideias mas aceitem-se as pessoas que as têm. Vivemos em tempos de crise económica e cultural, o que hipersensibiliza a percepção dos problemas, sejam eles económicos, políticos, sociais ou de imigração. Talvez por isso se ganha a impressão que a opinião pública se parece mover entre um dogmatismo tradicional e um republicanismo jacobino. Os dois fomentam o radicalismo e a intolerância. A tolerância recíproca é a solução para o bom conviver, como reconhecia Lessing no “Nathan, o Sábio”. A opinião segura mas aberta é o pressuposto para o desenvolvimento e a paz.
António da Cunha Duarte Justo
https://antonio-justo.eu/?p=3408

UNIÃO EUROPEIA – UM PROJECTO DOS PAÍSES GRANDES PARA OS GRANDES – POLÍTICA DE ASILO

UE pretende impor novo Direito de Asilo aos Países da Periferia

A União Europeia, ao criar a Zona euro, levou em conta a ruína das frágeis economias dos seus membros da periferia. Agora os países de economia forte, como a Alemanha, atraem os refugiados da guerra e da pobreza e não querem assumir, sozinhos, as consequências da situação criada em África.

A Alemanha por razões humanitárias, de mercado de trabalho e de envelhecimento da população, abriu as fronteiras aos refugiados sem consultar os parceiros europeus provocando uma corrosão do direito que até então regulava a entrada livre, sem controlo de passaportes, só para os países da comunidade. Agora sente-se invadida por mais de um milhão de refugiados em 2015. Como motora da EU, pressiona os seus parceiros no sentido de abdicarem do poder soberano nacional em questões de direito de asilo e fortalecer as fronteiras dos países limites da EU sem compensacoes para os países em situação precária também devida à sua posição geográfica e à reduzida população. Querem ver o direito de asilo centralizado, que seja regulado pela EU e não pelos estados nacionais. Na lógica de atenção aos grandes, o direito de asilo, a criar, deve salvaguardar excepções para a Inglaterra e para a Dinamarca.

Agora que as potências europeias ricas sofrem as consequências, da sua má política, no êxodo de povos para os seus países, pretendem distribuir os gastos da sua integração pelas “aldeias” tentando elaborar um compromisso que implicará novas regulamentações e também a obrigação de cada país membro aceitar um contingente de refugiados a determinar anualmente por Bruxelas na sua política de colonos. Pretende-se alcançar um compromisso até finais de Junho.

Países distraídos e subservientes (devido à corrupção da classe política comprometida que têm) costumam aceitar, em troca de um “prato de lentilhas”, à margem do povo, as regulamentações de Bruxelas sem precaverem as consequências que com elas acarretam para o país.

Enquanto os portugueses se esgotam numa discussão pública partidária esgotante que se pode resumir no mote “o meu partido é menos corrupto que o teu” ou na presunção pessoal “o meu é maior que o teu”, os países ricos da EU trabalham no seu interesse implementando leis que Portugal assina sem discussão e depois o povo e bem pensantes ainda têm a arrogância de dizer que o governo da Alemanha é egoísta por ter olhado pelos seus interesses enquanto a política portuguesa e a opinião pública se contenta com o cantar da cigarra!

Por um lado assiste-se à emigração de pessoal jovem qualificado dos países da periferia (que gastaram imenso dinheiro na sua formação académica) para os países ricos da Europa e estes, que ganham com a guerra e a miséria do povo das regiões muçulmanas, querem, por outro lado, impor aos países carenciados que aceitem o pessoal desqualificado vindo daquelas regiões.

As grandes potências europeias, em colaboração com os USA, fazem o negócio com a exportação de armas em lugares de conflito e com a exploração das matérias-primas africanas, provocando, juntamente com os contraentes regionais muçulmanos sunitas e xiitas, o êxodo de milhões de cidadãos.

A Alemanha, com o caos inesperado dos refugiados em casa, procura defender-se, com Bruxelas, e tentar distribuir os males pelas aldeias, tentando para isso implementar medidas e directivas que imponham os interesses estratégicos, políticos, económicos e geográficos dos países do núcleo contra os da periferia; interesses económicos e estratégicos do centro norte que são antagónicos aos da periferia e que esta mais tarde pagará caro.

Infelizmente, cada país procura na EU as suas vantagens e quem dorme perde o comboio. O núcleo criou o alargamento do seu mercado de alta tecnologia e máquinas para países como a China à custa de estes poderem concorrer com os seus produtos com as economias fracas periféricas. Antes os países fortes em tecnologia recebiam têxteis, peixe, manufacturados e produtos agrícolas de Portugal e de outros países da margem em troca da sua maquinaria para depois com o mercado aberto da UE passarem a receber esses produtos directamente da China por serem mais baratos do que os portugueses; as pequenas e médias empresas portuguesas foram destruídas por não poderem concorrer com o mercado barato chinês. Quem pagou, em grande parte, a factura da entrada dos alemães no mercado chinês foram os portugueses e os países da periferia. Agora com a política de imigração em via, a Alemanha e outras potências preparam-se para ganhar a próxima guerra da concorrência social entre as camadas desprotegidas dos países membros.

Uma sociedade não pode ser governada apenas por interesses económicos; uma EU que se preocupa apenas com os interesses imediatos das suas potências fortes não é digna da cultura europeia donde nasceu; precisa de voltar a uma ética de base cristã que defenda o amor ao próximo, ao estrangeiro e a misericórdia para com todos. Uma política imposta, de cima para baixo, por interesses estratégicos de algumas potências europeias fomenta o cepticismo e ameaça a coesão dos 28 países.
António da Cunha Duarte Justo

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