NÃO A NEGOCIAÇÕES PARA QUE A GUERRA E O GRANDE NEGÓCIO COM AS ARMAS CONTINUEM

Política e Media comprometidos não podendo falar de Paz

Onde quer que o Ocidente interfira, as coisas pioram. O grande jornalista, especialista em geopolítica, DR. Peter Scholatur, que esteve envolvido em todas as guerras do mundo após a Segunda Guerra Mundial, observou que em todos os lugares onde os EUA intervieram, com exceção da Segunda Guerra Mundial, perderam e a situação mundial piorou.

As iniciativas de mediações de paz tomadas pelo Vaticano, tal como as propostas feitas pela Turquia, China, Brasil e pelos 6 países africanos em junho, não foram sequer discutidas nem na política nem nos meios de comunicação social (1).

Por isso qualquer iniciativa de paz ou para pôr fim ao conflito está impedida de ser tratada publicamente porque cada parte está empenhada em impor a sua paz ao outro. Políticos e Media não aceitaram falar publicamente das causas do conflito na Ucrânia nem em iniciativas de paz para que o cidadão não entenda verdadeiramente o que se passa e assim não os obrigue a procurar compromisso que garanta o fim da guerra e uma paz duradoura.

Estão convencidos que o engano a que o povo tem sido conduzido nunca será esclarecido e acontecerá tal como aconteceu com a mentira da guerra no Iraque, do Afeganistão, Jugoslávia, Líbia, etc. Nesta guerra geoestratégica a cumplicidade entre a vontade da elite política e o estilo propagandista dos meios de comunicação social, numa perspectiva militarista, torna-se compreensível porque se as populações estivessem bem informadas a nível de conteúdos não permitiriam aos governos que as metessem na catástrofe em que estão envolvidas.

Assim em cada parte dos blocos se justifica e instiga à guerra. Não se quer a paz entre os beligerantes, quer-se a paz das vítimas. Cada uma das partes quer ganhar e tem potencial guerreiro para isso.

Dos Media depreende-se que estão empenhados em tornar compreensível a guerra e até em justificá-la, por isso insurgem-se contra vozes empenhadas em soluções diplomáticas ou em iniciativas de compromissos; por outro lado, instituições internacionais limitam-se hipocritamente apresentar a afirmações de caracter moral usadas como alimento para eufemismos jornalísticos actuarem como bálsamo para inocentes. O discurso de paz ou de cessar-fogo incomoda e conduz à difamação de quem se atreva a ele.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

(1) Às insurreições instigadas pelos EUA e começadas em 2013 contra o presidente ucraniano amigo da Rússia, seguiu-se a reação russa de anexação da Crimeia; depois seguiu-se a guerra civil com 17 mil mortos, transformando-se em conflito aberto entre a Federação russa e a OTAN; finalmente dá-se a “intervenção” russa em fevereiro de 2022. A cruzada da liberdade iniciada pela OTAN contava continuar a aumentar o seu território militar o que a participação na guerra se torna uma obrigação além de possibilitar a renovação do seu arsenal militar.

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Publicado por

António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

20 comentários em “NÃO A NEGOCIAÇÕES PARA QUE A GUERRA E O GRANDE NEGÓCIO COM AS ARMAS CONTINUEM”

  1. GEORGE SOROS ENTRE OUTROS SATÂNICOS QUER CONTINUAR COM O NEGÓCIO TRILIONÁRIO DA GUERRA.
    NINGUÉM FALA DE PAZ, SÓ QUEREM É MANDAR MAIS ARMAS.
    ISTO TEM QUE PARAR, JÁ NINGUÉM ACREDITA NO PALHAÇO JUDEU QUE ESTÁ A SACRIFICAR O SEU PRÓPRIO POVO.

  2. Tex Willer , isto está mau! A Ucrânia, como já dizia em 2014 só teria uma saída se fosse uma confederação em que as zonas de influência russa fossem respeitadas. Desde a União da Alemanha a OTAN tem adquirido território em direcção à Rússia contra tudo o contratado. É uma desilusão ver como os EUA e seus acólitos se comportam e de maneira hipócrita ainda conseguem, através de uma informação tipo propaganda, levar os povos a apoiá-los, porque a informação que têm é unilateral. Por isso torna-se difícil haver conversações dado os cidadãos em geral terem sido transformados em regimento dos falcões e dos que querem uma guerra contra a humanidade e à custa do povo!

  3. Tem um défice cognitivo, não são os EUA que estão em guerra, mas a Rússia e a Ucrânia.
    Negociações de paz? Com certeza, quando o último soldado russo sair da Ucrânia, Crimeia incluída.

  4. O défice que é obrigado a constatar não me admira nem preocupa porque é igual à opinião do Mainstream resultante de uma informação indiferenciada e em grande parte tipo propaganda. Admirar-me-ia se expressasse uma opinião diferenciada própria.

  5. António Cunha Duarte Justo os russófilos, dessa área obscura em que nacionalistas e comunistas se confundem, se pudessem entregavam as soberanias de toda a Europa Ocidental à Rússia, são sacerdotes ao serviço do fascismo imperialista russo.

  6. José Luís Caldeira Fernandes , esse é o discurso da guerra que os doutrinados socialistas e os doutrinados capitalistas advogam quer estejam de um lado ou do outro das trincheiras! O interesse no discurso da guerra e não da paz só poderá interessar aos que vivem bem quer dos abusos do capitalismo quer dos abusos do socialismo. O povo é apenas tapete para eles e para os seus bandeirantes! Nenhum imperialismo é bom seja ele russo, americano ou europeu nem um justifica o outro.A guerra é o negócio dos grandes e quem morre são os filhos do povo, os soldados, e quem paga a conta são os contribuintes.

  7. A Paz não traz dinheiro, por isso ninguém tem interesse ! O cão de estima da América é só abrir a boca a Europa vai logo levar a papinha para ele se calar. Mas o animal está tão bem treinado, que amanhã ladra outra vez.

  8. Infelizmente, por vezes até parece que quem fala de paz e a quer é um “anticristo”, e ser “cristo” é guerrear, matar. Deve ser por isso que a indústria armamentista é a mais lucrativa de todas as industrias.

  9. É preciso ter cérebro de galinha para alguém escrever um artigo destes. Aqui não pode nem devem haver “negociações”. Solução única é Putin retirar os seus soldados do territorio que invadiram contra todas as normas e leis internacionais que até a Rússia assinou garantindo a soberania e independência da Ucrânia. – um país soberano independente, a Ucrânia. Para tanto não existe nenhum fundamento para “negociações”. Aqui não há negócios a discutir.

  10. Olá Anónimo,
    É natural que, comentário de alguém cuja opinião é formada apenas no galinheiro de informação-propaganda, não consiga sequer imaginar ideias nem narrativas que venham doutros galinheiros e por isso só conheça a narrativa do galinheiro para o próprio galinheiro. A obstinação numa opinião e a dependência ideológica são de tal ordem que reduzem tudo a uma existência galinácea incapaz distinguir nem de ver outros pontos da realidade. Os habitantes do galinheiro passam a pensar num esquema de ciclo fechado de sim-não, bem-mal. Não é de admirar porque prisioneiros de um pensar a preto e branco não imaginam sequer o espectro das cores do arco-íris.
    Em vez de se discutirem textos, factos e afirmações ouvem-se as costumadas mantras como dogmas do politicamente correcto transmitido pelos altifalantes da informação, passando assim tudo a pensar da mesma maneira deixando-se levar na enxurrada do Mainstream com a satisfação vinda do calor da levada..

  11. Kiev/Moscou – 500 dias atrás, o mundo acordou com um choque: soldados russos invadiram a Ucrânia na noite de 24 de fevereiro de 2022 – simultaneamente do sul, leste e norte. Foguetes caíram sobre Kiev, as pessoas fugiram para os bunkers. O objetivo de Putin: tomar a capital ucraniana de Kiev e derrubar o governo de Volodymyr Zelenskyy. Um sucessor de Zelenskyj pela graça da Rússia aparentemente já devia estar disponível.

    Mas tomar Kiev falhou – como todos os objetivos que o presidente russo Vladimir Putin tinha na guerra da Ucrânia desde que Moscou iniciou a guerra da Rússia contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. É assim que os especialistas militares do think tank norte-americano “Institute for the Study of War” resumem em uma análise atual. “Os militares russos pretendiam capturar Kiev em três dias, mas falharam em atingir qualquer um de seus alvos na Ucrânia”, escrevem as análises.

    O factor decisivo foi a “determinada e hábil resistência ucraniana”. Graças a isso, as ofensivas da Rússia na guerra da Ucrânia entraram em colapso – acima de tudo a ofensiva em Kiev. Mas no outono passado a Ucrânia também conseguiu recapturar regiões que a Rússia havia conquistado temporariamente – por exemplo, as regiões de Sumy e Chernihiv, bem como partes das regiões de Kharkiv, Cerhson e Mikolajiv.

    +++A resistência bem-sucedida dos ucranianos continua, então os especialistas militares dos EUA estão optimistas. Em muitas partes da linha de frente, a Ucrânia ganhou vantagem na situação atual na guerra da Ucrânia. Atualmente, está em andamento uma contra-ofensiva ucraniana, que fica aquém das expectativas muito altas, mas na qual a Ucrânia consegue repetidamente fazer avanços individuais e ganhar terreno. De acordo com o ISW, o exército russo, por outro lado, está actualmente concentrado principalmente em “manter os territórios ucranianos que ainda ocupam”.

    +++De acordo com a história da guerra na Ucrânia, as entregas de armas ocidentais foram cruciais para a Ucrânia se defender contra a anexação russa. A tarefa agora é “libertar áreas estrategicamente importantes” que a Rússia ainda ocupa. A actual decisão dos EUA de entregar munições cluster à Ucrânia sob certas condições está causando polêmica. Embora a própria Rússia use a munição proibida internacionalmente, Moscou a condenou veementemente.

    +++No 500º dia desde o início da guerra na Ucrânia, Zelenskyj enfatizou a vontade de perseverar de seu país. A Ucrânia “nunca será conquistada pelos ocupantes, porque somos a terra dos bravos”, disse Zelenskyy em um vídeo que o mostra visitando a simbólica Ilha das Cobras no Mar Negro. Enquanto isso, a ONU condenou as consequências da guerra. De acordo com a missão da ONU HRMMU, mais de 9.000 civis foram mortos desde o início da invasão russa.

  12. Há quinhentos dias o mundo acordou com um choque porque surpreendido com a invasão russa na Ucrânia (24.02.2022); esse choque deu-se porque o mundo tinha dormido desde 2013 e hipocritamente não tinha sido chocado com o que realmente acontecia na Ucrânia porque isso desvendaria a máscara da estratégia ocidental usada para desestabilizar povos em seu favor. Por isso os Media só estavam interessados em interpretar o facto da intervenção para poderem enganar o povo indefeso e sem pré-informação. Esta intervenção intolerável da Rússia na Ucrânia é condenável tal como outras intervenções de Kiev e de estrangeiros a actuar no país durante longos anos contra a população russa da Ucrânia.
    É provável que o objectivo de Putin ao atacar Kiew fosse derrubar Zelensky para colocar um presidente amigo da Rússia. O mesmo tinha feito os EUA/NATO com tática refinada e hipócrita em relação à comunidade mundial. Conseguirem através do Euromaidan depor em 22 de fevereiro de 2014 o presidente ucraniano Viktor Yanukovych por ser amigo da Rússia e não querer aceder à desistência de manter a Ucrânia como país neutro, quando o Ocidente queria que a Ucrânia entrasse na NATO/EU.
    Putin não contava que a EU e os EUA defendessem os seus interesses geopolíticos na Ucrânia como estão a fazer e por isso quem mais perderá será o povo ucraniano e o europeu.
    A luta geopolítica da Federação russa e da NATO na Ucrânia é o Cavalo troiano deles numa Ucrânia que deveria ser neutra e um Estado federal, como eu já defendia em 2014. É mais um acontecimento histórico que ficará a pesar na consciência dos envolvidos e que pretende arrumar de vez a Europa como Bloco autónomo para o subjugar totalmente aos EUA precisamente num momento em que a hegemonia americana deixará mundialmente de existir para dar lugar a um mundo multipolar em que a Europa poderia ter um lugar relevante mas com o bloqueio económico deixou-se definitivamente subjugar aos EUA. Tudo na Europa é distraído a falar da Rússia e da Ucrânia quando o que está em jogo é o papel da Europa que para ser grande nas constelações dos próximos blocos mundiais (multipolaridade) só o poderia ser, a valer, com a Rússia dado uma e outra fazerem parte da Ásia. Com isto penso contribuir para se pensar sem se ter necessidade de se sujar ao tomar partido pelo Diabo ou por Belzebu

  13. É bem por ai, infelizmente. Por isso, não faltam aves agoirentas que tornam o não louco em louco e mateêm os loucos na loucura.

  14. Algumas vezes, a culpa foi da ingerencia (ma) dos EUA. No entanto, se nao fossem eles a pegarem o toiro pelos cornos algumas vezes, ja nao viviamos como Cidadaos livres.

  15. Jose Soseiquenadasei Soseiquenadasei , sim tudo isso é compreensível. Para mais num mundo que se afirma pela lógica do poder e do confronto e não por uma cultura de paz! Mas a questão aqui é os meios de comunicação oficiais não falarem de assuntos que poderiam possibilitar no cidadão a formação de mentes críticas.

  16. António Cunha Duarte Justo O Mundo, sempre se guiou pelo confronto de exercitos. A politica, leva quase sempre a guerra. O ultimo caso, e a guerra na Ukrania. Nao sao os jornalistas que, podem informar massivamente os Cidadaos…se o tentassem fazer, teriamos de falar e ouvir ininterruptamente durante os dias e as noites. As pessoas actualmente, tem outros meios para se informarem.

  17. Jose Soseiquenadasei , sim, também em geral os jornalistas estão dependentes de quem lhes dá o pão e do grupo-alvo a que se dirigem! Os diferentes meios de informação são um enriquecimento para a pluralidade de informação que poderá ajudar os receptores de informações a formar uma ideia mais diferenciada. O problema será conseguir-se hoje como ontem libertar do mainstream dominante. Para se tentar ter uma visão mais aproximada dos factos (não da interpretação deles apresentada) será necessário observar de longe a maior parte das narrativas circulantes. Assim para se ter uma visão mais adequada, por exemplo, da revolução francesa (mais propriamente do 14 de Julho) será necessário ter-se em vista a narratida positiva oficial dos vencedores e a negatividade que os acompanhou! Da história, geralmente só fica na memória a parte soalheira dos vencedores sendo relegada para o esquecimento a parte sombria dos vencedores! Isto repete-se de maneira sustentável ao longo da História, o mesmo se diga relativamente ao 25 de Abril, porque pelos vistos é uma qualidade humana e também do povo recalcar os aspectos negativos, quando uma sociedade adulta deveria confrontar-se a si mesma com os aspectos positivos e negativos e assim não ter de viver num permanento auto-engano!

  18. Amigo e condiscípulo António Justo
    Em política o que parece é ! Ainda bem que não és politico…quando se escreve que “onde o Ocidente interfere militarmente, as coisas pioram”, o escriba está a tirar uma conclusão apriorística que, por não ser fundamentada, não passa de um sofisma !
    Quando citas o Peter Scholatur para a tua asserção, afundas a tua conclusão, ao tomares o particular (EUA) pelo todo (Ocidente) !
    Apesar de ambos já termos escrito sobre a “questão geoestratégica” da invasão da Ucrânia, em que evidencias as tuas simpatias pelo invasor, agora vais mais longe ao culpares o Ocidente por não aceitar as iniciativas de Paz dos países filo-russos? Do Presidente comunista do Brasil e dos restantes países Comunistas ou párias e cleptocratas?!
    OH Justo” in hoc non laudo” porque não analisas os efeitos daquelas iniciativas de paz e, sobretudo , por meteres no mesmo saco o “Vaticano” que, através do Papa Francisco condenou há muito a invasão e o que pede é que os russos voltem para onde vieram!
    E por aqui me fico oh Justo, porque sei que no fundo, não pretendes chamar à colação os critérios cristãos de “guerra Justa”, à “invasão justa” !
    Um abraço

  19. Caríssimo amigo

    A frase “em política o que parece é” para ter uma perspectiva verdadeira terá que ter em vista o contexto em que é aplicada. Dado hoje a percepção pública influenciar muito os políticos, estes moldam os seus discursos de maneira a parecerem positivos e em sintonia com o que o eleitorado deseja. A frase terá a sua validade na medida em que a imagem pública (opinião das pessoas) é que irá determinar a “realidade” política separadamente do que a política faz!
    Todo o espírito crítico não pode isentar a política como se fosse um sector onde não há manipulação da informação e desinformação e isto porque é da natureza da defesa de interesses criar-se aparências ou distorções para beneficiar certos atores políticos e prejudicar seus adversários.
    No discurso político, a que estamos habituados, é notória a tendência das partes para justificarem acções hediondas e as fazerem acompanhar com rectóricas de valores éticos positivos o que leva uns e outros a caírem numa atitude de bisbilhotice tendente a encobrir os verdadeiros interesses que se encontram por trás de muitas das acções políticas e das suas declarações públicas. Os políticos do topo investem na bisbilhotice pública, fazendo lembrar a dona de casa que de vez em quando lança uma mão cheia de grãos no galinheiro e deste modo cala o incómodo barulho da capoeira.
    Os meus textos pretendem precisamente levar à reflexão porque nem sempre o que parece é necessariamente verdadeiro ou reflete a realidade. Importante é tentarmos sempre procurar a verdade na consciência de que não a temos (eu estou consciente que apresento apenas uma perspectiva da realidade) e por isso também estarmos conscientes das estratégias de manipulação política que podem estar em jogo tanto da parte da NATO como da Federação russa no emaranhado geopolítico em que estamos metidos e que faz prever grandes desgraças mesmo a nível mundial.
    Daí o que dizes ser um aspecto importante a ter em conta numa reflexão política, mas sem a necessidade de desfazer a outra perspectiva que apresento, não com a intenção de criar prosélitos de uma ou outra facção rival, mas para que todos participemos no discurso político público de maneira a poder-se garantir que a política seja conduzida de forma justa e responsável.
    A busca de informações de fontes confiáveis exige de todos nós espírito crítico e a consciência das estratégias de manipulação política em jogo usadas pelos contraentes para imporem os seus interesses quer de um lado quer do outro.
    Isso pode ocorrer através da disseminação de notícias falsas, discursos enganosos ou mesmo por meio de aparências superficiais, como ações simbólicas que parecem demonstrar comprometimento com certos valores ou questões.
    Não há política de cara lavada. Não pretendo lavar a sujidade do bloco NATO com a sujidade da Federação russa, nem vice-versa. O que pretendo é apresentar aspectos ou reflexões que nos nossos meios de comunicação se evitam numa meada da interpretação dos factos de tendência utilitária perspectivista.

    Quanto à guerra geopolítica a desenrolar-se na Ucrânia é uma guerra injusta também porque, no meu entender, não haverá hipótese de haver um vencedor de mãos limpas e as consequências (tidas como justas!) serão uma guerra mundial. O que na Ucrânia aconteceu desde 2014 com a guerra civil em que foram mortos 14 mil civis e 4 mil soldados e de que não se falava e que eu em artigo de 2014 previa tornar-se num conflito mundial, só mostra a barbaridade das partes envolvidas (Rússia, EUA, EU e os interesses de certos oligarcas ucranianos e outros a eles unidos) sem ter em conta os interesses das populações ucranianas. Segundo afirmações de políticos responsáveis ocidentais (Ângela Merkel) os acordos Minzk 1 + 2 foram apenas para EUA e EU ganharem tempo e não para se criar paz; por isso não foi cumprido! O sofrimento humano e a destruição em via deveriam levar a parte mais humana a fomentar compromissos de paz! Guerra cria mais violência e injustiças. O poder, o negócio e os interesses económicos são os impeditivos para iniciativas de diplomacia e de mediação.
    Forte abraço

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