25 DE ABRIL NO CHEIRO DA COR DO CRAVO

NO CHEIRO DA COR DO CRAVO
A história do meu povo
Ainda está por contar
Ela corre no Douro e Tejo
Em busca do Sol no mar.
.
No rasto da ditadura
Da ditadura se vão
Os abutres de Abril
À conquista da nação
.
Cívicos de profissão
Os pupilos da revolta
No cheiro se vão
Do cio do cravo
.
Em togas de doutores
Todos andam enfeitados
Com os cravos roubados
Nas promessas do Abril
.
Abril beijo de liberdade
De lábios em movimento
Num Estado embrulhado
De falas sem pensamento.
.
Falta dele o despontar
De um sonho por abrir
De uma carta por sonhar
Abril anda triste sem florir
.
Do povo fica a marcha
Da nação a desobriga
Da liberdade a cantiga
Dos heóis de Abril a lábia
.
Na cidade passa agora
Um cheirinho a demónio
Anjos de ontem na onda
Dos tempos do António
.
A história do meu povo
Ainda está por contar
Ela corre no Douro e Tejo
Em busca do Sol no mar!
António CD Justo
In “Pegadas da Poesia”, Oxalá Editora, 2018
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Publicado por

António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

17 comentários em “25 DE ABRIL NO CHEIRO DA COR DO CRAVO”

  1. Lindo poema. Gostei de ler. Feliz dia de terça feira, com muita saúde, fé e esperança. Boa semana

  2. Parabéns
    por haver alguém a dar um sinal do dia útil no dito 25 de Abril.!!!.
    Que belas pegadas, escritas em género de poesia… Claro.!. Isto só p’lo Justo do nosso dia.. Tavez na esperança de haver mais verdade nesta nossa Democracia .!. Será ?
    Pudera ! Portugal bem precisa de outro dia…
    FB

  3. Manuel Saraiva Borges , obrigado! Hoje mais que “sempre 25 de Abril” precisa-se sempre liberdade! Precisa-se mais responsabilidade porque a liberdade que o povo gritava em marcha encontra-se hoje mais que nunca ameaçada. Gritar “sempre 25 de Abril pode ser um apoio a tanta corrupção instalada no sistema.

  4. Muita coisa falta conquistar, mas é precisamente o que falta que serve para avisar que a democracia não é dado adquirido é luta constante pela manutenção da mesma e em especial contra aqueles que se servem dela e usam o nome dela para a destruir (“Na cidade passa agora
    Um cheirinho a demónio
    Anjos de ontem na onda
    Dos tempos do António.”) Bom dia, abraços.

  5. Nelson Luis Carvalho Fernandes , é verdade! Enquanto uma sociedade passar o tempo a olhar para a esquerda e para a direita fixando-se demasiadamente nelas perde rumo não se dando conta que tem que caminhar com as duas! Abraço amigo.

  6. Céu Almeida , desorientar e atrapalhar o cidadão é o objectivo de muitos servidores de sistemas e ideologias ditadas por agendas que pretendem instalar uma outra civilização e a civilização ocidental em vez de corrigir os próprios erros encontra-se amarrada a organizações e ONGs globais! Os detentores do poder político estão mais interessados no poder e na sua ordem do dia e por isso falam do 25 de abril de maneira enfática porque se se cumprise o 25 de Abril teríamo-nos tornado uma segunda Cuba! Mesmo os que se esforçaram por moderar o extremismo inicial não conseguiram tirar do prólogo da Constituição o objectivo que ela expressa como meta e que é o estabelicimento de uma sociedade socialista em Portugal. Sem notarmos estamos todos socialmente a ser mais controlados e cada vez com menos liberdade individual e institucional a caminho de uma sociedade com um regime como o chinês!

  7. Para mim, sintomático e doloroso é o facto de no prólogo da Constituição ainda se manter como meta fazer de Portugal uma sociedade socialista; o que condiciona o trato e a relação das instituições entre elas sob o manto comunista. Também por isso a esquerda socialista se sente ser a defensora arrogante da liberdade e se permite ser corrupta não ficando atrás de hábitos de alguns países africanos. Quem vê de fora a política de gestão do pessoal de Estado fica envergonhado. Sabendo porém que os socialistas são os donos da mentalidade normal portuguesa por terem bons lobistas em Bruxelas na grande irmandade socialista. Se antigamente a política portuguesa era subsidiada pela religião agora encontra-se minada pela maçonaria e o iluminismo do Marquês!

  8. António Cunha Duarte Justo, muito bem , mas quanto às minas, oh as minas ! As minas dão bons minérios e são profundas … não vá o diabo tecê-las , mas se não fossem elas, nem os romanos tinham ficado por cá e feito as cidades que fizeram!!! Um Abraço caro amigo !

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