AS CONTAS FACEBOOK TÊM DE SER DISPONIBILIZADAS AOS HERDEIROS DO USUÁRIO

Tribunal: Direito de Acesso aos Conteúdos digitais de Usuário falecido

António Justo

O contrato do usuário com o Facebook em caso de morte passa para os herdeiros, sentenciou o Tribunal Federal Alemão.

A conta do Facebook e o acesso aos conteúdos digitais herdam-se tal como se pode herdar um diário, etc.

A sentença (Az. III ZR 183/17) cria segurança legal para os herdeiros também no mundo digital. No caso dos sobreviventes quererem, o Facebook, etc, não podem manter os conteúdos sob bloqueio.

Geralmente, quando uma conta deixa de ser usada, o perfil é automaticamente “congelado„ até que o dono do perfil exija que seja apagada.

Durante anos de processo judicial, o Facebook (argumentando com razões de privacidade) negava-se a dar acesso à conta Facebook, aos pais de uma jovem que morrera com 15 anos. No caso em tribunal, os pais queriam clarificar as circunstâncias da morte da sua filha.

O tribunal contrariou a argumentação do Facebook, dizendo que o remetente de uma mensagem pode confiar que uma mensagem chegue à conta de um usuário específico, mas não a uma determinada pessoa. O tribunal também não aceitou a diferenciação entre conteúdos mais ou menos pessoais. A lei de herança não permite tais discernimentos.

Precisa-se da mesma segurança legal também na regulamentação europeia.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

A FACTURA DA “PROTECÇÃO” AMERICANA AOS PAÍSES DA NATO

Trump acredita mais nos Dólares que nos Argumentos

 

António Justo

Em 2018 os gastos na defesa distribuídos pelos 29 parceiros da Nato situam-se entre 3,5% e 0,55% do produto interno bruto de cada país membro.

Assim, temos os USA com 3,5%, Grécia 2,27%, Estónia 2,14, Grã-Bretanha 2,10%, França 1,81%, Turquia 1,6%, Portugal 1,36%, Alemanha 1,24%, Itália 1,15%, Espanha 0,93%, Bélgica 0,93% e Luxemburgo 0,55%.

Trump, com a sua exigência de subida dos gastos militares, para um mínimo de 2% do PIB, coloca a aliança atlântica sob enorme pressão.

A Alemanha gasta 1,24%do PIB na defesa, o que corresponde a 51 mil milhões de euros, os USA 604 mil milhões, a Grã-Bretanha 53 mil milhões, a França 53 mil milhões, Itália 22 mil milhões e os restantes 24 países da Nato 100 mil milhões de euros.

Donald Trump ataca verbalmente a Alemanha, exigindo, especialmente, de Merkel um aumento para 2% da produção económica anual do país (o orçamento de defesa atualmente com 38,5 mil milhões teria de passar para 68,5 mil milhões).

Trump quer, com a sua iniciativa, certamente, criar a impressão que age altruisticamente pretendendo provocar muito mais investimentos em armamento para garantir a promoção  da indústria de armas….

Na imprensa falou-se muito da sua ameaça de retirar as suas tropas da Europa, o que não passa de bisbilhotice supérflua. A retirada de tropas da Europa e da Ásia seria um grande indicador da abdicação gradual da potência mundial (USA) o que certamente não é de crer que acontecerá. Que Trump exija maior empenho dos Europeus é natural da sua estratégia de aliviar o orçamento dos USA na NATO para ter dinheiro disponível para uma estratégia global adequada às novas regiões emergentes.

A entrega da nossa soberania aos USA é real se tivermos também em conta o número de soldados estrangeiros numa Alemanha que marca o pulsar da Europa. No ano 2017 o montante era de 40.763 soldados, destes 35.800 eram soldados americanos e 47.440 empregados civis. Porém, é de não esquecer que em 1990 os USA tinham um total de forças armadas na Alemanha (de 227.586 militares), que incluindo funcionários civis americanos e membros da família chegavam a atingir mais de 570.000 pessoas. Entretanto, com a queda da União Soviética, a estratégia militar modifica-se necessariamente.

As maiores instalações das forças armadas dos EUA na Alemanha são:

Comando Europeu em Stuttgart ((EUCOM) – Stuttgart-Vaihingen)

Comando para África em Stuttgart (AFRICOM) – Stuttgart-Möhringen

A sede do Exército da Europa em Wiesbaden(US Army Europe, USAREUR) – Wiesbaden-Erbenheim

Comando da marinha em Böblingen (United States Marine Corps Forces Europe, USMARFOREUR) – Böblingen

A Base Aérea de Ramstein (United States Air Forces in Europe, USAFE) – Ramstein

A Base Aérea da NATO em Geilenkirchen NATO Air Base Geilenkirchen (Standort der AWACS-Flugzeuge) – Geilenkirchen

Hospital das Forças Armadas dos EUA em Landstuhl Landstuhl Regional Medical Center, LRMC (Lazarett der US-Heeresstreitkräfte) – Landstuhl

O Pentágono tem o mundo dividido em seis comandos regionais, e em cada um dos quais todas as forças armadas norte-americanas estão sob o seu comando: o NORTHCOM é responsável para os EUA, Canadá e México, o SOUTHCOM pelo Sul e América Central, o PACOM pela Índia, a China, o resto leste da Ásia e Pacífico, incluindo a Antártida, o CENTCOM pelo Egito, a península Arábica e as zonas de crise e de guerra no Oriente Médio, o AFRICOM para a África sem Egito e o EUCOM para a Europa, incluindo a parte asiática da Rússia e Turquia.

Para sermos realistas seria de concluir com o lema (grito de guerra) que se usa no Afeganistão em relação aos americanos e aos europeus: vós tendes os relógios e nós o tempo!

Se continuarmos como até aqui nem o médico nos poderá ajudar!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

O ISLÃO EXTREMISTA AVANÇA A TROCO DO DINHEIRO ÁRABE

Nova Forma da Colonização: Mesquitas em vez de Feitorias

 António Justo

Os Estados Árabes do Golfo e o Paquistão procuram invadir culturalmente o Madagáscar (situado na costa leste de Moçambique) através da promoção do islão extremista e aplicando grandes somas de dinheiro também num projecto de construção de duas mil mesquitas. Isto faz parte do seu programa de arabizar a África através de uma colonização interna.

As ligações ao mundo islâmico internacional pioram a situação em regiões onde o islão vivia pacificamente.

A estratégia é, a longo prazo, organizar xeicados e sultanados.

Arabizar a África e recuperar a Europa

A tática islâmica revela-se inteligente, em prol da sua expansão, dado a população de Madagáscar com 25 milhões de habitantes ser muito fértil.  Segundo a previsão da ONU,  para o ano 2050 espera-se para o Madagáscar uma população de mais de 53 milhões e para o ano de 2100 aproximadamente 98 milhões.

Atualmente a distribuição das crenças da população do Madagáscar é de 52% de crenças indígenas (animismo, adoração ancestral), 23% Católica Romana, 18% protestantes e 7% do Islão (especialmente no Norte e no Oeste).

O estratagema usado pela comunidade islâmica concentra-se na promoção da natalidade, emigração, fomento de grupos radicais (do tipo salafista, irmãos muçulmanos, etc.), projectos de construção de mesquitas a nível global e vinculação rigorosa às práticas de Maomé, da Sharia e de um islão do lenço na cabeça.

Como o Islão é uma religião política que defende a posição do mais forte, encontra o beneplácito das oligarquias seculares mundiais (nova ordem mundial!) que se mantêm nos bastidores da sociedade e se querem ver livres da resistência que lhes oferecem Estados nações, democracias, inteligência e direitos humanos. A desestabilização da sociedade europeia, ainda bastante homogénea a nível cultural, é um dos objectivos prioritários da oligarquia económica e ideológica mundial que, para isso, se serve das contendas entre xiitas e sunitas e da desestabilização da vizinha África.

Cultura ocidental e nações devem ser enfraquecidas através de imigração descontrolada, da marxização da cultura e do estabelecimento de redes de poderes supranacionais com multiplicadores do tipo boy!

O aiatola Khomeini, iniciador da Revolução Islâmica xiita em 1979, provocou uma grande concorrência entre as fracções xiita e sunita do islão. A estratégia competitiva serve-se da guerra e da guerrilha para favorecer sociedades monoculturais (o pluralismo cultural da Síria não agradava ao mundo xiita nem ao mundo sunita!); a estratégia islâmica de uso da guerrilha em países ou regiões com mais de 20% muçulmanos tem resultado como acto da colonização interna de países da África e fora de África como colonização interna indelével das sociedades onde se encontram, a partir do gueto. Sociedades africanas onde o islão e outras religiões viviam em paz passaram a ver os seus chefes moderados serem substituídos por chefes e grupos radicais.

A Liga árabe dividida entre si, mas una nos seus objetivos hegemónicos, para consolidar e expandir o seu poder, faz uso das suas finanças e da política de fomento da guerrilha, da procriação e da emigração, como meios eficientes de invasão suave e doce em regiões onde, de outro modo, não teria hipótese de expansão. Os dólares do petróleo tornam-se no tapete vermelho árabe que penetra no âmago dos governos europeus.

Os magnates do corporativismo de interesses da economia mundial veem na islamização da Europa uma oportunidade para moderar as exigências de uma sociedade branca já demasiado avançada e complicada para poder ser facilmente governada.

O Ocidente, donde atuam, está apenas concentrado na ganância do lucro económico e, consequentemente, no enfraquecimento das nações e da consciência europeia. Para isso, privilegia a proletarização da cultura europeia para, num futuro propício, mais facilmente poder impor um sistema oligárquico a nível mundial; os valores cristãos da soberania dos direitos humanos (liberdade, dignidade inviolável humana, fraternidade, autonomia da consciência) expressos na cultura europeia são, para os fazedores da nova ordem mundial, „demasiadamente” responsáveis e responsabilizadores! Tal moral e tais valores tornam-se indesejáveis para os construtores de uma monocultura que se quer “latifundiária” com pessoas simples e com uma moral simples baseada apenas no estabelecimento de interesses meramente corporativistas (como preconizam as redes maçónicas de caracter meramente elitista). A pessoa, os direitos humanos, as democracias, são considerados um estorvo a evitar.

A Europa argumenta, em política de imigração de refugiados, orientar-se pela ética cristã (em nome da qual Ângela Merkel abriu incontroladamente as fronteiras aos muçulmanos). O trágico da situação é que, em nome da ética cristã ou dos valores europeus, a classe política prepara a destruição desses mesmos valores (religiosos e seculares), reservando-se para ela a colonização económica e cedendo aos outros a colonização cultural.

Precisa-se de uma nova mentalidade política aberta e responsável, mas que exija responsabilidade e abertura a quem entra. Doutra modo orquestramos uma cultura de queixosos, com uma classe estabelecida que se queixa do povo e de povo que se queixa dos responsáveis políticos e imigrantes que, no meio de tal confusão, se afirmam contra uns e outros!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do tempo,

 

INÍCIO DE UMA NOVA ERA COM O CONFLITO COMERCIAL USA/CHINA

Donald Trump expressa a Urgência de Mudança

António Justo

A partir de hoje, os EUA cobram 25% de impostos especiais sobre 800 produtos de importações da China, no valor de 34 bilhões de dólares, e a China contrarreage com medidas semelhantes. (Donald Trump iniciou uma reforma tributária que vai contra o globalismo liberal em que a Europa tinha apostado.)

Certamente, os Estados Unidos fizeram contas e verificaram que em poucos anos seriam ultrapassados pela China e como sistema democrático não têm as mesmas potencialidades operativas como a ditadura comunista-socialista chinesa.

Por agora, neste jogo a China tem muito menos trunfos porque, enquanto os USA em 2017 exportaram mercadorias no valor de 130 bilhões de dólares para a China, a China exportou mercadoria para os USA no valor de 500 bilhões de dólares.

12% da economia dos USA vive da exportação e a China de 20%.

A China tem de comprar mais nos USA. Isto mete medo também aos europeus.

Também a economia alemã está muito dependente da exportação: as exportações de bens na Alemanha estão acima das importações; por isso a economia alemã tem imenso medo das medidas protecionistas em via nos USA. Na Alemanha quase um em cada quatro empregos depende das exportações.

Em 2017 a Alemanha exportou mercadorias no valor de € 1,279 bilhões (€ 1.279 mil milhões de euros) e, em contrapartida, importou bens no valor de € 1,034 bilhão.

Numa altura em que a economia mundial se encontra muito determinada pela globalização liberal determinada pelos magnatas universais do capital, será de duvidar que um país embora grande como os USA consiga impor uma política protecionista como Trump quer.

Por outro lado, a desigualdade das forças em jogo, na concorrência capitalista internacional, dá muito que pensar, porque, atendendo também às dívidas públicas, já não se trata de concorrência entre pequenos e grandes, mas da concorrência entre os maiores!  Aqui Trump parece ter razão! É um facto que uma China, com um sistema ditador socialista-capitalista, pode levar o seu capitalismo de Estado a arrebentar com os maiores capitalistas do mundo privado, fora da China. A continuar tudo como até aqui, em pouco tempo, o mundo veria instalada a ditadura socialista-capitalista com a China a marcar o ritmo da economia a nível mundial.

 

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

ACORDO JEFTA – UE e JAPÃO CRIAM ZONA DE COMÉRCIO LIVRE

Privatização do abastecimento de água potável em via

 

Para amanhã, dia 06 de Julho, está agendada a assinatura do acordo comercial  JEFTA (UE/Japão) pelo Conselho da União Europeia.

As negociações deram-se à margem da opinião pública!

O acordo prevê a eliminação de tarifas e barreiras comerciais entre a UE e o Japão, bem como uma maior abertura de mercados para serviços e contratos públicos. O acordo não impede a privatização do abastecimento de água.

93% dos alemães são contra a privatização da água, devendo o abastecimento de água potável permanecer no setor público, mas as elites que nos dizem representar não impedirão tal, tal como não se incomodam com o facto de o acordo não mencionar sequer a problemática pesca da baleia (em perigo de extinção) no Japão.

Os habitantes de Londres, Lisboa e Berlim não ficaram beneficiados quando possibilitaram a privatização do fornecimento da água potável.

Não sou apologista do poder monopolista de um Estado à medida da esquerda mas aqui trata-se de defender sectores que não deveriam ser colocados à disposição de grandes investidores mais interessados nos lucros para os accionários.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,