O SECRETÁRIO-GERAL DA ONU GUTERRES INCITOU OS ESTADOS INDÚSTRIAIS A CUMPRIREM AS PROMESSAS

Durante a sua visita ao Senegal, Guterres apelou aos países industrializados para honrarem os compromissos que assumiram em Paris 2015 para com os países em desenvolvimento mais afectados pela crise climática. Em Paris houve a promessa de enviar 100 mil milhões de dólares por ano a partir de 2020 para os países em vias de desenvolvimento mais afectados pela crise climática. Até agora nada aconteceu!

O dinheiro para armas está sempre imediatamente disponível. Eliminar a injustiça social, defender o clima e atender à ameaça da existência de vida na terra não parecem constituir preocupação!

O sofrimento e o desespero aumentam; o sentido da vida também é questionado, quando jovens de 30 anos não veem sentido em ter filhos!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

O DIA DA LIBERTÇÃO 8 DE MAIO 1945!?!

Paz revelou-se em Sol de pouca dura

A 8 de Maio, foi assinado o documento de capitulação da Alemanha. Com a capitulação da Alemanha, terminou o regime nacional-socialista de violência.

A guerra provocou um total de 65 milhões de mortos, dos quais 27 milhões de russos e cerca de 6 milhões de judeus.

De 1943 a 1945, devido à falta de soldados, eram recrutados jovens de quinze anos. A libertação salvou os perseguidos e tornou possível a paz, a segurança e a prosperidade. Esta libertação deu-se à custa de muito sofrimento. Nunca mais a guerra, era a convicção de então!

Fatidicamente encontramo-nos de novo em guerra e a Alemanha que tinha perdido a guerra declarou agora enviar armas pesadas para a Ucrânia, o que significa entrar de novo na guerra. Isto significará uma guerra entre a NATO e a Rússia.

Temos um campo de batalha diabólico: Belzebu e Lúcifer em plena acção!

Manifesta-se assim a violência da democracia contra a violência da autocracia.

As populações são usadas apenas como parte da decoração do palco militar e a democracia como cenário. O mal vence e os políticos de um lado e do outro da cortina parece agir ao serviço da guerra e não da paz!

Deixemo-nos surpreender sobre o que dirá Putin amanhã, 9.05, dia em que a Rússia comemora a victória sobre o regime de Hitler!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

EMBAIXADAS UCRANIANAS TRANSFORMADAS EM AGÊNCIAS DE PROPAGANDA?

Fomento do divisionismo entre ucranianos e agitação contra o PCP

A embaixada Ucraniana discrimina os próprios cidadãos procurando distingui-los em ucranianos e russos quando a interculturalidade se encontra na Ucrânia de mistura. Uns e outros são vítimas da violência e da guerra.

Também em Portugal, a Embaixada Ucraniana está a revelar-se como divisionista, de espírito nacionalista pidesco ao avisar publicamente que há associações pró-russas como se o seu povo fosse homogéneo quando 20% dos cidadãos ucranianos são de tradição russa (dos 45 milhões de ucranianos 32 milhões têm ucraniano como língua materna). Será que querem perseguir os próprios cidadãos como é praxe ucraniana?  A comunidade ucraniana com um grande património russo comum que antes era unida e se distinguia em Portugal pelo trabalho, inteligência e interculturalidade, vê-se agora metida numa campanha política de divisão. A Embaixada não olha a meios para tal e com o apoio de uma associação, consegue intrometer-se até nas questões internas do país como revela o caso de Setúbal e o contencioso contra o partido comunista.

Numa sociedade portuguesa já tensa, devido à política de informação sobre a guerra, está-se a conseguir ucranizar ainda mais a discussão e os sentimentos portugueses também em torno do PCP; escondem assim as suas verdadeiras intenções de difamar parte dos cidadãos ucranianos em Portugal! Aproveitam-se da atmosfera xenofónica espalhada por toda a Europa para fomentar o espírito de intransigência na sociedade portuguesa não só contra o povo russo, mas também intolerância entre os partidos.

Agora a associação do seu agrado “Associação de Refugiados Ucranianos (UAPT) vem dizer que não compreende a razão por que “as organizações não filtram as pessoas que lá trabalham» e, por outro, «como é que Portugal, um país democrático, continua a ter um partido como o PCP». De lembrar que Selensky, no final de 2021 condecorou um dos líderes do batalhão neonazi Azov, e posteriormente proibiu a actividade de 11 partidos políticos, incluindo o maior partido da oposição, acusados de serem pró-russos.

A sua embaixatriz em Portugal imiscui-se em assuntos de administração interna como se deu no problemático caso de Setúbal e de uma associação de ucranianos afecta à Embaixada que vem reclamar que o PCP deveria ser ilegalizado como tinham ilegalizado o comunismo em 2014 aquando do derrube do governo de então e do começa da guerra civil.

Na manifestação do 25 de Abril a embaixatriz alinhou ao lado do partido Iniciativa Liberal, mostrando-se partidária.

Dá a impressão que querem para Portugal as mesmas relações que reinam na Ucrânia.

Uma batata quente e melindrosa por esclarecer será o envolvimento da embaixada no recrutamento de membros nazis portugueses para o exército ucraniano!

Muito questionável é o facto de parte da sociedade portuguesa, em vez de defender a liberdade de o PCP (1) se posicionar, preferir ver o partido alinhado acriticamente à caravana da propaganda de que Selensky é expressão, isto independentemente da empatia que merece o povo sofredor na Ucrânia.

A Embaixada está interessada em apoiar especialmente uma associação nacionalista de pensamento único, o qual alastra cada vez mais pela Europa! A embaixada tenta dividir cidadãos contra cidadãos, à imagem do que aconteceu desde 2013 na Ucrânia. Querem fazer passar a ideia que a luta na Ucrânia é contra o comunismo.

Domina um espírito agressivo assistindo-se a um espírito ademocrático de intolerância como se pode observar em atitudes extremistas contra o PCP e contra o Chega! O espírito dos que agora atacam o PCP é o mesmo dos que antes atacavam o CDS e jubilaram quando este deixou de estar na AR.

A embaixatriz ucraniana (Inna Ohnivets) parece ser do mesmo cariz do seu colega embaixador na Alemanha (Melnyk) que diz “Todos os russos são inimigos”. Divide os ucranianos residentes em Portugal e não respeita a democracia nem hábitos portugueses dispensando-se de cumprir a boa tradição diplomática! Não se pode compreender como gente surgida à sombra de oligarcas ucranianos, como foi o  caso do atual presidente da Ucrânia, se arrogue o direito de atacar partidos da democracia portuguesa e de lhe dar lições.

O governo da Ucrânia tem-se comportado em suas embaixadas com desprezo e falta de diplomacia como se fossem os senhores da Europa exigindo o direito a armas e ajuda para as vítimas, como se as duas coisas não se contradissessem.

Uma preocupação ideológica nacionalista quer afirmar-se com base em ideologias de outros grupos… Abusam de uma imprensa receptiva a tudo o que é contra a Rússia (2) para espalharem insegurança entre a população. O oportunismo está a ganhar foros de cidadania!

Em declarações à SIC Notícias, Pavlo Sadokha referiu que o Alto Comissário para as Migrações ignorou os pedidos da associação para que deixasse de reconhecer como ucranianas organizações pró-russas. Deixo em nota as palavras do Major-general Raul da Cunha (3).

Esta tática divisionista revela-se certamente como uma eficiente estratégia de polémica porque será bem acatada numa sociedade portuguesa demasiadamente virada para a discussão partidária!

É preciso estar-se atentos para que representações diplomáticas e associações não se tornem em agências do nacionalismo seja de quem for (4).

A pretexto de Putin perseguem-se ucranianos russos também em Portugal

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=7417

(1) Os comunistas defendem, em comunicado, que as declarações do líder da associação Refugiados Ucranianos constituem um “nítido e intolerável carácter censório e persecutório que visa todos os democratas e que exige um posicionamento inequívoco dos órgãos de soberania”.   https://www.publico.pt/2022/05/03/politica/noticia/pcp-exige-posicionamento-orgaos-soberania-devido-posicoes-partido-2004761?fbclid=IwAR2g05KjKDYwdNLjV4hcZEY39Zc4xUNgCql_-0aUuGxY4bPTEMfY_7PhKdk

(2) https://www.publico.pt/2022/04/30/sociedade/noticia/ha-varias-associacoes-proputin-acolher-refugiados-acusa-representante-ucranianos-portugal-2004408; https://cnnportugal.iol.pt/russia/embaixada/embaixadora-da-ucrania-teme-pela-seguranca-dos-refugiados-ucranianos-em-portugal-e-alertou-governo-sobre-infiltrados-pro-russos-em-organizacoes-que-os-acolhem/20220408/624f8b2d0cf2f9a86e9d4002

(3) Palavras do Major-general Raul da Cunha :

“Graças ao nosso governo e a muitos dos meus compatriotas, um fascista ucraniano (ao que parece dirigente de uma associação de refugiados ucranianos) permite-se vir dar ordens ao governo e autarcas portugueses, insultar os partidos políticos portugueses que não são do seu agrado e vomitar o seu ódio ao sistema e vivência democrática no nosso País.

Não percebo porque é que este malfeitor, que abusa da nossa hospitalidade, não é imediatamente expulso de Portugal, ou será que, tal como o hábito de haver dois pesos e duas medidas, que foi implantado no mundo ocidental, só nos indignamos quando os abusadores da nossa tolerância são do Senegal?

E, que dizer das reiteradas manifestações de ingerência da embaixadora da Ucrânia e que constituem uma intolerável afronta ao regime democrático em Portugal? Porque está o nosso PR a permitir os repetidos abusos daquela fulana? Haja quem tenha a dignidade de lhe fazer sentir que o seu comportamento é inaceitável.

Para aqueles que ainda têm dúvidas sobre o carácter fascizante do regime ucraniano e o seu total desrespeito pela democracia e liberdade, estas atitudes, evidenciadas em Portugal, mostram bem o que este miserável regime está a concretizar na Ucrânia, contra o seu próprio povo.

Infelizmente, alguns portugueses, de menor ou falso patriotismo, já se deixaram contaminar e já viraram “bufos” ou denunciantes (e até torcionários seriam) dos portugueses que não se deixaram enganar por aqueles fascistas.”

(4) Cheguei há anos a dar emprego a ucranianos que não se punham o problema da sua interculturalidade e eram amigos uns dos outros. Agora que a Embaixada se mete a interferir pretende-se criar a discórdia entre eles para chegarmos às mesmas condições que têm dominado na Ucrânia desde 2014. Antidemocráticos.  Ignoram a representação complementar dos interesses do povo em democracia?

 

 

 

1° DE MAIO – O DIA DO TRABALHADOR E NALGUNS PAÍSES TAMBÉM O DIA DA MÃE

Trabalho é um Direito mais que uma Obrigação

Trabalho é também uma forma de valorização e de emancipação social. O facto de este ano se festejarem o dia do Trabalhador e da Mãe juntos (por calhar no primeiro domingo de maio) ganha um sentido especial atendendo a que a sociedade se tem aproveitado injustamente do trabalho dasmães sem as recompensar!

A luta dos trabalhadores conseguiu restituir-lhes mais dignidade na sua maneira de estar em sociedade. Também o trabalho formal foi o que, socialmente, proporcionou às mulheres independência económica a nível familiar, de maneira a equilibrar a distância entre homem e mulher! Essa distância era marcante pelo facto de a sociedade fazer discriminação entre as diferentes formas de trabalho! Na jerarquia social, a forma de trabalho ainda se revela como configuração determinante de diferenciação.

Com o home office, as discussões sobre horário de trabalho tendem a acabar. Passa-se a ter mais independência que reverte no bem da empresa devido à disponibilidade constante dos trabalhadores. Muitos dos custos da empresa são transferidos para a casa dos empregados.

Os sindicatos para não perderem significado nem sentido terão de conceber uma nova arquitetura de segurança para o trabalhador; esta terá de alargar o seu âmbito de acção também para os trabalhadores não filiados, porque se torna cada vez mais urgente lutar pela justiça distributiva. Uma sociedade escravizada à moeda que cada vez produz mais oligarcas (reinado dos poucos, numa cumplicidade entre riqueza e política) e mais plutocratas (reinado dos super-ricos à margem ou acima da lei) terá de controlar o mundo financeiro que pertence aos juguladores do dinheiro!

A discriminação, na sociedade ocidental, tem sido fortificada pela herança grega que fazia depender a dignidade humana da “dignidade” atribuída ao trabalho e não à pessoa! Na mentalidade grega o trabalho físico era algo inferior destinado aos escravos e mais tarde aos servos, criados, etc. (Os filósofos, membros de famílias abastadas, podiam dedicar-se ao “ócio” produtivo na consciência de que saber é poder!).

Na era cristã afirmou-se a filosofia do “ora et labora” (trabalho também é rezar) dando-se, deste modo uma valorização humana e social ao trabalho! Nesta ordem de ideias, trabalho é parte da realização humana participante da actividade divina e tão digno como a oração; segundo o princípio cristão a pessoa é que dá dignidade ao trabalho e não o trabalho à pessoa.  O princípio básico da regra beneditina (ano 529) que, na sua maneira de viver, estruturava o seu dia segundo a divisa “Rezar, trabalhar e ler” influenciou o desenvolvimento de uma “Europa” que nascia ao lado dos mosteiros.

Hoje trabalho é energia, energia concentrada em capital. O valor do que se adquire é dado pelo trabalho. O trabalho transformou-se em mercadoria e como tal em mero negócio como quer uma sociedade mecanicista, mercantilista e materialista interessada apenas em funções.

Trabalho é a forma de realização humana por excelência e como tal inerente à pessoa como se pode ver já na atividade criativa expressa na necessidade e modo de jogar das crianças; segundo este impulso sem atividade não há felicidade; trabalhar é um direito não uma obrigação! Também sob o ponto de vista bíblico, trabalhar é esforço, é criar e Domingo é o dia em que Deus deixou de trabalhar… Como se vê; também Deus trabalhou mas sem se perder no trabalho!…

Com as novas formas de organização do trabalho talvez nos aproximemos mais da divisa acima descrita.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

(1) Aristóteles dizia sobre o trabalho: “Todos aqueles que nada tem de melhor para nos oferecer que o uso de seu corpo e dos seus membros são condenados pela natureza à escravidão. É melhor para eles servir que serem abandonados a si próprios.”

O 25 DE ABRIL CONTINUA A SER UMA HISTÓRIA MAL CONTADA – PAPEL DA OTAN E DOS BILDERBERGERS

Tudo indica que Revoluções e Golpes de Estado obedecem a Ordens superiores e os Media compõem o resto

Segundo o livro que abaixo cito e me surpreende, o 25 de Abril foi bem preparado num Portugal subsidiado e subornado pelo estrangeiro! O projecto do general Spínola foi internacionalmente aprovado pelo grupo dos “Bilderbergers” (1) e pela OTAN. Guerras e revoluções precisam de alguns “revolucionários”, mas são preparadas por grandes grupos internacionais que têm interesses e planos a longo prazo sobre o desenvolvimento da História nas diferentes regiões. O golpe de estado do 25 de Abril de 1974 não terá fugido a este destino, tal como se deu com a instituição da República Portuguesa  em 1910 que se ficou a dever à acção e colaboração dos irmãos internacionais maçónicos e ao facto de Portugal constituir uma ameaça para o comércio da Inglaterra (2).

A  revolução do 25 de Abril  teve a intervenção estrangeira tal como as revoltas nas possessões ultramarinas onde se encontravam os militares de Cuba ao lado dos insurgentes em Angola e a União Soviética com a distribuição de armas aos revolucionários em Angola, Guiné e Moçambique;  os revolucionários e grupos de apoio foram apoiadas pela ONU que estabeleceu sanções contra Portugal; além disso a Grande Loja maçónica de França, mostrava-se satisfeita com o que estava a acontecer em Portugal, no seu dizer,  “terra de profunda tradição maçónica”.

No livro “Irmãos da Sombra” – Tentativa de uma análise de fundo da política mundial, Heinz Pfeifer, mostra alguns lados um pouco escondidos do 25 de Abril! Passo a fazer algumas citações:

A intervenção dos “Bilderbergers” na política europeia foi demonstrada na reestruturação democrática de Portugal em 1974… Spínola conduziu o seu golpe como se estivesse a planear uma operação militar. Foi um golpe de Estado educado. Um dos primeiros homens a quem contou em confidência foi Joseph M. A. Luns, Secretário-geral da OTAN. O Luns examinou os seus planos, e o comando naval da OTAN foi, a partir daí, mantido informado. Luns, por sua vez, informou o Príncipe Bernhard, e foi convocada uma reunião Bilderberg em Mégève, França, para 19-21 de abril para preparar a nova situação que iria criar uma mudança de governo em Lisboa. Com o apoio de Luns e Bilderbergers, Spinola deu então os seus próximos passos. Embora já não estivesse ele próprio ao serviço, tinha tomado a precaução de manter as suas ligações com os generais. A 29 de Março de 1974, uma quinzena depois de ter sido dispensado do seu comando por causa do seu livro, pôs os seus apalpões a amigos em Madrid, Bruxelas, Brasil, Cidade do Cabo e Haia. “Que pensa de uma solução como a que esbocei no meu livro?” pergunta ele. (Uma Comunidade Lusitana de Territórios Portugueses.) Na terça-feira 24 de Abril de 1974, unidades navais alemãs, americanas, francesas e britânicas ancoram perto de Lisboa, à vista da costa portuguesa. Os navios de guerra portugueses aguardavam ali as manobras conjuntas da NATO planeadas, cujo início tinha sido marcado para as horas da manhã do dia 26. O país estava assim protegido contra visitantes indesejáveis do Oriente, enquanto Spínola tinha recebido luz verde para o seu projecto. Ao mesmo tempo, o governo de Caetano estava sob pressão devido a esta acumulação naval. Outra questão é se o comandante da OTAN para a Europa, General Andrew J. Goodpaster, sabia do enredo quando participou na reunião de Bilderberg quatro. Goodpaster soube do enredo quando participou na reunião de Bilderberg em Mégève quatro dias antes. Foi oficialmente inscrito na lista de visitantes, não como „americano “, mas como “internacional”. Quanto foi Nelson Rockefeller e Helmut Sonnenfeld, o notório conselheiro pró-Rússia do Departamento de Estado, informados por Luns e pelo Príncipe Bernhard sobre a reviravolta iminente? (3)”

Para se ter uma ideia do envolvimento internacional em momentos críticos nas nações será de recordar os planos de elites que transcendem as nações e as ajudas prestadas às forças que implementam as mudanças de regime!  Em julho de 1975 os chefes de governo dos Estados da CE em Bruxelas, determinaram uma ajuda económica de 840 milhões de dólares para Portugal na “condição” de que fosse instituída uma “democracia pluralista” (4). Mário Soares recebeu milhões de dólares do SPD. A 25 de Setembro de 1975 a CIA tinha transferido vários milhões de dólares para o Partido Socialista Português e outras organizações políticas nos meses que antecederam este apoio financeiro; “por seu lado os sindicatos da Europa Ocidental serviram de ligação com a CIA para os subornos em Portugal”. O Partido Comunista Português – segundo a CIA, recebia dez milhões de dólares por mês da União Soviética (4).

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

(1) A Conferência Transatlântica de Bilderberg (A maioria dos participantes vem de países da OTAN). Esta plataforma visa reunir os principais políticos, funcionários, banqueiros e industriais de ambos os lados do Atlântico para uma troca de pontos de vista informal e discreta. Des Griffin afirma em seu livro The Rulers – Lucifer’s Fifth Column (título original em inglês: The Fourth Reich of the Rich – traduzido: “O Quarto Reich dos Ricos”), os Bilderbergers lutaram por uma “ditadura mundial” no sentido de uma Nova Ordem Mundial e seus planos relacionados “se desenvolveriam impiedosamente” .Também O Fórum Económico Mundial em Davos, a Ponte Atlântica, a Conferência de Segurança de Munique ou as reuniões da Comissão Trilateral são as chamadas reuniões organizadas “privadamente”. Cf: https://de.wikipedia.org/wiki/Bilderberg-Konferenz.  https://www.dailymotion.com/video/x2u6gcq

(2)Tradução do alemão pelo Google do texto https://epdf.tips/brder-des-schattens.html : PORTUGAL: O Dr. Hans Heidrich escreveu em 1909 que Protugal estava na vanguarda dos estados que tinham caído na influência inglesa. Karl Heise citou Bismarck no mesmo contexto, “que sabia que os Estados estrangeiros têm vindo a ameaçar o comércio da Inglaterra há bastantes anos”. O inglês Burnay tinha adquirido a cidadania portuguesa e, por volta de 1900, juntamente com o banqueiro de Valbranca (S. Weiss), que tinha sido elevado ao par pelo rei e cuja filha pôde então casar com o príncipe italiano Luís Alfonso, conspirou contra o rei Carlos Bragança e o príncipe herdeiro Manuel. Isto levou ao regicídio em 1908 e à abdicação do seu sucessor Manuel em 1910. O Grão Mestre da “Grande Mestra da União dos Lusitanos do Oriente” e mais alto dignitário do “Alto Conselho Português dos 33. “Dr. Sebastiano de Magalhäes Lima”. Os irmãos maçónicos Francisco Gomes da Silva, Dr. Gregorio Raphael Silva e Almeida, Dr. Antoni Barroso Pereira-Victorino, os Texeiras, Castros e outros, que também estavam ligados à “Aliança israélite universal” através de uma vasta rede e tinham ligações familiares e maçónicas influentes em muitos países, também estavam envolvidos. Um Castro foi presidente da Venezuela-241-…

Foram forjadas ligações políticas através de afiliações de alojamentos comuns com a Itália, Inglaterra, Holanda, Espanha e as duas Américas. O Ministro das Finanças, Barão Texeira de Souca, ajudou a provocar a abdicação do Rei Manuel através do seu comportamento de traição. Em reconhecimento da revolução portuguesa, o Irmão Furnémont fez um discurso na reunião comemorativa do Grande Oriente belga em 12 de Dezembro de 1911: “Recordem o profundo sentimento de orgulho que todos nós tivemos quando recebemos a notícia da revolução em Portugal…. Foi como um relâmpago para o público desinformado. Mas nós, meus irmãos maçons, nós …. conhecíamos a admirável organização dos nossos irmãos lusitanos…, conhecíamos o segredo deste glorioso acontecimento…” A “SOUTH GERMAN CONSERVATIVE CORRESPONDENCE” escreveu sobre os acontecimentos da revolução de 1910 na sua edição de 1 de junho de 1915. Junho de 1915: “Magalhães Lima é o organizador do regicídio de 1908, o comissário voyageur da revolução portuguesa, que anunciou a iminente convulsão em Londres e Paris e já tinha o reconhecimento da república portuguesa pela Inglaterra e França no seu bolso quando o rei Carlos e o “ditador” Joa Franco se comprometeram a limpar os estábulos parlamentares de Augean”. Karl Heise refere-se também ao Cardeal Salomon Netto, Arcebispo de Lisboa, que foi mais tarde expulso de Portugal. Deve ter sido parente do membro do comité central da “Alliance isrélite” em Paris e, portanto, provavelmente teve relações íntimas com esta sociedade. Netto foi o primeiro dignitário eclesiástico a aderir ao campo republicano, foi membro das Lojas, filho de pais judeus (Netter) e pertenceu à Ordem Franciscana. O Presidente da República tornou-se o Br .-. Theophil Braga. Quando se realizaram novas eleições em 1915, as probabilidades de sucesso eram grandes com o General Pimento Castro. Ele estava em oposição à Inglaterra e ao Lodge. Em Maio de 1915, com a ajuda da Inglaterra, a sociedade dependente da Maçonaria “Formica bianca” organizou uma “revolta popular” e impediu a presidência de Castro a favor de Braga. Sob tais -242- A entrada de Portugal na Segunda Guerra Mundial, preparada pela Inglaterra para o longo prazo, foi lógica. O discurso de Malgalhäes Lima na Conferência Maçónica realizada em Lisboa a 13 de Maio de 1917 revelou os motivos. Ele disse: “A vitória dos Aliados deve tornar-se o triunfo dos princípios maçónicos”. Depois, em 1919, a presidência do Br .-. Antonio Almeida, membro da “Grand Orient Lusitania Uni du Portugal”. Em 1926, houve uma ditadura militar sob o General Carmona. Ele era um adversário da Maçonaria. Depois de uma sangrenta revolta lançada no Porto a 3 de Fevereiro de 1927, da qual se dizia que a Maçonaria era a autora, Carmona dissolveu todos os clubes políticos, sociedades secretas e alojamentos portugueses. Foi sucedido como Primeiro-Ministro em 1932 pelo seu Ministro das Finanças e Economia António de Oliveira Salazar. Conseguiu pôr em ordem as finanças do Estado destroçadas e conduzir um curso hábil de neutralidade durante a Segunda Guerra Mundial. Estabeleceu um governo autoritário em 1945 e derrotou uma tentativa de golpe de Estado em 1947. Salazar demitiu-se do cargo em Outubro de 1968 por razões de saúde; foi sucedido por Caetano. Após a morte de Salazar, as forças que procuravam continuar a obra Magalhäes de Lima tinham começado de novo a aparecer. A imprensa internacional saudou a morte de Salazar como o fim do seu regime “fascista”. Em Maio de 1969, um “Congresso Republicano” reuniu-se em Aveiro, norte de Portugal. Caetano readmitiu os partidos da oposição e levantou a proibição da Maçonaria. O seu partido no poder obteve uma vitória esmagadora nas eleições de 26 de Outubro de 1969. Caetano reordenou o governo. As revoltas que irromperam nas possessões ultramarinas, apoiadas pela ONU através de um embargo de armas contra Portugal, levaram à perda das possessões extra-portuguesas e à sua auto-governação e independência a partir de Setembro de 1974. A intervenção militar de Cuba do lado dos insurgentes em Angola e as extensas entregas de armas pelos soviéticos aos revolucionários em Angola, Guiné e Moçambique contribuíram significativamente para isso. No decurso destes conflitos, 15.000 colonos brancos fugiram para a pátria em 1971.E m Junho de 1974, em Lisboa, “o meio liberal…“o meio liberal… sobre o recente anúncio da Grande Loja de França, que está muito satisfeita com o que está a acontecer em Portugal, “terra de profunda tradição maçónica”. A nossa Ordem, após severa repressão pela ditadura e condenação ao segredo, pode finalmente recuperar forças e vida em Portugal, que recuperará assim o seu lugar no concerto universal mouro”. O Partido Comunista Português – que, segundo a CIA, recebia dez milhões de dólares por mês da União Soviética pelas suas actividades subversivas (o Director-Geral Adjunto da CIA Vernon Walters visitou Portugal em Agosto de 1974 e confirmou esta comunicação) – ocupou os principais centros de transporte e Spinola demitiu-se em 30 de Setembro de 1974 com a declaração. Kissinger sublinhou:

(3) Esta citação foi compilada de publicações no “H du B Report, A foreign affair letter”, Paris, Volume 12, Carta 7, “Liberty Lobby”, “Spotlight an The Bilderbergers – Irresponsible Power” e um artigo na revista “Der Handwerker”, Joanesburgo / África do Sul.

(4) Tradução do alemão pelo Google do texto https://epdf.tips/brder-des-schattens.html : “Durante o Verão de 1975, os europeus ocidentais ficaram sob a compulsão que reconhecemos anteriormente, nomeadamente que o pluralismo deve ser activamente encorajado”. Foi decidido que os países da Europa Ocidental implementariam uma política económica colectiva em Portugal a fim de estabelecer um governo com a participação do Partido Socialista de Mário Soares e dos moderados das forças armadas, conhecido como o “Grupo dos Nove”, tocado por Melo Antunes. Para aqueles que estão conscientes de tudo isto, torna-se claro o contexto da reunião de Julho de 1975 dos chefes de governo dos Estados da CE em Bruxelas, na qual o programa de ajuda económica de 840 milhões de dólares para Portugal foi decidido com a “condição” de que uma “democracia pluralista” fosse instituída. Os chefes de governo apoiaram a opinião de Kissinger de que o seu “Governo Pluralista Português” deveria ser entendido como alguém sem a influência da AFM e do Partido Comunista Português. Após todas as bem conhecidas instabilidades, crises e violência causadas pela CIA e pelos serviços secretos ocidentais nos meses anteriores, o governo pluralista planeado foi então estabelecido em setembro de 1975. Entretanto, os partidos social-democratas da Europa Ocidental tinham estado activos. A 2 de Agosto, quando a crise portuguesa estava a chegar ao fim, os líderes do Partido Social Democrata formaram em Estocolmo uma comissão de amizade e solidariedade com a democracia e o “socialismo” em Portugal. Esta reunião, que teve lugar imediatamente após a Conferência de Helsínquia, envolveu: Harold Wilson (então Primeiro-Ministro britânico), Helmut Schmidt (Chanceler da República Federal), Willy Brandt, Olaf Palme (então Primeiro-Ministro sueco), Bruno Kreisky (Chanceler austríaco), François Mitterand (Francês -245-partido socialista) e Mário Soares (partido socialista português). Após uma reunião posterior em Londres, no início de Setembro, os partidos social-democratas europeus decidiram dar apoio financeiro e moral aos socialistas portugueses. Segundo um relatório da TIME, Robert Semple do SPD já tinha dado equipamento de escritório, impressoras, maquinaria e dinheiro ao partido de Mário Soares por milhões de dólares. Se os sociais-democratas europeus também tivessem fundos próprios suficientes para intervir em Portugal, pode assumir-se, com base na conta do antigo agente da CIA Philip Agees, que estes partidos serviram apenas como intermediários dos fundos da CIA para Portugal, em conformidade com os planos de Kissinger de utilizar os europeus para fazer valer a influência da CIA sobre Portugal. Leslie Gelb relatou no NEW YORK TIMES em 25 de Setembro de 1975 que a CIA tinha transferido vários milhões de dólares para o Partido Socialista Português e outras organizações políticas nos meses que antecederam este apoio financeiro. O relatório refere-se a quatro fontes oficiais em Washington e acrescenta que os sindicatos da Europa Ocidental serviram de ligação com a CIA para os subornos em Portugal. Depois da ala direita dos militares ter conseguido expulsar as unidades do exército radical de esquerda em Novembro de 1975, os partidos social-democratas europeus continuaram a apoiá-los, como a CIA tinha planeado. Durante a campanha eleitoral para o novo parlamento português, Brandt, Palme e Kreisky reuniram-se com os líderes dos sociais-democratas portugueses no Porto, em 13-14 de Março de 1975. Otto Kersten, o líder de longa data da Confederação Internacional dos Sindicatos Livres, foi também um participante nesta conferência. Embora os sociais-democratas europeus também dispusessem de fundos próprios suficientes para intervir em PortugalApós as eleições de 25 de abril de 1975, um governo minoritário foi instalado pelos socialistas portugueses. A mudança para a política anglo-americana e da OTAN levou à expulsão de dois diplomatas soviéticos em 21 de janeiro de 1982, que “lidam com coisas incompatíveis com seu status diplomático”. Os russos responderam com o —246— Declaração de que a “tensão internacional” seria “exacerbada” pela expulsão. O governo português recusou a entrada de uma delegação comunista russa para uma visita do partido comunista português, que é leal a Moscovo.