DAQUILO QUE POLÍTICOS E OS MEDIA RARAMENTE FALAM PARA NÃO DESPERTAREM O PESSOAL!

Carga de impostos intolerável  + Pobreza de Reformas + Rendimento Mensal PRECÁRIO

Vejam-se os dados que deveriam deixar preocupado todo o português honrado! Os dados da Autoridade tributária revelam que 12% dos agregados familiares têm um rendimento mensal até 357 €; para 24% o rendimento fica entre 357€ e 714 € e para 16% o rendimento fica entre 714€ e 964€.

Segundo os dados disponíveis em 2021, pela Conta da Segurança Social, 67% dos pensionistas recebem reformas abaixo de 443€ e 82% auferem reformas até 665€; mais concretamente: 13,5% têm reforma até 278,04€; 53,9% têm reforma entre 278,05€ até 443,78€; 14,5% têm reforma entre 443,21€ até 664,78€; 17% têm reforma entre 664,80€ até 2.659,20€ e 1,1% tem mais de 2.659,20€.

Segundo os dados da Eurostat (2022), na Europa só a Grécia, a Eslovénia e a Eslováquia têm carga de impostos superior à portuguesa.

Aqueles que vivem bem do sistema desviam a conversa pública para o nível de conversas de lavadouro evitando pôr na ordem do dia os temas de interesse sério para o país!

Em Portugal a corrupção compensa! Um povo inteiro torna-se incapaz de resolver os seus problemas porque tem uma classe política incompetente e desavergonhada, media cúmplice e o povo em vez de encarar as questões reais do país vai-se distraindo em conversas de lavadouro sobre este ou aquele político. Como a penúria e a incapacidade política é geral, o falar mal de um político ou partido desculpa e legitima o mal do próprio partido. E assim se passa a vida em sociedade a falar do mau cheiro da política sem se se interessar por arrumar o que provoca o mau cheiro! Por trás das estatísticas publicadas revela-se muita miséria e sofrimento! Temos um país totalmente desequilibrado: de um lado um grupinho de privilegiados ostentando poder e arrogância e do outro um Portugal envergonhado!

A cumplicidade dos meios de comunicação social com a política são a causa de termos uma opinião pública a discutir superficialidades e um povo a lutar apenas pela sobrevivência. A cintilação dos magnates da política e da comunicação é proporcional à escuridão que causam a nível popular.

Em geral, a crise ética profunda dos políticos portugueses tornou-se sistémica, republicana! Vai-se vivendo entre cinismo e masoquismo!

António CD Justo

Pegadas do Tempo

Pode ser uma imagem de 1 pessoa, televisão e texto
Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz "sic 30 21:21 arnal Hais RENDIMENTO MENSAL AGREGADOS FAMILIARES (%) 30% 20% 24% 12% 10% 16% LvM VM ATÉ 357€ ENTRE 357€E714€ ENTRE 714€E964€ MAIS DE 1/3 DAS FAMÍLIAS PORTUGUESAS VIVE COM MENOS DE 714€/MÊS TE:AUTORIDADE TRIBUTÁRIA up mapocta"
Pode ser uma imagem de 1 pessoa, televisão e texto que diz "SiC 21:23 3e 60% Jemal Jolte PENSÕES 67% DOS PENSIONISTAS COM REFORMAS ABAIXO DE 443€ 50% 53,9% 40% 30% 20% 13,5% 10% 14,5% 17% ATÉ 278,04€ 1,1% +2659,2€ 278,05€ 443,21€ 443, A443,2€ 664,8€ A664,79€ A2659,2€ 82% COM REFORMAS ATÉ 665€ FONTE: CONTA DA SEGURANÇA SOCIAL 2021 n Canais"

VOTAÇÃO ELECTRÓNICA NAS ELEIÇÕES EM PORTUGAL?

Petição para Introdução de Voto electrónico para os Emigrantes portugueses

 

A Estónia foi o primeiro país do mundo a permitir o voto via votação electrónica (2005) nas eleições. Portugal, que ocupa um lugar pioneiro na implementação e aplicação de processos de informação, comunicação e transações dentro e entre instituições legislativas, cidadãos, empresas e outras instituições estatais através do uso de tecnologias de informação e comunicação, poderia, também neste aspecto tornar-se pioneiro em questões de votação electrónica.

Os belgas também introduziram votação eletrónica primeiro para o Parlamento Europeu, depois para a Câmara dos Deputados e, finalmente, para os parlamentos regionais e comunitários (1).

Salvos os requisitos de segurança, o voto eletrónico como alternativa ao voto presencial e por correspondência, tornar-se-ia mais confortável. Exigências seriam Wi-Fi nacional, um cartão de identidade eletrónica e tecnologias apropriadas. A votação online tornar-se-ia mais barata, permitiria maior flexibilidade e certamente maior participação cívica e política especialmente para jovens e pessoas com deficiência motora. A exigência de deslocamento de centenas de quilómetros a emigrantes para ter acesso às urnas de votação tornam o voto eleitoral despropositado! Naturalmente o voto electrónico, exige dos eleitores confiança nos computadores e regras legalmente ancoradas para a segurança de TI .

Já em 2017, depois de um abaixo-assinado-petição para introdução da votação electrónica, organizado entre a população migrante, a Rádio Renascença noticiava que o Governo estava a trabalhar “em soluções concretas” para executar o voto electrónico para os emigrantes. Essa exigência tinha sido assinada e reivindicada por mais de 4 mil pessoas, numa petição entregue ao Parlamento. Na altura o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva saudou a iniciativa dos cidadãos afirmando que o voto electrónico para as comunidades portuguesas no estrangeiro “faz parte do programa do Governo”!

Devido à inação do governo, a nova petição pública (2) “ Para que todos contem “, reivindica, também ela, a introdução da modalidade de voto online não presencial para os cidadãos portugueses residentes no estrangeiro e a consequente alteração das leis de recenseamento.

Foram iniciadores desta plataforma organizativa as associações TSP – Também somos portugueses – Associação Cívica GRI-DPA – Grupo de Reflexão e Intervenção – Diáspora Portuguesa na Alemanha Movimento Sinergias da Diáspora.

A campanha de assinaturas foi iniciada a 18 de abril de 2023; a petição / abaixo-assinado é dirigida à Assembleia da República.

Possibilidade de assinar a Petição Pública “Para que todos contem” em: https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=Que-todos-contem&fbclid=IwAR1_T89oZ86YOSswEHXHgJu7oiTO5FlewMH6soGavOSraY7aPbs4pinMyhw

Por vezes vamos tendo a impressão que em política nos andamos a distrair ou distraindo os emigrantes.  A introdução do voto electrónico para residentes no estrangeiro poderiam tornar-se num primeiro ensaio para se passar a ter a alternativa do voto electrónico em Portugal.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

(1) https://wahlen-fgov-be.translate.goog/waehler-wie-waehlen-sie/elektronische-stimmabgabe?_x_tr_sl=de&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-PT&_x_tr_pto=sc

(2) ” Para que todos contem – Para que os cidadãos portugueses no estrangeiro tenham voz” também em : https://www.facebook.com/tambemsomosportugueses/?locale=pt_BR

 

CHINA E RÚSSIA PREPARAM A DESOCIDENTALIZAÇÃO DO MUNDO

Paradoxalmente a União Europeia implementa o Declínio económico-cultural DA EUROPA

Aquando da visita de Xi Jinping a Vladimir Putin em Moscovo (20-22/03/2023) Xi afirmou que estão previstas “mudanças nunca vistas nos últimos 100 anos”: “desta vez somos nós que as lideramos em conjunto”.

A guerra entre os EUA/OTAN e a Federação russa na Ucrânia apressou o desenvolvimento do agrupamento de países que em 2011 tinha adoptado a sigla BRICS.

BRICS é um poderoso agrupamento das principais economias de mercado emergentes do mundo, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. É a agremiação rival do grupo G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e o Canadá – a Rússia foi expulsa). Os países da BRICS visam promover a paz, a segurança, o desenvolvimento e a cooperação. Mais 16 países pediram formalmente para ingressarem no BRICS: Argel, Argentina, Bahrein, Bangladesh, Indonésia, Irão, Egito, México, Nigéria, Paquistão, Sudão, Síria, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Venezuela e Zimbábue; isto numa alegada acção contra o imperialismo dos Estados Unidos e da Europa. Como contrarreação à formação de uma nova ordem internacional, os políticos europeus (especialmente a Alemanha), desenvolvem, atualmente, grande atividade diplomática para criar laços económicos e políticos mais fortes na África, e na Ásia e os americanos estabelecem parcerias militares na Austrália e no Japão.

Trata-se de preparar a criação de uma nova ordem mundial bipolar: um polo em torno dos EUA e outro em torno da China (de um lado o núcleo capitalista e do outro o núcleo socialista).

O BRICS com 31,5% do PIB global já ultrapassou o G7 no PIB global com 30% (1). O BRICS pretende alcançar 50% do PIB global até 2030. Colaboram em questões de interesse mútuo, como, economia, segurança nacional e saúde pública. Os países do BRICS têm ainda reduzido volume a nível de tráficos económicos mútuos, sendo o seu comércio com os EUA e a UE 6,5 vezes maior. O comércio bilateral entre a China e a Coreia do Sul é quase tão grande como entre os países do BRICS.

Já têm o NBC (Novo Banco para o desenvolvimento) chefiado por Dilma Rousself. Numa estratégia de ‘não dependerem do dólar ou do euro’, estão a trabalhar na sua própria moeda. Trata-se de um desafio ao domínio do dólar. Se uma nova moeda do BRICS se estabilizasse em relação ao dólar, isso enfraqueceria o poder das sanções dos EUA e teria como consequência uma queda no valor do dólar. O grupo BRICS tem grandes disparidades regionais, desigualdades crescentes, desemprego substancial e níveis significativos de pobreza.

Os 8 países economicamente mais fortes do mundo em 2021 eram: (1) EUA, (2) China, (3) Japão, (4) Alemanha, (5) Grã-Bretanha, (6) Índia, (7) França, (8) Itália (nota 2).

Paradoxalmente, a Europa, devido à política globalista adoptada e no seguimento do socialismo cultural materialista, implementa o seu declínio também a nível cultural, ao apostar na hegemonia americana, na proletarização social e no controlo das mentes.

O conflito entre os EUA/OTAN e a Federação Russa será inteligentemente aproveitado pela China para fortalecer o seu poderio à custa dos dois blocos em guerra. A Europa ao seguir a política americana de destruir o poder da federação russa cria uma grande hipoteca em relação ao futuro europeu dado a Rússia ser geográfica e culturalmente parte de um mesmo bloco.

É doloroso encontramo-nos numa época de luta de imperialismos mais ferozes que nunca!

António CD Justo

Pegadas do Tempo

(1) Países por producto interno bruto (PIB): https://es.wikipedia.org/wiki/Anexo:Pa%C3%ADses_por_PIB_(nominal)

(2) Fonte: https://crp-infotec.de/globaler-vergleich-staaten-der-welt/

 

DEMOCRACIA MINADA PELO MILITANTISMO DE ELITES ACADÉMICAS PROGRESSISTAS E CONSERVADORES DESEJOSOS DE SEGURANÇA

 

A Virtude está no Equilíbrio e prioriza o Altruísmo e a Reciprocidade

O ex-presidente alemão Joachim Gauck pôs o dedo na ferida da sociedade europeia. A sua preocupação com a necessária resiliência (capacidade de resistência) da democracia para superar um clima de incerteza e insegurança em que vivemos, é motivo grave de inquietação porque parte de uma realidade social cada vez mais dividida e antagónica.

Gauck, no Süddeutsche Zeitung, alertou para um “abismo crescente entre as turbas (forças) progressistas que correm o risco de se desviarem para o absoluto e os grupos que se sentem oprimidos pela mudança”. Sob o impacto de múltiplas crises, grupos populacionais “tradicionais e voltados para a segurança” estão cada vez mais tímidos perante a diversidade cada vez maior da sociedade e exigem “lideranças mais robustas”. “Por outro lado, partes de uma elite universitária progressista estão desenvolvendo modelos de progresso centrados em grupos nos quais a universalidade dos direitos humanos é relativizada ou negada e o período do esclarecimento (iluminismo) é apresentado como um elemento do domínio ocidental”. Procure-se, portanto, um caminho “entre a frustração e os receios de alguns e as intenções quase missionárias dos progressistas”.

É crime tudo o que divide a humanidade; mesmo assim, a divisão torna-se cada vez mais presente e agressiva e com razões fundadas para isso.

A sociedade civil, cada vez força mais as pessoas a viverem em uniformidade por meio de agendas. A uniformidade e a conformidade dão, a pessoas simples e mentes ajustadas, uma sensação de segurança, mas os demais sentem-se oprimidos e querem cada vez mais a sua liberdade em critérios que os formadores de opinião determinam. No entanto, o desejo de conformidade continuará a encorajar as partes porque a atração da conformidade já está nos animais do rebanho. Socialmente, o que mais preocupa é verem-se tantos rebanhos em combate de morte uns contra os outros. Domina a intolerância e o jacobinismo entre mundivisões e entre grupos agendados.

Por outro lado, as democracias estão a tornar-se extremadamente piramidais sem terem em conta a aceitação da horizontalidade; têm elites que pensam continuar a poder manter o domínio mediante estratégias de polarização das massas com a ajuda de contracorrentes a actuar na sociedade.

O peso moral do culto pelo novo, o globalismo liberal, o desprezo pela tradição e o desrespeito sistémico pelos idosos é de observar sobretudo na atitude arrogante com que novos figurinos actuam na arena pública criando um clima tenso e insuportável. A política fiscaliza a sociedade sem a acompanhar. Está mais virada para partidocracia, nepotismo, novo-riquismo que são verdadeiros atentados contra a democracia e contra a paz social.

Urge uma mudança de mentalidade, uma reforma básica que preserve a estrutura democrática, actualmente atacada por todos os lados. Urge fazer do mundo um lugar melhor para as pessoas viverem; a luta exacerbada entre progressistas e conservadores só atrasa o desenvolvimento e dá-se à custa do bem-estar de todos. Uma política que polariza o povo é indigna dela porque cria inimizades e destrói a confiança O cidadão precisa de uma política e de uma atitude social que, por um lado, dê às pessoas mais proteção contra abusos e opressão e, por outro, mais responsabilidade pessoal.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

EMIGRAÇÃO PORTUGUESA

Em 2021 emigraram 60.000 portugueses o que indica que em Portugal está a haver um certo equilíbrio entre emigração e imigração. Em 2022 entraram 58. 757 imigrantes em Portugal passando o número de residentes estrangeiros para 757.252.

Grande parte da emigração portuguesa, ontem como hoje, foi considerada pela política como ajuda ao desenvolvimento de Portugal e, por conseguinte, os partidos e sindicatos concordam em ignorar os emigrantes e suas reivindicações na sua política e na opinião  pública porque, de facto, a emigração é vista como uma vergonha para os que estão no poder (atestado de incompetência por não criarem qualidade de vida suficiente  em Portugal!)  e é inconveniente para a população.

A imigração de estrangeiros tem vindo a compensar um pouco a imagem dos nossos políticos e de Portugal, dado os imigrantes procurarem, geralmente economias mais fortes e sociedades abertas.

Apesar de tudo viva Portugal!

Bom fim de semana

António Justo
Pegadas do Tempo