CÚMULO DA PERVERSIDADE

Já notaram a contradição? Andar-se a pedir armas e ao mesmo tempo pedir-se donativos para as vítimas!

Encontramo-nos numa época dos guerreiros, numa época da desinformação e o que é mais triste é sermos amarrados aos interesses políticos e materialistas não nos restando espaço para a mente e menos ainda para o Espírito!

Porque não dedicamos mais tempo a investigar a razão porque andamos a ser manipulados num programa de encurtamento do nosso pensar em termos polares de opostos e não nos interessamos por ver que entre os opostos há a zona do meio.

É verdade que quando olhamos para uma moeda ou para uma medalha geralmente só olhamos para os polos, para as faces (não considerando o cunho ou metal em que as faces estão estampadas). A realidade da moeda é, porém, sobretudo mantida pelo meio, a parte que sustenta as faces! Quem a ignora limita a realidade.

Quando deixaremos de equacionar a nossa vida e o nosso pensamento em termos apenas binários e não em termos trinitários?

É realmente importante andar no mundo “real” mas com cuidado  para não nos perdermos nele.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

 

MANIPULAÇÃO

Quem controla a mente das pessoas tem o poder assegurado!
O neurocientista Henning Beck afirma: “Sabemos que se pode convencer as pessoas a acreditarem mesmo nas coisas mais abstrusas, se as repetirmos com frequência suficiente.” A repetição é interpretada pelo cérebro, como importante e outras informações são cada vez mais desvanecidas.
As 6 técnicas de manipulação mais comuns num relance:
Manipulação através da repetição.
Manipulação através da criação de medo.
Manipulação do pensamento.
Manipulação do comportamento através da linguagem.
Manipulação da informação.
Manipulação das necessidades.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

SÍMBOLOS E SIGNIFICADO CRISTÃO DA PÁSCOA

Páscoa vem do hebreu e remonta à festa judaica de Pessach que significa passagem (também há referências da Páscoa como o alimento que punha fim ao jejum da Quaresma).

Esta celebração constitui o centro da fé cristã e recorda a ressurreição de Jesus Cristo depois da sua paixão e morte na cruz. Morte e ressurreição pertencem juntas e são festejadas liturgicamente como um todo. Segundo a tradição Jesus morreu na sexta-feira. No evangelho descreve-se que um anjo rolou a pedra onde Jesus jazera e as três mulheres que observaram o sucedido foram informar os discípulos.

A liturgia da Semana Santa culmina na Vigília Pascal na escuridão entre sábado e domingo, com uma série de símbolos que ilustram a crença na ressurreição: Bênção do fogo e da água, vela da Páscoa (muitas vezes há também o sacramento do baptismo). Antes do rito da eucaristia prepara-se o novo fogo fora da igreja, acende-se nele a vela da Páscoa que é levada para a igreja às escuras, e as velas dos fiéis são gradualmente acesas com a vela da Páscoa, que depois é colocada no Altar; então é iluminada toda a igreja.

No domingo de Páscoa oferecem-se ovos pintados e em muitos lugares são escondidos no jardim ou em casa com o coelho de Páscoa de chocolate para as crianças procurarem.

O ovo é um símbolo de fertilidade e de nova vida e o seu uso reporta ao costume medieval em que os lavradores pagavam as suas dívidas de renda com ovos. Um dos dias de pagamento também caía na Páscoa (HNA 16.04.2022). Esta tradição evoluiu para o costume de dar e recolher ovos de Páscoa. A fogueira da Páscoa é também um sinal de vida e calor: uma maneira de apresentar o evento da Páscoa em experiências sensuais.

O coelho de Páscoa é um símbolo de fertilidade e mensageiro da Primavera. O coelho não tem pálpebras (mantem os olhos abertos, o que aponta para Jesus que “não dormiu na morte”. Mais tarde a indústria promoveu o coelho na confeitaria.

O cordeiro da Páscoa é o símbolo mais apropriado e representa a morte de Jesus na cruz. Nos tempos antigos, era costume usar o cordeiro em ritos de sacrifício. Na Primavera, os judeus abatem um cordeiro na Pessach para comemorarem o Êxodo do Egipto.

Na antiguidade cristã, a carne de cordeiro era colocada junto do altar e era comida como o primeiro alimento no dia da ressurreição. O cordeiro com uma bandeira de vitória quer simbolizar a vitória de Cristo sobre a morte, ou seja, a ressurreição.

Em muitas nações a segunda-feira de Páscoa é também um dia santo/feriado. Neste dia é recordada a história dos discípulos a caminho de Emaús (hoje Nicópolis na Palestina).

Na segunda-feira de Páscoa, Jesus apareceu a dois discípulos que partiram imediatamente de regresso a Jerusalém para contar a boa nova aos outros discípulos. No terceiro dia após a crucificação de Jesus, dois discípulos iam de Jerusalém a caminho da Galileia e numa aldeia chamada Emaús, enquanto caminhavam e falavam sobre o que tinha acontecido nos dias anteriores, Jesus juntou-se a eles  sem notarem quem ele era (Lc 24,13-35); Jesus explica-lhes o significado do seu sofrimento com base na Bíblia e come com eles; então os dois discípulos reconheceram Jesus na sua maneira de partir o pão. Jesus promete-lhes a sua presença até ao fim do mundo.

Desde o segundo século, o período pascal dura 50 dias e termina com o Pentecostes, que é a festa do Espírito Santo (o espírito divino presente no humano);  40 dias após a Páscoa, celebra-se a festa da Ascensão.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

DOMINGO DE RAMOS

Hoje Domingo de Ramos é comemorada a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém. É o início da Semana Santa, o domingo antes da Páscoa.
O Novo Testamento registra que Jesus entrou em Jerusalém naquele dia montado em um jumento (Jo 12:13-15, Mt 21:1-11, Mc 11:1-11).
O motivo do rei montado em um burro representa o governante não violento. O burro era a montaria dos pobres e contrasta com os carros de outros reis. Assim, Jesus é retratado como um rei pobre cujo poder não é estabelecido por meio de política, militar ou violência, mas por meio de paz e humildade.
Isto no sentido do que o evangelista Lucas narra: “O Senhor enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres, a sarar os corações feridos, a libertar os oprimidos” (Lc 4, 18).
O Domingo de Ramos não é sempre celebrado na mesma data porque esta é baseada nas fases da lua.
Esperemos que nesta semana do silêncio se silenciem as armas e possivelmente para sempre!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

OUSA PENSAR!

Selenskyj tem assumido neste conflito (entre Rússia e OTAN) o papel que Fidel Castro assumiu na crise cubana entre USA e União Soviética. Fidel Castro quis convencer Khrushchev a fazer um ataque nuclear surpresa.

Afortunadamente prevaleceu a razão entre Khrushchev e John F. Kennedy, que concordaram num compromisso que evitou uma guerra mundial e uma guerra atómica!

Na crise dos mísseis cubanos, a Rússia e os EUA acordaram secretamente que os navios da URSS seriam recuperados, e após meio ano os EUA removeram os seus mísseis da Turquia, aparentemente argumentando que estavam “tecnicamente obsoletos”.

Felizmente a OTAN ,  Alemanha e França têm manifestado uma certa contenção neste conflito, o que tem impedido uma tragédia para toda a Europa.

O presidente Francês Macron e em parte a Alemanha têm tido uma política razoável em favor da paz preferindo dialogar com Putin do que recorrer a uma intervenção ou maior armamento da Ucrânia, o que Selenskyj tem pretendido, sem consideração por perdas nem se importando com um consequente incêndio atomar em toda a Europa. Macron considera que o envio de mais armas para a Ucrânia tornaria um cessar-fogo ainda mais difícil e só criaria mais alvos para o exército russo.

Os latinos diziam: “Sapere aude”, atreve-te a pensar!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo