As reações das potências da UE ao serem excluídas das conversas preliminares sobre o futuro da Ucrânia são, no mínimo, lamentáveis. A oligarquia de Bruxelas, ao insistir em impor as suas agendas através de uma guerra económica e cultural contra a Rússia, revela-se cada vez mais míope. Essa postura não só perpetua um preconceito primitivo contra os russos, mas também expõe um interesse velado nas riquezas do solo ucraniano.
Curiosamente, Donald Trump demonstra uma visão mais europeia do que a própria União Europeia ao reconhecer que a Rússia é parte integrante da história e da cultura europeia, elementos que outrora tornaram o continente grande. Enquanto isso, a UE, corroída da cabeça aos pés, opta por se afirmar como uma entidade beligerante em vez de buscar diálogos de paz. Essa postura pode levá-la ao mesmo destino fracassado que os aliados tiveram no Afeganistão.
A elite da UE, em vez de se ter preocupado com os genuínos interesses da Europa e da sua posição geográfica (geopolítica) encostou-se aos interesses geoestratégicos americanos e agora um americano genuíno vem-lhes mostrar os erros de estratégia e a falta de consciência cultural de que sofrem. A humilhação não podia ser maior!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
Ando muito triste com toda esta agitação irónica !!!
Trump não demonstra nada a ninguém porque cada passo que dá é para os seus interesses mas cada dia que passa está mais senil.
Fátima é curioso como sempre que alguém desafia o pensamento dominante, a resposta imediata é desqualificá-lo pessoalmente em vez de discutir as suas ideias. Trump pode ter defeitos (como qualquer político), mas dizer que ele ‘não demonstra nada a ninguém’ ignora o facto de que ele representa um movimento que rejeita a destruição das bases da cultura ocidental promovida pela esquerda que tem dominado as estruturas de estado da EU. Se ele só pensasse nos seus próprios interesses, por que razão enfrenta ataques constantes da máquina mediática e política? Quanto à senilidade, se isso fosse critério para descartar um líder, Biden, que mal consegue terminar frases coerentes, já teria sido afastado há muito. A questão aqui não é a idade, mas sim a de quem tem um projeto político claro, e uma visão para o país, baseados no conservadorismo e na oposição ao que muitos chamam de “agenda woke”. Podemos não concordar com tudo o que ele faz, mas ao menos ele não se esconde atrás de discursos vazios e de uma agenda que ninguém votou e que nos tem sido imposta através de agendas e activismo orientado por ONGs ideológicas contra as bases da nossa cultura ocidental (contra cristianismo, pátria e família).
António Cunha Duarte Justo desculpa, mas a partir do momento que o Trump afirma que a Espanha PERTENCE aos BRICS e que a China NÃO PERTENCE aos BRICS, o homem só pode ser classificado como um calhau. Já não falo das declarações absolutamente infames que ele tem feito sobre a guerra na Ucrânia. Dito isto, também já disse que o facto do Trump ser um burro, isso não fez de nós mais inteligentes.
Cristiano Santos, no entanto, é importante lembrar que Trump frequentemente usa um estilo de comunicação provocativo e muitas vezes hiperbólico, o que pode levar a mal-entendidos ou a uma interpretação literal de suas palavras. Isso não necessariamente justifica as declarações, mas pode ajudar a entender o contexto em que elas são feitas.
Sobre as declarações relacionadas à guerra na Ucrânia, é verdade que algumas delas têm sido controversas e até mesmo criticadas por muitos especialistas em política externa. No entanto, também é válido considerar que Trump, como qualquer líder, tem uma visão específica sobre como lidar com conflitos internacionais, e nem sempre essa visão se alinha com a opinião predominante e menos ainda no mainstream ou pensar politicamente correcto em que temos sido formatados por TVs, etc. isto é, um pensamento a preto e branco quase único no sentido do que antigamente se queria expressar do “Maria vai com as outras”. O problema é que os que formataram as pessoas a não argumentar mas a diabolizar está a ser posto em questão por um projecto político alternativo que não agrada aos poderes estabelecidos nem aos media.
Por fim, concordo com você que o fato de Trump ser criticado não nos torna automaticamente mais inteligentes ou mais bem informados. Acho que o mais importante é sempre buscar entender as diferentes perspectivas e analisar as situações com um olhar crítico, mas também aberto ao diálogo.
Mas o do outro lado do Atlântico nem sequer deu hipótese de a UE estar presente.
Se tivesse havido essa hipótese, alguém teria ido, e mais depressa teriam resolvido a escolha da equipa, ou pessoa, a ir… Que remédio!
Trump, quis, ostensivamente, afrontar a Europa, essa é que é essa, e vai continuar o seu bullying de estimação, se continuarem a não se vergar à sua vontade, como fez a Zelensiky, por este não lhe ceder as terras ricas, e “outras soberanias” nas condições que ele quer…
O problema, é que Zelensiky não concordou logo em dar a trump, as terras ricas e tudo o que este queria, e nas condições que queria, de maneira que o ego do homem tremeu de tal maneira, e ele entrou em looping.
Havia era de haver bastante gente a dizer-lhe que NÃO, mas, enfim, percebe-se porque preferem ir ao beija mão!…
FB
Elizabeth Seixo , será certamente um problema americano entre os interesses do filho de Biden e companhia na Ucrânia e o Trump que também deseja fazer parte da festa. O argumento de “os outros também são corruptos” não vem sujar nem limpar o rosto de Trump. O grande problema que se encontra por trás de tudo isto, no meu entender é cultural e económico. Até ao presente e especialmente a partir do movimento 68 as forças marxistas sobrepuseram a mundivisão marxista à tradicional visão europeia, levando até partidos conservadores a entrar na dança da esquerda que ultimamente se transformou no ditado da esquerda-woke. O que está agora em jogo é o facto de todo o mundo ter sido ensaboado com os sabonetes marxistas e maoistas e agora se vê enfrentado pelo Trump que defende o conservadorismo e quer impor o seu sabão azul e branco.
António Cunha Duarte Justo, sabe, penso que não estamos assim tanto em desacordo quanto a certas situações essenciais.
Wokismo e ideologia do género é uma das coisas com que nunca estarei alinhada. Este movimento foi iniciado longe de nós, na América, e acompanhado, muito de perto, por Inglaterra; foi crescendo nas sociedades, ao longo de um par de séculos, com mudanças nos seus objectivos; mais recentemente disseminado pelas universidades, onde ganhou importância e “credibilidade”, passando, os aderentes, a considerarem-se os justiceiros fundamentalistas de qualquer pecado original, ou não; e, depois, activamente disseminado pelas redes socias (não fossem elas, e ainda andaria, quiça, pelas calendas gregas).
Foi, de há uns anos para cá, sendo aproveitado por os políticos “xicos-espertos”, que viram aqui uma oportunidade de conseguir mais “fãs”, incluindo alguns pontos do movimento wokista (o tal chamado de “politicamente correcto”) na sua narrativa, e com isso potenciar as agendas.
Claro que isto é uma maneira muito simplória de apresentar o wokismo, muito mais complexo na sua análise, mas que não dá aqui para desenvolver com detalhes.
Mas isto para dizer o quê… Para dizer que acho perigoso substituir um simpatizante do wokismo, mas com alguma espécie de carácter e humanidade, num governo, por outro indivíduo que combata o wokismo, mas que seja um energúmeno; sem carácter; corrupto; com manifesto conflito de interesses no cargo que ocupa; que é um ditador; que se arvora no direito de criar, de um dia para o outro, uma espécie de gulag, que é o que está a fazer em Guantánamo; de separar pais de filhos; de mandar atacar uma casa de democracia; que se arvora no direito de dizer as maiores barbaridades, ainda por cima, a maior parte mentiras; etc, etc, etc… e que se diz enviado por Deus – só por isso devia ter-se considerado que era um importante indicador para não se pôr, no poder, um esquizofrénico deste calibre, pois ele considera-se mesmo investido de tal poder, e que, já deu para ver, está a aplicar.
É nisto que eu insisto – não se pode substituir um mal, por outro ainda maior e pior, por um ser a quem agora ninguém é capaz de dizer um não bem redondo, porque se aproveita, tal como Nixon se aproveitou, de uma postura meio louca e errática, para aplicar a sua estratégia tirana.
Assim como o wokismo fez escola, também pode vir a desaparecer, uma vez que, tratando-se de movimentos sociais, pode também criar-se um contrário, sem ser preciso meter no poder gente deste calibre, e a pouco e pouco, ir-se mudando esta tendência, que, parece-me, poderá estar a nascer. Assim, não me parece ser este o caminho, que também está a ser percorrido na europa: de pôr no poder gente extremista.
Posso estar a ser ingénua?! Talvez! Mas já se viu tanto caso grave, que partiu de extremismos, com semelhanças tão evidentes, para o que pode vir a sair de certa gente a que se está a dar poder, na actualidade, que prefiro continuar a defender o meio termo, e não alinhar nesta, digamos, histeria dos autoproclamados poderosos salvadores de pátrias, que misturam muito Deus nos seus discursos, com epifanias divinas, mas recheados de tiques imperialistas e psicopáticos.
Elizabeth Seixo , concordo que substituir um mal por outro não é solução. No entanto, creio que a reação ao wokismo e ao domínio progressista reflete um desejo legítimo de restaurar equilíbrio. Trump pode ser imperfeito, mas simboliza essa viragem. A História ensina que movimentos sociais tendem a extremos antes de encontrarem um novo ponto de estabilidade. Talvez estejamos nesse processo. O essencial é não perdermos de vista os valores fundamentais da civilização ocidental.
António Cunha Duarte Justo, o problema, e aí não estamos de acordo, é que os valores ocidentais, com trump no poder, estão em perigo.
Elizabeth Seixo, primeiro seria essencial definir o que entendemos por “valores ocidentais”. Esses valores são frequentemente associados a princípios como democracia, liberdade individual, Estado de direito, direitos humanos e pluralismo, mas com base na doutrina marxista-maoista e materialista. Em democracia há divergências internas sobre como esses valores são interpretados e aplicados. Por exemplo, os partidos Democráticos socialistas e Conservadores nos EUA mais ligados à tradição ocidental têm visões diferentes sobre questões como o papel do Estado, a justiça social e a liberdade económica. Isso mostra que os “valores ocidentais” não são monolíticos, mas sim um conjunto de ideias em constante evolução e debate.A preocupação com a presidência de Trump e seu impacto sobre os valores ocidentais é legítima sob a perspectiva da coloração socialista. Muitos críticos argumentam que seu estilo de governar, sua retórica polarizadora e sua abordagem em relação a instituições democráticas representaram um desafio a alguns desses valores. No entanto, é importante lembrar que os sistemas democráticos ocidentais são resilientes e contam com mecanismos de freios e contrapesos para proteger seus princípios fundamentais, mesmo em momentos de tensão.Estou convencido que tanto progressistas como conservadores ainda correm o risco de “imperialismo mental” ao justificar ações políticas ou militares em nome dos “valores ocidentais”, verifiquei isso também ao ler as deliberações tomadas em Espanha sobre os fundamentos da NATO. De fato, há um perigo real em usar esses valores como uma ferramenta para legitimar intervenções ou agressões, especialmente quando isso ignora as complexidades culturais, históricas e políticas de outras regiões. Ao ver a discussão provocada na Alemanha por ONGs com iniciativas como “Avós contra a direita” e os princípios da NATO a discussão político-cultural actual faz-me lembrar as Cruzadas que ilustrma como ideologias podem ser instrumentalizadas para fins expansionistas ou de dominação. É importante que os valores ocidentais sejam promovidos através do diálogo e do exemplo, e não da imposição ou da coerção.
É um facto que a UE e a NATO, justificam as suas acções em nome da defesa de valores como a democracia e a segurança. No entanto, é importante questionar criticamente se essas ações estão realmente alinhadas com princípios supostos e indefinidos ou se servem a interesses da EU e geopolíticos mais amplos. A transparência e a responsabilidade são fundamentais para garantir que essas instituições não caiam em práticas que possam ser vistas como imperialistas ou hipócritas. A preocupação com a erosão desses valores, especialmente em contextos políticos polarizados, é válida, mas também devemos estar atentos ao risco de instrumentalizá-los para justificar ações questionáveis. O diálogo crítico e a autorreflexão são essenciais para garantir que esses valores continuem a ser uma força positiva no mundo, e não uma desculpa para práticas imperialistas, sejam elas ideológicas, económicas ou militares. Falar-se de valores em geral tem sido rectórica de funcionários da NATO e da EU ao serviço de valores que não servem o humanismo cristão europeu!
Avisos que Francisco Henriques da Siva colocou no seu mural:
Criminal Comedy of Suicidal Errors
WESTERN STRATEGIC THINKERS WHO HAD WARNED OF UKRAINIAN CONFLICT (a compilation by @RnaudBertrand)
1. George Kennan, America’s foreign policy strategist, the architect of the U.S. cold war strategy. As early as 1998 he warned that NATO expansion was a “tragic mistake” that ought to ultimately provoke a “bad reaction from Russia”.
2. Kissinger, in 2014. He warned that “to Russia, Ukraine can never be just a foreign country” and that the West therefore needs a policy that is aimed at “reconciliation”.
He was also adamant that “Ukraine should not join NATO”
3. John Mearsheimer – arguably the leading geopolitical scholar in the US today – in 2015: “The West is leading Ukraine down the primrose path and the end result is that Ukraine is going to get wrecked […] What we’re doing is in fact encouraging that outcome.”
4. Jack F. Matlock Jr., US Ambassador to the Soviet Union from 1987-1991, warning in 1997 that NATO expansion was “the most profound strategic blunder, [encouraging] a chain of events that could produce the most serious security threat […] since the Soviet Union collapsed”
5. Clinton’s defense secretary William Perry explained, in his memoir, that to him NATO enlargement is the cause of “the rupture in relations with Russia” and that in 1996 he was so opposed to it that “in the strength of my conviction, I considered resigning”.
6. Stephen Cohen, a famed scholar of Russian studies, warning in 2014 that “if we move NATO forces toward Russia’s borders […] it’s obviously gonna militarize the situation [and] Russia will not back off, this is existential”
7. CIA director Bill Burns in 2008: “Ukrainian entry into NATO is the brightest of all redlines for [Russia]” and “I have yet to find anyone who views Ukraine in NATO as anything other than a direct challenge to Russian interests”. (He was then Ambassador to Moscow in 2008 when he wrote this memo). He is now director of the CIA. ‘08 memo ‘Nyet Means Nyet: Russia’s NATO Enlargement Redlines’
8. Russian-American journalist Vladimir Pozner, in 2018, stated that: NATO expansion in Ukraine is unacceptable to the Russian, that there has to be a compromise where “Ukraine, guaranteed, will not become a member of NATO.”
9. Malcolm Fraser, 22nd prime minister of Australia, warned in 2014 that “the move east [by NATO is] provocative, unwise and a very clear signal to Russia”. He adds that this leads to a “difficult and extraordinarily dangerous problem”.
10. Paul Keating, former Australian PM, in 1997: expanding NATO is “an error which may rank in the end with the strategic miscalculations which prevented Germany from taking its full place in the international system [in early 20th]”
11. Former US defense secretary Bob Gates in his 2015 memoirs: “Moving so quickly [to expand NATO] was a mistake. […] Trying to bring Georgia and Ukraine into NATO was truly overreaching [and] an especially monumental provocation”
12. Pat Buchanan, in his 1999 book A Republic, Not an Empire: “By moving NATO onto Russia’s front porch, we have scheduled a twenty-first-century confrontation.”
13. In 1997, a group of individuals including Robert McNamara, Bill Bradley & Gary Hart wrote a letter to Bill Clinton warning the “US led effort to expand NATO is a policy error of historic proportions” and would “foster instability” in Europe. Today it’s fringe, traitorous position.
14. Pat Buchanan, in his 1999 book A Republic, Not an Empire: “By moving NATO onto Russia’s front porch, we have scheduled a twenty-first-century confrontation.”
15. Dmitriy Trenin expressed concern that Ukraine was, in the LT, the most potentially destabilizing factor in US-Russian relations, given the level of emotion & neuralgia triggered by its quest for NATO membership.
16. Sir Roderic Lyne, former British ambassador to Russia, warned a year ago that “[pushing] Ukraine into NATO […] is stupid on every level.” He adds “if you want to start a war with Russia, that’s the best way of doing it.”
17. Even last year, famous economist Jeffrey Sachs, writing a column in the FT warning that “NATO enlargement is utterly misguided and risky. True friends of Ukraine, and of global peace, should be calling for a US and NATO compromise with Russia.”
18. Fiona Hill :”We warned [George Bush] that Mr. Putin would view steps to bring Ukraine and Georgia closer to NATO as a provocative move that would likely provoke pre-emptive Russian military action. But ultimately, our warnings weren’t heeded.”
19. Aleksandr Dugin, in 1997, had predicted everything that Putin has done, in his book “Foundation of Geopolitics.”
Perdoai_ lhes Senhor porque não sabem o que dizem, Fanatismo que cega as pessoas
Aida Cruz , o fanatismo é cego e por isso não se atreve sequer entrar em discussão evitando argumentar. O fanatismo é proporcional à falta de informação. Pessoa não formatada e bem informada comprennde bem oos interesses que movem as partes e chega a ver isso com ironia!