Luz do Mundo – O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos

BENTO XVI ABRE-SE AO JORNALISMO CONTEMPORÂNEO
“Luz do Mundo – O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos”

António Justo

O livro, “Luz do Mundo – O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos”, resulta duma entrevista efectuada de 26 a 31 de Julho, onde Bento XVI em Castel Gandolfo respondia, uma hora por dia, às perguntas directas e pessoais do jornalista  Peter Seewald.


Bento XVI dá assim continuidade aos livros-entrevista “O sal da terra” e “Deus e o mundo”, resultantes das entrevistas que o outrora comunista Peter Seeweald fizera ao então ainda Cardeal Razinger.


Esta nova forma de abertura ao jornalismo contemporâneo possibilita a leitura a um público mais abrangente que o das encíclicas.


No livro “Luz do Mundo”, o chefe supremo de 1.200 mil milhões de católicos, toma posição no respeitante aos problemas da Igreja e da sociedade, falando, sem subterfúgios, sobre si, o seu pontificado, a alegria do cristianismo, os abusos na Igreja, o ecumenismo, a sida, mesquitas e burca, o modernismo, o progresso, a droga, a sexualidade, Pio XII, a mulher, o celibato, etc. Ao ler-se o livro acompanha-se um Papa sublime e humilde, que, no centro da vida, quer dar vida à fé e trazer fé à vida.

Dá prazer ler os escritos lúcidos dum homem sábio, fiel a Deus e à humanidade, que, neste momento crucial da História humana, constata que “é absolutamente inevitável um exame de consciência global.” Não chega guiar-se pelo ponto de vista “ da factibilidade e do sucesso.” Para evitarmos certos aspectos destrutivos do progresso “devemos reflectir sobre os critérios a adoptar a fim de que o progresso seja verdadeiramente progresso”. A sociedade ocidental encontra-se numa encruzilhada que conduz ou a um secularismo que não tem nada para contrapor aos grandes problemas da humanidade ou a uma nova questionação sobre Deus. Reconhece que “muitas coisas devem ser repensadas e expressas de um modo novo.”

O anúncio do Evangelho não pode ser consensual: “Se o consenso fosse total, teria de me interrogar seriamente sobre se estaria a anunciar realmente o Evangelho todo”. Reconhece porém que não se tem apresentado suficientemente o potencial libertador e o sentido da fé em Deus. “O cristianismo dá alegria, alarga os horizontes.”


Nota-se que Bento sofre pelo facto dos Media e dos críticos da Igreja condicionarem a modernidade da Igreja às questões que têm a ver com os sexos.


Torna-se nefasto e desastroso para a Europa e para o mundo o caso do modernismo europeu reduzir a imagem da Igreja católica ao seu trato do sexo e condicionar a sua aceitação à sua maneira de encarar a sexualidade. Uma Europa que deve a sua configuração ao Cristianismo e um mundo que tem no catolicismo o seu primeiro modelo implementador de globalização, não revelam carácter ao rebelarem-se como filhos pródigos renitentes na sua primeira fase de abandono e repulsa.


Estes filhos pródigos apoderaram-se de grande parte dos média, das políticas e das administrações, controlando grande parte da opinião públicada e dos centros do poder e tratando a Igreja como sua rival. Os preconceitos mediáticos e a desinformação tornam cada vez mais necessária a abordagem directa dos textos papais.


Contesta o relativismo propagado afirmando que “o homem tem de procurar a verdade; ele é capaz da verdade. É evidente que a verdade necessita de critérios de verificação e de falsificação”. E mostra o seu desconsolo sentindo-se “decepcionado sobretudo por existir no mundo ocidental esse desgosto com a Igreja, pelo fato do secularismo continuar tornando-se autónomo, pelo desenvolvimento de formas nas quais os homens são afastados cada vez mais da fé, pela tendência geral da nossa época de continuar sendo oposta à Igreja”.

Lamenta a cegueira do mundo ocidental onde muitas pessoas não distinguem entre o bem e o mal; reconhece na Europa forças destrutivas e manifesta esperanças nas pessoas fora da Europa. Questiona uma sociedade em que as sondagens se tornam “o critério do verdadeiro e do justo.” Para a Igreja “a estatística não é a medida da moral”.

Preocupa-o a nova intolerância propagada por um laicismo activista que em nome da tolerância se aproveita para afastar símbolos religiosos dos espaços públicos e assim safar o cristianismo da Europa. “A verdadeira ameaça frente à qual nos encontramos é que a tolerância seja abolida em nome da própria tolerância… Existem regras ensaiadas de pensamento que são impostas a todos e que são depois anunciadas como uma espécie de tolerância negativa…. há uma religião negativa abstracta que se transforma em critério tirânico e que todos devemos seguir… Ninguém é obrigado a ser cristão. Mas ninguém deve ser tão pouco obrigado a viver a «nova religião» determinada como única e obrigatória para toda a humanidade… O que importa é que procuremos viver e pensar o cristianismo de tal modo que ele absorva o moderno que é bom e está certo e, ao mesmo tempo, se separe e diferencie do que é uma contra-religião.”


Apela à defesa da fé como catalisadora do mal num mundo secularista agressivo. Este quer o ser humano inteiramente disponível ao seu domínio e à sua ideologia reduzindo-o a indivíduo e a coisa sem dignidade divina. “Porém, a presença divina revela-se sempre no Homem.”


Para Bento XVI razão e fé não são contraditórias; vê na fé um serviço crítico e um limite razoável da razão. Doutro modo, o Homem, ao fazer-se a medida de todas as coisas, reduz e desumaniza a criação. O Homem sem Deus, destrói-se a si mesmo e a criação, sem se sentir responsável perante ninguém.


No que respeita ao sacerdócio da mulher, Bento XVI diz que o facto dos apóstolos terem sido homens levou esta prática a ser assumida pela Igreja como norma, sentindo-se ele, assim, condicionado pelo direito. Ao argumentar com a norma consuetudinária deixa o campo aberto à discussão teológica. De facto o NT também diz:”…o que ligares na terra será ligado no céu…” Bento também testemunha que “o significado das mulheres – de Maria a Mónica até Madre Teresa de Calcutá – é tão proeminente que, de muitas maneiras, as mulheres definem o rosto da Igreja mais do que os homens.”


Quanto ao uso do preservativo o “grande Mestre” aponta para a possibilidade da casuística: um método da Tradição que faculta, em casos de conflito entre princípios morais, a possibilidade de optar pelo princípio maior (neste caso a defesa do corpo e da vida é mais relevante que a proibição do uso do preservativo para impedir a natalidade). A Igreja não se pode encostar aos adaptados que têm apenas respostas fáceis e ideologia para oferecer. Ela é acontecimento, milhares dos seus membros entregam-se abnegadamente na ajuda aos infectados pela SIDA. Bento XVI atesta que “onde quer que alguém queira obter preservativos, eles existem. Só que isso, por si só, não resolve o assunto. É preciso fazer muito mais”. “A mera fixação no preservativo significa uma banalização da sexualidade, e é precisamente esse o motivo perigoso pelo qual tantas pessoas já não encontram na sexualidade a expressão do seu amor, mas antes e apenas uma espécie de droga que administram a si próprias”… O uso do preservativo é legítimo “em casos pontuais, justificados… o preservativo pode ser um primeiro passo na direcção de uma sexualidade vivida de outro modo, mais humana.” Solicita a” humanização da sexualidade”.


Quanto à homossexualidade, ensina: os homossexuais “merecem respeito” e “não devem ser rejeitados por causa disso”.

Relativamente à possibilidade de renunciar ao papado responde “Se o papa chega a reconhecer com clareza que física, psíquica e mentalmente já não pode suportar o peso do seu ofício, tem o direito e, em certas circunstâncias, também o dever de renunciar.”

Segundo ele, também as feridas da Igreja “têm para nós uma força purificadora e, no final, podem ser elementos positivos“. De facto, na Igreja como na natureza encontra-se a contradição, não fosse ela vida.

A droga “destrói os jovens, destrói as famílias, leva à violência e ameaça o futuro de nações inteiras”.


A humanidade alcançou os limites do seu crescimento. A solução cristã, para sair da crise e para resolver os problemas do ambiente e da humanidade, não vem de iniciativas da economia de mercado mas da metanóia, da mudança da consciência individual. Bento, o Cristianismo, aposta na pessoa e crê na sua capacidade de mudança através do aprofundamento da consciência individual numa perspectiva de fé.


O Papa sublinha a esperança cristã e a necessidade de colocar Deus em primeiro lugar para que a Igreja seja a luz de todo o mundo.


A Igreja, como organismo vivo é processo e não uma instituição que se deixe regular apenas por leis externas. O Papa não pode nem deve dar resposta imediata a tudo. Ele é como a Constituição dum país. Da Constituição não se podem esperar respostas muito específicas. Para isso estão as leis, para isso há a pastoral que tentará dar respostas adequadas a situações específicas, “in loco”, tal como as leis do Estado fazem, tendo como inspiração o espírito da Lei Fundamental.


Em caso de conflito de consciência o Cristão está chamado a orientar-se pela própria consciência, como advogava já S. Tomás de Aquino. É também um princípio cristão que o amor está por cima da lei.


Resta aos cristãos e ao mundo “encontrar palavras e modos novos para permitir ao homem destruir o muro do som do finito.”


António da Cunha Duarte Justo

antoniocunhajusto@googlemail.com

DIGNIDADE CONSTITUCIONAL PARA A LÍNGUA


Associações alemãs insurgem-se contra a Inundação de Palavras inglesas

António Justo

Associações de protecção da língua e da cultura entregaram ao parlamento alemão 40.000 assinaturas de apoio à exigência de protecção da Língua alemã pela Constituição da República. Na Constituição deve ser registada a frase:”A língua da BRD é alemão”. Esta iniciativa encontra apoio no presidente do Parlamento.


A língua deve ser protegida como bem cultural e como “elo de união da nação” e ao mesmo tempo como “a chave para uma melhor integração”.


O emprego de palavras inglesas impede muitas vezes a clareza da língua e pressupõe que todos dominem o inglês.


Puristas da língua registam uma invasão de anglicismos na Alemanha que já atinge 7200 palavras (www.anglizismenindex.de). Querem que palavras inglesas sejam traduzidas em alemão; por exemplo mainstream por “gosto das massas”.


Na França, onde a língua se encontra ancorada na Constituição tornam-se possíveis decisões de tribunal tendentes a proteger o consumidor. Segundo uma lei de 1994 os franceses podem exigir que no seu lugar de trabalho se fale francês. Empresas internacionais usam apenas a língua inglesa sem que, documentos e programas de computador, sejam traduzidos em francês. Decisões de tribunal deram razão a queixas de Sindicatos contra firmas, como refere HNA.

Aportuguesar as palavras estrangeiras


No mundo global e virtual em que nos movimentamos não podemos prescindir de estrangeirismos. Estes são um meio enriquecedor da língua desde que não sejam assumidos directamente da língua donde provêm mas sejam adaptados ao génio da língua. Um estrangeirismo como “destacar” enriqueceu a língua trazendo uma outra conotação específica que o seu correspondente vernáculo “distinguir” não tem ou não deixa ver directamente.

Também há palavras que reflectem diferentes consciências, como a palavra “elite” em vez de “escol, fina-flor”.


Naturalmente que quem fala bem uma língua estrangeira tende, por vezes, a empregar certas palavras estrangeiras por serem mais concisas ou mesmo por preguiça em procurar termo equivalente. Por outro lado há os vaidosos que querem mostrar a sua importância e desejam distinguir-se do resto mediante o emprego de estrangeirismos. Aportuguesar os termos ingleses constitui uma tarefa importante para o enriquecimento da língua. Naturalmente, sem pressões dum lado e doutro.


A pressa moderna leva-nos a deixar pontos e vírgulas, sem olhar ao pormenor. Muitos dos termos novos pertencem a uma linguagem tecnológica precisa e fria sem a carne da alegria da imagem para saborear. Trata-se de manter o olhar atento para o vivo. Os interesses económicos desempenham grande papel no seu desenvolvimento. O português, como língua inter-cultural encontra-se sob grande pressão da concorrência. O Brasil empenha-se de maneira especial porque está consciente do seu valor económico e cultural para o Brasil.


A língua já tem categoria constitucional em 18 países europeus. A eficiência prática depende da legislação e das decisões dos tribunais.

A linguagem vernácula é dificultada por interesses económicos e por textos modernos sem preocupação pela pureza, correcção e clareza da língua. A leitura de textos clássicos é cada vez mais dificultada. O mundo cultural também não faz excepção à lei mercantil do barato. A necessidade de comercialização da língua, também através de romances feitos à pressão, torna tudo mais leve e de curta duração. As editoras precisam de nova mercadoria, para apresentar a consumidores apressados.


Numa era em que se usam cada vez mais programas de computador como correctores da língua notam-se muitas vezes substratos ideológicos na escolha e disponibilização de termos.

Cada língua transmite o seu sentimento de vida. Através da fala entramos no génio dum povo.


Ela faz parte integrante da nossa consciência. Entrar no espírito duma outra língua é como navegar noutro continente e mergulhar numa nova consciência. Daí o respeito a ter por cada língua.


António da Cunha Duarte Justo

antoniocunhajusto@googlemail.com

Saúde das Crianças em Perigo – Demasiado Consumo de TV / Computador


Uma sociedade doente produz crianças doentes

Necessidade de Aulas de Teatro nas Escolas

António Justo


Antigamente havia três ou quatros doenças típicas de crianças. Hoje o seu espectro revela-se enorme, especialmente com as doenças psíquicas. A nossa sociedade económica, política e cultural não tem lugar para a família nem para as crianças. Quer apenas forças de trabalho. Tudo se orienta e roda em torno do emprego que cada vez se torna mais absoluto nas suas exigências. A Sociedade fomenta Crianças doentes.


Segundo estatísticas do Estado do Hessen da RFA, um em cada dois alunos já participou, pelo menos, numa terapia. De Janeiro a Março de 2010, os pediatras prescreveram, neste Estado, 6763 psicoterapias, 9091 terapias de movimento e 10136 terapias da fala a crianças.


Segundo a investigação da Caixa de Previdência Técnica, alunos que vêem mais de duas horas de TV por dia são enviados com mais frequência para a terapia do que alunos com menor consumo de TV.


Cada vez há mais crianças sem “sentimento do corpo”. A falta de sensação corporal torna-se dramática.


Estatísticas de toda a Alemanha revelam que crianças, que em média se sentam mais de duas horas perante a TV, não aprendem bem a falar e revelam problemas a nível de movimentação.


Habituados à TV, Computador e telemóvel não conseguem uma comunicação racional nem um movimento equilibrado.


A este problema junta-se o stress de muitas crianças com um programa de calendário muito apertado. A sociedade exige demasiado rendimento intelectual das crianças sem que lhe proporcione um equilíbrio emocional. As crianças desconhecem o seu ambiente.

Caminha-se para o modelo de sociedade de Esparta.


A criança precisa duma relação com um tu para se desenvolver de maneia integral e sadia. A TV, o SMS, não substitui um tu. Neste sentido seria melhor a ocupação com um animal (especialmente no caso de filhos únicos ou de grandes diferenças de idade). Este consegue proporcionar o desenvolvimento de sentimentos que muitas vezes os educadores não proporcionam, devido ao stress em que se encontram envolvidos e que transmitem às crianças.

Obrigatoriedade de Aula de Teatro nas Escolas

O que mais prejudica as crianças é a falta de atenção por parte de pais e adultos e a falta de amigos da mesma idade. Compensam no mundo virtual, o que a vida real lhes não dá. São portadoras de sintomas que dão nas vistas e que revelam o mau ambiente que as circunda e que provoca tais sintomas. A criança precisa imenso da brincadeira e do jogo ao ar livre ou no ginásio com outras crianças. Aí, além de formarem a personalidade, aprendem a resolver conflitos e libertam energias e agressividade acumulada.


As escolas que estejam atentas à realidade social que as envolve e que queiram tornar-se exemplos para o futuro terão de criar horários escolares de teatro em tempos úteis de currículo. Nos internatos das ordens e congregações religiosas é comum, por boas razões, haver representações de teatro e outras artes musas. Hoje torna-se uma exigência para toda a escola e para todos os alunos. Toda a escola deveria consagrar, pelo menos, duas horas lectivas semanais ao exercício de teatro. Este envolve toda a personalidade e ajuda o aluno ao equilíbrio mental, emocional e locomotor.


Toda a criança, na idade escolar, pelo menos até aos 12 anos, precisa não só de disciplinas que fomentam a abstracção e a racionalidade mas também disciplinas que desenvolvam a emocionalidade através de disciplinas como desenho, canto, música, dança e teatro.


Um Estado que não reconhece a necessidade do equilíbrio entre as capacidades intelectuais e emocionais dos alunos, terá de empregar, de futuro, grandes somas na medicina e na defesa contra a criminalidade.


António da Cunha Duarte Justo

Pedagogo

antoniocunhajusto@googlemail.com

PORTUGAL 7 (sete) – COREIA DO NORTE 0 (zero)


Comentadores alemães elogiam a Qualidade do Jogo português

António Justo


Uma exibição exemplar que encantou Portugueses e Alemães aqui na Alemanha

Poprugal jogou bem contra a Coreia do Norte.

Parabéns à equipa, parabéns aos portugueses. Quando actuamos como grupo mostramos realmente as potencialidades que temos!  O espírito de comiunidade possibilitou mostrar a riqueza dos marcadores, por ordem de marcação: Raul Meireles, Simão, Hugo Almeida, Tiago, Liedson e Cristiano Ronaldo. Cristiano Ronaldo trabalhou para a equipa!

Desta vez tivemos em campo uma equipa com espírito de grupo e não um grupo de individualistas .

O jogo foi um espectáculo para todos os espectadores! Parabés à selecção, parabéns a Portugal!

A política portuguesa terá de aprender a lição e descobrir-se como equipa: descobrir-se como equipa em jogo com todos os portugueses, para poder juntar às alegrias futebolísticas, outras alegrias…

Os comentadores alemães ficaram emocionados com a qualidade do jogo português! Desta vez os espectadores foram prendados com um espectáculo de jogo!


António da Cunha Duarte Justo

EUROPA UND ANDERE KULTUREN – VOM DIALOG ZUM TRIALOG

Liebe Anwesende!


Mit diesem Vortrag möchte ich uns die Gelegenheit geben, über ein Thema nachzudenken, das noch zu wenig im Bewußtsein unserer Gesellschaft ist. Dabei können natürlich nur einige Aspekte berührt werden, die mir als wichtig erscheinen.

Ich möchte als erstes stichwortartig auf die gegenwärtige Situation eingehen, d. h. auf einige Aspekte der gegenwärtigen Sinnkrise in Europa.

Dann möchte ich mögliche Probleme der Auseinandersetzung zwischen den Kulturen antippen und erörtern, was für ein Geist hinter dem Teufelskreis des Kulturkampfes steht. Des weiteren spreche ich über die Neuentdeckung des Mythos als Verstehenshorizont und über Wege zur Gemeinsamkeit der Kulturen.


Zur gegenwärtigen Situation

Ist die europäische Zivilisation gefährdet oder stellt sie eine Bedrohung für andere Zivilisationen dar? Im sogenannten Westen neigt man dazu, unsere Gesellschaftsordnung als etwas Endgültiges, als das gelobte Land zu sehen. Historiker sagen, dass die westliche Kultur zu einer Sicherheitszone geworden ist und das “goldene Zeitalter” lebt. Wie damals die Pax Romana so erscheint heute die Pax europeia. Ist andererseits heute das Wiedererstarken des Islam, der ein Fünftel der Menschheit umfaßt und sein Kampf gegen die Moderne sowie die Dynamik Asiens eine Gefahr für Europa wie damals die Barbaren für Rom? Oswald Spengler beschreibt in “Der Untergang des Abendlandes” Geschichte als “die Geschichte der großen Kulturen” und entwirft keine rosigen Szenarien, so wie noch aktualisierter Samuel P. Huntington im Buch “Kampf der Kulturen – Die Neugestaltung der Weltpolitik im 21. Jahrhundert”. Er geht weiter und behauptet: “Die gefährlichen Konflikte der Zukunft ergeben sich wahrscheinlich aus dem Zusammenwirken von westlicher Arroganz, islamischer Unduldsamkeit und sinischem (d. h. chinesischem) Auftrumpfen.”


Anzeichen von Schwäche:

Bis jetzt haben sich aufgehende Kulturen hervorgetan durch Überschuß, der sich in Stärke auf den Gebieten des Militär, der Religion, Politik und Wirtschaft ausgedrückt hat. Heute fließt der Überschuß mehr in den Konsum. Die Menschen zehren von Kapital und verzehren Kultur. Alles dient dem leiblichen oder momentanen Wohl, das sehr kurzlebig ist. Auch Kultur wird zum Konsumgut. Sie sorgt sich nicht um die Zukunft. Individueller und kollektiver Konsum geht sogar auf Kosten zukünftiger Generationen. Demnach befinden wir uns in einer Phase der Dekadenz. Diese Dekadenzerscheinungen sind denen anderer untergegangener Kulturen ähnlich. Müssen wir uns von daher sorgen, daß die Dekadenzerscheinungen Europas ebenfalls unsere Zivilisation zugrunde richten werden? Oder ist eine universale Kultur im Entstehen?


Die Dekadenz wird besonders in folgenden Erscheinungen ersichtlich:

Religiöse, geistige, soziale und politische Institutionen üben keine Anziehungskraft mehr auf die Massen des Volkes aus. Das Volk findet in ihnen keine Orientierungen mehr. Die Politik vermittelt manchmal den Eindruck, zum Handwerk der Entmachtung der Massen zu verkommen.


– Die Werte der Zivilisation greifen und begeistern nicht mehr. Die Individualisierung und Pluralisierung von Moral schreitet weiter fort. Man sagt: “Andere Völker andere Sitten”. Man abstrahiert, um nicht konkret handeln zu müssen. Pluralisierung relativiert “Gut” und “Böse”. Man schaut auf  das Ergebnis, nicht auf das Verhalten. In vorindustriellen Kulturen gab es noch das “Heilige” in der Religion, das “Wahre” in der Metaphysik und das “Gute” in der Ethik. Im Industriezeitalter hängen diese Werte als austauschbar gemäß dem Gesetz von Angebot und Nachfrage ab. Die Werte unterliegen den Handelsgesetzen. Anstelle von absoluten Werte treten die Grenzwerte auf. Die Konkurrenz der Werte führt zur Anarchie, wo die Lautstärke sich durchsetzt und nicht das Gute. Die Industrialisierung und die Weltkriege haben die gewachsenen Lebensverhältnisse und damit das System der gesellschaftlichen Anpassungsmechanismen zerstört. Moralischer Verfall breitet sich aus: Kriminalität (asoziales Verhalten), Drogen, Gewalt, Krankheit, Verfall der Familie, Schwinden zwischenmenschlichen Vertrauens, Nachlassen der Arbeitsmoral (Arbeit dient der Erfüllung persönlicher Wünsche), Desinteresse an geistiger Betätigung.


– Das natürliche Bevölkerungswachstum ist rückläufig. Es wird ausgeglichen durch eine spontane Einwanderung (Armutseinwanderung neigt oft zur  Ghettobildung). Der soziale Zusammenhalt wurde untergraben durch die Kombination von Einwanderung wegen Arbeitskräftemangel auf der einen Seite, Arbeitslosigkeit auf der anderen Seite, zudem wurde der Zusammenhalt destabilisiert durch Drogen und Kriminalität.


– Indem das Christentum sich nicht als Selbstzweck sah und sich einer Weltpolitik gestellt hat, hat es scheinbar an Selbstbehauptung eingebüßt, verglichen mit anderen Religionen. Durch die Moderne und den “Tod Gottes” kam zu einer Desorientierung im Christentum. Diese Desorientierung wurde von einer Schwächung, Gleichgültigkeit und Verteufelung begleitet. Gegenüber einer Starrheit und Geschlossenheit der Institution Kirche profilieren sich gegnerische Gruppen und politische Konkurrenten. Intelektuelle, Politiker, Journalisten, Moralisten machen alles, um ein geistiges “Niemandsland” zu schaffen im Namen des Internationalismus. Damit schaffen sie eine verbrannte Erde, wo Religion und Kultur nur noch Folklore sind. Politiker und die Macher der Massenmedien bauen sich oft durch Kulturzerstörung auf, ohne einen Bezug zur tiefgreifenden philosophischen und theologischen Wandlung der Kulturinhalte zu haben.


– Seit den Siebziger Jahren, als das ökonomische Wachstum ihre Grenzen erreichte, entwickelte sich ein ideologischer und existentieller Pessimismus. Man schwamm im Überfluß und ertappte sich dabei als der Ausnutzer anderer Völker. Ein zur Mode werdender Internationalismus definierte sich hauptsächlich über Negativpunkte der eigenen Kultur. Dies scheint mehr eine Neigung zur Selbstzerstörung zu sein als die Erkennung der eigenen Schuld an der heutigen Weltmisere. Man übergeht das Schuldgefühl gegenüber anderen Völkern nach dem Motto: der gestrigen Schuld der anderen ist einfacher zu begegnen, sie ist einfacher zu bewältigen als die eigene existenzielle und soziale heutige Schuld wahrzunehmen. Dann spricht man pauschalierend leicht über Hexenverbrennung, Kreuzzüge, Kolonisierung ohne Bezugspunkt als Entschuldigung der eigene Schuld und als Verständnis für die eigenen Barbareien und der Barbarei anderen Kulturen der heutigen Welt. Die Verpflichtung zum Internationalismus kommt nicht aus einer Überzeugung. Sie wird zum Zwang zur Toleranz, zum oberflächlichen Dialog, der Probleme und Grenzen des Dialogs unterschlägt. Z. B. wenn man Unterdrückung in anderen Kulturen als kulturelles Phänomen akzeptiert und damit fördert.


– Vor dem Zusammenbruch der Sowjetunion haben sich die Nationen an die zwei großen Ideologien orientiert, die auch als Schutz dienten. Diese Situation hatte eine bestimmte Form von Identität geprägt, die an zwei Gefälle gebunden war. Man definierte sich als Block. Nach dem kalten Krieg wird Identität durch Kultur bzw. Religion definiert. Der Kampf wurde verlagert.

Das Scheitern des Marxismus bringt den Zusammenbruch der Moderne; und auch der westliche Liberalismus wird mit seiner turbo-kapitalistischen Praxis immer fragwürdiger. Mit dem scheinbaren Verfall des Kommunismus befindet sich Europa in der Krise der Reflexion und damit in einer Krisis der Identität. Es mangelt an einer offenen Identität, die einer reflexiven Wahrnehmung des Eigenen und des Anderen Rechnung trägt. Europa findet nicht zu sich selbst, und dadurch kann es auch zu den anderen nicht hinfinden.

Es gibt zu viel Ideologie im Vakuum der Überzeugungen. Der Westen neigt immer mehr dazu, sich durch ein politisches Credo zu definieren und diese Ideologie wird am Wohlstand gemessen. Der europäische Geist, würde Kant sagen, muß sich an die praktische Vernunft und dem ethischen Imperativ orientieren. Die Überbewertung der Logik führt zur gewaltsamen Form der Durchsetzung.

Einerseits wird westliche Identität definiert durch das Credo von Freiheit, Demokratie, Individualismus, Gleichheit vor dem Gesetz, Achtung vor Verfassung, Privateigentum und Menschenrechten. Aber diese Glaubenssätze haben keinen tieferen Grund, werden nicht gelebt und laufen Gefahr, nur Ideologie zu werden. Während für die Internationalisten diese europäischen kulturellen Werte als einzigartig in der Welt angesehen werden, sehen Multikulturalisten Identität als Schimpfwort: sie sehen Gesellschaft als Ansammlung von Mikrowelten rassischer und ethnischer Art. Multikulturalisten sind oft ethnozentrische Individualisten, die mit ihrer Forderung gegen Integration zurück zum Mythos des unschuldigen Primitiven neigen. Die Multikulturalisten ersetzen die Rechte von Individuen durch Rechte von Gruppen, so dass die Individuen sich definieren über Rasse, Ethnizität, geschlechtlicher Zugehörigkeit, sexuelle Präferenz etc. Andererseits die Einheit von multikulturellen Staaten (Russland, Jugoslawien…) wird aufgegeben.


Die Lösung unserer Problematik geschieht durch eine reflektierte, offene Identität, die offen ist. Für Kant ist Identität ein Begriff der Reflexion, da Identität entweder reflektierte oder keine ist. Zur Identität gehören zwei Aspekte: Was wir selbst sind und was uns von anderen unterscheidet (Dialektik). Identität geschieht in der Komplementarität verschiedener Wirklichkeiten. Karl Jaspers definiert Europa als Freiheit. Für den europäischen Rat sie ist Freiheit, Geschichte und Wissenschaft, sie ist der Ort der Menschenrechte. Wesentliche Merkmale sind Pluralismus, Unterschiedlichkeit, Respekt und Toleranz. Identität haben bedeutet, ein Zuhause haben können, nicht mehr allein im Ich gefangen zu sein und nicht nur aus dem Ich die Kraft schöpfen.


– Europa fehlt heute ein Bewußtsein von Richtung und Sinn. Es wurde zu sehr eine Wirtschafts- und Währungsunion und wird von den einzelnen Nationen als Werkzeug zur Erlangung von Einfluß und Sicherung günstiger Bedingungen nationaler Art benutzt auf Kosten jeglicher kultureller Eigenheit. Ein Beispiel: eine Delegation der iranischen Regierung hat bei einem Staatsbesuch in Deutschland verlangt, daß auf dem Tisch keine alkoholischen Getränke stehen dürften, sonst würde sie den Saal verlassen. Die deutschen Politiker mit Ausnahme eines einzigen deutschen Abgeordneten, der den Saal verließ, gingen auf diesen Wunsch ein. Zuvor waren die deutschen Politiker im Iran und hatten sich dort auch den dortigen Gepflogenheiten unterworfen.


– Der technologische Fortschritt bringt innerhalb und außerhalb Europas vielschichtige Schwierigkeiten. Andere Kulturen akzeptieren das Resultat der abendländischen Entwicklung (Technologie und Wissenschaft), werden dadurch stärker, stellen sich aber quer gegen den politischen Liberalismus.


Die Identitätserkrankung sowohl des Westens wie des einzelnen wird immer mehr thematisiert werden müssen. Wir haben die Grenzen der Individualität schon überschritten, indem wir uns nur noch auf das Ego beziehen.  Die Beantwortung dieser Frage des Untergangs unserer Kultur hängt davon ab, inwieweit wir uns von unserem selbst-betäubenden Ego-Trip distanzieren können.

Die Stärke des Westens ist der Stärkung des Subjekts zu verdanken. Der Untergang könnte aber auch durch die Fixierung an das Ego verursacht werden. Denn Voraussetzung für ein Ich ist das Wir. Das müssen wir wieder von anderen Kulturen lernen und dies aus der Mitte der eigenen Kultur heraus finden. Dieses Bedürfnis wird langsam angedeutet, jedoch seltsamerweise aus den Reihen des Militärs. Interessanterweise spricht man in letzter Zeit von der NATO als Wertegemeinschaft. Der britische Verteidigungsminister Malcolm sagt, daß die atlantische Gemeinschaft auf 4 Säulen ruhe: “Verteidigung und Sicherheit innerhalb der Struktur der NATO; gemeinsamer Glaube an Rechtsstaatlichkeit und parlamentarische Demokratie; liberaler Kapitalismus und freier Handel; das gemeinsame Kulturerbe Europas, ausgehend von Griechenland und Rom über die Renaissance bis zu den gemeinsamen Werten und Überzeugungen und der gemeinsamen Kultur unseres eigenen Jahrhundert.”

Es ist ein schlechtes Zeichen für unsere Gesellschaft, daß solche Äußerungen von einem Verteidigungsminister kommen und nicht aus der Kulturwelt oder von anderen politisch Verantwortlichen. Sind Militärs paradoxerweise eher in der Lage, Weltzusammenhänge zu erkennen?

Der Westen hat sich blenden lassen und sich extrem ausgelebt in der Naturwissenschaft und  Verselbständigung der Technik die mit sich Philosophie und Theologie bzw. Humanwissenschaften an sich gezogen und in ihre Funktion gestellt, so daß unsere materielle Dimension sich sehr verbessert hat und die moralisch-geistige und kulturelle Dimension darunter  krankt. Unsere Gesellschaft leidet am Totalitätsanspruch der Wirtschaft, die alle Lebenbereiche reguliert und reglementiert. Dadurch entstand eine Lücke, die die Sinnfrage ausklammert bzw. die ganze Lebensphilosophie und ihre Begründung an Nebenschauplätze verweist, als ob die Zauberwörter Demokratie und Freiheit der Schlüssel der grossen Fragen wäre. Das alles gefolgt von einer Politik, die die Befreiung des Menschen nur als politische Befreiung versteht. Sie reduziert den Aufbau des Glücks auf die ökonomische Unabhängigkeit und es wird dem Menschen der Vorteil angeboten, am demokratischen Prozeß Anteil zu nehmen. Der Mensch wird nicht als ganze Person, sondern in seiner Funktionalität angesehen. Die bindenden Traditionen werden ersetzt durch die Vorgaben, ein eigenes Leben zu organisieren. Der Preis für die Selbstbestimmung in der Moral wird von Sartre in der La Nausée erwähnt: “Dieser Typ hat keinen Wert für die Gesellschaft, er ist nichts als ein Individuum.” Mit den Tod Gottes  wurde auch die Person getötet.  Nec cum te, nec sine te…Die Gegenwart Gottes ist ein Ärgernis; die Abwesenheit Gottes ist eine Qual.


Die westliche Kultur muß die Einseitigkeit von Wissenschaft und Technologie  überwinden. Die Technik gewann die Oberhand, und sie fragt nicht nach dem Wesen der Dinge, sondern nach der Funktion. Es geht um Ursache und Wirkung in der wissenschaftlichen und technologischen Entwicklung. Auch die moderne westliche Philosophie ist weitgehend funktionalistisch. Sie interessiert sich nur für das Wofür, nicht für das Sein, für das Woher und Warum, weil man davon ausgeht, daß der Mensch sich noch im Werden befindet. So wird auch Gott nach seiner Funktion für die Welt gefragt, nach seiner Nützlichkeit und somit in die Rente geschickt. Die Religion wird zum Altersheim Gottes.

Naturwissenschaft reduziert das Wahre auf das Verständliche, das mit der Verstand Verifizierbare.

Kann die Philosophie weiterhin nur mit der Vernunft als einziges Instrument der Inteligibilität zur Deutung und Begründung reichen?

Kann die Theologie weiterhin festhalten an einer monotheistischen Tradition (und ihres marxistischen Anhangs) um für das zeitliche Wohl der Menschheit arbeiten zu können? Muß der afrikanische und asiatische Geist sich der profanen universalen Technologie opfern, die, obwohl befreiend, betäubt und die Vielfalt ausschaltet?

Wie kann man die inneren Verfallsprozesse aufhalten und umkehren und zu einem Weltbewußtsein gelangen?


Gemeinsamkeiten der Kulturen suchen

Durch Überwindung der Ideologien

Die Wurzel aller Kulturen sind die Religionen. Religionen waren und sind mehr oder weniger direkt wesentlicher Bestandteil der Identität einer Kultur.


Oft muß man beobachten, daß die unterschiedlichen Formen des Glaubens Menschen voneinander trennen. Glaube kann Feindseligkeit, Trennung und Zerstörung bringen, und das ist nicht Religion. Die Begegnung zwischen Menschen unterschiedlicher Glaubensformen oder Religionen setzt voraus, daß man die Relativität von Bildern, Ritualen und Glaubenssätzen sieht. Nur dann kann man sich durch das Zeitlose, das über diesen Äußerlichkeiten steht, begegnen.


Glaube an Gott, d. h. Glaube im Sinne des Fürwahrhaltens, Rituale, Zeremonien sind nicht Religion, sie sind Formeln. Bilder können Symbol sein. Ein Symbol, ein Wort ist aber nicht, was es repräsentiert. Im Zen-Buddhismus wird in diesem Zusammenhang der Vergleich herangezogen, wenn du mit deinem Finger auf den Mond zeigst, verwechsle nicht deinen Finger mit dem Mond. Man läuft Gefahr, die Symbole zu einer Religion zu machen. Gott ist aber nicht dort.


Menschen werden durch unterschiedliche Traditionen in einen Glauben oder eine Weltanschauung hineingeführt und haben dann diesen Glauben. Häufig “hat” man ihn, ähnlich wie einen Gegenstand, aber man “ist” nicht, d. h. der Glaube, die Religion durchdringt nicht den Menschen, sondern ist nur ein Anhängsel, das man einfach übernommen hat, ein Teil der Kultur.


Der Begriff Religion muß bereinigt werden durch die Verneinung dessen, was Religion nicht ist, damit wir verstehen, was Religion ist. Religion ist die fundamentale Dimension des menschlichen Seins.

In Indien gab es zur Zeit Buddhas (6. Jahrh. vor Chr.) verschiedene Wandermönche, die unterschiedlichen Weltanschauungen angehörten und miteinander stritten, weil jeder glaubte, im Besitz der einzigen Wahrheit zu sein. Buddha erzählte ihnen deshalb folgende Geschichte: “Es war einmal ein König, der rief zu seiner Zerstreuung etliche Bettler zusammen, die von Geburt an blind waren und setzte einen Preis aus für denjenigen, der ihm die beste Beschreibung eines Elefanten geben würde. Zufällig geriet der erste Bettler, der den Elefanten untersuchte, an dessen Bein, und er berichtete, daß der Elefant ein Baumstamm sei. Der zweite, der den Schwanz erfaßte, erklärte, der Elefant sei wie ein Seil. Ein anderer, welcher ein Ohr ergriff, beteuerte, daß der Elefant einem Palmblatt gleiche usw. Die Bettler begannen untereinander zu streiten, und der König war überaus belustigt.”

Diese Parabel verliert nie an Aktualität. Ideologien sind einseitig, weil nur vom Verstand formuliert und an Ort und Zeit orientiert. Und da sie ihre eigene Identität in dialektischer,  Gegensätzlichkeiten betonender Beziehung zu anderen Ideologien aufbauen, sind sie unfähig zur Selbst-Reflexion und damit unfähig, die eigene Örtlichkeit und Zeitlichkeit zu überwinden. Die Ideologie ist totalitär, weil sie meint, die Gesamtheit der menschlichen Erfahrung zu erfassen. Sie verlangt die Unterwerfung der privaten Überzeugung. (In der Kirche: “de internis non judikat ecclesia”). Die Vermeidung zukünftiger Weltkriege zwischen den Kulturen kann nur stattfinden durch Einigung, indem die Ideologien sich ihrer Relativität bewußt sind und an einem gemeinsamen Interesse arbeiten. Interessen einigen, weil sie zu Kompromissen führen.


Die Religionen müßten ihr ideologisches Gerüst kritisch reflektieren. Die religiösen Institutionen verstehen sich auch als Wachhunde der Kultur, aber sie sind zu Löwen geworden, je nach Religion mehr oder weniger stark. Sie werden oft zur Gefahr für den einzelnen Gläubigen und für andere Kulturen.


Anstatt sich an Ideologien zu klammern, ist es angebracht, zu den dahinter stehenden Theorien zu kommen. Und die Theorien müßten in einen globalen Zusammenhang gebracht werden, damit sie heutigen Anforderungen entsprechen. Ein Kriterium zur Überprüfung der Globalitätsfähigkeit unserer Theorien ist die Überprüfung ihrer Entstehung: Die traditionelle Haltung jeder Philosophie ist, dass die Praxis aus der Theorie folgt, wobei der Vorrang des Denkens vorausgesetzt wird. Die Ideologien hingegen leiten die Theorie aus der Praxis ab, wobei die Praxis Vorrang hat. Für Ideologien ist maßgebend, was in der Welt geschieht Es gibt keine letzte Instanz, keine Transzendenz. Die praktische Philosophie unterscheidet zwischen dem Gegebenen und dem Denken.


Unsere Welt wäre weiterhin ein Feld der Konfrontationen, wenn man fortfährt, sie den Händen von Ideologen zu überlassen, wie z. B.  Multikulturalisten, die Europa der Welt gleich machen wollen oder Universalisten, die unter dem Deckmantel des Universalismus und des Fortschritts die Angleichung der Welt an den Westen wollen.


Kultur wurde auf Feindbilder aufgebaut. Man fand zur eigenen Identität durch Gegnerschaft. Eigene Werte wurde verabsolutiert. Der Mensch von heute lebt immer noch, was Kultur betrifft, mehr im Gefühl von Feindbildern als in der Bindung an eine gemeinsame Weltkultur. Gemeinsame Weltkultur bedeutet weder, im Sinne der Multikulturalisten die Angleichung Europas an die Welt noch im Sinne der Universalisten, die Angleichung der Welt an den Westen.


Anstatt die vermeintlich universalen Aspekte  einer Kultur zu propragieren, gilt es, im Interesse der Kulturen-Koexistenz nach dem zu suchen, was den Kulturen gemeinsam ist. Das heisst Verschiedenheit akzeptieren und nach Gemeinsamkeiten, nach den Wesentlichen suchen. Dafür müssen wir eine andere Sprache finden als die der wissenschaftlichen Technokratie, die in der Dialektik verfangen ist.


Ängste und Selbstverständnis anderer Kulturen

Der hegemonische Anspruch der europäisch-amerikanischen Kultur, d. h. der Anspruch auf Beherrschung der Welt,  mit  dem Glauben an die Universalität der westlichen Kultur und ihrer Werte  ohne Rücksicht auf die Verschiedenartigkeit der Kulturen ist fatal. Man vergisst, dass durch den Verfall der Sowjetunion die amerikanische Hegemonie nicht mehr nötig ist für die Interessen der verschiedenen Völker. Dieser Hegemonie-Anspruch widerspricht westlichen Werten wie Selbstbestimmung und Demokratie und widerspricht asiatischen und muslimischen Kulturen, die moralische Überlegenheit für sich in Anspruch nehmen.  Auch hier bei uns scheint der Werteverfall zu rechtfertigen, daß Einwanderer in eine Migration nach innen gehen, die der Bewahrung eigener Werte, eigener Gebräuche dient, auch wenn sie im Gegensatz zur Gastkultur stehen. Ihre Religiosität nährt sich zum Teil aus einer  moralischen Kritik an den destruktiven Tendenzen der westlichen Moderne, die im Widerspruch steht zur eigenen kulturellen Orientierung.


Auch in Ostasien versucht man sich vom Westen abzugrenzen. Präsident Wee von Singapur ist besorgt über die Beeinflussung der neuen Ideen und Technologien und die Aussetzung verwestlichter Werte wie Individualismus und egozentrische Lebensperspektiven. Er schlußfolgert: Es sei notwendig, die Kernwerte zu benennen, die den verschiedenen ethnischen und religiösen Gemeinschaften in Singapur gemeinsam seien und “die Quintessenz dessen enthalten, was es bedeutet, Singapurer zu sein”. Folgende Werte wären gemeinsam: “Die Gesellschaft über das Ich stellen, die Familie als Grundbaustein der Gesellschaft hochhalten, wichtige Fragen einvernehmlich und nicht durch Streit lösen; auf rassische und religiöse Toleranz und Harmonie drängen.” Er schloß ausdrücklich politische Werte wie Demokratie aus seinem Katalog aus.


In der islamischen Welt rechtfertigte Zulficar Ali Bhutto den Ausbau eines vollen Nuklear-Potentials für Pakistan folgendermaßen: “Die christliche, die jüdische, die hinduistische Zivilisation besitzen dieses Potential. Nur die islamische Zivilisation besaß es nicht, aber diese Situation sollte sich ändern”. (in Boston Globe, 14.8.93,S.2) Dies zeigt, daß der Zugang zur Globalität zuerst stattfindet durch den Zugang zum eigenen Kulturkern, der primär über Religion definiert wird.


Es ist klar, daß Zukunftsgeschichte zur Geschichte der großen Kulturen wird. Hier liegt das Betätigungsfeld, an dem wir viel zu knacken haben. Die großen Weltreligionen, die hinter den Weltkulturen als Identitätsregulatoren stehen, sind: Westliches Christentum, Orthodoxie, Hinduismus, Buddhismus, Islam, Konfuzianismus, Taoismus und Judentum. In ihnen sind die Indikatoren zur Spaltung oder zu gemeinsamen Werten. Eine Universalkultur kann nur auf dem Weg der Gemeinsamkeiten  und der gemeinsamen Suche beruhen. Im friedlichen Austausch voneinander lernen, einander gegenseitig das Leben bereichern. Das große Problem ist, dass  jeder dieser Kulturen sich allgemein gesprochen in verschiedenen Entwicklungsstadien der Identitätsfindung und Identitätsförderung befindet,  sei es soziologisch, sei es individuell gesehen.


Das Christentum scheint, soziologisch gesehen, seinen Beitrag zur Entwicklung des Westens schon erledigt zu haben und ist nicht mehr die treibende Kraft. Seine Aufgabe hat sich in die innere Entwicklung des Individuums in der Privatheit verlagert und in der Globalitätsproblematik.  Andere Kulturen, z. B. der Islam benutzen noch die Religion, um nationale Identitäten und Universalitätsansprüche gelten zu machen (Panarabismus). Die Unterschiedlichkeit der Funktionen, der Bewußtheitsgrad und die geschichtliche Entwicklung der Religionen müssen thematisiert werden, damit eine wahre Begegnung und Toleranz entstehen kann und nicht im Namen von religiöser Toleranz, Ideologien gefördert werden. Oft tut man so, als ob Religion gleich Religion wäre und in unserer europäischen Selbstherrlichkeit, als ob unsere Begriffs- und “Wirklichkeitswelt” gleich die der Welt wäre. Wir können nicht davon ausgehen, daß unser Demokratieverständnis in anderen Kulturen vorhanden ist, sonst mißverstehen wir andere Kulturen und laufen Gefahr, sogenannte Demokratien ohne  Demokraten zu fördern.


Bezüglich des Islam behauptet Prof. Mohamed Arkoun: “Noch kann die muslimische Welt nicht wirklich mit Kritik umgehen. In der arabischen Sprache fehlen Worte wie “Kritik” oder “Vernunft”, wie wir sie verstehen; Wir dürfen also kritisches Denken nicht voraussetzen, wir müssen es überhaupt erst einführen. Seit 1945 gibt es keinerlei Liberalität mehr in der arabischen Welt”.


Der Islam kann sich nicht weiterhin reduzieren lassen auf eine engstirnige moralische Ordnung, Geschlechtertrennung und Verschleierung von Frauen. Er muß zurückfinden zu dem, was der islamische Philosoph Averröes  schon in 12. Jahrhundert bezüglich der Lehre der doppelten Wahrheit sagte: es gibt die Wahrheit des Dogmas und die Wahrheit der philosophischen Spekulation (Er fand keinen Nachfolger im Islam). Die Aufklärung des Westens und mit ihr die Trennung von Religion und Politik, die Sekularisation, brachte Europa weiter.  Dieses Europa, das sich teilweise von der negativen Herrschaft Gottes befreite, beängstigt die islamische Welt ,die paradoxerweise keine andere Alternative sieht für ihr Selbstverständnis und ihre Selbstbehauptung als  Allahs Mantel. Während der Westen sich von Gott abwendet und damit in die Krisis kommt, klammert sich der Islam um so mehr an Gott. Anstatt ein anderes Gottesbild zu entwickeln, scheint der Westen sich völlig von einem Gottesbild zu distanzieren. Der Islam läuft im allgemeinen in die gegenteilige Richtung und damit in Phasen, die er selbst schon überwunden hatte.


Die Mythen als Weg

In der Zeit des Turmbaus zu Babel lebte die Gesellschaft in einer Sinnkrise beim Übergang von der Agrar- zur Stadtkultur. Weil die Menschen durch den Verlust Gottes keine Mitte mehr hatten, hatten sie das Bedürfnis, eine Mitte, die alle Menschen vereint, zu bauen. Die sinngebende Mitte war der Turm. Dies ist dem Bedürfnis ähnlich, eine Wertegemeinschaft des Westens zu schaffen. Aus diesem Mythos heraus können wir erkennen, daß es eine Mitte ohne Gott nicht geben kann bzw. zu einem Versagen führen muß wie beim Turmbau zu Babel, wo aus der angestrebten Einheit eine Verwirrung der Sprachen wurde, d. h. daß die Menschen sich nicht mehr verstehen konnten.

Es gibt Wege zur Gemeinsamkeit in den Mythen der Religionen, die einander ähnlicher sind und sich sogar überlappen, als das in den Erscheinungsformen der Religionen der Fall ist:  In der Vergangenheit  und noch heute werden Religionen als Instrument von Identifikation benutzt in der Abgrenzung und somit auf ihre soziologischen Erscheinungsformen reduziert. Die Religion werden auf historische Fakten oder auf die Ebene der Phänomene und die Funktionalität reduziert. Die Phänomenologie  vergleicht nur Stukturen oder Lehren.


In Christentum und Islam wird jeder Versuch einer esoterischen Vertiefung der Lehre durch die Obrigkeit für absolut unzulässig erklärt. Sie will nicht akzeptieren, dass es über ihren Bereich hinaus ein Gebiet gibt, das sich ihrem Urteil entzieht. Hier tut der Dialog mit den Religionen der mystischen Erfahrung wie Buddhismus, Hinduismus und Taoismus und mit der eigenen Mystik not. Es darf aber nicht vergessen werden, dass die modernistische Überbetonung der Subjektivität auch ein Irrtum ist, weil sie die Objektivität ausschaltet, aber ein noch größerer Irrtum ist die konservative Überbetonung der Objektivität und der Legalismus, der jeder wahrhafte Subjektivität erstickt.


Der höchste Zweck der Religion ist das Heil des Menschen und nicht, Gottes Hüter und Verteidiger zu werden. Die Verteidigung Gottes gehört zur Ideologie und diese zielt darauf ab, Macht über andere zu erlangen durch die Instrumentalisierung Gottes, sei es im individuellen, sei es im kulturellen Bereich (Kreuzzüge und noch heute der Heilige Krieg).


Dialektik/Dualismus/Mythos: Brücken bauen durch eine neue Sprache, die Sprache der Mythen, die Sprache des Herzens

Meistens wurde der Dialog zwischen den Religionen dialektisch geführt, das heisst in Konfrontation zwischen verschiedenen Diskursen (Logoi) wohl wissend, dass der dialektische Diskurs zur Beherrschung der einen Kultur über die andere führt. Der Dialog muß mit der Hilfe der Mythen geführt werden, wenn wir nicht mit der Konfrontation der Kulturen fortfahren wollen. Die Entmythologisierung des Mythos, d. h. der Versuch, die Mythen verstandesmäßig zu erklären, ist bis zu einen bestimmten Grad notwendig. Wenn Mythen aber zu einem reinen Gegenstand des Verstandes reduziert werden, dann wird Entmythologisierung zur Intoleranz, da eine Idee nicht eine gegensätzliche dulden kann. Der Mythos bewegt sich in der Freiheit des Seins, während das Denken sich in der Freiheit des Selektierens bewegt.

Der Mythos (Weltdeutung und Welterklärung) ist das, woran man glaubt ohne zu glauben, dass man daran glaubt, er ist das, was wir stillschweigend voraussetzen, was wir nicht in Frage stellen: der Mythos dient als letzter zeitloser Bezugspunkt, als Prüfstein der Wahrheit, er handelt von der Beziehung  zwischen  Gott – Welt und  Mensch als Ganzes. Man kann den Mythos in verschiedenen Stufen leben, d. h. als Raum, als Geschichte und als Welt des  Geistes.


Im Mythos des Kosmos herrscht die Wahrnehmung des Raumes. Wirklichkeit ist räumlich und die 3 Welten (Gott, Welt, Mensch) werden in räumlichen Begriffen verstanden: Oben die Welt der Götter, dazwischen das menschliche und darunter die Unterwelt.

Im Mythos der Geschichte herrscht die Zeit. Die 3 Welten sind Bereiche von Vergangenheit, Gegenwart und Zukunft. Es geht um die Wahrnehmung der Subjekt-Objekt-Relation. In diesem Mythos sind wir besonders verfangen. Problem der Ontologie

Der Vereinigende Mythos bzw. der Mythos des Geistes: setzt die Überwindung der Dichotomie, d. h. den Zweispalt von Subjekt und Objekt voraus sowie des Dualismus. Es ist der Mythos der Bewegung auf die Ganzheit hin und ist das Ideal der Synthese. Die 3 Welten sind nicht nur räumlich oder zeitlich, sie sind vielmehr die Welten des Geistes, des Lebens und der Materie.


Wir haben den Mythos des Kosmos im allgemeinen überwunden und befinden uns im Mythos der Geschichte, wo es um die Subjekt-Objekt-Relation geht. Wir streben aber die Globalisierung an. Die Voraussetzung, um diese zu schaffen, ist, die Stufe des Vereinigenden Mythos zu erreichen. Das setzt weiter eine Rückkehr zu einem erneuertem mythischem Verständnis voraus und eine Schaffung neuer Mythen bzw. die Ur-Mythen jeder Kultur nicht auf die Entwicklung der eigenen Kultur zu beziehen, sondern als Menschheits-Mythen zu betrachten.


Die Welt braucht eine neue “historische Achse”, ein neues Bewußtsein, wie es im 6. Jahrhundert vor Christus in allen Hochkulturen geschah: Die neue Orientierung von Mythos zum Logos (Verstand) bzw. zur Philosophie und Wissenschaft. Die verschiedenen Kulturen kamen vom Wir zum Ich und zum persönlichen Gott. Fast zur gleichen Zeit traten entscheidende Ereignisse und Religionsstifter und Philosophen auf, die die zukünftige Geschichte wesentlich prägten. Es kam zu einem qualitativen Sprung in der Menschheitsentwicklung, zu einer gemeinsamen Bewußtseinsänderung.


Mit der Tempelzerstörung von Jerusalem wird Abstand genommen von einem völkischen Gott. Zarathustra verkündet die persönliche Erlösung (Sittlichkeit, Mensch nicht nur Zuschauer), Konfuzius und Laotse kommen zu einer persönliche Auffassung von Gerechtigkeit und Moral (persönliches Gewissen). In  Griechenland  geht man über von der Kosmologie zur Anthropologie. Heraklit entdeckt den Logos. Die Mysterien garantieren die Erlösung des Individuums. Wie hier der Mensch anfängt, sich abzunabeln vom Numinosen und der Tyrannei der Gruppe, so müßte heute ein ähnlicher Prozess der Entbindung der Menschen von den einzelnen Kulturen zu einer universelle Kultur stattfinden. Wie die Menschen damals vom Wir zum Ich kamen, müßte jetzt aus dem Ich heraus ein Wir werden, in dem sich das Ich bewußt aufgibt.

“Der Mensch kann ohne Mythos nicht leben. Anderseits wird der Mensch erst zu einem vollen Menschen, wenn er auch sein logisches Potential und seine geistigen Fähigkeiten entwickelt hat. Ebenso wie das Wesen des “Primitivismus” einer archaischen Kultur in seinen mythischen Merkmalen liegt, so ist der “barbarische Charakter” der zeitgenösischen westlichen Kultur im wesentlichen nicht auf die materielle Komponente einer bestimmten Zivilisation zurückzuführen, sondern auf die überragende Macht, die sie dem Logos (Verstand) zuschreibt.” (Panikkar). Mythos und Logos können nur im Geist existieren. Der Geist aber läßt sich weder vom Mythos noch vom Logos manipulieren. Der Geist ist Freiheit. Der Ort des Geistes ist das Schweigen, der Frieden. Kultur ist ein Geflecht von Mythos und Logos. Man kann nur völlig tolerieren, was man annimmt durch Verstehen (Logos) oder durch den Mythos. Die Beziehung der Vernunft ist dialektisch und die des Mythos dialogisch, das bedeutet, der Mythos schließt eine Wahrnehmung ein, die alles umfaßt. Obwohl der Ort der Religionen der des Mythos ist, das heißt des Dialogischen, Friedlichen, leben und verkennen die Religionen sich selbst, indem sie sich oft reduzieren lassen auf das Dialektische, Kriegerische.


Mystik der Ort der Begegnung

Einer der Folgen der Globalisierung ist eine Lebensform, die ins Transkulturelle weist. Das führt dazu, dem Transzendentalen in anderen Kulturen und in uns zu begegnen über die Transzendenz der eigenen Kultur. Dies verlangt sowohl auf national wie auf internationaler Ebene im Kulturellen aber auch den Übergang von nationalpolitischer Geschichtsschreibung wie Geschichtsdeutung zur Universalgeschichte als Gedächtnis der gesamten Menschheit. Es ist klar, daß nationale Geschichte auch als nationaler Mythos die eigene Erinnerung prägt. Diese Erinnerung bewirkt Zukunftsvorstellung und Zukunftsgestaltung, die dadurch regional werden, statt universal. Universales Bewußtsein kann nicht aufgebaut werden mit dem Parameter der Nationalkultur, aber auch nicht aus einem leeren Raum und aus Allgemeinplätzen  wie die Herstellung eines Wertekatalogs. Geschichte muß neu beschrieben werden aus einer Weltsicht heraus.


So wie die Nationalgeschichte als Pädagogik ein Hindernis darstellt zur Schaffung eines universalen Bewusstseins, so sind die Religionen zuerst ein Hindernis, bis sie zu sich selbst gefunden haben, bis sie zur Mystik zurückfinden, die mit dem Mythos Hand in Hand geht. Die wohlverstandene Religion ist der Weg zur Zukunft Europas und zur friedlichen Zukunft der Welt. Alle Religionen brauchen eine Institution, da nur sie Tradition ermöglicht, sie brauchen ein geistiges Milieu, das ethisches Handeln ermöglicht und mystisches Leben (Erfahrung Gottes), das uns den Horizont öffnet. Dieses mystische  Element ermöglicht eine gemeinsame Zukunft  und eine Weltkultur.


Ich bin der Meinung mit Raimon Panikkar, dass “die Begegnung zwischen den Religionen sich nicht auf neutralem Boden ereignen kann, in einem Niemandsland, was ein Rückfall in einen unbefriedigenden Individualismus und Subjektivismus darstellen würde”. Die Begegnung kann nur im Zentrum der religiösen Überlieferungen stattfinden, auf der Ebene des religiösen Mythos und nicht auf der Ebene der religiösen Ideologie, welche Menschen und Völker instrumentalisiert und oft als Institutionen Hindernisse zur Entwicklung des Menschen darstellen. Die Begegnung muß sich außerhalb von Moralvorstellungen  realisieren, weil diese Zeit und Raum gebunden sind im Gegensatz zu Religion. Es muß ein neuer Horizont den Erfahrungsaustausch aller Kulturen ermöglichen, wo Religion nicht nur die Bedeutung von re-ligare (wiederverbinden), sondern auch von entbinden hat, nämlich entbinden von Gottesbildern.


Eine neue Dimension von Kosmos-Mensch-Gott erschließt sich dann, wo Religion eine neue Daseinsform ermöglicht, in dem das Sakrale und das Profane keinen Gegensatz mehr darstellen. Im Christentum ist dieser Weg möglich durch die Trinität, die den Theismus, den Monismus und den Dualismus, Transzendenz – Immanenz übersteigt. Auf der Basis dieser trinitarischen Wirklichkeit, die in allen Religionen (als Lebensrätsel  und letzte Begründung) oft im Mythos versteckt, vorhanden ist, wird die Öffnung zur Gemeinschaft aller Menschen möglich, zur Welt, zur Natur und zum Geheimnis. Ein neues Bewußtsein, in dem die Religionen nicht mehr anstreben, die Religion der gesamten Menschheit zu werden. Ein Pluralismus ist notwendig, der im Glauben gründet, dass keine einzige Gruppe die Ganzheit der menschlichen Erfahrung umfasst. Er setzt zwar den eigenen Standort voraus, ist aber spiritueller Ort ohne die Diktatur der eigenen Tradition. Wenn Religionen  und Kulturen sich als Ort der Identitätsfindung und der Auseinandersetzung mit der Welt verstehen, dann können sie nicht weiter Gott einsperren bzw. vereinnahmen und mit ihm den Menschen fesseln.


Die vergangene Erfahrung lehrt, dass Wahrheitsbesitzer zum Krieg als Lösung von Konflikten greifen. Nicht die Behauptung der Wahrheit, sondern die Suche nach der Wahrheit charakterisiert den religiösen Weg des reifen Menschen. Eine gemeinsame Suche  ermöglicht die eigene Entwicklung und die der Welt. Die ganze Wahrheit schließt die Wahrheit der anderen ein. Karl Jaspers sagt: Die Wahrheit beginnt zu zweit. Und Dionisius Areopagita meinte: Schon der Anspruch, Gott in irgend einer Weise zu “erkennen” ist an sich Götzendienst.


Da Gott und das Gute jenseits des Seins liegen, ist Schweigen angebracht. “Wer die Theologie, sowohl diejenige des christlichen Glaubens als auch diejenige der Philosophie, aus gewachsener Herkunft erfahren hat, zieht es heute vor, im Bereich des Denkens von Gott zu schweigen. Denn der ontologische Charakter der Metaphysik ist für das Denken fragwürdig geworden, nicht aufgrund irgendeines Atheismus.” (Heidegger, Identität u. Differenz, S. 45).


Im Christentum vollzog sich die Enthellenisierung Gottes, die Gott mit dem Sein gleichstellte. “Der christliche Gott ist nicht sowohl transzendent als auch immanent. Er ist eine andere Wirklichkeit, die im Sein gleichwohl anwesend ist und aufgrund dieser Anwesenheit macht er das Sein seiend”(Cfr. Devart, The Future of Belief S.139)


Jeder Glaube jeder Kultur stellt eine Chance dar zur Entwicklung und Selbstfindung; sie stellen aber gleichzeitig eine große Gefahr dar, indem sie uns zeigen wollen, was Wahrheit, was Gott ist. Was bewußte Menschen zu tun haben, ist nicht von Gefängnis zu Gefängnis zu rennen, in der Illusion, die Wahrheit irgendwo in einer Kultur oder Religion zu finden, sondern die Mauern, die Handschellen der eigenen Kultur zu erkennen und damit zu begreifen, dass, was wir suchen, jenseits jeder Kultur, in uns selbst liegt. Nur dann kann man ergriffen werden und staunen. Schon Jesus hat festgestellt, dass Gott, die Wahrheit nicht im Tempel oder nur im Judentum zu finden ist, sondern inmitten des Menschen, der in der Gemeinschaft lebt, die alle einschließt.



Damit Europa nicht zugrunde geht und seine Aufgabe für die Welt erfüllt, muß es zur Mystik finden. In diesem Gott, der alle Namen hat, gibt es immer eine Zeit und einen Raum, wo alles möglich ist. Da gibt es Platz für Mythos und Wissenschaft, für Aktivität und Passivität fern von anhaftenden Vorstellungen, wo wir uns nicht verschließen brauchen wie die Schnecke, die sich bei jeder Herausforderung in ihr Schneckenhaus zurückzieht und somit den Sinn für andere Wirklichkeiten verliert. Schön ist es, wenn ich mitten in unserem Leben, das Gott durch Aktivismus zu verwirklichen sucht, noch die Möglichkeit einräume, ans Meer, auf den Berg, in die Wüste zu gehen, um die Stille zu hören und mich dabei dem Spiel hingebe, einen neuen Namen für Gott zu finden. Mystische Erfahrung ist Glück und sie macht heimatlos, wobei man das Zuhause überall findet. Da hat Gott zwar viele Namen, mit denen man aber spielen und damit wachsen kann, aber an denen man nicht hängen bleibt. Jede Kultur, jeder Mensch schafft sich ein Gottesbild je nach seiner Entwicklungsphase, da die Gottesvorstellung des Menschen und kulturelle Lebensformen sich bedingen. Heute gibt es das Bedürfnis, ein neues Gottesbild zu schaffen, das den Anforderungen der Globalisierung entspricht.


António Justo,

Hofgeismar, den 7. 5. 2000

(1) Die Katholizität, d. h. das Umfassendsein des christlichen Glaubens  liegt gerade darin, dass der Glaube Form annimmt in verschiedenen Formen. Die abendländische Form des Christentums ist nur eine der möglichen Formen des christlichen Glaubens.




Der Mythos des ersten europäischen Helden Odysseus, der unter anderen Mythen die Identität Europas formte, wäre heute noch zu leben (als Programm). Oysseus läßt sich an einen Schiffsmast fesseln, um die verführerischen Göttinnen, die Sirenen hören zu können, und ihnen nicht zu folgen bzw. nicht von ihnen getötet zu werden. Er will bewusst leben. Dieser Mythos sagt aus, daß die Leidenschaft durch den Verstand gemäßigt wird. Odysseus schaltet das Gefühl nicht aus, aber durch die Herrschaft des Verstandes über das Gefühl unterliegt er ihm nicht.


Fest steht der Gott der Religionnen wie sie ihm uns darstellen genügt nicht; das Absolute der Philosophie  auch nicht; das unendliche Grenzen der Wissenschaft auch nicht

Panikkar in “Gottesschweigen”. meint: “Die Rettung liegt aber nicht im Gott. Die Rettung liegt in der Weigerung, irgend eine Philosophie zu einer Ideologie zu machen, die gewissermassen Gott zum Mittelpunkt hat””Gott ist der Urgrund jenseits des Seins und deshalb jenseits jeder auch nur theoretische Möglichkeit des Zugriffs”.


António da Cunha Duarte Justo,

Vortrag gehalten in der Freien Akademie,  Hofgeismar, am 7. 5. 2000