BALADA DO PRESÉPIO

BALADA DE BELÉM

 

“Batem leve, levemente”,

Pra em Belém, se unir a gente.

Será paz que ali floresce?

Será vida que amanhece?

 

No presépio, tão singelo,

Entre palha e céu tão belo,

Nasce um canto, doce e puro,

Unindo o mundo no futuro.

 

Vêm de perto, vêm de longe

Zagais, sábios e animais

De mãos dadas, a noite ao dia,

Tecem a paz, em doce harmonia.

 

Lá no berço, tão modesto,

Faz-se o todo em gesto honesto.

O divino e o humano unidos,

Céu e Terra sintonizados.

 

Mas, de perto, a guerra grita,

Na maldade que anda aflita!…

Será o sonho uma ilusão?

Ou a paz virá na canção?

 

Batem leve, tão levemente,

Que o amor nos revolve a mente.

No presépio, o mundo é lar,

Onde a vida aprende a amar.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

http://poesiajusto.blogspot.com/

BOAS FESTAS DE NATAL E ANO NOVO

Nesta comemoração de um sonho que permanece a apontar para a Realidade, não se deixando dissolver na frívola magia de um sentimento qualquer, venho dar as Boas Festas a amigos e visitantes.
O ano está quase a passar e tem sido de muitas preocupações. Tantas crises, guerras e catástrofes no mundo, tantas carências dentro e fora dos nossos corações!
E também nas nossas vidas privadas, muitos de nós estávamos sobrecarregados por doenças, lutos e outras preocupações. No entanto, sempre prevalece em nós aquela chama outrora incendiada no presépio de Belém e depois sempre lembrada por cada um de nós em atuais experiências e eventos bonitos de que gostamos.
Por isso, o que me move hoje é sobretudo a esperança de que 2025 nos traga menos preocupações, mais paz, alegria e beleza.
Que 2025 traga a realização de muitos e diversos sonhos.
Saúdo-vos a todos com um abraço caloroso com os melhores votos extensivos a familiares e amigos.

PRESÉPIO: O BERÇO DE HUMANIDADE E SÍMBOLO UNIVERSAL DE PAZ

 

Belém o ponto de encontro de Oriente e Ocidente

O Natal, simbolizado pelo presépio de Belém, revela-se como ponto que rasga fronteiras, como o ponto de encontro entre o Oriente e o Ocidente, um espaço onde cada pessoa é convidada a iniciar uma caminhada conjunta rumo a uma cultura de paz. Na narrativa do presépio, as contradições humanas encontram-se integradas, revelando a união entre matéria e espírito, entre o divino e o humano e a necessidade de Ocidente e Oriente se encontrarem num espírito inclusivo. A mensagem do natal é um apelo de humanidade num mundo escandaloso que teima em trilhar os caminhos da desumanidade.

Sonhei que Jesus escolheu nascer num lugar que não fosse um lugar qualquer nem de qualquer um. Ele desejava criar presença, não ausência, nas relações humanas e entre as culturas. Num presépio simples, que acolhe humanos e animais, Jesus manifesta a vontade do Pai de habitar nos corações, não no vazio ou num lugar distante. O presépio localiza Deus e o universo em cada canto da Terra, no coração de cada pessoa, tornando-se símbolo de que a vida não é um mero processo vazio, mas uma narrativa com sentido, conduzida por um princípio e um fim e cuja meta é “Jerusalém”.

O Natal inaugura uma história inclusiva, que acolhe todas as narrativas e as coloca em relação, sem exclusões. O nascimento de Jesus em Belém, uma cidade rica em simbolismo para os judeus, e um sinal também para toda a humanidade, transforma o presépio numa casa universal. Neste espaço, cada pessoa pode encontrar a sua essência única (a própria ipseidade!), unindo-se aos outros sob um laço comum de pertença. É como se todos passássemos a ouvir o nosso próprio canto na voz dos passarinhos ou víssemos as cores das flores como parte de nós, debaixo do mesmo arco-íris com espírito de sintonia.

No presépio, Jesus faz parte do mundo sem ser idêntico a ele. Ele traz consigo uma liberdade que transcende o material, oferecendo uma casa comum onde o divino e o humano coexistem. (Também nós, fazendo parte do mundo estamos chamados, como Jesus a transcendê-lo sem necessidade de o negar). Neste lugar, o infinito toca o finito e o limitado revela o ilimitado. O presépio torna-se, assim, o cenário onde todas as coisas se reúnem: é símbolo, fórmula e programa de vida, onde o caminho, o sentido e a meta se encontram.

As aparentes contradições da vida onde nos perdemos no nosso dia-a-dia – o divino e o humano, a matéria e o espírito – são reconciliadas no presépio. Ele torna-se um momento puro de desenvolvimento, um espaço de transcendência em que a razão e a fé convivem em harmonia. No presépio, Deus manifesta-se em Jesus Cristo, mas esconde-se no mundo para dar aos seres humanos a possibilidade de se definirem. Nesse processo de individuação, os humanos, ao tentarem afirmar-se nos seus pequenos pedaços de terra, caem no equívoco de buscar a sua verdade (Deus ou não Deus) no bocado de terra de si mesmos, esquecendo-se de que a Verdade transcende o mundo.

O presépio simboliza esse novo mundo, onde o divino se revela no humano e a criação se plasma em harmonia. Jesus, o protótipo da humanidade e da criação, une o divino e o humano numa síntese perfeita. O presépio é o berço da humanidade, onde a diversidade e as contradições convivem em liberdade e paz.

A presença dos reis magos – representantes de diferentes regiões e mundividências – reforça essa visão universal do presépio. Na sua jornada até Belém, revela-se o encontro de dois mundos: o Oriente e o Ocidente. O pensamento do Extremo Oriente, desprovido de entidades sobrenaturais, encara a vida como uma mera caminhada, onde o ser não é fixado, mas fluido. O Budismo Zen, por exemplo, vê a ausência do eu como um espelho que reflete, mas não fixa nada. Para o Oriente, a existência é movimento contínuo, sem origem nem fim.

O Ocidente, pelo contrário, busca transcender a imanência cíclica da vida, procurando dar-lhe um sentido linear, com princípio e fim, considerando o mundo também sua casa. No gesto dos reis magos, emerge um espaço de diálogo entre essas duas visões: a vida como caminhada e a vida com uma meta (com princípio e fim). Ao reconhecerem o presépio, os reis magos abrem a possibilidade de que a fluidez da visão oriental se integre na busca ocidental por sentido e transcendência. Eles encontram ali, de maneira antecipada, a realidade e o sentido do mundo, compreendendo que a cultura é o campo onde o espírito lavra para unir as diferenças num solo comum. Reconhecem-se irmãos, aceitando-se como são, para juntos trilharem um caminho comum.

Este encontro, alicerçado no respeito mútuo, permite que ambas as visões, com suas diferenças, confluam para uma caminhada conjunta em direção à paz. No presépio, a história linear do Ocidente e a fluidez cíclica do Oriente encontram um ponto de convergência, simbolizando a criação de um novo espaço onde a diversidade não é rejeitada, mas integrada.

Neste contexto de Natal e de Presépio, o mundo criado torna-se o verdadeiro templo de Deus e do humano, um espaço sagrado onde tudo o que foi criado encontra o seu lugar e o seu sentido. O presépio, símbolo do Natal, revela-se como a morada onde matéria e espírito, razão e fé, se reconciliam numa cultura de paz e pertença.

Natal encontra-se por realizar enquanto a maldade humana continuar a afirmar-se, do homem contra o homem,  através de uma cultura da guerra afirmada contra a cultura da paz que permanece ainda reservada ao foro privado-individual.

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

 

O novo Presépio: https://antonio-justo.eu/?p=8874

Boas festas de Natal: https://antonio-justo.eu/?p=6303

O dia dos reis magos: https://copaaec.blogs.sapo.pt/o-dia-dos-reis-magos-pos-em-accao-268599

Natal é Família: https://abemdanacao.blogs.sapo.pt/natal-nao-e-so-uma-festa-crista-1317501

Natal é Oferta: https://antonio-justo.eu/?p=5751

Natal incomoda muita gente: https://antonio-justo.eu/?p=6911

Natal, compreensão cósmica: https://triplov.com/letras/Antonio-Justo/2012/natal.htm

Natal: https://triplov.com/letras/Antonio-Justo/2009/natal.htm

DIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO

Os símbolos religiosos apontam para lá das coisas e dos factos. Apontam para além de si próprios, para uma realidade e significado não reduzível ao histórico ou ao material … (1)
Maria recebeu o título de “Mãe de Deus”, no concílio de Éfeso no ano 431 por ser mãe do Verbo encarnado filho de Deus, que é Deus e mãe dos homens no filho Jesus…
Em filosofia costuma-se falar de três tipos de verdade: “verdade em si mesma”, “verdade para nós” e a “nossa verdade”. O ser em si mesmo não corresponde ao julgamento feito sobre o “ser”. Também por isso seria ilógico, no acto do conhecimento identificar o ser com o modo de ser ou de aparecer. Portanto quando falamos de cognição (verdade adquirida) temos de reconhecer a complexidade subjacente ao acto de conhecer que implica duas coisas: o percepcionado e a coisa a ser percebida (dualidade!)…
Todos somos peregrinos da verdade e, como tal, cada ciência, religião ou filosofia procura dar o seu contributo específico a caminho dela! Fixar-se num só caminho como único verdadeiro seria não perceber a realidade do mundo factual (fenomenológico) nem a estrutura da própria mente.
Em 1646, D. João IV, proclamou Nossa Senhora da Conceição padroeira de Portugal. Cedeu-lhe a coroa e a partir daí os reis de Portugal deixaram de colocar a coroa na cabeça, privilégio só para Nossa Senhora.
No dia 8 de dezembro também é costume cristão construir o presépio. A tradição do Presépio (manjedoura) remonta ao século XIII e tornou-se um dos símbolos mais representativos do Natal cristão.
Extractos do texto “ DIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO – VIRGEM E MÃE – UMA CONTRADIÇÃO SÓ NA MENTE” em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=8050
Mais no texto “Maria a Deusa encoberta do Cristianismo”: https://antonio-justo.eu/?p=8869
(1) Os símbolos religiosos apontam para a Realidade do ser como existência universal que transcende a realidade (Wirklichkeit) de que geralmente se fala e que se apresenta como actualidade e possibilidade!

A IDEOLOGIA DO GÉNERO ESCOLTA UMA ÉPOCA DE CATÁSTROFES

Instituto Camões ensina ideologia de género em aulas de Português no Estrangeiro (1)

Encontramo-nos numa situação marcada por um requisito epocal que nos torna a todos parte da catástrofe. Por trás daquilo que nos move encontra-se a exigência/programa da filosofia existencialista niilista de nos colocarmos no lugar de Deus. A genética perdeu de vista a mortalidade da natureza e a engenharia virtual perdeu o sentido do humano e de uma vida digna. A megalomania levou à perda do antigo conhecimento de que Deus é sopro/respiração que dá vida ao pó. Hoje mais do que nunca o destino da humanidade está nas mãos de poucos. A guerra contra o Homem começa pela luta contra o seu Significado e Sentido.

A ideologia do género encontra-se ao serviço de um transumanismo que pretende ser como Deus, mas se está a tornar no seu próprio diabo.

A ideologia do género quer abolir a pluralidade do ser e conseguir reduzir a pessoa a um elemento insignificante em si e assim suprimir as diferentes identidades e características de individualidades e ao mesmo tempo inverter a ordem da criação. No seu programa de desconstrução do humano e da tradição arroga-se o direito de criar uma nova antropologia em que a manipulação cultural deve chegar a prescindir da natureza.

Salvaguardados os aspectos positivos da manipulação genética e das tecnologias virtuais, é importante estar-se atentos ao seu uso indevido porque as forças negativas em acção podem escravizar-nos a todos com o argumento de que somos criadores de nós próprios e que a questão do significado é desnecessária. Ao contrário do desenvolvimento da criação, que ordena no sentido do simples para o complexo, os criadores de uma nova época do “desenvolvimento” querem reduzir o complexo ao simples, à matéria.  As exigências da economia à ciência e à política dominam provocando um discurso público unilateral adverso a uma cultura do diálogo e da controvérsia entre o poder material e o poder espiritual para um desenvolvimento da humanidade e da sociedade mais equilibrados (2).

O mito de Adão e Eva representa a fase de desenvolvimento que afirmou a mente sobre a natureza surgindo então a fase histórico-cultural do género humano numa dialética entre o divino e o humano; atualmente encontramo-nos na época científica ou niilista (da morte de Deus que limita o humano à matéria) em que o mito científico segue uma dialética que coloca o intelecto sobre/contra o sentimento, a ideia sobre o humano. Com a separação do sentimento da compreensão (razão), e a inteira subjugação do sentimento à razão, as pessoas e a sociedade tornam-se tão unilaterais que nós próprios nos convertemos, sem nos darmos conta, numa ameaça à própria existência.

De facto, o factor sentimento já não tem qualquer valor argumentativo e é sobretudo abusado como meio de manipular e escravizar as massas, ao ser confinado ao discurso político-social (3).

O homem cria problemas e persegue-os com os mesmos princípios que os criaram. Veja-se o militarismo apregoado pelas nossas elites e que prescinde do humano.

Nesta época mental, o conhecimento e a ambição não reconhecem fronteiras nem limites. A desconexão da cultura da natura, que separa e até antagoniza razão e sentimento e ciência e crença, torna-nos mais dependentes e desumanizados ao amarrar-nos só à ideia de progresso ou a uma só parte de nós que é a razão, como se fosse possível definir o ser humano só a preto ou a branco. O homem da época atual segue uma crença no progresso em que a sugestividade do progresso é tão forte que traz consigo a ilusão que ele tudo determina e influencia.

Os criadores materialistas combinam a “espiritualidade” com a tecnologia para que se experimente um sentimento de “transcendência” ao nível dos instintos primários, uma secularização que substitui a vida religiosa. Na realidade, os pensamentos movem a matéria e dão a impressão da vinda do espírito.

O transumanismo é elaborado por “engenheiros” onde os humanos são vistos como peças de uma máquina sempre sujeita a melhorias mecânicas. É assim que se difunde uma geração de “gente” que assume o pensamento materialista e pragmático dos engenheiros e, no plano sociopolítico, uma “filosofia” que só se orienta pela sociologia (dados e estatísticas) no sentido da máquina contra o humano.

A ideia de redenção pela máquina é acompanhada pela ideia de que o dinheiro e o ego estão no centro da humanidade. A obstinada ideia do ambiente é sobretudo palratório acompanhante geradora de medos que turbam a mente.

Como nos ensina a filosofia e a teologia, a consciência humana é um cosmos e como tal não reduzível a uma ideia como o transumanismo nos quer fazer crer. O que este pretende é uma intervenção radical no ser humano de modo a este se tornar irreconhecível. Têm a ilusão de querer criar uma raça melhor e, para o conseguir, destruir a atual consciência da raça humana.

A pretensão de criar Deus, de criar o amor, leva a reduzir tudo a erro tornando o mundo num manicómio.

Pretendem a inclusão do Homem numa superinteligência, uma espécie de deus criado, um deus-máquina apenas com alguns poucos maquinistas! Teremos então uma espécie humana que vive da ilusão da promessa de se tornar melhor: a identidade é perdida, ficando a promessa de se tornar sobre-humano vivendo da utopia do progresso.

Filósofos e teólogos alertam para os perigos subjacentes a esta ideologia. A propaganda da discussão de género inclui uma interferência fundamental bruta na humanidade. É contra a capacidade de sentir, não prestando atenção ao conhecimento subtil do corpo, que inclui a “razão do coração”, como a tradição religiosa testemunha com a experiência do espírito santo como corrente que tudo anima e se torna numa experiência fundamental. A ideologia quer retratar as pessoas que acreditam no transcendental como se este fosse um modelo obsoleto e muitas pessoas distraídas deixam-se levar naquela enxurrada. Daí a veemência do fanatismo que o Homem encontra nas forças materialistas e ateias, que se depara por toda a parte nas estruturas estatais, desde as universidades aos programas partidários e às diversas ONGs financiadas por interesses bilionários contrários ao humanismo de cunho europeu.

Se seguirmos o discurso da ciência hoje, temos de perceber que a sua argumentação é niilista e ateísta através do mau uso do conhecimento.

As pessoas podem decidir de uma forma ou de outra, mas dependendo das circunstâncias, torna-se uma questão individual, mas só através de uma ressacralização do mundo é que pode haver um desenvolvimento real no sentido de algo mudar. É necessária resistência.

Durante a pandemia de Covid, os governantes e cripto-ideólogos constataram como as pessoas são obedientes e como os interesses poderosos unidos aumentam rapidamente o poder e o capital.

Época da luta contra o homem espiritual e contra as grandes tradições de espiritualidades sérias.

Temos uma política e meios de comunicação que seguindo uma Filosofia niilista conduz ao materialismo e a um cientificismo que trabalha contra o humanismo. As tecnologias apoderam-se do nosso corpo e da nossa alma. No passado dominava sobretudo a escravização das forças físicas do corpo, hoje escraviza-se também o espírito humano – a nossa alma – sendo esse trabalho facilitado pela manipulação tecnológica através da nova realidade virtual e da manipulação dos genes. As novas tecnologias dão oportunidade de uma pequena elite iniciar um período de desconstrução da história e do humano e assim se apoderar dele mesmo.

As questões da vida quotidiana aplicam-se então sem saudade espiritual e a sensibilidade onde a vida é fortemente vivida é substituída pela indiferença. O Niilismo exclui a transcendência e deixa a pessoa como um ser perdido, como um Prometeu condenado a carregar a pedra pesada da vida, montanha acima, montanha abaixo.

Em nome do progresso encontramo-nos todos a caminho do abismal global. Já nenhuma civilização está isenta deste processo.

Na era do niilismo a esperança só poderá vir a ser fundamentada num pequeno resto de humanos que mantenham ainda a consciência da realidade a desenvolver-se na tenção entre matéria e espírito (a via humana de acesso à realidade), entre ser e ter. Tudo perde a sua identidade para se classificar como elemento da maquinaria.

Quem perde Deus de vista cai numa contingência radical sem sentido, sem individualidade e sem comunidade e a moral passa a ser subjugada a meros interesses. Deus é ainda garantia de humanidade e se ficar fora do jogo, o povo também ficará fora do jogo e tudo será deixado ao acaso e entregue aos oportunistas do poder.

A necessidade de transcendência reside em cada pessoa, mas cada pessoa como portadora da luz e da treva traz à tona em maior ou menor grau as forças do mal ou do bem.

O que motivou a minha reflexão foi o facto de o Instituto Camões em Londres estar a doutrinar crianças de 6-11 anos na ideologia do género. No livro em português “Menino, Menina” (em inglês “Celebrando a liberdade de género para as crianças”, de Joana Estrela lê-se: “precisas de saber se és rapariga ou rapaz? Só olhando nem sempre és capaz. A resposta não está debaixo da Roupa (1).” Com a mesma subtilidade se vão incutindo clandestinamente diferentes ideologias nas populações. A pessoa humana não pode ser definida nem a preto nem a branco, mas a realidade da complexidade humana não justifica tentativas de querer reduzi-la à cor laranja!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9617

(1) Instituto Camões do Ministério dos Negócios Estrangeiros, introduz ideologia de género em aulas de Português no Estrangeiro:   https://observador.pt/opiniao/ideologia-de-genero-porque-razao-esta-o-instituto-camoes-em-londres-a-ensina-la-a-criancas-de-6-anos/  e https://executivedigest.sapo.pt/noticias/precisas-de-saber-se-es-menino-ou-menina-conteudos-sobre-identidade-de-genero-levam-cds-a-questionar-mne-sobre-aulas-no-instituto-camoes/

e  “Menino, Menina” https://www.publico.pt/2022/11/16/culturaipsilon/noticia/livro-ilustrado-joana-estrela-nomeado-premio-carnegie-reino-unido-2028039

 

(2)  MÉTODO DA CONTROVÉRSIA E A EXCELÊNCIA ESCOLAR JESUÍTA: https://antonio-justo.eu/?p=3336

(3) DO DISCURSO EMOCINAL: https://jornalpovodeportugal.eu/2022/07/24/do-discurso-emocinal-contra-o-discurso-racional/