ALEMANHA QUER CADA CASA COM TELHADO SOLAR!

Fomento da Energia fotovoltaica em Favor do Clima

Na cidade de Waiblingen (Baden Wurtenberg, Alemanha) com 55.000 habitantes, os telhados solares têm sido obrigatórios, para novos edifícios residenciais na área urbana, desde 2006.

Agora o governo do Estado Baden-Wuerttemberg quer que todas as casas novas sejam equipadas com sistemas de energia solar, a partir de 1 de Maio de 2022 e as casas sujeitas a “renovação fundamental do telhado” até 2023.

Em Hamburgo e Berlim, os sistemas já são obrigatórios. A obrigação é de instalar um sistema solar no telhado para água quente ou para a produção de electricidade solar.

O presidente da Baviera, Söder (CSU), quer ver esta prática obrigatória a nível nacional.

Exemplo do fomento da energia fotovoltaica na Alemanha (1):

Tamanho do Sistema: 7 kWp; Custos do sistema PV entre 9.000 e 11.000€ ; Custos do sistema PV + Armazenamento: entre 14.000 e 21.000€.

Tamanaho do sistema 10 kWp; Custos do sistema PV entre 12.500€ e 15.000€ ; Custos do sistema PV + Armazenamento: entre 20.000€ – 27.000€. Com uma produção total do sistema de pico de 10 quilowatts, este sistema gera entre 10600 e 13.750 quilowatts-hora de eletricidade anualmente.

(Com 1 kWp, podem ser gerados cerca de 1.000 kWh de electricidade solar por ano, exigindo cerca de 7 a 10 m2 de espaço no telhado).

O Estado disponibiliza subsídios ao investimento para a energia fotovoltaica num máximo de 250 euros por kWp para uma dimensão de sistema até 100 kWp e um máximo de 200 euros por kWp para uma dimensão de sistema superior a 100 kWp e até 500 kWp.

Prevê-se que os investimentos se amortizem num espaço de e10 anos.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

 

  • (1) https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&q=Solaranlagen+f%C3%BCr+neuh%C3%A4user+in+deutschland

 

 

 

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O DIREITO A DIZER EU – DISTINÇÃO ENTRE INDIVÍDUO E PESSOA

Francisco: “A fé não é um refúgio para pessoas sem valor, mas a expansão da vida”. “A ninguém deve ser roubado o direito de dizer eu”.

Na sua mensagem, o Papa aponta também para a distição entre indivíduo e pessoa: “Além disso, as idolatrias do poder e do dinheiro preferem lidar com indivíduos do que com pessoas, ou seja, com um “eu” centrado nas suas próprias necessidades e direitos subjectivos em vez de um “eu” aberto aos outros, esforçando-se por formar o “nós” da fraternidade e da amizade social”. Citacao da mensagem do Papa ao Encontro de Rimini, o encontro que o movimento Comunhão e Libertação dedica ao “diálogo social, cultural e religioso” de 20 a 25 de agosto.

A sociedade ocidental cada vez se enterra mais ao tentar degradar a pessoa para o nível de cliente ou de de consumidor e como tal a mero indivíduo! Neste combate à pessoa teêm andado aliados os interesses económicos e de ideologia política.

António da CD Justo

Pegadas do Tempo

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CABUL CAIU E O EMIRADO VOLTOU

Temos a Idade Média a Caminho do Ocidente

Os Talibãs ocuparam a Capital Cabul seguindo-se o colapso da República Islâmica do Afeganistão a 15 de agosto de 2021; o Afeganistão passou a ser governado pelo Emirado Islâmico do Afeganistão que é controlado pelo talibã (1).

As forças policiais e militares formadas pela NATO entregaram-se, o Presidente do Afeganistão fugiu, as embaixadas estrangeiras fazem as malas e fogem e toda uma geração de afegãos colaboradores da Nato temem agora pela sua vida. As quantidades imensas de armas e munições passam para as mãos dos Talibãs que as usarão contra quem lhes ofereça resistência. Os combatentes da Al-Qaeda que se encontravam presos foram libertados e não deixarão o seu ídolo Bin Laden sem vingança.

O reinado do terror volta com a vingança dos guerreiros de Alá. Em vez da nação tem-se um califado. A bandeira nacional será abolida. A “Rádio Sharia” é criada e os homens do turbão pincelam já, nos cartazes, sobre os rostos das mulheres .

Um desastre para a Europa e para o mundo!

A vitória dos islamistas radicais provocará um surto da emigração de muçulmanos para o Ocidente; seis milhões de afegãos tentarão fugir do país; no futuro assistiremos a um reforçar do terror muçulmano apoiado pela Arábia Saudita, Irão e Paquistão e agora também pelo Afeganistão.

Foi tudo em vão: a vida de pessoas, os triliões de euros lá gastos e investidos. Também dois portugueses lá deixaram as vidas em vão: Paulo Roma Pereira e Sérgio Pedrosa,

O ocidente capitulou, mas continuará a fazer os mesmos erros; não há remissão; a história das catástrofes é comprida: Vietname, Iraque, Líbia, Síria e agora Afeganistão!

Todos somos responsáveis: Muitos dos nossos impostos, em vez de serem empregues em fomento da paz dos povos são queimados em guerras prejudiciais.

Os islamistas não brincam em serviço, não se limitam a administrar a miséria, preferem aumentá-la para que os seus caciques melhor vivam dela. Temos a Idade Média a caminho do Ocidente e a perseguição dos cristãos no país também pelo facto de serem identificados com a política do Ocidente!

A Sharia será rigorosamente aplicada. Os talibãs ao apossarem-se das províncias de Badakhshan e Takhar emitiram uma ordem aos líderes religiosos locais para lhes entregarem uma lista das meninas com mais de 15 anos e viúvas com menos de 45 para “se casarem” com combatentes do Talibã. A Sharia já era aplicada no Afeganistão na qualidade de República Islâmica (Artigo 3 da sua Constituição): “Nenhuma lei deve infringir os princípios e disposições da sagrada religião do Islã no Afeganistão.” A Sharia implica que a lei islâmica é a única lei.

É uma catástrofe para parte da população afegã que tenta fugir e não pode e para tanta mulher que vê morrer suas legitimas aspirações e se vê lograda por ter confiado no apoio dos ocupantes.

O que nos resta é a esperança que mesmo num governo de extremistas as forças internas do Afeganistão proporcionem, nos próximos vinte anos, mais desenvolvimento e libertação do que o que tinham adquirido neste mesmo espaço de tempo com a presença da NATO.

Os Talibãs querem impor a sua maneira de viver como o Ocidente lhes queria impor a sua. A razão não conta; o poder é que ganha e à posteriori encontra sempre legitimação.

Uma curiosidade sintomática é o silêncio cobarde por parte dos conhecidos grupos activistas de profissão: não se veem manifestações de protesto contra o destino das mulheres afegãs e dos homossexuais. Não se observa nenhuma comunidade muçulmana moderada no Ocidente que mostre a sua preocupação com o ataque ao poder no Afeganistão pelos radicais. As mesquitas na Europa calam-se: trata-se do agir de irmãos que de uma maneira ou de outra contribuem para a expansão islâmica! Os estados muçulmanos primam pelo silêncio. Apesar disto o Ocidente não só perde a guerra militar indevida como perde a sua personalidade cultural, primando pela indiferença!

O ocidente encontra-se em maus lençóis. Por um lado, a agressão muçulmana e por outro a crescente dependência chinesa! O ministro das Relações Exteriores da China, Wand Yi, recebeu uma delegação de alto nível do Talibã na quarta-feira passada.

Da ingénua e atrevida missão da NATO pode-se concluir: não há vitória contra o mal, convive-se a meias com ele! Agora que os extremistas estão no poder, os políticos vão cooperar com eles, o que antes era tabu.

A guerrilha talibã islâmica será usada como exemplo da melhor maneira de tomar o poder! A vitória dos talibãs no Afeganistão é um grande encorajamento para outros grupos terroristas reforçarem a sua luta em África.

Os políticos do Ocidente permanecem na sua mesma arrogância de não envolvidos, desviando o fracasso político para canto, sem assumirem responsabilidade pelos danos ( Sabem que o que fazem é feito em nome do povo!).

António CD Justo

Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=6707

Devido à atualidade do que escrevi no dia 10 de Agosto sobre a situação do Afeganistão, coloco aqui o link do artigo: AFEGANISTÃO A CAMINHO DO  IRÃO TEOCRÁTICO, https://antonio-justo.eu/?p=6702 ou https://jornaldeoleiros.sapo.pt/…/afeganistao-a-caminho

 

  • (1)   O Talibã governou grande parte do país de 1996 a 2001; naquela época, fundaram o “Emirado Islâmico do Afeganistão”. Em 2001, o grupo Al-Qaeda e seu líder Osama bin Laden instalado no Afeganistão orientou daí os ataques terroristas de 11 de setembro e os EUA viram o Talibã como cúmplice e intervieram com seus aliados no Afeganistão. Estima-se que o líder talibã Hibatullah Achundsada tenha cerca de 100.000 combatentes. Os Talibãs (sunitas extremistas) financiam-se principalmente através do cultivo e contrabando de ópio.

 

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AFEGANISTÃO A CAMINHO DE UM IRÃO (ESTADO TEOCRÁTICO)

A luta cultural islâmica anti ocidente avança com a conquista de Kunduz

Depois de dois dias de combate os militantes islâmicos (Talibãs) conquistaram (08.07.2021) Kunduz; a sua meta é a conquista da capital Kabul. A cidade de Kunduz, capital da província, tem 370.000 habitantes.

Em Kunduz o caos é geral:  “o pessoal do governo fugiu. Os Talibãs libertaram os prisioneiros da prisão. Não temos água nem eletricidade. As estradas estão fechadas. Ninguém pode levar os feridos aos hospitais”, assim é descrita no HNA (de 9.8) a situação atual, por um cidadão de Kunduz. As estruturas municipais democráticas rudimentares desabam sem resistência. Polícias demitem-se dos seus postos e tiram as suas fardas para não serem logo perseguidos pelos talibãs. Do sofrimento do povo não se fale.  Junto a Cabul os Talibãs já controlam as províncias Wardak e Logar.

Após 20 anos de presença militar do Ocidente e da sua retirada precipitada, os Talibãs retomam o país, sem respeitarem os acordos dos deveres relacionados com a retirada da força militar ocidental.

Constata-se que o poder religioso é mais forte que o poder dos militares, vendo-se estes obrigados a render-se.  Da retirada do ocidente verifica-se que mudanças sociais não podem ser alcançadas nem garantidas pela força militar.

Os talibãs podem até rir-se dos intentos da intervenção do Ocidente para implantarem a democracia, quando, propriamente o que torna os Talibãs fortes é a religiosidade do povo (uma espécie de para-costas e de legitimação democrática!!!).

Os grupos extremistas – que constituíram sempre a ponta de lança avançada do Islão – apostam na religião e revelam-se contra a organização militar e policial de Estados centrais pois o poder religioso das bases garante-lhes o poder dos chefes regionais, o que um poder central limitaria.  Os extremistas islâmicos, tal como os Talibãs servem-se da eficiência do poder político-religioso das bases e, neste sentido, dizia um líder talibã que “os europeus e os americanos calculam em anos, e eles em séculos”.

O Ocidente tem sido cúmplice nesta catástrofe, como se vê também onde interferiu com o argumento do fomento e da defesa da democracia; os efeitos têm sido calamitosos (Iraque, Síria, Líbano e agora Afeganistão)!

O cenário repete-se! “Faz lembrar, a fuga do Vietname”! Nunca houve uma justificação moral para esta guerra justificada com o ataque islâmico contra os USA. No ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 pela organização al-Qaeda (1) às Torres Gêmeas em Nova Iorque, a maioria dos planeadores, financiadores e teóricos veio da Arábia Saudita e não do Afeganistão. O Presidente Biden disse em Abril”. Fomos para o Afeganistão devido a um terrível ataque que aconteceu há 20 anos atrás. Isso não pode explicar porque devemos lá ficar em 2021″. Permanece uma pergunta: porque não intervieram os USA (NATO) na Arábia saudita que financiava os terroristas?

Os estrategas e políticos europeus incorrem no engano de pensarem que estes povos são fáceis de controlar através de uma estrutura e de uma política de informação como acontece no Ocidente. O Ocidente tem bases culturais diferentes (uma outra antropologia e sociologia) e nelas a divisão do poder em religioso e secular (A Deus o que é de Deus e a César o que é de César)! No islão, religião e política encontram-se unidos fazendo parte da identidade do cidadão, o que o torna consequentemente, à sua maneira “democrático”: daí a sua força ascendente num meio aberto como é ainda o ocidente! Países ocidentais, onde os políticos têm até vergonha dos seus próprios soldados, carecem da força interior e da coesão que o Islão possui para sobreviver a longo prazo (2).

O Ocidente, para ser consequente com os seus princípios humanistas culturais, terá agora de assumir a responsabilidade da situação no Afeganistão e acolher os refugiados afegãos.

O Ocidente comete o erro sistémico de atacar povos no exterior em vez de defender o seu interior (povo). Infelizmente a estratégia islâmica revela-se mais eficiente porque mais natural.

Para termos uma ideia das consequências que terá a transformação do Afeganistão numa teocracia (“estado de Deus -Alá” regido segundo o Corão e a Sharia) bastar-nos-á observar a expansão da intolerância e do terrorismo islâmico que se multiplicou, sobretudo em África, desde que o Irão se tornou numa teocracia islâmica.

O extremismo islâmico revela-se como ponta de lança do islão que, quer queiramos quer não, embora barbaramente, se revela eficiente pois é atualmente a cultura em maior expansão. Para a História, o que conta são os resultados!

O estratega Maomé sabia da eficiência da união de fé e espada; o mesmo se observa no estado chinês que, por sua vez, de maneira laica, une a ideologia comunista ao poder económico-político que se tem revelado como método de maior eficácia para a sua expansão.

 António CD Justo

Pegadas do Tempo

  • (1)  Al-Qaida, é uma rede terrorista, de islamistas sunitas que opera a nível global
  • (2)  Aquando da retirada dos soldados alemães do Afeganistão, não houve nenhumas autoridades nem político a recebê-los na Alemanha.Só as forças armadas americanas perderam mais de 2.300 soldados no Afeganistão; a Alemanha teve 59 vítimas do conflito. O número de feridos e psiquicamente doentes por causa da guerra é incontável.
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DIMINUIÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL A PARTIR DE 2060

Portugal verá a população reduzida a metade

Segundo um estudo do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) da universidade de Washington, publicado no mês passado, prevê-se que o número de pessoas na Terra atingirá um pico de 9,7 mil milhões até 2064 (1).

 Daí até ao final do século, a população diminuirá para 8,8 mil milhões.  Este processo será de observar em 183 dos 195 países existentes no mundo. Em 23 países a população reduzir-se-á para metade.

 Conforme o Estudo, Portugal, Espanha, Itália poderão ver a população reduzida a mais de metade, enquanto o Brasil verá a população primeiramente crescer para 235 milhões até 2064 e no fim do século diminuída para 135 milhões de habitantes (2) .

 A imigração será um meio para compensar a baixa de natalidade nos 183 países.  Enquanto na Europa se observa a diminuição da  fertilidade e a população está a envelhecer, na África a fertilidade aumenta a grandes passos.

 Segundo o exposto, em África a população duplicará até meados do século e  aumentar três vezes mais até finais do século. Os habitantes de África passarão de 1,03 mil milhões  de pessoas  actualmente para 3,07 mil milhões em 2100.

Na Nigéria 70% da população é jovem e metade dela sem emprego (População da Nigéria era de 206, 1 milhões em 2020 e em 2021 já é de 212,16 milhões).

Numa conferência da ONU em Nairobi, os participantes querem reforçar os direitos das mulheres, a fim de limitar o crescimento da população mundial.

O urbanismo é um dos factores de contribui para a redução da natalidade, como se observa na China.

Isto poderá pressupor um aumento de maior violência na África e também nos países de imigração.

O jihadismo hoje presente em África continuará a ser um factor relevante de aumento das tensões sociais devido ao expansionismo aguerrido da cultura árabe.

 O conceito de superpopulação é muitas vezes usado para abusos (biologismo)  e como desconsideração do humano e, por isso, é considerado por alguns como desumano. A Terra não se encontra esgotada; os problemas sociais, económicos e ecológicos devem-se a erros políticos e à má distribuição dos recursos do planeta.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

 

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