Maria de Betânia mostra o Equilíbrio entre as Energias masculina e feminina
A pintura “A mulher da unção” (Maria de Betânia) de Carola justo, motivou-me a fazer a seguinte poesia tendente a mostrar a posição de uma mulher consciente de si e da realidade social que a envolve:
MARIA DE BETÂNIA: O Equilíbrio entre as Energias masculina e feminina
Maria de Betânia, mulher original,
Que ungiu Jesus em festa fraternal
Feminidade soberana, manifestação
De espírito inconforme e criativo em ação.
Na sociedade patriarcal, ousou
Aproveitar o espaço que Jesus criou.
Em si mesma encontrou, a liberdade
Sem sótãos nem caves, de pura ipseidade.
Maria vive sem pressões, onde a paz reside,
Já fora das correntes que a alma divide.
Hoje sem espaço, vivemos em gavetas fechados,
De joelhos e em serviço de relatos publicados.
Na polis masculina, de espírito agressivo
De valores competitivos, só vale o lucrativo.
Falta a feminidade, acolhedora e afável
Que urge ser integrada, de forma gratificável
Mais Marias de Betânia, precisamos ver,
Que não seguem a corrente, que sabem viver
Do encontro consigo mesmas, com estilo pessoal,
Masculino e feminino, em equilíbrio natural.
Integração das forças, em cada ser,
Um caminho de paz, precisamos ver.
Maria de Betânia, exemplo brilhante,
De um equilíbrio verdadeiro e constante (1).
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
(1) João 12:1–19: Maria de Betânia, a irmã de Marta e Lázaro, ungiu Jesus com o melhor bálsamo que havia. Com o gesto da unção (acto soberano) preanuncia a iminente morte de Jesus e o Seu sepultamento.
A MULHER DA UNÇÃO
Pintura de Carola Justo
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