Exposição de Carola Justo

DETALHES SOBRE A EXPOSIÇÃO
Três vídeos sobre a exposição de Carola Justo em Hann. Münden (de 22 de Junho a 24 de Agosto diariamente das 11 às 17 horas).

Imagens em FB: https://www.facebook.com/antonio.justo.180/
Para melhor ajudar a apreender a pintura de Carola Justo, coloco aqui o discurso que ela fez no acto de abertura da exposição.
Nos jardins da fantasia
Exposição de Carola Justo na Igreja S. Blasius
em HannoverschMünden
“Um jardim é um símbolo de paz e harmonia, é um oásis no meio de um mundo desarmonioso e transmite um toque de paraíso. No fundo, nós, seres humanos, nutrimos no coração – consciente ou inconscientemente – um desejo pelo paraíso, mesmo sabendo que só vivemos momentos paradisíacos por breves instantes e que somos constantemente expulsos do paraíso. Os jardins lembram-nos que um mundo melhor e mais harmonioso pode ser possível, mas apenas se trabalharmos para isso.
Como pintora, procedo como uma jardineira que também deseja criar um mundo mais bonito, tratando as cores e as formas como se fossem plantas. Outros artistas procedem como arquitetos: planeiam uma imagem e fazem um esboço. Durante a execução, há poucas surpresas. Mas quem, como eu, é um pintor ou pintora do tipo jardineiro, orienta-se pelo que já existe, deixa crescer, deixa-se surpreender e, ao mesmo tempo, poda o que não pertence à imagem. Como é isso concretamente?
Primeiro, há a superfície branca da tela, como uma camada de terra sem sementes. Van Gogh tinha medo da tela branca, dizia que ela lhe olhava fixamente e gritava: «Tu não vais conseguir pintar nada.» Eu sinto o mesmo, por isso cubro-a o mais rápido possível, batendo com um pincel grosso e sem distinção várias tonalidades de tinta acrílica na superfície de pintura. Isso corresponde à preparação do solo. Depois, toco com papel na tinta molhada, o que corresponde a semear. No início, surge algo feio. Isso não me preocupa, porque o meu princípio é transformar o feio em algo bonito. Depois, vejo vagamente formas abstratas ou concretas sugeridas nas manchas de tinta, como um rosto, um animal, uma árvore ou uma casa. Vocês conhecem algo semelhante: quando olham para as nuvens, às vezes também veem alguma forma: uma ovelha, um rosto, uma pessoa em posição curvada. Às vezes sigo essas sugestões, às vezes não. Para decidir isso, ouço a minha voz interior.
Enquanto estou a pintar, deixo algo crescer, ou seja, oriento-me pelo que está lá e trabalho nisso, mas nem tudo serve para a imagem, e algumas coisas precisam ser removidas, assim como o jardineiro não pode deixar tudo crescer descontroladamente. Ele precisa podar e colocar ordem no jardim, e eu, como pintora, também faço isso, porque nem tudo o que surge espontaneamente tem valor artístico: cubro algumas figuras completamente (arrancadas) e substituo-as por novas formas e outras cores, outras são refinadas e alteradas em termos de cor.
Tento sentir o que precisa ser alterado e de que maneira isso pode ser feito. Quando olho para a imagem final, quero ser surpreendida pelo que surgiu na tela. Enquanto pinto e observo a imagem final, quero entrar num estado de harmonia. O meu objetivo é transmitir harmonia e beleza. As minhas imagens devem ser como jardins perfumados que alegram o coração com as suas cores e formas.
Vocês conhecem a frase: «Ele (ou ela) tem uma imaginação fluorescente.» Sim, a imaginação também pode florescer como um jardim. Podemos menosprezar a imaginação como uma negação da realidade, mas sem imaginação não podemos viver. Ela abre-nos horizontes, liberta-nos do apego ao banal, pode ligar-nos ao divino. E não só isso: porque temos imaginação, podemos planear o futuro, podemos sentir empatia por outros seres vivos e podemos compreender a nós mesmos e a nossa história de vida, porque podemos reconhecer conexões. Sem imaginação, seríamos seres apáticos. Mesmo a crença em Deus e num mundo sobrenatural só é possível através do dom da imaginação. Vejo no ateísmo, em primeiro lugar, uma falta de imaginação, o que não significa que o mundo sobrenatural seja apenas imaginação. Não, por trás de uma imaginação pode estar uma realidade inacessível à razão, e a imaginação ajuda-nos a ultrapassar os limites da razão.
Quando estive em Portugal, vi pintada em letras gigantes na parede de uma casa a frase: «O que imaginas é real.» Tenho a experiência que pessoas que fazem meditações guiadas, ou seja, viagens de fantasia, passam por processos internos profundos e são transformadas — pelo poder da imaginação. Elas transportam-se mentalmente, por exemplo, para a sua infância e transformam o sofrimento que lá viveram em novas imagens imaginárias, e isso resulta numa cura que é muito real. Pois o cérebro, segundo nos dizem os cientistas, não consegue distinguir entre fantasia e realidade.
Em todas as áreas da arte, torna-se sempre evidente que a imaginação pode criar realidade, porque algo que originalmente era apenas imaginado torna-se visível. Na pintura, o céu pode ser verde e o prado azul, os pássaros podem ser maiores do que as casas; sobre a paisagem, novos lugares podem brilhar entre as nuvens. Isso transmite uma sensação de liberdade. E assim, convido-vos a passear pelos jardins da imaginação e a respirar um sopro de liberdade”. Carola Justo
Coloco também links de artigos detalhados em jornais:
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O MISTÉRIO QUE NOS TECE: A TRINDADE É O CANTO DO UNIVERSO

A Fórmula do Céu na Terra: Expressa na Dança Quântica e no Abraço Trinitário

Num mundo que insiste em nos dividir — entre ciência e fé, entre eu e tu, entre guerra e paz —, a Santíssima Trindade surge como um sopro de unidade. Não é apenas um dogma, mas um convite ao assombro: um só Deus em três Pessoas, uma dança eterna de amor num mundo feito de sombra e luz.

Celebrar a Trindade é celebrar o poder da relação. O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são peças de um quebra-cabeça teológico, mas o coração pulsante da realidade. O Pai, fonte de tudo; o Filho, o Amor que se fez carne no Tu do irmão; o Espírito, o fogo que arde sem consumir, sopro que transforma e une.

Esta não é uma matemática divina para ser decifrada, mas um mistério para ser vivido e vivenciado. Assim como três notas formam um único acorde, a Trindade revela-nos que a essência de tudo é comunhão.

Desde o Pentecostes, o Espírito Santo não é uma ideia, mas uma presença tangível que nos move — um impulso para o bem, um vento que empurra a história para frente. Ele é o Paráclito, o Consolador que sussurra: “Nada está perdido”. Quando o mundo nos diz para competir, Ele lembra-nos que fomos feitos para partilhar.

E o Filho, Jesus Cristo, é Deus connosco (o Emanuel), não em conceitos, mas no rosto do próximo, mesmo no do Jesus abandonado. Ele é a prova de que o divino habita o humano, de que o sagrado se esconde no ordinário. Cada encontro é uma Eucaristia.

Deus-Trindade não cabe em definições. Ele é mais que doutrina, mais que sermão. É o amor que tece o cosmos, a força que mantém as estrelas no céu e os átomos em harmonia. Se a física quântica nos fala de partículas entrelaçadas, a Trindade revela-nos que tudo está ligado pelo mesmo amor. (Charles Darwin legou-nos um ensinamento mutilado: a “sobrevivência do mais forte” tornando-se no hino de uma era violenta. Faltou-lhe o outro lado da moeda: a cooperação, a simbiose, o tecer invisível que une todas as coisas. A arqueologia e a história confirmam que fomos feitos tanto para a luta como para o abraço.

Neste Domingo da Trindade, não celebramos uma teoria, mas um chamamento. Se Deus é relação, então nós — feitos à Sua imagem — só somos plenos quando nos abrimos ao outro. Quando rompemos as barreiras do egoísmo e percebemos: o “eu” só existe no “nós” como cada pessoa divina existe na divindade comum.

Enquanto a humanidade se perde em conflitos, a Trindade segreda-nos: “A paz é possível”. Enquanto a ciência e a religião parecem rivais, Ela lembra-nos que toda a verdade é uma só. Enquanto nos isolamos em medos, o Pai, o Filho e o Espírito estendem-nos as mãos e dizem:

“Vem. Faz parte desta dança. Ama, une e cria.”

Na realidade, a Trindade não é um enigma a ser resolvido, mas um abraço a ser vivido (1).

António da Cunha Duarte Justo

Teólogo e Pedagogo

Pegadas do Tempo

(1) A vivencia espiritual fomenta uma atitude de vida honrosa e enobrecedora.

Ver: https://antonio-justo.eu/?p=9284

A CHAMADA PARA O ENTENDIMENTO COMPLEXO (PENSAMENTO MÍSTICO): https://antonio-justo.eu/?p=8580

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O PODER DIGITAL E A PERDA DO AQUI NO AGORA

Reduzidos ao Presente – a mero Entremeio – sem Passado nem Futuro

O mundo digital, na sua vertiginosa dança de luzes e algoritmos, quer-nos reduzidos a funções, engrenagens silenciosas de um mecanismo que celebra o agora sem raízes, sem o aqui. Vivemos na superfície do tempo, como sombras que crepitam na tela, efémeras, sem deixar marcas na terra firme da existência. O ego, inflamado de estímulos, esquece-se do “eu mesmo” e do nós, e assim caminhamos, isolados em multidões digitais, consumindo presentes contínuos sem jamais habitar um lugar.

Ou será que nos deixamos reduzir a ruídos pensantes, partículas minúsculas no universo das mentes, sujeitas à mesma força de atração que mantém os astros em equilíbrio. Mas há uma escada a ser escalada: o pensamento analítico e crítico. Ele é o único meio de elevar-se acima do turbilhão, de vislumbrar, ainda que por um instante, o jogo das coisas sob a luz do sol — não como meros espectadores, mas como participantes conscientes. Num mundo onde a história nos assombra e as massas nos arrastam, é preciso transcender a rotina das instruções de utilização, essa prisão invisível que nos ensina a funcionar como expressões do tempo, mas não a ser.

Crescemos numa cultura de guerra, de utilitarismo rasteiro, onde o sonho é visto como luxo e a fantasia, como fuga. Mas é justamente no reino da fantasia, na filosofia que bebe do cristianismo e do mito, que encontramos o poder criativo — a coragem de aspirar a algo maior que o prático, algo que nos liberte da tirania do imediato. As coisas da vida aguardam o nosso toque pessoal, como notas dispersas que só se tornam música quando ordenadas pela mão do compositor que devemos ser. Criar é responder ao que a vida nos apresenta, é emprestar-lhe a nossa essência, tal como o gesto divino insuflou vida no barro. Sem isso, sem nós mesmos (conscientes), as coisas morrem, e nós com elas.

Urge estarmos alerta (alerta física, espiritual, mental e emocional): as novas tecnologias não são neutras. Elas moldam a nossa percepção, o nosso modo de ver, de sentir, de amar. E se não vigiarmos, tornamo-nos cartões de crédito cerebrais, consumidores de impulsos, servos de poderes anónimos que nada sabem de nós, excepto nossos dados. Desmaterializamo-nos, trocamos a carne pelo algoritmo, o aqui pelo agora vazio. Abandonamos o processo de in-formação — de nos tornarmos forma, de assumirmos uma identidade — para ficarmos presos no em (no processo in), num limbo onde nunca chegamos a ser. Queremos tudo à disposição, e assim nos reduzimos ao que está disponível. Ambicionamos a omnipresença, e, no processo, perdemos o eu que habita o aqui e agora. Contentamo-nos com o agora num mero estar sem ser reduzido a momento.

E assim, construímos um universo de meteoritos errantes — sendo fragmentos sem estrelas, sem órbitas, sem calor. Konrad Paul Liessmann alerta: “se no século XX combatíamos a reificação (a transformação do humano em coisa), no século XXI teremos de combater a desreificação, essa abstração que nos dissolve em pura informação, esvaziando-nos de matéria e alma”. O mercado das opiniões não tem ruas, só becos. E a felicidade, exige esforço. É no atrito que a criança — o novo, o possível — nasce.

Mas preferimos a “ditadura do relativismo”, como bem nomeou Bento XVI, onde tudo vale precisamente porque nada importa. E assim, sem raízes, sem chão, sem aqui, flutuamos no vazio digital (e até social), reduzindo-nos a funções sem rosto, agora sem memória, ego sem eu nem nós.

Por que continuar a deixar-nos reduzir ao fugaz intervalo do agora e, deste modo, sermos condenados ao presente líquido, onde passado e futuro se evaporam, como se fossemos o relâmpago cósmico do acaso: só visível porque a vida, frágil e obstinada, ergueu lentes contra o vazio.

António da Cunha Duarte Justo

Teólogo

Pegadas do Tempo

 

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EXTREMISMO E POLARIZAÇÃO SOCIAL NA ALEMANHA

Em 2024, as autoridades alemãs registaram um total de 57.701 crimes com motivação extremista, refletindo um cenário preocupante de radicalização no país. O Gabinete de Protecção da Constituição (BfV) identificou dados alarmantes sobre o extremismo em 2024:

Extremismo de direita: 50.250 indivíduos, dos quais 15.300 são considerados propensos à violência.

Extremismo islâmico: 28.280 pessoas, com 9.540 em risco de adopção de métodos violentos.

Extremismo de esquerda: 38.000 activistas, com 11.200 de tendências violentas.

Tudo isto tem a ver com a polarização social e cultura do confronto.

O relatório não se limita aos números, alertando também para uma degeneração do clima social. A sociedade alemã está cada vez mais dividida, com discursos políticos e mediáticos que privilegiam o conflito em vez do diálogo.

 Assiste-se a um reducionismo perigoso: Debates públicos são dominados por uma visão maniqueísta (“bem vs. mal”), ignorando nuances e aprofundando divisões.

 Guerra e propaganda: Temas complexos, como conflitos internacionais, são simplificados em “a favor ou contra”, eliminando espaço para análise crítica e objectiva.

A falta de coerência política, a hipocrisia, o dogmatismo e o cinismo são factores que alimentam a desconfiança e o radicalismo.

O relatório da Protecção Constitucional Alemã serve como um alerta urgente: a radicalização e a polarização estão a corroer a coesão social. Para combater o extremismo, é essencial promover diálogo, transparência política e rejeição de narrativas simplistas que alimentam o ódio e fomentam o desequilíbrio.

 Segundo um provérbio alemão, “o peixe começa a feder pela cabeça”.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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Dia de Portugal – Um Canto Renascido

10 de Junho de 1580 – Luís de Camões parte, levando consigo o último suspiro de um Portugal dourado.

De celebração em celebração, embrulhamos a alma da pátria em folhas de jornal, como sardinhas de feira popular. Queimamos incenso sobre o corpo ainda quente da nação, enquanto ela, entre golfadas de fumo e discursos vazios, agoniza em festa.

Camões, o trovador do destino lusitano, cantou-nos quando éramos aurora. Nas páginas d’Os Lusíadas, o sangue dos heróis ainda corre, mas secou nas veias dos que nos têm governado. O sol da ideologia queimou as cores da nossa bandeira, e as revoluções, como vagas traiçoeiras, arrastaram para o abismo o que nos restava de identidade.

Dizem que, ao morrer o poeta, morreu Portugal. Talvez. Mas a terra não sepultou a semente. A classe política, sim, é cadáver – um fantasma que vagueia pelos corredores do poder, surdo ao ritmo do povo, cego à chama que ainda bruxuleia nas cinzas. “Fraco torna fraca a forte gente…” E nós, filhos de uma escrava e de revoluções alheias, deixámos que nos vendassem com os trapos da Libertas, da Agar, de todas as quimeras que nos roubaram o rosto.

Mas Portugal não morre apesar de muitas loucuras ideológicas e nos últimos tempos dos interesses do deus Mamon de Bruxelas que suborna os humanos para obter suas almas. Não morre enquanto respirar fé e coragem, enquanto lembrar que foi à sombra da cruz e da espada que conquistámos o mundo. Pátria e fé eram uma só carne, um só destino. Hoje, porém, perdemos o povo no labirinto das ideologias, e sem ele, a pátria é apenas um nome esvaziado, um barco à deriva sob o voo circular dos abutres.

Agora, a missão é outra: não basta restaurar – é preciso redescobrir. Os Homens-Bons de hoje não partirão em caravelas, mas em busca da própria alma. Terão de navegar “mares nunca dantes navegados”, não de água salgada, mas de consciência. A Taprobana a vencer já não é a distância, mas o materialismo que nos engoliu, o Estado que nos devora, a religião que se esqueceu de rezar.

Teremos de ousar, como os “egrégios avós”, mas sem infantes que nos guiem. A bússola será a dor, o desespero de uma terra que já não nos reconhece. E quando acordarmos, talvez descubramos que a verdadeira liberdade não tem fronteiras – é como o mar, que não sabe onde começa nem onde termina.

Então, Portugal não será apenas um lugar no mapa, mas um verbo: criar. Já não conquistaremos terras, mas relações; já não levantaremos impérios, mas consciências. E quando o céu se rasgar por fim, não serão canhões que ecoarão, mas as cores do arco-íris, derramando-se sobre nós como uma nova aliança.

Até lá, seguimos. Entre a névoa e o sonho, entre os Velhos do Restelo e os loucos que ainda acreditam. Porque um povo que já foi mar não pode viver eternamente de joelhos.

Viva um Portugal que se redescubra à luz do bem e da verdade e se empenhe na construção de uma cultura da paz e abandone a cultura da guerra!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do tempo

Notas explicativas:

Os Lusíadas: epopeia nacional portuguesa, escrita por Luís de Camões no século XVI. Glorifica os descobrimentos e as viagens heróicas portuguesas, sobretudo a viagem de Vasco da Gama à Índia.

Os fracos enfraquecem a forte gente…”: De “Os Lusíadas”, expressão para a decadência moral que mina a antiga grandeza.

Libertas, Agar: Figuras simbólicas. “Libertas” representa um falso ideal de liberdade; Agar, a serva bíblica, é aqui uma metáfora da alienação cultural e da heteronomia.

Mamon de Bruxelas (símbolo da ganância ou dos valores materialistas): Crítica à influência económica da União Europeia na soberania nacional, particularmente através de subsídios, burocracia e lobby. A UE é aqui apresentada tanto como parceira como objecto de escrutínio crítico – particularmente devido à sua política de interesses económicos e à progressiva alienação de identidades culturais.

Homens Bons (Conselheiros do rei): Termo histórico para cidadãos respeitados que participavam nos conselhos portugueses na Idade Média – hoje um símbolo de actores íntegros e responsáveis ​​​​– com integridade moral – na sociedade. (Representavam os interesses populares das regiões no Conselho Real.)

Taprobana: Nome antigo para o Sri Lanka, em Camões um símbolo do desconhecido – aqui como alegoria aos desafios interiores e espirituais da modernidade (metafórica “fronteira final”).

Velhos do Restelo: Figura dos Lusíadas, um velho que profere palavras de advertência na partida da frota portuguesa. Símbolo de pessimismo e hostilidade ao progresso.

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