PARA CADA SOCIEDADE O QUE ESTÁ A CONTAR É A PRÓPRIA NARRATIVA

Já dá demasiado nas vistas como os protestos contra a política chinesa de Covid-19, são celebrados nos media alemães como luta justa, quando, um ano atrás, nas manifestações e caminhadas na Alemanha contra as medidas de corona impostas, os manifestantes eram publicamente rotulados como extremistas, negacionistas e teóricos da conspiração.

Será motivo para começarmos a questionar se não vivemos num mundo político-social em que as coisas são organizadas da maneira como fazem jeito para o sistema; não importa a realidade, mas sim a narrativa sobre ela.

Dois pesos e duas medidas! A hipocrisia está a suprimir a veracidade.

E assim se vão entretendo os povos.

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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RONALDO É O MELHOR EMBAIXADOR DE PORTUGAL

Contrato de 200 milhões com o Al-Nassr da Arábia Saudita

Cristiano Ronaldo (37 anos), ainda sem clube, irá provavelmente para o clube Al-Nassr da Arábia Saudita. Segundo relatos dos meios de comunicação social (“Marca”), Ronaldo está a negociar um acordo no valor de 200 milhões por temporada num contrato feito por dois anos.

Certamente será um bom negócio porque onde o campeão Ronaldo está presencializa-se o mundo que o cerca. Após a separação amigável do Manchester United, o clube Al-Nassr pode assim contratar uma transferência gratuita do campeão europeu de 2016 (1).

No novo clube, Cristiano não se sentirá sozinho porque Al-Nassr tem contrato também com o treinador francês Rudi Garcia, com o brasileiro Luiz Gustavo (35 anos, ex-jogador do Bayern Munique) e com o colombiano David Ospina (34 anos).

Ronaldo é o único homem do Mundo com mais de 500 milhões de seguidores e isto conseguido por um homem vindo de uma família humilde num país de 10 milhões de habitantes e oriundo da ilha da Madeira com 250 mil residentes. Mostras que com trabalho e disciplina também é possível subir numa sociedade desumanamente concorrente e que é escandalosamente pródiga na gratificação de alguns dos seus servidores. Também o balúrdio  de dinheiro em jogo no Futebol é testemunho do desequilíbrio que há na política e na sociedade.

Ronaldo depois da Liga das Nações contra a Espanha (0:1) e a sua frustração com o lançamento da braçadeira de capitão ao chão foi muito criticado. Apesar disto Ronaldo com a equipa mostra trabalho excelente.

Ronaldo não ligues aos que só falam da tua sombra quando o que ficará será o brilho da tua luz! Também os que te criticam vivem do que escrevem sobre ti.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

(1) Portugal escreve História no futebol https://bomdia.eu/portugal-escreve-historia-no-futebol/

Areia nos Olhos: https://bomdia.eu/alemanha/areia-nos-olhos/

No Qatar também as mulheres são Bolas de Jogo: https://redactormz.com/tag/antonio-da-cunha-duarte-justo/

FALTOU UM RONALDO À ALEMANHA…: https://abemdanacao.blogs.sapo.pt/faltou-um-ronaldo-a-alemanha-1678108

Eusébio é voz do povo a esperar: https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2014/01/eus%C3%A9bio-%C3%A9-voz-do-povo-a-esperar.html

Equipa alemã campeã da solidariedade: https://www.triplov.com/letras/Antonio-Justo/2014/alemanha.htm

O jogo é uma parábola da vida: https://bomdia.eu/o-jogo-e-uma-parabola-da-vida/

 

 

 

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AS ELITES EUROPEIAS PERDERAM A CABEÇA AO QUALIFICAREM A RÚSSIA COMO “ESTADO TERRORISTA”

Até o cidadão simples se admira pelo facto de o Parlamento Europeu (PE) não saber o significado de Estado ao qualificar a Rússia de “Estado Terrorista”.

Seria impensável que um Parlamento descesse a uma atitude de qualidade intelectual e moral tão baixas. Isto vem demonstrar mais uma vez a incapacidade atual da política para encontrar soluções para os problemas que os desenvolvimentos da nova ordem mundial em processo exigem.

Estado é o país e as pessoas que nele vivem ligadas pela mesma nacionalidade. Isso também inclui suas regras comuns e as pessoas que criam as regras e garantem que elas sejam seguidas. Estes oferecem segurança, ordem e uma função de segurança social.

O não saber distinguir entre sistemas políticos, governos e Estados conduziu o PE a uma posição enganadora! O PE falhou às suas funções de instituição estatal, deixando-se reduzir aqui a um grupo de guerra, como se a ideia política de amigo e inimigo fossem suficientes para se autodefinir ou definir alguém!!

É lastimosa a situação de uma política europeia encurralada (entre USA e Rússia) que se vê na necessidade de reduzir Estados a grupos de guerra em que exércitos armados se opõem-se entre si; tal atitude desconhece a realidade do Estado que representa povos inteiros ou grupos étnicos em torno de uma Constituição e das instituições constitutivas do mesmo. Esta declaração infeliz equivale a criminalizar um povo para se justificar uma guerra exterminante.

Qualquer cidadão até sem formação política conseguiria notar a fraude em que a política o quer envolver, mas por outro lado o leva a constatar a decadência da classe política europeia: reduzida a mera sacristã dos EUA não revela um saber para além de estudos secundários malfeitos! Declarar um Estado terrorista corresponde a coloca-lo na situação de animal selvagem digno de ser caçado.

Sob o pano de fundo do conflito da organização de uma nova ordem mundial geoestratégica (expressa no conflito Estados Unidos-Rússia na Ucrânia), a declaração do Parlamento Europeu revela o estado populista em que se encontra a política e meios de comunicação social do sistema que tal permitem e que preanunciam grandes problemas especialmente para a Europa.

É claro que nos encontramos num momento histórico problemático, mas muito produtivo em que também o Sul Global quererá participar com mais justiça dos bens da terra; para isso urge uma reorganização da macroeconomia e Putin, apesar da brutalidade que usa na Ucrânia tem iniciativas para essa reorganização que vêm de encontro às necessidades do Sul.  De futuro o acento da economia e da política terá que ter como ponto central o bem do cidadão também a nível mundial e não tanto o proveito de instituições e seus funcionários.

O facto de nações ou blocos se encontrarem em concorrência rival a nível geopolítico não justifica tais declarações mais próprias de um estado despótico. As elites europeias terão de se ir convencendo que não é só a Europa que tem os trunfos no jogo geopolítico em via.

A atitude maniqueia do Parlamento Europeu tem de ser contradita pelo povo europeu que ainda mantem equilíbrio mental e um resto do humanismo judaico-cristão.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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1° DE DEZEMBRO COMEMORAÇÃO DA RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA

No tempo em que ainda se faziam revoluções por Portugal, o povo português, no 1 de dezembro de 1640, derrubou o representante da Espanha em Portugal e aclamou o Duque de Bragança, D. Joao IV como rei de Portugal! Com a passagem da dinastia de Avis para a de Bragança, restabeleceu-se a autonomia política de Portugal (1).

O golpe de Estado pôs fim à união ibérica (1580 – 1640) dos Filipes que tinham desgostado grande parte da população, devido à tentativa espanhola de anulação da independência portuguesa e à tributação exagerada. O conflito ainda se manteve até 13 de fevereiro de 1668, data em que Espanha reconheceu a soberania de Portugal e as suas possessões coloniais. A Restauração não era plenamente assumida devido ao conflito de interesses entre as classes mais ricas e a pequena burguesia/proletariado/camponeses.

A partir daqui o problema continua a ser o de manter a identidade nacional de Portugal, mas que se tem reduzido cada vez mais ao nível dos símbolos. De facto, as elites portuguesas dão a impressão de andarem de férias subsidiadas por países amigos da onça.

A aclamação de D. João IV iniciada com o golpe levou 28 anos a confirmar a restauração! O período da Restauração de Portugal (1640-1668) foi longo porque se tratava de legitimar o afastamento do domínio dos Habsburgos e afirmar o duque de Bragança já antes estimulado pelo cardeal Richelieu a insurgir-se contra os espanhóis. O facto de Filipe III (IV.) decretar a fusão do exército português com o exército espanhol implicava propriamente a absorção da nobreza portuguesa e uma maior ponderação das facções nobres entre elas. Sob o domínio dos Filipes Portugal tinha já perdido Ormuz para os ingleses (1622), e os holandeses tinham conquistado o Ceilão e Malaca, estabelecido no Brasil (1630, Pernambuco) e na África. Depois da aclamação de D. João IV ainda ficou muito trabalho por fazer. A devoção religiosa foi um dos factores da consolidação do inicial golpe de estado.

Na opinião de entendidos, o atraso estrutural de Portugal deve-se à estrutura económica e social do país, às lideranças políticas, à posição de periferia geográfica, à pobreza dos recursos naturais disponíveis e, eu acrescentaria, à tolerância de um povo pacífico e não exigente.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

(1) Com o desaparecimento do rei D. Sebastião (1557-1578) e a crise de sucessão ao trono (D. Henrique (1578-1580, último descendente direto da dinastia de Avis), afunda-se a dinastia de Avis e tem andado… No dia 20 de Junho de 1580, ante a decisão do conselho de governo, António, Prior do Crato, foi proclamado Rei de Portugal em Santarém, sendo aclamado em várias localidades do país; reinou por 30 dias sendo derrotado pelos espanhóis  na batalha de Alcântara, em agosto de 1580.

 

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ENTREVISTA AO PAPA FRANCISCO

 

Francisco fala de temas importantes e a maneira como fala é já sinal como resolver os problemas que lhe são colocados na entrevista: Fala da Universalização da juventude.  Como tratar com os jovens! Como encurtar distâncias? Fala da mulher. Diz que Fátima é a virgem do silêncio (“Para mim Portugal é Fátima”), e que a Igreja é feminina; de como estbelecer o diálogo entre conservadores e progressistas na Igreja, etc

De muito interesse mesmo para agnóstivcos.

https://tviplayer.iol.pt/programa/papa-francisco-a-entrevista/633419560cf26256cd37d2c0/video/6321de850cf26256cd35b10d?autostart=true

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